Tudo que você precisa saber sobre a Diabetes Gestacional
Uma questão que preocupa muitas grávidas é o surgimento do diabetes gestacional, uma condição que afeta por volta de 12 a 14% das mães, ocorrendo entre a 24ª e a 28ª semana. Esse tipo de diabetes é caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gestação, resultante da resistência à insulina pelas mudanças hormonais.
Em grande parte das vezes, os índices de glicose no sangue retornam ao normal após o nascimento da criança, acabando com o quadro de diabetes. No entanto, os altos níveis de glicose podem se manter, o que gera uma diabetes permanente para as mães, chamada diabetes tipo 2.
Pensando nisso, elaboramos esse artigo com tudo o que você precisa saber sobre a diabetes gestacional.
O que é Diabetes Gestacional?
Conhecida por afetar milhões de brasileiros todos os anos, o que causa diabetes gestacional é o aumento da glicose no sangue, uma fonte de energia para o corpo humano, que em excesso causa problemas à saúde.
De forma prática, os carboidratos que são consumidos, como pães, arroz e todos outros alimentos, são convertidos, pelo sistema digestório, em glicose, que entra na corrente sanguínea. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por colocar a glicose nas células do corpo para serem usadas como energia.
A partir disso, durante a gestação, alguns hormônios sintetizados pela placenta diminui o trabalho da insulina. Sendo assim, o pâncreas produz mais insulina para manter os níveis de glicose na faixa saudável. No entanto, caso o órgão não consiga acompanhar o ritmo dos hormônios e produzir a insulina necessária, os níveis de glicose ficam muito altos e surge a diabete gestacional.
O diabetes gestacional está incluído no diabetes mellitus tipo 2 e geralmente ocorre entre 24 e 28 semanas de gravidez. Na maioria dos casos, os níveis de glicose voltam ao normal após o parto, com uma prevalência de 1 a 3%. Ademais, as mulheres que tiveram diabetes durante a primeira gravidez têm maior probabilidade de ter uma recorrência em uma segunda gravidez.
Quem corre o risco de ter diabetes gestacional?
As mulheres com maior risco de diabetes gestacional incluem aquelas que:
- têm 40 anos de idade ou mais;
- têm um histórico familiar de diabetes tipo 2 ou um parente de primeiro grau (mãe ou irmã) que teve diabetes gestacional;
- estão acima da faixa de peso saudável;
- tiveram níveis elevados de glicose no sangue no passado;
- ter tido diabetes gestacional em uma gravidez anterior;
- ter síndrome do ovário policístico;
- tiveram anteriormente um bebê grande (pesando mais de 4,5 kg);
- estão tomando alguns tipos de medicamentos antipsicóticos ou esteroides;
- ganharam peso muito rapidamente na primeira metade da gravidez.
Riscos Associados à Diabetes Gestacional
O diabetes gestacional não representa um alto risco à saúde da mãe, mas é diagnosticado e tratado durante a gravidez porque pode ser perigoso para o desenvolvimento fetal. O principal risco para crianças nascidas de mães diabéticas é o peso excessivo ao nascer (chamado de macrossomia).
Os fetos macrossômicos têm partos mais difíceis e um risco maior de lesões no nascimento do que os fetos de peso normal. A distócia de ombro (situação em que a cabeça sai, mas não o resto do corpo) é a mais temida dessas situações.
Outros problemas que podem ocorrer como consequência do diabetes gestacional são hipoglicemia neonatal (baixo nível de açúcar no sangue do recém-nascido), icterícia e dificuldade respiratória. O diabetes gestacional não tratado ou gravemente descontrolado tem um risco maior de natimorto.
Em geral, você deve sempre ter em mente que o tratamento e o controle adequados do diabetes reduzem significativamente a ocorrência de todas essas complicações.
Sintomas e Diagnóstico
Geralmente diagnosticada no terceiro trimestre, embora nem sempre seja simples de descobrir, dizem os especialistas. Os sinais e sintomas de diabetes gestacional não são muitos, porque é somente quando os níveis de açúcar no sangue ficam realmente elevados que você começa a ter quadros significativos, como sede e urina em excesso. Entretanto, a maioria das mulheres não apresenta sintomas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico é feito com um profissional de saúde que analisará esse problema no início da gravidez fazendo perguntas sobre seu histórico médico para determinar se você tem fatores de risco. Se tiver algum, você será testada quanto aos níveis de açúcar no sangue.
Além disso, se você não apresentar sinais de diabetes (seu nível de açúcar no sangue é inferior a 95 mg/dl antes de uma refeição, inferior a 140 mg/dl uma hora após a refeição e 120 mg/dl duas horas após a refeição), você será testada para a glicose padrão. Em caso de diabetes gestacional, um tratamento será indicado.
Tratamentos e Autocuidados
Existem muitos tratamentos para diabetes gestacional, você pode tratar seguindo alguns passos, como um plano de alimentação saudável, praticando atividade física regularmente e monitorando seus níveis de glicose no sangue. Isso ajudará a manter seus níveis de glicose no sangue na faixa-alvo para uma gravidez saudável.
Algumas mulheres também precisarão de medicamentos, como um chamado metformina ou injeções de insulina. A seguir, confira as recomendações normalmente dadas em caso de diabetes gestacional.
Dieta para diabetes gestacional
Refeições saudáveis são importantes para ajudar a manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa esperada e fornecer todas as necessidades nutricionais para uma gravidez saudável e um ganho de peso saudável durante a gestação.
Uma boa alimentação para o diabetes gestacional envolve a escolha do tipo e da quantidade corretos de alimentos que contêm carboidratos, a limitação de alimentos ricos em gordura saturada e a ingestão de uma variedade de alimentos nutritivos.
Escolhendo o tipo e a quantidade corretos de alimentos que contêm carboidratos
Os alimentos que contêm carboidratos são uma importante fonte de energia para o corpo, especialmente durante a gravidez. Para controlar os níveis de glicose no sangue, é necessário ingerir o tipo e a quantidade correta de alimentos que contêm carboidratos.
As melhores opções são aquelas que são ricas em fibras e têm um índice glicêmico (IG) mais baixo. Os alimentos que contêm carboidratos de baixo IG incluem cereais/pães com sementes, aveia em flocos, massas, arroz branco ou integral de baixo índice glicêmico, leite, iogurte, leguminosas e a maioria das frutas.
Distribua os alimentos que contêm carboidratos em três pequenas refeições e dois ou três lanches. Isso pode ajudar a manter os níveis de glicose no sangue dentro de uma faixa esperada e a manter os níveis de energia.
Limite os alimentos ricos em gorduras saturadas.
Coma menos gordura saturada escolhendo carnes magras, aves e laticínios com baixo teor de gordura e evitando alimentos processados. Durante a gravidez, seu corpo precisa de nutrientes extras para ajudar o bebê a se desenvolver; por exemplo, ferro e folato.
Atividade física
A atividade física pode ajudar as gestantes a manter os níveis de glicose no sangue e a controlar o ganho de peso, além de ajudar a manter a forma para se preparar para o nascimento do bebê.
Ela também traz outros benefícios, como o controle dos sintomas da gravidez, como azia, constipação e dor na cintura. Consulte um médico antes de iniciar ou continuar qualquer tipo de atividade física durante a gravidez.
Controle dos níveis de glicose no sangue
O monitoramento da glicose no sangue é uma parte essencial do controle da diabetes gestacional. Um médico pode mostrar como verificar seus níveis de glicose no sangue usando um medidor de glicose no sangue e te orientar sobre o que esperar durante a gravidez.
Os momentos mais comuns para verificar os níveis de glicose no sangue são quando você acorda pela manhã (jejum) e uma a duas horas após cada refeição principal. Você também pode verificar seus níveis de glicose no sangue em outros momentos.
O monitoramento regular da glicemia ajuda a entender como alimentos e atividade física afetam os níveis de glicose no sangue. Manter um registro dessas leituras permite que os profissionais de saúde identifiquem padrões e ofereçam orientações. Eles podem aconselhar sobre as ações a tomar se os níveis de glicose estiverem fora da faixa esperada.
Medicação
Se os níveis de glicose no sangue estiverem acima da faixa esperada, você pode precisar de medicação para ajudar a tratar o diabetes gestacional. A maioria dos comprimidos para diabetes não é adequada para uso durante a gravidez, mas um medicamento chamado metformina pode ser usado.
Algumas mulheres precisarão de insulina para manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa esperada, isso não prejudicará o bebê. Se você precisar de insulina, o médico lhe ensinará como aplicar a injeção em si mesma.
Prevenção e Controle
A prevenção é o principal tratamento para a diabetes mellitus gestacional, evitar o desenvolvimento dessa condição é o método mais eficaz. Contudo, prevenir não é válido para todas as gestantes, dado que algumas já adquiriram a diabetes e as restam o controle.
Realizar o monitoramento dos níveis da glicose, praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são os passos principais para controle da doença. Além disso, como dito, em casos especiais é necessário a introdução de medicação, que deve ser usada seguindo à risca as orientações do seu médico.
Por fim, o acompanhamento médico regular permite a avaliação contínua da saúde materna e fetal, garantindo que qualquer ajuste no plano de tratamento seja feito prontamente. Esse monitoramento cuidadoso ajuda a proteger a saúde da mãe e a promover o desenvolvimento saudável do bebê, contribuindo para uma gravidez mais segura e tranquila.
Conclusão
Como visto anteriormente, o tratamento precoce e controle do diabetes gestacional são os passos fundamentais para evitar o desenvolvimento de complicações na gestação. O diagnóstico antecipado permite a elaboração de um tratamento personalizado e tranquilo, muita das vezes sem uso de medicação. Assim é evitado o surgimento de uma gestação de risco com possíveis complicações, como parto prematuro, macrossomia fetal e pré-eclâmpsia.
Além disso, consultas regulares e adesão às recomendações médicas são essenciais para monitorar e manejar a condição de forma eficaz. Garantindo a saúde materna e fetal, que envolve um compromisso contínuo com cuidados médicos, uma alimentação balanceada, e atividades físicas adequadas. Desse modo, promovendo um ambiente seguro para o desenvolvimento do bebê e o bem-estar da mãe.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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