Tire suas dúvidas sobre Labetalol
Labetalol é um medicamento de prescrição que atua no coração e nos vasos sanguíneos. Se você recebeu prescrição de labetalol, pode ter dúvidas sobre a classe do medicamento e suas finalidades. Abaixo, os farmacêuticos respondem a quatro perguntas frequentes sobre o labetalol.
1. O labetalol é um betabloqueador?
Labetalol pertence ao grupo de medicamentos chamados betabloqueadores. Esses medicamentos atuam nos receptores beta localizados na superfície do coração e de outros músculos, além de afetar os vasos sanguíneos. Existem dois tipos principais de betabloqueadores:
- Betabloqueadores seletivos: Esses medicamentos bloqueiam principalmente os receptores beta-1 no coração. Isso reduz a frequência cardíaca e facilita o bombeamento de sangue pelo corpo.
- Betabloqueadores não seletivos: Esses bloqueiam tanto os receptores beta-1 quanto os beta-2, que estão espalhados por todo o corpo, incluindo vasos sanguíneos e músculos. O bloqueio dos receptores beta-2 pode causar a constrição dos vasos sanguíneos nos pulmões e também diminui a frequência cardíaca.
Labetalol é um betabloqueador não seletivo que, além de bloquear os receptores beta-1 e beta-2, também bloqueia os receptores alfa-1. O bloqueio dos receptores alfa-1 provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, ajudando a reduzir a pressão arterial e permitindo que o sangue flua mais facilmente pelo corpo.
2. Para que é usado o labetalol?
Labetalol é um medicamento aprovado pelo FDA para tratar a pressão alta (hipertensão), mas não é de venda livre; é um medicamento de prescrição. Betabloqueadores como o labetalol geralmente não são a primeira escolha para tratar hipertensão na maioria das pessoas, pois eles não são tão eficazes em reduzir a pressão arterial ou prevenir danos aos órgãos quanto outros medicamentos para hipertensão.
No Brasil, o Labetalol é aprovado pela ANVISA. Utilizado principalmente no tratamento de hipertensão e outras condições relacionadas ao sistema cardiovascular. Para verificar o registro e mais detalhes sobre o Labetalol, você pode acessar a base de dados de medicamentos regularizados diretamente no site da ANVISA.
Os medicamentos de primeira linha mais comuns para tratar a hipertensão incluem:
- Diuréticos tiazídicos, como hidroclorotiazida (Microzide)
- Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA), como lisinopril (Zestril)
- Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA), como losartana (Cozaar)
- Bloqueadores dos canais de cálcio, como amlodipina (Norvasc)
Em certos casos, como em pacientes com doenças cardíacas, os betabloqueadores podem ser considerados para o tratamento da hipertensão. Especificamente, o labetalol é frequentemente utilizado em situações de emergência hipertensiva, onde a pressão arterial atinge níveis tão altos que causam danos aos órgãos. Nesses casos, o labetalol intravenoso (IV) é uma opção de primeira escolha. Além disso, é amplamente utilizado como um medicamento de primeira escolha para o tratamento da pressão alta durante a gravidez.
3. Como o labetalol se compara a outros betabloqueadores?
Labetalol é um betabloqueador semelhante a outros medicamentos dessa classe em vários aspectos. Como todos os betabloqueadores, ele é aprovado para tratar hipertensão e pode causar efeitos colaterais comuns, como tontura, cansaço e hipotensão ortostática (queda de pressão ao mudar de posição).
No entanto, labetalol se diferencia de outros betabloqueadores de várias maneiras:
- Mecanismo de ação: Além de bloquear os receptores beta, labetalol também bloqueia os receptores alfa. O carvedilol é o único outro betabloqueador que compartilha essa característica.
- Frequência de dosagem: Labetalol geralmente é tomado 2 ou 3 vezes ao dia, enquanto outros betabloqueadores são frequentemente administrados 1 ou 2 vezes ao dia.
- Usos aprovados: Labetalol é aprovado especificamente para tratar hipertensão, enquanto outros betabloqueadores, como o tartrato de metoprolol (Lopressor), também são usados para tratar dor no peito e reduzir o risco de morte após um ataque cardíaco.
- Eficácia para certas condições: Betabloqueadores específicos podem ser preferidos para determinadas condições. Por exemplo, o succinato de metoprolol (Toprol XL), o carvedilol e o bisoprolol são preferidos para insuficiência cardíaca, enquanto o labetalol IV é preferido em emergências hipertensivas e para hipertensão durante a gravidez.
- Efeitos colaterais: Os efeitos colaterais podem variar entre os betabloqueadores. Por exemplo, labetalol, carvedilol e nebivolol tendem a ser menos propensos a aumentar os níveis de glicose ou lipídios no sangue. No entanto, betabloqueadores não seletivos, como labetalol, podem causar constrição das vias aéreas, tornando-se menos indicados para pessoas com asma ou outras condições pulmonares. Betabloqueadores seletivos, como atenolol, metoprolol e bisoprolol, são geralmente preferidos para pessoas com essas condições.
Vale notar que, embora betabloqueadores que bloqueiam receptores alfa-1 (como labetalol) tenham sido sugeridos como mais eficazes na redução da pressão arterial, pesquisas não confirmam essa superioridade. Nenhum betabloqueador é considerado a primeira escolha para tratar hipertensão na maioria dos casos.
4. Quem não deve tomar labetalol?
Labetalol não é recomendado para pessoas com determinadas condições médicas, incluindo:
- Condições pulmonares, como asma
- Insuficiência cardíaca ativa
- Frequência cardíaca extremamente baixa
- Pressão arterial baixa (hipotensão)
- Bloqueio cardíaco
- Choque cardiogênico
Além dessas condições, pode haver outras situações em que o uso de labetalol não seja a melhor escolha de tratamento. Por isso, é essencial que seu médico tenha um histórico completo da sua saúde antes de iniciar o tratamento com labetalol. Isso ajudará a determinar se o medicamento é a opção mais adequada para você.
Também é importante fornecer ao seu médico e farmacêutico uma lista completa de todos os medicamentos que você está tomando, incluindo produtos de venda livre. Isso permite que eles verifiquem possíveis interações medicamentosas que possam ocorrer com o uso de labetalol.
Conclusão
Labetalol é um betabloqueador aprovado pela FDA e ANVISA para o tratamento da pressão alta (hipertensão). Embora geralmente não seja a primeira opção de tratamento para hipertensão, ele é frequentemente utilizado durante a gravidez e em casos de emergências hipertensivas, quando a pressão arterial atinge níveis tão altos que causam danos aos órgãos.
O que diferencia o labetalol de outros betabloqueadores é que, além de bloquear os receptores beta, ele também bloqueia os receptores alfa no corpo, o que contribui para sua eficácia na redução da pressão arterial. No entanto, devido ao seu efeito nos receptores alfa e beta, o labetalol deve ser evitado em pessoas com certas condições de saúde, como asma, pois pode causar constrição das vias aéreas. É fundamental que seu profissional de saúde tenha conhecimento completo do seu histórico médico antes de prescrever labetalol para garantir que seja a opção mais segura e eficaz para o seu tratamento.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
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RemedyRepack Inc. (2024). Labetalol HCL - comprimido de cloridrato de labetalol, revestido por película .
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Whelton, PK, et al. (2017). Diretriz ACC/AHA/AAPA/ABC/ACPM/AGS/APhA/ASH/ASPC/NMA/PCNA para prevenção, detecção, avaliação e tratamento da pressão alta em adultos: Um relatório da Força-Tarefa do Colégio Americano de Cardiologia/Associação Americana do Coração sobre Diretrizes de Prática Clínica . Hipertensão.
You, SC, et al. (2021). Eficácia e segurança comparativas abrangentes da monoterapia com β-bloqueadores de primeira linha em pacientes hipertensos . Hipertensão.
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/labetalol/is-labetalol-a-beta-blocker.
FAQ: perguntas frequentes sobre Labetalol
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