Conheça 7 possíveis efeitos colaterais dos inibidores da ECA
Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) são medicamentos usados para tratar a pressão alta (hipertensão). Alguns também são aprovados para o uso após um ataque cardíaco, no tratamento de insuficiência cardíaca e na doença renal relacionada ao diabetes. Exemplos desses medicamentos incluem lisinopril (Zestril), enalapril (Vasotec) e benazepril (Lotensin).
Embora esses medicamentos sejam eficazes para muitas pessoas, é importante estar ciente de seus potenciais efeitos colaterais. A seguir, discutiremos sete efeitos colaterais comuns dos inibidores da ECA e como administrá-los.
1. Inibidor da ECA para tosse
Uma tosse induzida por inibidores da ECA é um dos efeitos colaterais mais comuns desses medicamentos. Normalmente, é uma tosse seca e persistente, acompanhada de uma sensação de cócegas ou irritação na garganta. Embora não seja perigosa, pode ser bastante incômoda para quem a experimenta.
Pesquisadores acreditam que essa tosse ocorre porque os inibidores da ECA aumentam os níveis de duas proteínas no corpo, chamadas bradicinina e substância P. Essas proteínas podem provocar a contração das vias aéreas, o que leva ao desenvolvimento da tosse. Esse efeito colateral pode surgir logo após a primeira dose ou até meses depois de iniciar o tratamento.
Se você suspeita que está tendo uma tosse induzida por inibidores da ECA, é importante conversar com seu médico. Em alguns casos, a tosse pode melhorar com o tempo, e o benefício de continuar tomando o inibidor da ECA pode superar o incômodo da tosse. No entanto, se a tosse for grave e afetar sua qualidade de vida, seu médico pode recomendar a interrupção do medicamento. Após a descontinuação do inibidor da ECA, a tosse geralmente desaparece em algumas semanas.
Se for necessário parar de tomar o inibidor da ECA, seu médico provavelmente substituirá o medicamento por um bloqueador do receptor da angiotensina II (BRA). Exemplos de BRAs incluem losartana (Cozaar), valsartana (Diovan) e olmesartana (Benicar). Esses medicamentos funcionam de forma semelhante aos inibidores da ECA na maioria dos casos, mas não costumam causar tosse.
2. Pressão arterial baixa
Os inibidores da ECA são frequentemente prescritos para diminuir a pressão arterial, mas em alguns casos, podem reduzi-la excessivamente, levando à hipotensão. Esse risco é maior se você tiver certas condições de saúde, como estenose da válvula aórtica, ou se estiver tomando outros medicamentos que também diminuem a pressão arterial, como diuréticos (conhecidos como "pílulas de água"). Os sintomas de hipotensão incluem tontura, cansaço e fraqueza.
Para aqueles que tomam inibidores da ECA, é recomendável monitorar regularmente a pressão arterial em casa. Para muitas pessoas com hipertensão, uma meta comum de pressão arterial é 130/80 mmHg, mas é importante seguir a orientação específica do seu profissional de saúde.
Se você notar uma leitura de pressão arterial baixa ou experimentar sintomas de hipotensão, é crucial informar seu médico. Ele poderá revisar seu regime de medicação e decidir se é necessário ajustar a dose do inibidor da ECA ou de outros medicamentos para pressão arterial.
Em casos graves de hipotensão, caracterizados por sintomas como pele fria e úmida, respiração rápida ou pulso fraco, é importante procurar atendimento médico de emergência imediatamente, ligando para o 190.
3. Tontura
Medicamentos que reduzem a pressão arterial, como os inibidores da ECA, podem causar tontura, especialmente no início do tratamento. Isso ocorre porque o corpo precisa de tempo para se adaptar aos efeitos da medicação. Na maioria dos casos, essa tontura é leve e tende a melhorar à medida que o corpo se acostuma com o medicamento.
No entanto, em alguns casos, a tontura pode ser mais intensa ou persistente. Se isso ocorrer, o médico pode considerar a redução da dose do inibidor da ECA ou até mesmo a troca por outro medicamento para controle da pressão arterial.
É importante estar atento a sintomas graves de tontura, como dificuldade para falar ou desmaios. Nessas situações, é essencial procurar atendimento médico de emergência ou ligar para o 190.
Este texto foi ajustado para maior clareza, coesão e fluidez, levando em consideração o contexto brasileiro.
4. Problemas renais
Os inibidores da ECA geralmente ajudam a proteger os rins e melhorar o fluxo sanguíneo para eles, o que os torna uma opção de primeira escolha para pessoas com pressão alta e doença renal crônica. No entanto, em casos raros, esses medicamentos podem causar danos renais.
Esse efeito colateral pode ocorrer a qualquer momento durante o tratamento e é mais comum em pessoas com insuficiência cardíaca ou doença renal pré-existente, bem como naquelas que tomam diuréticos ou medicamentos que contraem os vasos sanguíneos, como os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), por exemplo, ibuprofeno.
Na maioria das vezes, quaisquer alterações na função renal são leves e temporárias. Por isso, os médicos geralmente monitoram a função renal por meio de exames de sangue antes e durante o tratamento com inibidores da ECA. Se houver alterações significativas nos exames, o médico pode recomendar a interrupção do uso do medicamento.
É crucial estar atento a sinais de danos renais, como diminuição da produção de urina, inchaço nas pernas ou falta de ar. Se você notar qualquer um desses sintomas, entre em contato com seu médico imediatamente. Em casos de sintomas graves, é importante procurar atendimento de emergência ou ligar para o 192 (número de emergência no Brasil).
5. Altos níveis de potássio
Os inibidores da ECA podem causar níveis elevados de potássio no sangue, uma condição conhecida como hipercalemia. Embora a hipercalemia causada pelos inibidores da ECA geralmente seja leve, ela pode, em casos graves, levar a ritmos cardíacos anormais, que podem ser fatais.
O risco de hipercalemia é maior se você tiver outros fatores de risco, como diabetes, problemas renais existentes, ou se estiver tomando certos medicamentos como betabloqueadores ou suplementos de potássio. É crucial que você informe ao seu médico e farmacêutico sobre todos os medicamentos que está tomando, incluindo aqueles de venda livre.
A hipercalemia nem sempre apresenta sintomas, mas, quando aparecem, podem incluir fraqueza muscular, formigamento, náusea e vômito. Se você sentir algum desses sintomas, deve informar seu médico imediatamente. Ele poderá ajustar a dose do inibidor da ECA ou, em alguns casos, recomendar a suspensão do medicamento.
6. Angioedema
O angioedema refere-se ao inchaço dos tecidos profundos, ocorrendo com mais frequência no rosto, pescoço e boca. Esse efeito colateral pode surgir a qualquer momento durante o tratamento com inibidores da ECA, mesmo após um período prolongado de uso. No entanto, é uma condição rara, afetando menos de 1% das pessoas que utilizam esses medicamentos.
Acredita-se que o angioedema relacionado aos inibidores da ECA ocorra devido ao acúmulo de bradicinina no corpo, o que pode levar ao inchaço. Em casos graves, esse inchaço pode obstruir as vias aéreas e causar problemas respiratórios.
Algumas pessoas têm um risco maior de desenvolver angioedema, incluindo mulheres, pessoas com mais de 65 anos e adultos afro-americanos. É importante conversar com seu médico sobre o seu risco de angioedema antes de iniciar o tratamento com inibidores da ECA. Ele pode ajudar a avaliar os prós e contras de começar a tomar esse tipo de medicamento.
Se você notar qualquer inchaço enquanto estiver tomando um inibidor da ECA, informe seu médico imediatamente. Eles podem recomendar a interrupção do medicamento caso suspeitem que você esteja apresentando angioedema. Se o inchaço for grave, piorar rapidamente, ou se você tiver dificuldade para respirar, é crucial procurar atendimento de emergência.
É importante saber: se você já teve angioedema enquanto usava um inibidor da ECA no passado, ou se você tem uma forma específica de angioedema, conhecida como angioedema hereditário, deve evitar o uso desses medicamentos.
7. Defeitos congênitos se usado durante a gravidez
Se você estiver grávida ou tentando engravidar, é recomendado evitar o uso de inibidores da ECA. Esses medicamentos têm um aviso em destaque (o mais rigoroso da FDA para medicamentos) contra seu uso durante a gravidez, pois podem causar danos ao feto. Isso inclui interferir no desenvolvimento dos rins do bebê e reduzir a quantidade de líquido amniótico ao redor dele, o que pode levar a abortos espontâneos ou defeitos congênitos.
Caso você engravide enquanto estiver tomando um inibidor da ECA, é crucial que informe seu médico imediatamente. Na maioria das vezes, ele recomendará a interrupção do uso do medicamento. No entanto, não pare de tomar seu medicamento por conta própria, sem antes conversar com seu médico, pois isso pode resultar em hipertensão descontrolada, uma condição que pode ser perigosa para você e seu bebê.
Quando você deve entrar em contato com seu médico sobre os efeitos colaterais dos inibidores da ECA?
Se você estiver sentindo algum efeito colateral incômodo após começar a tomar um inibidor da ECA, como tosse, tontura ou fadiga, é fundamental conversar com seu médico no Brasil. Vale lembrar que alguns efeitos colaterais, como a tosse, podem surgir mesmo após um longo período de uso do medicamento.
Se você perceber sintomas graves, como vômitos, inchaço significativo ou dificuldade para respirar, procure atendimento de emergência imediatamente ou ligue para o SAMU no número 192. Esses sinais podem indicar uma reação adversa séria ao medicamento.
Alguns medicamentos e condições de saúde podem aumentar a probabilidade de efeitos colaterais ao usar inibidores da ECA. Por isso, é essencial fornecer ao seu médico e farmacêutico uma lista completa de todos os medicamentos prescritos e produtos de venda livre que você utiliza, incluindo fitoterápicos e suplementos comuns no Brasil. Além disso, certifique-se de que eles estejam cientes de todo o seu histórico médico, o que os ajudará a determinar se é seguro para você tomar um inibidor da ECA.
Conclusão
Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) são amplamente utilizados no tratamento da hipertensão e de outras condições cardíacas. No entanto, esses medicamentos podem causar alguns efeitos colaterais, como a tosse induzida por inibidores da ECA, redução excessiva da pressão arterial e níveis elevados de potássio.
Além desses efeitos comuns, os inibidores da ECA também podem apresentar efeitos colaterais mais raros, porém graves, como danos renais e angioedema (inchaço grave, especialmente no rosto, garganta e língua).
Antes de iniciar o tratamento com um inibidor da ECA, é crucial discutir com seu médico os riscos e benefícios associados ao uso desses medicamentos. Seu médico poderá orientar sobre o que esperar e como monitorar possíveis efeitos colaterais.
Se você experimentar qualquer efeito colateral grave, como vômitos, dificuldade para respirar ou inchaço significativo, procure atendimento médico de emergência imediatamente ou ligue para o SAMU no número 192.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/classes/ace-inhibitors/side-effects-of-ace-inhibitors