Entenda o que é Hipercalcemia
Hipercalcemia é o termo médico usado para descrever níveis elevados de cálcio no sangue. O corpo normalmente regula esses níveis por meio de mecanismos que envolvem a absorção de cálcio pelos ossos e a excreção pelos rins. No entanto, certas condições de saúde podem interferir nesse equilíbrio, resultando em excesso de cálcio no organismo.
Em casos leves, a pessoa pode não apresentar sintomas. Já níveis moderados ou elevados de cálcio costumam causar sinais perceptíveis e, quando não tratados, podem levar a complicações graves — inclusive risco de vida.
Neste conteúdo, vamos explorar as principais causas da hipercalcemia, seus sintomas, possíveis complicações e as opções de tratamento disponíveis.
O que causa hipercalcemia?
Mais de 90% dos casos de hipercalcemia são causados por duas condições principais: o hiperparatireoidismo e o câncer. Essas doenças interferem na regulação do cálcio no organismo, levando ao acúmulo excessivo desse mineral no sangue.
Hiperparatireoidismo
O hiperparatireoidismo ocorre quando as glândulas paratireoides — localizadas atrás da glândula tireoide, no pescoço — produzem hormônio em excesso. Essas glândulas são responsáveis por liberar o hormônio paratireoideo (PTH), que tem um papel fundamental na regulação do cálcio no organismo, especialmente no metabolismo ósseo e na função renal.
Quando há uma produção exagerada de PTH, o corpo passa a retirar mais cálcio dos ossos e a reabsorver mais cálcio nos rins. Como resultado, os níveis de cálcio no sangue se elevam, podendo levar à hipercalcemia.
Câncer
O câncer pode elevar os níveis de cálcio no sangue ao se espalhar para os ossos, causando sua degradação. Além disso, alguns tumores liberam proteínas que agem de forma semelhante ao hormônio da paratireoide, estimulando o aumento do cálcio.
Alguns tipos de câncer apresentam maior risco de provocar hipercalcemia, entre eles:
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Linfoma de Hodgkin
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Leucemia
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Mieloma múltiplo
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Câncer de mama
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Câncer de rim
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Câncer na região da cabeça e pescoço
Outras causas
Existem outras causas de hipercalcemia, embora menos comuns. Entre elas estão:
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Desidratação grave
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Uso de certos medicamentos, como lítio, diuréticos tiazídicos e tamoxifeno
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Síndrome do leite alcalino, que pode ocorrer pelo uso excessivo de antiácidos à base de cálcio, como o carbonato de cálcio (ex: TUMS)
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Imobilidade prolongada, que pode levar à perda óssea
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Infecções como tuberculose e hanseníase (lepra)
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Excesso de vitamina A ou vitamina D
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Hipertireoidismo
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Insuficiência renal
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Rabdomiólise (quebra das fibras musculares)
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Insuficiência adrenal
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Hipercalcemia hipocalciúrica familiar, uma condição genética rara
Quais são os sintomas da hipercalcemia?
Casos leves de hipercalcemia podem não apresentar sintomas. No entanto, quanto mais alto o nível de cálcio no sangue, maior a chance de surgirem efeitos colaterais. A gravidade dos sintomas também depende da velocidade com que esses níveis aumentam. Se a elevação for gradual, você pode não perceber alterações significativas por um bom tempo.
Entre os sintomas mais comuns estão:
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Fadiga e sensação geral de mal-estar
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Fraqueza muscular
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Perda de apetite
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Náuseas e vômitos
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Constipação (intestino preso)
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Sede excessiva
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Urinar com frequência
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Dores nos ossos
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Alterações de humor ou depressão
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Confusão mental ou desorientação
Além dos sintomas, níveis elevados de cálcio no sangue podem causar complicações, como:
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Cálculos renais ou biliares — geralmente ligados a distúrbios na glândula paratireoide
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Pancreatite
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Úlcera péptica
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Bradicardia (batimentos cardíacos lentos)
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Hipertensão arterial
Como você diagnostica a hipercalcemia?
A hipercalcemia pode ser facilmente diagnosticada por meio de exames de sangue. Os níveis normais de cálcio no sangue costumam variar entre 8,7 e 10,2 mg/dL, embora esse intervalo possa apresentar pequenas variações de acordo com o laboratório.
Na maioria das vezes, a condição é identificada de forma incidental, durante exames de rotina realizados em check-ups gerais ou na investigação de outras condições, como osteoporose ou cálculos renais.
Como você trata a hipercalcemia?
Casos leves e até moderados de hipercalcemia, especialmente quando não causam sintomas, geralmente não exigem tratamento emergencial. Muitas vezes, a condição pode ser controlada com uma boa hidratação. O médico também pode recomendar a suspensão de medicamentos que estejam contribuindo para o problema.
Já em situações mais graves — quando os níveis de cálcio estão muito elevados ou surgem sintomas importantes, como letargia ou confusão — o tratamento precisa ser mais intensivo e, geralmente, é realizado em ambiente hospitalar. Nessas situações, as abordagens mais comuns incluem:
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Hidratação com soro intravenoso (IV): para ajudar o corpo a eliminar o excesso de cálcio mais rapidamente.
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Furosemida (Lasix): um diurético que estimula os rins a excretarem mais cálcio.
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Calcitonina (Miacalcina): hormônio que reduz os níveis de cálcio no sangue ao inibir a ação do hormônio da paratireoide.
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Bifosfonatos: medicamentos que diminuem a quebra dos ossos e ajudam a reduzir o cálcio circulante.
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Denosumabe (Prolia): indicado quando os bifosfonatos não são bem tolerados ou estão contraindicados.
A hipercalcemia é fatal?
Quando a hipercalcemia atinge níveis graves, trata-se de uma emergência médica que pode ser fatal. Na maioria das vezes, essa condição está associada a outros problemas de saúde sérios que agravam o quadro.
Se os tratamentos iniciais — como hidratação, medicamentos ou diuréticos — não forem suficientes para controlar os níveis de cálcio, o médico pode recomendar a hemodiálise. Esse procedimento permite remover o excesso de cálcio do sangue de forma mais rápida e eficaz, especialmente em casos críticos.
Conclusões
A hipercalcemia — excesso de cálcio no sangue — costuma ser leve e, muitas vezes, não causa sintomas. É comum ser descoberta por acaso, em exames de rotina.
Nos casos leves a moderados, o tratamento é simples: manter uma boa hidratação e suspender o uso de medicamentos que possam estar contribuindo para o problema.
Já os casos graves, embora menos frequentes, exigem atenção médica imediata. Nesses cenários, o tratamento pode incluir internação, administração de soro intravenoso e uso de medicamentos específicos para reduzir os níveis de cálcio.
Referências
Carroll, MF, et al. (2003). Uma abordagem prática para hipercalcemia. American Family Physician .
Craven, BL, et al. (2008). Estados hipercalcêmicos associados à nefrolitíase. Revisões em Urologia .
Centro de Informação sobre Doenças Genéticas e Raras. (2021). Hipercalcemia hipocalciúrica familiar.
Inzucchi, SE (2004). Compreendendo a hipercalcemia. Pós-Graduação em Medicina.
Medarov, BI (2009). Síndrome do leite-álcali . Mayo Clinic Proceedings.
Fundação Nacional do Rim. (2015). Hemodiálise.
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/hyperparathyroidism/hypercalcemia
FAQ: perguntas frequentes sobre Hipercalcemia
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