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Antidepressivos e ansiolíticos podem causar disfunção erétil?
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
13/01/2025
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Entenda o uso dos antidepressivos e ansiolíticos

Você iniciou o acompanhamento com um terapeuta e começou um tratamento para depressão ou ansiedade. No entanto, apesar de ainda não notar mudanças significativas na sua saúde mental, percebeu um efeito colateral indesejado: a disfunção erétil (DE).

É importante saber que diversos medicamentos, incluindo muitos utilizados para tratar condições de saúde mental, podem causar ou agravar a DE.

Neste artigo, abordaremos cinco dos tratamentos mais comuns para ansiedade e depressão que podem estar associados a esse efeito colateral.


1. Inibidores seletivos da recaptação da serotonina

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) são a classe de antidepressivos mais amplamente prescrita. No entanto, são conhecidos por causar disfunção erétil (DE) em muitas pessoas. Entre os medicamentos mais comuns dessa classe estão:

Apesar de pertencerem à mesma classe, os ISRSs não têm o mesmo impacto sobre a função sexual. A DE é mais frequente com alguns medicamentos do que com outros. Por exemplo, a paroxetina pode afetar até 76% dos usuários, enquanto a fluoxetina e a sertralina apresentam um risco relativamente menor de efeitos colaterais sexuais.

Ainda assim, todos os ISRSs podem, em algum grau, interferir no desempenho sexual, e é importante discutir esses efeitos com seu médico para encontrar a melhor abordagem terapêutica para o seu caso.


2. Inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina

Os inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSNs) são outra classe amplamente utilizada no tratamento de condições de saúde mental. Exemplos comuns incluem:

Esses medicamentos funcionam de maneira semelhante aos ISRSs, mas, além de tratarem depressão e ansiedade, alguns ISRNs também são eficazes no controle da dor neuropática. Eles agem aumentando a disponibilidade de dois neurotransmissores importantes: serotonina e norepinefrina.

No entanto, assim como os ISRSs, os ISRNs estão associados a problemas sexuais como efeito colateral, podendo afetar até 70% das pessoas que os utilizam. Esse impacto na função sexual deve ser discutido com o médico, especialmente se estiver interferindo na qualidade de vida.


3. Benzodiazepínicos

Os benzodiazepínicos são sedativos amplamente utilizados para acalmar o cérebro em diversas condições. Entre os medicamentos mais comuns dessa classe estão:

Esses medicamentos são eficazes e podem ser usados conforme necessário em situações como ataques de ansiedade ou insônia. Em alguns casos, também são administrados diariamente para transtornos de pânico ou convulsões graves.

No entanto, os benzodiazepínicos apresentam riscos importantes, incluindo o potencial de causar ou agravar a disfunção erétil (DE). Estudos indicam que homens que utilizam benzodiazepínicos têm duas a três vezes mais probabilidade de apresentar DE, o que pode impactar significativamente a qualidade de vida. É fundamental discutir esses efeitos com seu médico para avaliar os benefícios e riscos do tratamento.


4. Antipsicóticos

Alguns medicamentos antipsicóticos estão associados a taxas significativas de disfunção erétil (DE), variando de mais de 30% até 70% em alguns casos. Exemplos incluem:

Esses medicamentos atuam bloqueando a dopamina, um neurotransmissor importante no cérebro, e podem aumentar os níveis do hormônio prolactina. Níveis elevados de prolactina podem contribuir para o desenvolvimento de DE.

Por outro lado, nem todos os antipsicóticos apresentam efeitos significativos sobre os níveis de prolactina. Medicamentos como aripiprazol (Abilify, Aristada), olanzapina (Zyprexa) e quetiapina (Seroquel) têm menor probabilidade de causar DE, sendo considerados alternativas mais seguras nesse aspecto. Esses três antipsicóticos, inclusive, costumam ter um impacto menor na função sexual em comparação com muitos ISRSs, ISRNs e benzodiazepínicos.

Se a DE for uma preocupação durante o uso de antipsicóticos, converse com seu médico sobre opções que possam minimizar esse efeito colateral.


5. Antidepressivos tricíclicos

Os antidepressivos tricíclicos (TCAs) são ocasionalmente prescritos para o tratamento de depressão e ansiedade. Embora sejam menos comuns do que os antidepressivos mais modernos, como ISRSs e ISRNs, os TCAs ainda são utilizados, especialmente em casos que envolvem dor crônica ou enxaquecas associadas a condições de saúde mental.

Entre os TCAs mais conhecidos estão:

Esses medicamentos têm sido associados à disfunção erétil (DE). Estima-se que efeitos colaterais sexuais possam ocorrer em cerca de 30% das pessoas que os utilizam.

Embora os TCAs possam ser eficazes em certos cenários, é importante discutir com o médico os potenciais efeitos colaterais, especialmente se interferirem na qualidade de vida.


Como esses medicamentos causam disfunção erétil?

Ainda não se sabe ao certo por que alguns medicamentos causam disfunção erétil (DE). No entanto, especialistas acreditam que isso pode estar relacionado ao impacto que muitos deles têm nos níveis de serotonina no organismo. Conhecida como o "hormônio da felicidade", a serotonina desempenha um papel crucial no humor, mas também influencia a capacidade de criar e manter uma ereção. Quando os níveis de serotonina estão desequilibrados — seja em excesso ou insuficiência —, podem surgir sintomas de DE.

É importante destacar que esta não é uma lista completa de medicamentos que podem causar DE como efeito colateral. Por isso, consulte o farmacêutico que acompanha suas prescrições ou informe seu médico caso comece a apresentar sintomas de DE após iniciar um novo medicamento.

Se um medicamento estiver causando DE, o profissional de saúde pode adotar diferentes abordagens para lidar com o problema:

1. Aguardar e observar

Os sintomas de DE podem ser temporários quando você inicia um novo antidepressivo ou ansiolítico. Seu médico pode sugerir que você espere algumas semanas para permitir que seu corpo se ajuste antes de realizar qualquer mudança. Em muitos casos, a DE desaparece com o tempo.

2. Alterar o medicamento

Se o seu tratamento atual não estiver controlando adequadamente a ansiedade ou a depressão e ainda estiver causando DE, discuta com seu médico a possibilidade de experimentar outra medicação. Existem diversas opções de antidepressivos e ansiolíticos, e algumas têm menor probabilidade de causar DE.

3. Adicionar um medicamento

Se o tratamento estiver funcionando bem para sua condição, mas causando DE, você pode preferir não alterá-lo. Nesse caso, adicionar um medicamento pode ser uma solução. A bupropiona (Wellbutrin SR/XL, Forfivo XL, Aplenzin) é uma opção que pode ajudar a aliviar os sintomas de DE. Medicamentos como sildenafila (Viagra) ou tadalafila (Cialis) também podem ser usados para tratar a DE diretamente.

Sempre converse com seu médico antes de fazer qualquer alteração em seu tratamento. Eles poderão ajudá-lo a encontrar a melhor solução para equilibrar os benefícios do tratamento com a minimização dos efeitos colaterais.


A buspirona tem efeitos colaterais sexuais?

A buspirona é um medicamento utilizado para tratar transtorno de ansiedade generalizada (TAG), com efeitos colaterais mais leves em comparação a muitos outros ansiolíticos. Pode ser administrada sozinha ou em combinação com medicamentos como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) ou serotonina e norepinefrina (ISRNs).

Além disso, estudos sugerem que a buspirona pode ajudar a reduzir efeitos colaterais sexuais, como a disfunção erétil (DE), quando usada como parte de um tratamento para ansiedade. A American Psychological Association (APA) também recomenda a buspirona como uma opção para tratar DE em pessoas com depressão.

É importante observar que essa indicação é considerada off-label, ou seja, um uso não formalmente aprovado para DE. A eficácia da buspirona no tratamento de sintomas de DE ainda não foi avaliada pela FDA (Food and Drug Administration), e no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova seu uso apenas para transtorno de ansiedade generalizada

Se você está considerando o uso da buspirona para tratar DE ou qualquer outra condição além da ansiedade, é fundamental conversar com seu médico para avaliar a segurança e eficácia dessa abordagem no seu caso específico.


Conclusões

A disfunção erétil (DE) é um efeito colateral comum associado a diversos medicamentos utilizados no tratamento de condições como depressão e ansiedade. Antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), benzodiazepínicos e alguns antipsicóticos, podem impactar negativamente o desempenho sexual. Esses medicamentos podem interferir no desejo sexual, dificultar a ereção ou até mesmo reduzir a capacidade de atingir o orgasmo.

Se você está enfrentando DE e acredita que isso possa estar relacionado à medicação que está tomando, é fundamental buscar orientação médica. Seu médico pode ajudá-lo a identificar a causa do problema e sugerir alternativas, como:

  • Ajustar a dosagem: Reduzir a dose do medicamento pode diminuir os efeitos colaterais sem comprometer a eficácia do tratamento.

  • Alterar o medicamento: Há diversas opções de antidepressivos e ansiolíticos, algumas das quais têm menor probabilidade de causar DE. O médico pode avaliar a possibilidade de substituir o medicamento atual.

  • Adicionar um tratamento auxiliar: Medicamentos como a bupropiona, conhecida por ter menor impacto negativo na função sexual, podem ser introduzidos ao regime. Além disso, medicamentos como o sildenafil (Viagra) ou tadalafil (Cialis) podem ser utilizados para tratar diretamente os sintomas de DE.


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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referências

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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/drugs/side-effects/antidepressants-anti-anxiety-drugs-erectile-dysfunction-side-effect

 

FAQ: perguntas frequentes sobre Antidepressivos e Ansiolíticos

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