Entenda que alguns medicamentos podem afetar sua saúde sexual
Cuidar da saúde é fundamental, e isso inclui a saúde sexual. Nos Estados Unidos, mais de 40% das mulheres e cerca de 50% dos homens relatam problemas sexuais. No Brasil, um estudo populacional revelou que aproximadamente 16,1% dos homens e 17,5% das mulheres sofreram violência física por parte de parceiros íntimos, o que pode impactar a saúde sexual.
É importante compreender os fatores que avaliam esses problemas. Você sabia que certos medicamentos podem afetar a saúde sexual? A seguir, discutiremos 11 medicamentos que podem causar disfunções sexuais e que podem ser feitos com respeito.
O que é disfunção sexual?
Disfunção sexual é um termo que abrange diversos problemas relacionados à sexualidade, geralmente classificados por sexo.
Nos homens, é comum a disfunção erétil (DE), baixa testosterona e dificuldades na ejaculação, como ejaculação precoce ou retardada. Já nas mulheres, os problemas mais frequentes incluem dificuldade de motivação, dificuldade para atingir o orgasmo e dor durante o sexo.
Um problema comum em ambos os sexos é o baixo desejo sexual, também conhecido como baixa libido.
O que causa disfunção sexual?
A disfunção sexual pode ter diversas causas, tanto físicas quanto psicológicas, incluindo:
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Condições médicas, como diabetes e hipertensão
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Alterações hormonais durante a gravidez, após o parto ou durante a amamentação
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Infecções sexualmente transmissíveis
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Consumo de álcool ou substância
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Depressão
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Menopausa
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Problemas de relacionamento
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Tédio na vida sexual
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Envelhecimento
Os medicamentos também são uma causa comum de disfunção sexual. A seguir, confira os grupos de medicamentos mais associados a esse problema.
1. Alguns antidepressivos
Os antidepressivos são amplamente utilizados para tratar condições como depressão e ansiedade. Entre eles, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) são comuns.
A paroxetina (Paxil) é um dos ISRSs mais associados a problemas sexuais, mas outros, como fluvoxamina (Luvox), sertralina (Zoloft) e fluoxetina (Prozac), também podem causar efeitos colaterais, sendo a ejaculação retardada um dos mais frequentes.
Medicamentos como mirtazapina (Remeron) e bupropiona (Wellbutrin SR, Wellbutrin XL) apresentam menor probabilidade de causar disfunção sexual, tornando-se alternativas viáveis para quem enfrenta esses efeitos com outros antidepressivos.
2. Medicamentos para insuficiência cardíaca
Muitas pessoas com insuficiência cardíaca enfrentam problemas sexuais, sendo que cerca de 10% atribuem esses problemas aos medicamentos. Os efeitos mais comuns incluem disfunção erétil (DE) e redução da libido.
Os medicamentos para insuficiência cardíaca associados a esses problemas incluem:
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Digoxina (Lanoxin)
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Alguns betabloqueadores
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Diuréticos tiazídicos, como hidroclorotiazida (Microzide)
3. Medicamentos para pressão arterial
Muitos medicamentos para pressão alta podem causar efeitos colaterais sexuais, como redução do desejo sexual, disfunção erétil (DE) e orgasmo retardado. Exemplos incluem clonidina (Catapres, Catapres-TTS) e metildopa.
Alguns medicamentos usados para tratar doenças cardíacas, como betabloqueadores, espironolactonas e diuréticos tiazídicos, também são indicados para pressão alta e podem causar problemas sexuais. Além disso, a espironolactona pode provocar ginecomastia, descrita pelo aumento das mães em homens.
4. Bloqueadores H2
Antagonistas da histamina-2 (bloqueadores H2) são medicamentos de venda livre, amplamente usados para tratar azia e refluxo gastroesofágico (DRGE). Exemplos comuns incluem cimetidina (Tagamet HB) e famotidina (Pepcid AC).
Em alguns casos, esses medicamentos estão associados a problemas sexuais, especialmente em homens, podendo causar redução do desejo sexual e dificuldade para alcançar uma ereção.
5. Certos tratamentos contra o câncer
Medicamentos quimioterápicos matam células cancerígenas, mas também podem afetar células pequenas, incluindo aquelas envolvidas na função sexual.
Esses medicamentos podem causar disfunção sexual em homens e mulheres. Outros tratamentos contra o câncer, como radioterapia e terapia hormonal, também podem impactar a saúde sexual.
6. Medicamentos que afetam os hormônios sexuais
Medicamentos que alteram os níveis de hormônios sexuais, como estrogênio, testosterona e progesterona, podem causar problemas como disfunção erétil (DE) e redução da libido.
Exemplos de colchetes:
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Agonistas dos hormônios liberadores de gonadotrofina (GnRH), como leuprolide (Lupron Depot, Eligard)
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Antagonistas de GnRH, como elagolix (Orlissa)
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Inibidores do receptor de andrógeno, como bicalutamida (Casodex)
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Anticoncepcionais hormonais
O impacto dos anticoncepcionais na função sexual não é totalmente claro. Algumas pesquisas indicam que eles podem reduzir os níveis de hormônios sexuais, levando a problemas sexuais. No entanto, certos anticoncepcionais parecem ser menos propensos a causar esses efeitos, como:
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Valerato de estradiol e dienogest (Natazia)
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Etinilestradiol e levonorgestrel (Vienva, Alesse, Aviane)
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Etinilestradiol e drospirenona (Yasmin, Ocella, Zarah)
7. Antipsicóticos
Medicamentos antipsicóticos são usados para tratar condições como esquizofrenia e transtorno bipolar. Eles podem causar problemas sexuais ao alterar níveis de substâncias químicas no corpo, como dopamina e prolactina.
Os antipsicóticos típicos (primeira geração), como o haloperidol (Haldol), têm maior probabilidade de causar disfunção sexual. Já os antipsicóticos atípicos (segunda geração) apresentam menor risco, com exceção da risperidona (Risperdal), que é mais propício a provocar esses efeitos.
8. Opioides
Opioides são usados para tratar dores crônicas e agudas. Exemplos comuns incluem tramadol (Qdolo, ConZip), oxicodona (OxyContin) e hidrocodona/acetaminofeno.
Pessoas com dor crônica enfrentam frequentemente problemas sexuais, e os opioides podem reduzir o desejo sexual e aumentar a probabilidade de disfunção erétil (DE).
Medicamentos para tratar transtornos relacionados ao uso de opioides, como metadona (Methadose), buprenorfina (Suboclade) e buprenorfina/naloxona (Suboxone, Zubsolv), também podem causar disfunção sexual.
9. Benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicos são usados para tratar situações como ansiedade, transtorno do pânico e epilepsia. No entanto, podem causar redução da libido e dificuldade para atingir o orgasmo. É importante lembrar que a própria ansiedade também pode contribuir para problemas sexuais.
Exemplos comuns de benzodiazepínicos incluem alprazolam (Xanax), lorazepam (Ativan) e diazepam (Valium).
10. Estatinas
As estatinas são usadas para tratar o colesterol alto, mas podem estar associadas a problemas sexuais, possivelmente devido à redução dos níveis de testosterona. No entanto, os estudos sobre essa relação apresentam resultados conflitantes, e algumas pesquisas indicam que as estatinas não estão diretamente ligadas à disfunção sexual.
Se você tiver problemas sexuais enquanto usa estatinas, consulte um profissional de saúde. Lembre-se de que esses medicamentos contêm o risco de ataque cardíaco e derrame, por isso, não interrompa o tratamento sem orientação médica.
11. Antiepilépticos
Antiepilépticos, ou anticonvulsivantes, são usados para tratar uma variedade de condições, como prevenção de convulsões em pessoas com epilepsia e alguns tipos de dor nos nervos. No entanto, esses medicamentos podem contribuir para a disfunção sexual.
Entre os anticonvulsivantes associados a problemas sexuais estão carbamazepina (Tegretol), ácido valproico (Depakene) e fenitoína (Dilantin). Levetiracetam (Keppra) pode apresentar menos efeitos colaterais sexuais em comparação com outros medicamentos dessa classe.
Como melhorar a disfunção sexual causada por medicamentos
Se você tiver problemas sexuais, procure um profissional de saúde. Ele pode ajudar a identificar se a causa está relacionada a algum medicamento ou a outros fatores.
Caso a medicação seja o motivo, há algumas opções. O profissional pode sugerir interromper o uso do medicamento, se não for essencial, ou substituí-lo por outro com menor probabilidade de causar efeitos colaterais. Sempre consulte um médico antes de parar ou trocar qualquer medicamento.
Se não for possível suspender ou substituir o medicamento, outros tratamentos podem ajudar a lidar com os efeitos colaterais sexuais. Por exemplo, inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), como sildenafila (Viagra) e tadalafila (Cialis), podem causar disfunção erétil em homens. Para mulheres com baixa libido, medicamentos como flibanserina (Addyi) e bremelanotida (Vyleesi) podem ser indicados.
Conclusões
Diversos medicamentos podem causar problemas sexuais, como redução do desejo, dificuldade para alcançar uma ereção ou atingir o orgasmo. Entre eles estão certos antidepressivos, antipsicóticos, quimioterápicos e medicamentos para insuficiência cardíaca, pressão alta e anticoncepcionais.
Para entender a relação entre o uso de medicamentos e problemas sexuais, consulte um profissional de saúde. Ele pode sugerir a interrupção do medicamento, a troca por outra opção ou, em alguns casos, a adição de um novo medicamento para tratar uma disfunção sexual.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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