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Medicação - Terceira idade
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Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
18/03/2025
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Medicamentos que podem causar confusão em idosos

À medida que envelhecemos, os medicamentos podem ter efeitos diferentes no organismo, e os idosos tendem a se tornar mais sensíveis aos seus efeitos colaterais. Alguns desses efeitos — como confusão, pressão arterial baixa e quedas — podem representar riscos significativos para a saúde.

A American Geriatrics Society elaborou uma lista de medicamentos que devem ser evitados em idosos por esse motivo. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) também alerta para os riscos da polifarmácia e recomenda a revisão periódica dos medicamentos, priorizando alternativas mais seguras sempre que possível.

Quais medicamentos estão nessa lista e o que você deve fazer se estiver fazendo uso deles? Embora não seja uma lista completa, a seguir discutimos os principais fármacos a serem observados e alternativas que podem ser consideradas para minimizar os riscos.


1. Benadryl e anti-histamínicos mais antigos

Os anti-histamínicos são usados para tratar diversas condições, como alergias e distúrbios do sono. Entretanto, os anti-histamínicos de primeira geração devem ser evitados em adultos mais velhos, pois o envelhecimento dificulta a eliminação desses fármacos pelo organismo e pode exigir doses mais altas para que sejam eficazes. Esse cenário aumenta consideravelmente o risco de efeitos colaterais, como confusão, constipação e boca seca.

A difenidramina (Benadryl) é notoriamente associada a esses efeitos adversos, mas outros exemplos de anti-histamínicos de primeira geração, como a doxilamina (Unisom), a clorfeniramina (Clor-Trimeton) e o dimenidrinato (Dramamina), também apresentam riscos similares. Além disso, esses medicamentos podem interagir com outros fármacos que você esteja tomando; por exemplo, o Benadryl pode interagir com o metoprolol (Lopressor, Toprol XL).

Para sintomas alérgicos, considere utilizar anti-histamínicos de segunda geração, como cetirizina (Zyrtec), fexofenadina (Allegra) ou loratadina (Claritin), que têm menor probabilidade de causar esses efeitos colaterais. Se você tiver dificuldades para dormir, é importante conversar com seu médico para avaliar a melhor opção de tratamento.



2. Medicamentos para dormir

A insônia é frequentemente tratada com medicamentos prescritos conhecidos como "drogas Z", que incluem eszopiclona (Lunesta), zaleplon (Sonata) e zolpidem (Ambien). Contudo, em adultos mais velhos esses fármacos podem causar problemas sérios, como delírio, quedas e comprometimento cognitivo.

Além disso, benzodiazepínicos para o sono, como estazolam, triazolam (Halcion) e temazepam (Restoril), devem ser evitados em idosos, pois apresentam riscos semelhantes aos das drogas Z. Por outro lado, alguns benzodiazepínicos, como alprazolam (Xanax), lorazepam (Ativan) e clonazepam (Klonopin), são indicados para outras condições, como convulsões ou ansiedade, em que os benefícios podem superar os riscos.

Como alternativa, é recomendável focar no tratamento não farmacológico da insônia, adotando uma boa higiene do sono, como estabelecer um horário regular para dormir.


3. Relaxantes musculares

Relaxantes musculares podem ser difíceis de tolerar por adultos mais velhos devido aos seus efeitos colaterais. Eles podem causar sonolência e confusão, aumentando o risco de quedas, além de provocar constipação e problemas urinários.

Exemplos comuns incluem carisoprodol (Soma), ciclobenzaprina e metocarbamol.

Como alternativa, experimente exercícios e terapias de suporte em vez de relaxantes musculares. Consulte seu médico para conhecer opções alternativas que possam ser mais seguras para você.


4. Antiespasmódicos

Espasmos no trato digestivo podem ser bastante dolorosos e, por vezes, são tratados com antiespasmódicos, como diciclomina e hiosciamina (Levsin). Contudo, esses medicamentos podem não ser tão eficazes em pessoas mais velhas e podem causar efeitos colaterais, como confusão, boca seca e constipação, o que os torna geralmente menos recomendados nessa faixa etária. Se você estiver enfrentando dor abdominal, é importante discutir as opções de tratamento com seu médico.


5. Seroquel e outros medicamentos antipsicóticos

Medicamentos antipsicóticos são utilizados para tratar condições de saúde mental, como esquizofrenia e transtorno bipolar. Exemplos comuns incluem aripiprazol (Abilify), quetiapina (Seroquel) e risperidona (Risperdal). Em alguns casos, o Seroquel também é prescrito off-label para tratar distúrbios do sono em adultos mais velhos.

Esses medicamentos podem causar efeitos colaterais significativos em idosos, como confusão, tontura e pressão arterial baixa, além de movimentos corporais incontroláveis e problemas de micção. Mesmo assim, eles podem ser usados com cautela para determinadas condições.

Além disso, antipsicóticos têm sido empregados para tratar problemas comportamentais em idosos com demência. Contudo, esse uso tem se mostrado arriscado, aumentando as chances de morte e derrame, fato que levou o FDA e a ANVISA emitiram um alerta rigoroso contra seu emprego nessa população.

Melhores opções: Embora os antipsicóticos possam ser apropriados para tratar esquizofrenia e transtorno bipolar, para os problemas comportamentais associados à demência devem ser priorizados tratamentos não medicamentosos antes de considerar o uso desses fármacos.


6. Antidepressivos tricíclicos

Os antidepressivos tricíclicos (TCAs) foram amplamente substituídos por classes mais modernas de antidepressivos. Esses medicamentos são conhecidos por causar confusão, pressão arterial baixa, sedação e outros efeitos colaterais, o que justifica sua evitabilidade em idosos.

Além de serem utilizados para tratar a depressão, os TCAs também são empregados no manejo de enxaquecas, ansiedade e insônia. Exemplos comuns incluem a amitriptilina, a doxepina (Silenor) e a nortriptilina (Pamelor).

Melhores opções: Os antidepressivos mais recentes podem apresentar riscos semelhantes, porém geralmente em menor grau. Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são um exemplo de alternativa mais segura.


7. Barbitúricos

Barbitúricos, como o fenobarbital, podem ser usados para tratar epilepsia ou auxiliar no sono. Alguns, como o butalbital, são combinados com outros medicamentos para dor ou enxaquecas, como nos casos do Fioricet (butalbital/acetaminofeno/cafeína) e do Fiorinal (butalbital/aspirina/cafeína).

Em geral, idosos devem evitar esses medicamentos, pois além de causarem confusão, podem levar à dependência e aumentar o risco de overdose.

Melhores opções: Para epilepsia, alternativas mais seguras incluem lacosamida (Vimpat), lamotrigina (Lamictal) e levetiracetam (Keppra). Se o butalbital estiver sendo usado para dor, converse com seu médico sobre outras opções terapêuticas mais seguras.


8. Indometacina

Indometacina (Indocin) é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) frequentemente utilizado para tratar dores associadas à artrite e à gota. Contudo, esse medicamento pode causar confusão em idosos, além de aumentar o risco de danos renais e úlceras gastrointestinais.

Melhores opções: Em geral, adultos mais velhos devem limitar o uso de AINEs a casos ocasionais e por períodos curtos. Consulte seu médico para avaliar se existem alternativas mais seguras e determinar o tempo adequado de tratamento.


9. Opióides

Medicamentos opióides para o controle da dor frequentemente causam confusão e sonolência em adultos mais velhos, além de poderem provocar constipação, problemas urinários e depressão respiratória.

A meperidina, por exemplo, deve ser evitada em idosos, pois tem maior probabilidade de causar confusão e geralmente não oferece benefícios significativos.

Também é recomendado evitar combinar opioides com certos medicamentos, como benzodiazepínicos, gabapentina (Neurontin) e pregabalina (Lyrica), já que essas combinações podem aumentar o risco de efeitos colaterais graves e até levar à morte.

Melhores opções: Seu provedor de saúde pode sugerir alternativas não opioides para tratar a dor. Contudo, se o uso de um opióide for necessário, ele poderá orientar sobre o tratamento mais adequado e como gerenciar esses riscos com segurança.


10. Bloqueadores alfa

Alguns bloqueadores alfa são utilizados para tratar a pressão alta (hipertensão). Exemplos incluem doxazosina (Cardura), terazosina e prazosina (Minipress), que atuam relaxando os vasos sanguíneos e ajudando a reduzir a pressão arterial.

Contudo, esse efeito pode levar à hipotensão ortostática, que ocorre quando a pressão arterial cai ao mudar de posição (por exemplo, ao passar de sentado para em pé). Essa condição é especialmente arriscada em adultos mais velhos, pois aumenta o risco de desmaios e quedas.

Por essa razão, seu médico provavelmente evitará prescrever um bloqueador alfa para controlar a pressão arterial.

Melhores opções: Seu provedor de saúde pode optar por medicamentos alternativos, como diuréticos tiazídicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou bloqueadores dos canais de cálcio.


11. Sulfonilureias de ação prolongada

Glimepirida (Amaryl) e gliburida (Diabeta) são usadas para controlar o açúcar no sangue em casos de diabetes tipo 2. Ambas pertencem à classe das sulfonilureias e tendem a permanecer no organismo por mais tempo do que outras sulfonilureias.

O efeito colateral mais comum dessa classe é a hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), que pode ser mais grave e prolongada com o uso de glimepirida e gliburida. Se não tratada adequadamente, a hipoglicemia pode ser fatal.

Melhores opções: A glipizida (Glucotrol) é uma sulfonilureia de ação mais curta e pode ser uma alternativa mais segura. Além disso, há outros medicamentos com menor risco de hipoglicemia, como a metformina e os agonistas do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1).


Escolhendo uma alternativa medicamentosa mais segura

Em alguns casos, existem alternativas mais seguras para adultos mais velhos. Por exemplo, para substituir o Benadryl, podem ser utilizados anti-histamínicos de segunda geração, como o Claritin. Além disso, há medicamentos para depressão, pressão arterial e epilepsia que apresentam menor risco nessa faixa etária. Seu profissional de saúde pode ajudar a identificar a melhor opção para a sua situação.

Se você estiver preocupado com o uso de algum desses medicamentos, converse com seu médico. Em determinadas situações, os benefícios podem superar os riscos, mas pode ser necessário monitorar sua saúde de forma mais próxima. Não interrompa o uso de nenhum medicamento sem antes consultar seu médico.


Conclusões

Conforme você envelhece, alguns medicamentos podem deixar de ser apropriados, pois você pode se tornar mais sensível aos efeitos colaterais. Efeitos como confusão, pressão arterial baixa e quedas podem apresentar riscos maiores nessa faixa etária.

Se você tem 65 anos ou mais, é o momento ideal para revisar sua medicação. Converse com seu médico sobre as opções disponíveis, que podem incluir alternativas mais seguras. Nunca interrompa ou troque seus medicamentos sem antes consultar seu médico.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referências

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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/health-topic/senior-health/risky-medications

 

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