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Tratamento Alzheimer
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
18/03/2025
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Entenda os medicamentos para o tratamento do Alzheimer

A demência, especialmente a doença de Alzheimer, é uma preocupação crescente entre os idosos tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Nos EUA, cerca de 10% dos indivíduos com mais de 65 anos convivem com demência, enquanto estudos no Brasil apontam prevalência entre 7% e 10% nessa faixa etária. Dado que as opções de tratamento para demência ainda são limitadas, a prevenção torna-se essencial.

Além dos fatores de risco clássicos, como diabetes, hipertensão e sedentarismo, alguns medicamentos comumente prescritos também têm sido associados a um risco aumentado de desenvolver demência. Pesquisas realizadas em ambos os países indicam que o uso de certas classes de medicamentos pode contribuir para esse risco. A seguir, são apresentadas quatro classes de medicamentos relacionadas à demência e o que a pesquisa diz sobre elas.


1. Medicamentos anticolinérgicos

Os medicamentos anticolinérgicos bloqueiam a ação da acetilcolina, uma substância química que atua como mensageiro no sistema nervoso, influenciando o aprendizado, a memória, o movimento e até as emoções. Pessoas com Alzheimer costumam apresentar níveis reduzidos de acetilcolina.

Um estudo com quase 300.000 participantes revelou que o risco de demência foi significativamente maior entre aqueles que utilizaram as doses cumulativas mais altas desses medicamentos. Outro estudo com adultos com mais de 65 anos confirmou essa associação, e pesquisas indicam que o uso de medicamentos anticolinérgicos pode agravar o declínio cognitivo em pessoas que já apresentam sinais de demência.

Entretanto, nem todas as pesquisas são conclusivas. Por exemplo, embora a difenidramina (Benadryl) tenha forte atividade anticolinérgica, os dados atuais não esclarecem se seu uso aumenta o risco de demência.

Alguns medicamentos anticolinérgicos comuns incluem:

  • Anti-histamínicos:

    • Difenidramina (Benadryl, Advil PM, Tylenol PM)

    • Clorfeniramina (Chlor-tab, Aller-Chlor, Coricidin HBP)

    • Doxilamina (Unisom)

  • Antidepressivos tricíclicos:

    • Doxepina (Silenor)

    • Nortriptilina (Pamelor)

    • Amitriptilina (Elavil)

  • Medicamentos para síndrome do intestino irritável:

    • Hiosciamina (Levsin)

    • Diciclomina (Bentil)

  • Medicamentos para bexiga hiperativa:

    • Darifenacina ER (Enablex)

    • Oxibutinina (Ditropan)

    • Tolterodina (Detrol, Detrol LA)

    • Tróspium (Santuário)

    • Solifenacina (Vesicare)

    • Fesoterodina (Toviaz)


2. Inibidores da bomba de prótons

Estudos indicam que homens e mulheres com demência têm maior probabilidade de utilizar inibidores da bomba de prótons (IBPs), sendo 1,5 vezes mais comuns entre os homens e 1,4 vezes entre as mulheres. Isso não significa que os IBPs causem demência diretamente, mas sugere uma associação entre seu uso e o aumento do risco. Algumas teorias explicam como esses medicamentos podem contribuir para esse risco:

  • Pesquisas em camundongos demonstraram que os IBPs podem levar ao acúmulo de placas β-amiloides no cérebro, um fenômeno semelhante às alterações observadas em pessoas com Alzheimer.

  • O uso prolongado desses medicamentos pode interferir na absorção de vitamina B12, fator que também está associado a um maior risco de demência.

Entre os IBPs mais utilizados estão:


3. Medicamentos para dor

Muitas pessoas sabem que o uso de analgésicos opioides pode levar à dependência, overdose e até mesmo à morte. Mas, além dessas preocupações, estudos mostram que pessoas com uso pesado e prolongado de medicamentos opioides têm um risco ligeiramente maior de desenvolver demência. Até mesmo pessoas que tomam anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para dor têm um alto risco de desenvolver demência. 

Não está claro se o risco de demência está relacionado ao uso de analgésicos ou aos efeitos da dor crônica no cérebro, ou ambos. Um estudo mais recente mostrou que adultos mais velhos com dor crônica tinham um risco maior de desenvolver demência. Este estudo não mediu quantos desses adultos estavam tomando analgésicos, então pesquisas adicionais são necessárias. 

Os medicamentos opioides incluem: 

Os AINEs incluem:

 

4. Benzodiazepínicos

Benzodiazepínicos têm sido associados à demência, especialmente em adultos mais velhos, embora nem todas as pesquisas confirmem essa ligação. Independentemente disso, é aconselhável que idosos usem esses medicamentos com cautela, pois podem causar outros efeitos colaterais preocupantes, como:

  • Dependência a longo prazo

  • Problemas respiratórios

  • Confusão

  • Sonolência

  • Prejuízo na cognição

  • Risco de morte

O comprometimento do funcionamento cerebral tende a aumentar com doses mais elevadas e uso prolongado.

Alguns exemplos de benzodiazepínicos são:

Converse com um profissional de saúde se você ou um ente querido faz uso desses medicamentos, para avaliar a necessidade do tratamento e, se possível, utilizar a menor dose eficaz para controlar os sintomas.


Conclusões

Muitos medicamentos têm sido associados a um aumento do risco de demência, especialmente quando usados por períodos prolongados. Assim como qualquer tratamento, é fundamental avaliar os prós e contras para determinar o que é melhor para a sua saúde a longo prazo.

Se você depende de algum desses medicamentos para se manter saudável, converse com um profissional de saúde para ajustar a dosagem, utilizando a menor quantidade eficaz no controle dos sintomas. Essa estratégia pode diminuir o risco de efeitos colaterais, incluindo a demência.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referências

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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/dementia/these-drugs-could-increase-your-risk-of-dementia

 

FAQ: perguntas frequentes sobre Alzheimer

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