Como a idade está relacionada à ansiedade?
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Wilton de Andrade
Última atualização
04/10/2024
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Entenda a relação da ansiedade com a idade

Sentir ansiedade leve é ​​normal. No entanto, para algumas pessoas, a ansiedade, preocupação e medo persistentes podem ser sinais de um transtorno de ansiedade — especialmente quando esses sintomas interferem

Os transtornos de ansiedade são comuns em todas as faixas etárias, mas os sintomas e fatores de risco podem variar dependendo da idade. Pesquisas indicam que os transtornos de ansiedade podem se manifestar de diferentes formas conforme a idade, e que as estratégias de tratamento devem levar isso em consideração.

Neste artigo, abordaremos como os transtornos de ansiedade se apresentam em crianças, adolescentes, jovens adultos e idosos. Discutiremos quais sintomas são mais prevalentes em cada faixa etária, bem como os transtornos de ansiedade mais comuns em cada fase da vida. Continue lendo para entender melhor como a ansiedade pode se manifestar em diferentes estágios da vida e como tratar de acordo com a idade.

 

A ansiedade piora com a idade?

Os transtornos de ansiedade não pioram necessariamente com a idade, mas a prevalência entre diferentes grupos pode mudar ao longo da vida. Isso ocorre por vários fatores, como alterações no cérebro e no sistema nervoso com o passar do tempo e a maior exposição a eventos estressantes que podem desencadear a ansiedade.

Além disso, os tipos de ansiedade enfrentados podem variar de acordo com a idade. Por exemplo, fobias e transtorno de pânico geralmente surgem na infância ou no início da vida adulta, enquanto o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é mais comum entre adultos mais velhos. Esse padrão pode ser explicado pelas mudanças nas experiências de vida e pelos diferentes desafios que as pessoas enfrentam ao longo das diferentes fases da vida.

Vamos explorar como a ansiedade se manifesta em cada uma dessas faixas etárias, observando as características e os sintomas mais comuns em cada grupo.

 

Ansiedade em crianças pequenas

Crianças pequenas, de fato, sentem ansiedade, mas a maneira como ela se manifesta pode ser diferente da observada em adolescentes ou adultos. As crianças com ansiedade muitas vezes se preocupam com o futuro, têm medo de serem separadas de seus entes queridos e desenvolverem medos intensos relacionados a pessoas, lugares ou objetos específicos. Esses medos podem ser sinais de um transtorno de ansiedade, e o comportamento das crianças pode incluir resistência em se afastar dos pais ou evitar certas situações que provocam desconforto.

Além disso, é comum que essas crianças apresentem sintomas físicos, como dores de cabeça ou de estômago, que não têm uma causa médica aparente, mas estão associados ao estresse e à ansiedade. 

Quão comum é a ansiedade em crianças?

A ansiedade é mais comum em crianças mais velhas do que nas mais novas. Aproximadamente 1% das crianças entre 3 e 5 anos apresentam sinais de transtorno de ansiedade, enquanto esse número aumenta para cerca de 6% entre as crianças de 6 a 11 anos

À medida que as crianças crescem, elas podem experimentar novos desafios e responsabilidades que podem contribuir para o desenvolvimento de sintomas ansiosos, especialmente com o aumento das expectativas sociais e acadêmicas.

Esses dados refletem a importância de identificar sinais precoces de ansiedade, especialmente em crianças mais velhas, para fornecer o suporte necessário e evitar que uma condição se agrave com o tempo.

Sinais de ansiedade em crianças

Um pouco de ansiedade é normal e saudável em crianças pequenas. Por exemplo, a ansiedade de separação é comum quando elas estão longe dos pais ou cuidadores, e é natural que sintam ansiedade ao conhecer estranhos. No entanto, se a ansiedade começa a interferir na sua rotina escolar, nas brincadeiras ou na vida doméstica, isso pode indicar um transtorno de ansiedade.

Aqui estão os transtornos de ansiedade mais comuns entre crianças:

  • Ansiedade de separação: Ocorre quando uma criança sente um medo extremo de se separar dos pais ou cuidadores. Às vezes, isso leva à recusa de separação, com preocupações de que algo ruim aconteceu durante a ausência. Esse tipo de ansiedade é normal entre 18 meses e 3 anos, mas pode sinalizar um transtorno se persistir além dessa idade.
  • Ansiedade generalizada: As crianças com esse transtorno têm uma variedade de preocupações e medos que interferem no sono, no desempenho escolar e nas atividades diárias. Eles podem se preocupar com questões cotidianas de forma excessiva.
  • Transtorno de pânico: Envolve ataques de pânico recorrentes, caracterizados por medo intenso, tontura, lesões cardíacas aceleradas e dificuldades para respirar. A criança também pode desenvolver um medo contínuo de sofrer novos ataques.
  • Fobias: Medo intenso de objetos ou lugares específicos, como animais ou consultórios médicos. Mesmo com garantias, uma criança pode se recusar a enfrentar essas situações.
  • Transtorno de social: A criança tem medo de estar em lugares públicos, como a escola, temendo ser julgada ou fazer algo embaraçoso.

É importante lembrar que as crianças podem ter dificuldade em verbalizar sua ansiedade. Em vez disso, podem manifestar-se agradáveis, queixas de dores físicas ou problemas para dormir. Por causa desses sintomas, podem ser rotuladas de "tímidas", "grudentas" ou "preocupadas", o que pode impactar seu desempenho escolar e social.

 

Fatores de risco

Não há causas específicas conhecidas para os transtornos de ansiedade, mas existem fatores de risco e experiências que podem aumentar as chances de uma criança desenvolver esse tipo de transtorno. Entre eles, destacam-se:

  • Genética: Crianças que possuem familiares, como pais ou irmãos, com transtornos de ansiedade têm uma predisposição maior para desenvolvê-los.
  • Ambiente familiar: Crescer em um ambiente onde um dos pais ou irmãos tem um transtorno de ansiedade pode influenciar o desenvolvimento da condição.
  • Problemas de saúde: Condições médicas que afetam o bem-estar da criança podem ser um fator de risco.
  • Eventos traumáticos: Vivenciar a morte ou a perda de um ente querido pode desencadear ou agravar sintomas de ansiedade.
  • Dificuldades escolares: Problemas como dificuldade de aprendizagem ou bullying na escola podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade.

Esses fatores podem interagir de diferentes maneiras, mas não necessariamente levarão ao desenvolvimento da ansiedade.

Tratando a ansiedade em crianças

Existem diversos tratamentos disponíveis para transtornos de ansiedade na infância. Entre eles, destacam-se:

  • Psicoterapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada o tratamento mais eficaz para transtornos de ansiedade infantil. Essa abordagem envolve a exposição gradual da criança aos seus medos, permitindo que ela aprenda a lidar com essas situações de forma progressiva. Além disso, o TCC auxilia a criança a reformular pensamentos negativos e desenvolver novas estratégias para gerenciar preocupação e medo.
  • Intervenções escolares: Quando a ansiedade interfere no desempenho escolar ou na capacidade da criança que frequenta a escola, os pais podem trabalhar em conjunto com os professores para desenvolver estratégias de apoio que facilitem o aprendizado e a adaptação no ambiente escolar.
  • Medicamentos: Em alguns casos, a medicação pode ser uma opção complementar ou isolada. Medicamentos como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), incluindo duloxetina (Cymbalta), sertralina (Zoloft) e paroxetina (Paxil), são comumente prescritos. Além disso, os inibidores de recaptação de serotonina-norepinefrina (ISRNs), como a venlafaxina (Effexor), também podem ser usados, dependendo das necessidades específicas da criança.

Essas abordagens são frequentemente personalizadas, levando em consideração as necessidades individuais da criança e o nível de impacto da ansiedade em sua vida diária.

 

Ansiedade em adolescentes

A ansiedade em adolescentes é mais comum do que em crianças mais novas. Durante a adolescência, os jovens enfrentam muitas mudanças físicas e emocionais, além de desafios sociais e acadêmicos, que podem contribuir para o surgimento de transtornos de ansiedade. 

Esses fatores de estresse podem tornar os adolescentes mais vulneráveis ​​à ansiedade, especialmente diante das pressões para se encaixarem socialmente, lidar com expectativas acadêmicas e desenvolver uma identidade pessoal.

Além disso, a adolescência é um período de intenso desenvolvimento cerebral, o que também pode influenciar na forma como os jovens experimentam e lidam com a ansiedade.

Quão comum é a ansiedade em adolescentes?

Cerca de 1 em cada 10 adolescentes entre 12 e 17 anos experimentam ansiedade em algum momento da vida. Além disso, quase 1 em cada 3 adolescentes já lidou com algum tipo de transtorno de ansiedade. Esses dados refletem uma realidade crescente entre os jovens, que enfrentam diversas questões acadêmicas, sociais e emocionais.

No Brasil, o cenário é igualmente preocupante. Um estudo publicado pelo IBGE em 2019 indicou que 32,3% dos adolescentes de 13 a 17 anos relataram sintomas frequentes de ansiedade. Esse número reflete o impacto das mudanças sociais, além das pressões acadêmicas e familiares, que afetam a saúde mental dos jovens.

Essas estatísticas demonstram a necessidade de uma maior atenção à saúde mental dos adolescentes, tanto em termos de prevenção quanto de tratamento adequado.

Sinais de ansiedade em adolescentes

Os sinais de ansiedade generalizada, ansiedade social, fobias e transtorno de pânico em adolescentes podem se assemelhar aos observados em crianças mais jovens. No entanto, os adolescentes podem lidar com esses sentimentos de formas diferentes. 

Muitos recorrem a comportamentos de risco, como o uso de drogas, álcool ou envolvimento precoce em atividades sexuais, como uma maneira de aliviar suas emoções. Eles também podem evitar ir à escola ou se distanciar dos amigos. Além disso, é comum relatarem sintomas físicos, como dores de estômago, dores de cabeça, dores musculares e sensação constante de cansaço.

Essa manifestação mais complexa da ansiedade em adolescentes destaca a importância de observar mudanças bruscas de comportamento, como isolamento social ou piora no desempenho acadêmico, e buscar apoio adequado para lidar com a questão de forma preventiva e terapêutica.

Fatores de risco

Crianças que sofrem de ansiedade têm maior probabilidade de continuar apresentando ansiedade na adolescência. Outros fatores de risco que podem aumentar as chances de um adolescente desenvolver ansiedade incluem:

  • Genética: Ter antecedentes familiares de transtornos de ansiedade aumentam o risco.
  • Histórico familiar: Adolescente com um pai próximo que tem transtorno de ansiedade tem maior probabilidade de desenvolver a condição.
  • Eventos estressantes da vida: Experiências como visualização dos pais, problemas de saúde ou perda de um ente querido podem desencadear ansiedade.
  • Dificuldades na escola ou em casa: Desafios acadêmicos, bullying, ou conflitos familiares podem agravar a ansiedade.
  • Problemas de saúde: Algumas condições médicas crônicas estão associadas ao aumento da ansiedade.
  • Uso de álcool ou drogas: O abuso de substâncias pode ser tanto uma causa quanto uma consequência de transtornos de ansiedade.
  • Exposição às redes sociais: O uso excessivo de redes sociais, com pressão por limitações e comparação social, está ligado ao aumento da ansiedade em adolescentes.
  • Privação de sono: Não dormir o suficiente pode agravar sintomas de ansiedade e prejudicar a saúde mental.

Esses fatores, quando combinados, podem influenciar significativamente a saúde emocional dos adolescentes, reforçando a necessidade de monitoramento e apoio contínuo.

Tratando a ansiedade em adolescentes

Assim como em crianças pequenas, o tratamento da ansiedade em adolescentes geralmente inclui Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) , que pode envolver técnicas de terapia comportamental e terapia de exposição . Além disso, podem ser prescritos medicamentos, como Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRSs) e Inibidores de Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (ISRNs) .

O tipo de transtorno e a gravidade dos sintomas ajuda a determinar se a medicação é necessária. Estudos indicam que uma combinação de terapia e medicamentos tende a ser mais eficaz para reduzir a ansiedade em adolescentes, em comparação ao uso isolado de medicamentos ou apenas da terapia.

Essa abordagem conjunta pode acelerar o surto dos sintomas e fornecer um suporte abrangente para o adolescente.

 

Ansiedade em adultos jovens e de meia-idade

Muitos adultos experimentam ansiedade, e aqueles que já lidaram com o transtorno durante a infância ou adolescência podem ter maior probabilidade de desenvolvê-lo novamente na vida adulta. A ansiedade pode persistir ou ressurgir ao longo da vida, dependendo de fatores como genética, experiências de vida e fatores de risco associados. Isso torna importante a identificação precoce e o tratamento adequado para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Quão comum é a ansiedade em adultos?

De acordo com uma pesquisa realizada entre 2001 e 2003 com adultos nos EUA, entre 18 e 60 anos, mais de 32% dos entrevistados relataram ter tido um transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas. A faixa etária com a maior taxa de ansiedade foi de 30 a 44 anos, com aproximadamente 23% dessas pessoas relatando um transtorno de ansiedade no último ano. Esses dados mostram como a afetação de uma parcela significativa da população, com prevalência variável de acordo com a idade e outros fatores.

Sinais de ansiedade em adultos

Os sinais de ansiedade em adultos podem variar dependendo do transtorno específico. Veja abaixo como diferentes transtornos de ansiedade se manifestam:

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): Uma pessoa se preocupa de forma excessiva por meses com situações como trabalho, escola, finanças e relacionamentos. Esses sintomas podem ser acompanhados de tensão muscular, dificuldade de concentração, distúrbios no sono e irritabilidade.
  • Transtorno do Pânico: Uma pessoa pode experimentar repetidos ataques de pânico, que incluem medo de súbito ou pavor, palpitações cardíacas, falta de ar e tremores. Além disso, quem sofre de transtorno do pânico frequentemente teme futuros ataques.
  • Fobia Específica: Trata-se de um medo intenso e irracional de um objeto, situação ou lugar. O indivíduo tende a evitá-los ou a enfrentá-los com grande ansiedade.
  • Transtorno de Ansiedade Social: É caracterizado por um medo marcante de situações sociais, especialmente por medo de ser julgado ou humilhado. Uma pessoa pode tentar enfrentar essas situações com relutância ou optar por evitá-las por completo.

Fatores de risco

Os fatores de risco para ansiedade em adultos são semelhantes a outras faixas etárias e incluem:

  • Temperamento tímido ou inibido na infância: Pessoas que foram tímidas ou inibidas na infância podem ter maior risco de desenvolver ansiedade na vida adulta.
  • Histórico de eventos de vida estressantes ou traumáticos: Situações como luto, violência, abuso ou violência podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade.
  • Histórico familiar de problemas de saúde mental: Ter familiares com transtornos de ansiedade ou outros problemas de saúde mental aumentam à medida que as chances de desenvolver uma condição.
  • Certos problemas de saúde física: Condições como hipotireoidismo, problemas cardíacos ou diabetes também podem estar associados a um aumento sem risco de ansiedade.

 

Tratamento da ansiedade em adultos

O tratamento da ansiedade em adultos pode incluir psicoterapia, medicamentos ou uma combinação de ambos. Assim como em outras faixas etárias, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), incluindo a terapia de exposição e comportamental, é eficaz no tratamento de vários tipos de transtornos de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada, fobias e ansiedade social.

Há uma gama mais ampla de opções medicamentosas para adultos, que incluem:

  • ISRSs (Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina) e IRSNs (Inibidores de Recaptação de Serotonina e Norepinefrina): São as opções de primeira escolha para muitos transtornos de ansiedade devido à sua eficácia e segurança a longo prazo.
  • Benzodiazepínicos, como alprazolam (Xanax) e clonazepam (Klonopin): Esses medicamentos podem ser eficazes no tratamento de transtornos como ansiedade generalizada e transtorno do pânico. No entanto, eles são prescritos com cautela, pois podem levar ao desenvolvimento de tolerância e dependência, sendo indicados principalmente para uso de curto prazo.
  • Buspirona (Buspar): É outra opção para tratar a ansiedade. Embora seja menos potente que os benzodiazepínicos, não apresenta o mesmo risco de dependência, tornando-se uma alternativa segura para algumas pessoas.

A escolha do tratamento adequado dependerá do tipo de ansiedade, da gravidade dos sintomas e das preferências individuais do paciente.

 

Ansiedade em idosos

Adultos com 60 anos ou mais têm maior probabilidade de manifestar sintomas físicos associados à ansiedade em comparação com pessoas mais jovens. Essa faixa etária também enfrenta um risco maior de desenvolver problemas médicos e, frequentemente, faz uso de mais medicamentos, fatores que podem aumentar a predisposição para o desenvolvimento de um transtorno de ansiedade. A combinação de sintomas físicos e o gerenciamento de várias condições médicas torna a ansiedade uma questão complexa entre os idosos. 

Quão comum é a ansiedade em adultos mais velhos? 

Pesquisas indicam que a ansiedade afeta pelo menos 4% dos adultos mais velhos. No entanto, esse número pode ser subestimado, pois muitos idosos tendem a manifestar sintomas físicos da ansiedade, como dores ou falta de ar, em vez de relatar diretamente sentimentos de preocupação ou medo. Como resultado, eles podem não reconhecer ou relatar a ansiedade como tal, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado.

Sinais de ansiedade em idosos

Além da preocupação constante, os idosos com ansiedade frequentemente experimentam sintomas físicos, como:

  • Fraqueza
  • Fadiga
  • Inquietação
  • Dificuldade de concentração
  • Problemas de sono

Muitos adultos mais velhos podem hesitar em falar sobre seus sentimentos ou reconhecer que estão lidando com questões emocionais. Isso é significativo, pois a ansiedade em idosos costuma vir acompanhada de outras condições de saúde mental, como a depressão.

Fatores de risco

Os fatores que podem aumentar o risco de ansiedade em adultos mais velhos incluem:

  • Problemas médicos: Condições de saúde, como doenças crônicas, podem contribuir para o surgimento de ansiedade.
  • Dor crônica: A presença constante de dor pode intensificar sentimentos de preocupação e tensão.
  • Limitações funcionais: Dificuldades para caminhar ou se mover podem aumentar a sensação de impotência e ansiedade.
  • Perda de familiares ou amigos: O luto e a solidão são grandes gatilhos para transtornos de ansiedade.
  • Mudanças financeiras: A aposentadoria pode trazer preocupações com estabilidade financeira, aumentando o estresse.
  • Abuso: Abuso físico, verbal, financeiro, sexual, negligência ou abandono (conhecido como abuso de idosos) pode desencadear ou piorar quadros de ansiedade em idosos.

Esses fatores são particularmente sensíveis na terceira idade, quando questões de saúde e suporte social desempenham um papel ainda mais crítico.

Tratamento da ansiedade em idosos

O tratamento para ansiedade em adultos mais velhos pode incluir tanto psicoterapia quanto medicação, além de estratégias de relaxamento para reduzir o estresse. No entanto, devido a mudanças metabólicas que ocorrem com a idade, esses adultos podem absorver e processar medicamentos de forma diferente, o que exige doses mais baixas e monitoramento rigoroso para evitar efeitos colaterais graves.

Opções comuns de medicamentos incluem:

  • Buspirona (Buspar): uma opção com menor risco de dependência.
  • Antidepressivos: como escitalopram (Lexapro), paroxetina (Paxil) e duloxetina (Cymbalta), que também podem tratar ansiedade e depressão.
  • Certos benzodiazepínicos: como diazepam (Valium) e clonazepam (Klonopin), usados com cautela devido ao risco de dependência e efeitos colaterais em idosos.

Esses medicamentos, quando usados adequadamente e com supervisão médica, podem ajudar a controlar a ansiedade sem comprometer a saúde geral. 

 

Conclusões

Os transtornos de ansiedade apresentam uma ampla gama de sintomas, que incluem tanto manifestações físicas quanto preocupações e medos debilitantes. Esses transtornos podem se manifestar em qualquer fase da vida, mas afetam as pessoas de maneira diferente dependendo da idade.

Felizmente, existem tratamentos eficazes disponíveis, como psicoterapia e medicamentos. Esses tratamentos são frequentemente adaptados pelos profissionais de saúde para atender às necessidades específicas de diferentes faixas etárias e indivíduos, garantindo que o cuidado seja adequado às condições e circunstâncias de cada paciente.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/generalized-anxiety-disorder/how-is-age-related-to-anxiety

 

FAQ: perguntas frequentes sobre a relação da idade com a ansiedade