O que é a doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, um grupo de distúrbios caracterizado pelo declínio das funções cerebrais, como memória, tomada de decisão e capacidade de realizar tarefas diárias, além de afetar o humor, a personalidade e o comportamento, representando cerca de 70% dos casos.
Recebeu esse nome em homenagem ao Dr. Alois Alzheimer, psiquiatra alemão que descreveu o caso de uma paciente conhecida como Auguste D. Após o seu falecimento, ele examinou seu tecido cerebral e identificou alterações significativas, como a presença de placas nos neurônios e emaranhados nas fibras nervosas.
Causas da doença de Alzheimer
Os pesquisadores ainda tentam compreender as causas do Alzheimer. Exames microscópicos revelam que a doença se manifesta por meio da formação de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares no tecido cerebral, alterações que prejudicam a comunicação entre os neurônios. Embora o que desencadeia essas mudanças não esteja totalmente esclarecido, estudos identificaram diversos fatores de risco:
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Idade: A doença geralmente acomete pessoas com 60 anos ou mais, enquanto o Alzheimer de início precoce é menos comum, representando cerca de 10% dos casos.
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Genética: Diferentes genes podem aumentar o risco. Mutações nos genes APP, PSEN1 e PSEN2 estão associadas à forma de início precoce, e o gene APOE-e4 está relacionado ao Alzheimer de início tardio.
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Raça: Pessoas afro-americanas e hispânicas apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença.
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Sexo: Indivíduos com anatomia feminina têm um risco maior de Alzheimer em comparação aos do sexo masculino.
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Estilo de vida: Fatores como falta de sono, uso de tabaco e álcool, menor nível educacional, dieta inadequada e sedentarismo podem contribuir para o risco.
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Condições de saúde: Doenças vasculares, obesidade, colesterol alto, diabetes, hipertensão e traumatismo cranioencefálico também estão associados a um risco maior de desenvolver a doença.
Sintomas da doença de Alzheimer
Os sintomas iniciais do Alzheimer costumam ser sutis e podem passar despercebidos, mas se tornam mais evidentes com o tempo. Entre os sinais observados, destacam-se:
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Perda de memória: Inicialmente, o esquecimento pode ser confundido com lapsos comuns, mas pessoas com Alzheimer tendem a esquecer eventos recentes ou conversas ocorridas.
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Dificuldade com tarefas diárias: Atividades como pagar contas ou operar aparelhos se tornam mais complicadas e, eventualmente, comprometem cuidados pessoais básicos, como tomar banho e se vestir.
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Problemas no planejamento e organização: Elaborar listas de compras, cumprir compromissos ou lembrar de tomar medicamentos pode se tornar desafiador.
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Dificuldade com orientação: Comumente, a pessoa se perde ou comete erros ao seguir rotas já conhecidas.
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Problemas de linguagem: Encontrar a palavra certa ou substituir termos pode apresentar dificuldades.
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Julgamento comprometido: A função executiva, responsável pela tomada de decisão, planejamento e insight, é frequentemente afetada.
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Perda de objetos: Itens podem ser encontrados em locais inusitados, como chaves na geladeira.
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Mudanças de humor: Há um aumento no risco de alterações emocionais, como depressão e isolamento.
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Isolamento social: Ambientes e reuniões podem passar a parecer estressantes, levando a pessoa a se afastar socialmente.
Como a doença de Alzheimer é diagnosticada?
Não existe um teste único para diagnosticar o Alzheimer. Em vez disso, o diagnóstico é clínico, realizado por um profissional de saúde que avalia diversos aspectos:
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Sintomas: é feito um levantamento completo dos sinais e sintomas observados por você e pelas pessoas próximas.
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Histórico familiar: a investigação do histórico ajuda a identificar um possível risco genético.
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Exame físico: um exame detalhado, especialmente do sistema nervoso, busca excluir outras causas para os sintomas.
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Testes cognitivos: esses testes avaliam a memória e outras funções cerebrais, podendo revelar padrões sugestivos de Alzheimer.
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Testes laboratoriais: exames de sangue descartam outras condições, embora atualmente não exista um exame sanguíneo específico para o Alzheimer.
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Imagem cerebral: técnicas como ressonância magnética e tomografia computadorizada não confirmam o diagnóstico, mas podem excluir outras condições. Há também a tomografia por emissão de pósitrons amiloide (PET), que detecta a placa amiloide no cérebro; no entanto, esse exame é caro e nem sempre é coberto por planos de saúde.
Medicamentos para a doença de Alzheimer
Atualmente, existem três classes de medicamentos prescritos para Alzheimer:
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Inibidores da colinesterase: Esses fármacos retardam a degradação da acetilcolina, uma substância química essencial para a comunicação entre os neurônios. Exemplos incluem donepezil (Aricept, Adlarity), rivastigmina (Exelon) e galantamina (Razadyne ER).
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Antagonistas do receptor NMDA: No Alzheimer, o receptor NMDA pode ficar superestimulado, acelerando os danos às células cerebrais. Para reduzir essa estimulação excessiva, utiliza-se a memantina (Namenda, Namenda XR), disponível também em combinação com donepezil (Namzaric).
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Anticorpos monoclonais: Esses medicamentos são os primeiros a potencialmente modificar o curso da doença, atuando na redução das placas amiloides no cérebro. As opções atuais incluem donanemab (Kisunla), lecanemab (Leqembi) e aducanumab (Aduhelm), sendo que o Aduhelm não estará mais disponível após 1º de novembro de 2024.
Além dessas classes, estão em andamento estudos com novos medicamentos e uma potencial vacina, bem como tratamentos para sintomas adicionais, como agitação e insônia.
Viver com a doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer pode ser um diagnóstico difícil de assimilar e conviver, tanto para o indivíduo quanto para seus entes queridos. Diante dessa situação, as pessoas e famílias precisam enfrentar questões importantes, como:
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Prognóstico: Embora a expectativa de vida varie bastante, as estimativas costumam situar-se entre 3 e 10 anos, podendo ser mais longas. Um estilo de vida saudável, especialmente com exercícios regulares, pode ajudar a retardar o declínio cognitivo.
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Bem-estar do cuidador: Cuidar de alguém com Alzheimer é um desafio que exige apoio. Conectar-se com recursos de educação e suporte é fundamental para prevenir o esgotamento, que pode impactar seriamente a saúde e o bem-estar do cuidador.
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Diretivas antecipadas: O planejamento dos cuidados de fim de vida assegura que a pessoa com Alzheimer receba atendimento conforme seus desejos. Idealmente, esse planejamento, que inclui documentos como testamento vital, procuração médica e durável e, por vezes, uma ordem de não ressuscitar (DNR), deve ser realizado antes que a perda de memória se agrave, embora nem sempre seja possível.
A doença de Alzheimer pode ser prevenida?
Embora não exista um medicamento ou tratamento que previna o Alzheimer, hábitos saudáveis podem reduzir o risco de desenvolver demência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda as seguintes práticas:
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Pratique exercícios regularmente.
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Evite o uso de tabaco.
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Evite o consumo diário ou excessivo de álcool.
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Mantenha um peso corporal adequado.
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Adotar uma alimentação que favoreça a saúde do cérebro, como a dieta mediterrânea.
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Controlar a pressão arterial.
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Manter níveis adequados de colesterol.
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Mantenha os níveis de açúcar no sangue.
Conclusões
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa comum, responsável por cerca de 70% dos casos de demência. Embora suas causas ainda não sejam completamente compreendidas, fatores como idade, genética, raça, sexo e estilo de vida desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. Os sintomas iniciais podem ser sutis, mas com o tempo afetam a memória, a capacidade de realizar tarefas diárias, o julgamento e o bem-estar emocional dos indivíduos.
Não há cura para o Alzheimer, mas tratamentos medicamentosos disponíveis podem aliviar sintomas e, em alguns casos, modificar seu curso. Além disso, hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios, uma dieta equilibrada, a redução do consumo de tabaco e álcool, e a manutenção de condições de saúde adequadas, são recomendados para reduzir o risco de demência.
O diagnóstico da doença é clínico e envolve diversos testes para excluir outras condições. Embora ainda não exista uma forma de prevenir a doença de maneira definitiva, manter um estilo de vida saudável e o acompanhamento médico contínuo são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.
Em resumo, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, caracterizada pelo declínio progressivo das funções cognitivas e mudanças comportamentais. Embora suas causas exatas ainda não sejam completamente esclarecidas, fatores como idade, genética, estilo de vida e condições de saúde contribuem para o seu desenvolvimento. O diagnóstico é clínico e envolve a avaliação de sintomas, histórico familiar, exames físicos, testes cognitivos e de imagem.
Embora não haja cura, os tratamentos disponíveis visam amenizar os sintomas e retardar o avanço da doença, enquanto a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir o risco de demência. Além disso, o apoio adequado aos cuidadores e o planejamento antecipado dos cuidados são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/alzheimers-disease
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