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Viajar com diabetes 7 passos
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
22/09/2025
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Viajar com diabetes: 7 passos para uma viagem sem estresse

Viajar é uma das experiências mais enriquecedoras da vida. Conhecer novos lugares, explorar culturas diferentes, descansar da rotina: tudo isso traz energia e bem-estar. Mas para quem tem diabetes tipo 1 ou tipo 2, o planejamento da viagem pode parecer um desafio extra.

Não é apenas sobre preparar o roteiro turístico. É preciso pensar na medicação, no transporte seguro da insulina, nos horários das refeições, no que fazer em caso de imprevistos e até na adaptação ao fuso horário em viagens internacionais.

A boa notícia é que o diabetes não precisa ser um obstáculo. Milhares de brasileiros com diabetes viajam todos os anos pelo país e para o exterior, levando uma vida ativa e saudável. O segredo está na organização: com alguns cuidados extras, é possível curtir a viagem com tranquilidade e segurança.

Neste artigo, você vai conhecer sete passos essenciais para viajar com diabetes sem estresse, adaptados à realidade do Brasil.


1. Planeje a viagem com antecedência

O primeiro passo para viajar com segurança é se preparar com antecedência. Se possível, marque uma consulta com seu médico antes da viagem. Isso ajuda a revisar seu plano de tratamento, pedir receitas atualizadas e discutir situações que possam surgir no caminho.

No Brasil, muitos medicamentos para diabetes, incluindo insulina e alguns antidiabéticos orais, estão disponíveis gratuitamente pelo SUS através do Programa Farmácia Popular. Antes de viajar, verifique se você terá acesso a esses medicamentos no local de destino ou se será necessário levar uma quantidade suficiente para todo o período.

Outra recomendação importante é pedir um laudo médico em português (e, no caso de viagens internacionais, também em inglês ou espanhol) informando que você tem diabetes, especificando os medicamentos e insumos que utiliza. Esse documento pode ser útil em aeroportos e postos de fronteira.


2. Organize seus medicamentos e insumos

Leve sempre uma quantidade extra de medicamentos e insumos. A recomendação é levar pelo menos o dobro do que você usaria normalmente no período da viagem. Isso garante segurança em caso de imprevistos, como atrasos, extravio de bagagem ou necessidade de aumentar a dose.

Itens essenciais incluem:

  • Insulina (se aplicável).

  • Canetas aplicadoras ou seringas.

  • Medidor de glicose e tiras de teste.

  • Lancetas.

  • Medicamentos orais para controle da glicemia.

  • Glicose em gel, balas ou sachês de açúcar para casos de hipoglicemia.

  • Curativos e álcool em gel para higiene.

No avião, mantenha sempre os medicamentos na bagagem de mão. O compartimento de bagagem despachada pode expor os itens a temperaturas extremas, comprometendo a eficácia da insulina e de outros medicamentos.


3. Mantenha a insulina refrigerada

Um dos maiores desafios para pessoas com diabetes que usam insulina é o transporte em viagens, especialmente no Brasil, onde as temperaturas podem variar bastante.

A insulina deve ser armazenada entre 2°C e 8°C antes de ser aberta. Depois de aberta, pode permanecer em temperatura ambiente por até 30 dias, desde que não ultrapasse 30°C. Em viagens para regiões quentes, use bolsas térmicas específicas ou frascos de gel refrigerante.

Existem também bolsas isotérmicas que mantêm a temperatura estável por horas, sem necessidade de gelo. Elas são muito práticas e já fazem parte da rotina de muitas pessoas com diabetes.


4. Adapte sua alimentação durante a viagem

Uma das maiores tentações de uma viagem é a comida. Provar novos pratos faz parte da experiência, mas é preciso equilíbrio. Pessoas com diabetes não precisam deixar de comer bem, mas devem ficar atentas às porções, aos horários e à qualidade dos alimentos.

No Brasil, é comum encontrar pratos regionais ricos em carboidratos simples, como tapioca, cuscuz, pamonha ou doces tradicionais. Isso não significa que você precise evitá-los completamente, mas sim incluí-los de forma planejada.

Algumas dicas práticas:

  • Prefira pratos com legumes, verduras e proteínas magras.

  • Reduza refrigerantes e bebidas adoçadas.

  • Tenha sempre um lanche saudável por perto, como frutas ou oleaginosas.

  • Se for comer doces ou pratos típicos, faça em pequenas porções e compense com escolhas mais leves ao longo do dia.


5. Cuidado com fusos horários e rotina de medicamentos

Em viagens internacionais, o fuso horário pode confundir a rotina de aplicação de medicamentos e insulina. Ajustes podem ser necessários para evitar períodos longos sem dose ou doses aplicadas muito próximas.

Nesses casos, o ideal é conversar com seu médico antes da viagem. Ele poderá orientar como adaptar os horários sem prejudicar o controle da glicemia.

Mesmo em viagens nacionais, mudanças de rotina — como dormir mais tarde, pular refeições ou caminhar mais do que o normal — podem afetar os níveis de açúcar no sangue. Por isso, mantenha o monitoramento frequente.


6. Tenha sempre uma identificação médica

Carregar um cartão de identificação ou usar uma pulseira que informe que você tem diabetes pode salvar vidas em situações de emergência. Se houver uma hipoglicemia grave, por exemplo, quem estiver por perto poderá entender rapidamente a situação e pedir ajuda adequada.

Hoje em dia, existem pulseiras discretas, cartões de bolso e até aplicativos de celular que permitem registrar essas informações. O importante é que, em caso de necessidade, alguém consiga identificar sua condição rapidamente.


7. Saiba como agir em emergências

Mesmo com todo o planejamento, imprevistos podem acontecer. Por isso, é essencial estar preparado.

  • Leve sempre um lanche de emergência para evitar hipoglicemia.

  • Tenha um kit de primeiros socorros simples para pequenos cortes ou bolhas nos pés, já que pessoas com diabetes têm maior risco de infecções.

  • Anote os endereços de hospitais ou postos de saúde próximos ao local de hospedagem.

  • Informe um companheiro de viagem sobre sua condição e explique como ajudar em caso de hipoglicemia.

No Brasil, o atendimento de urgência pelo SUS está disponível em qualquer município, e em muitas cidades é possível encontrar equipes treinadas em diabetes nas Unidades Básicas de Saúde.


O cenário brasileiro e o turismo com diabetes

O turismo no Brasil está em crescimento, e cada vez mais pessoas com condições crônicas, como o diabetes, querem viajar sem limitações. A boa notícia é que o país já conta com políticas públicas que facilitam o acesso a medicamentos e atendimento de emergência.

Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 80% das cidades brasileiras estão integradas ao Programa Farmácia Popular, que garante medicamentos gratuitos para diabetes. Além disso, aeroportos brasileiros já possuem protocolos que permitem o embarque de insulina e seringas na bagagem de mão, desde que acompanhados de receita médica.

Isso mostra que viajar com diabetes é não só possível, como seguro, desde que haja preparo adequado.


Conclusão

Viajar com diabetes exige planejamento, mas não deve ser encarado como um obstáculo. Com organização, acompanhamento médico e atenção a detalhes simples, é possível explorar o Brasil e o mundo com segurança.

Os sete passos — planejar a viagem, organizar medicamentos, manter a insulina refrigerada, adaptar a alimentação, cuidar dos horários, carregar identificação e preparar-se para emergências — são ferramentas práticas que tornam a experiência tranquila.

O mais importante é lembrar que o diabetes não define sua vida. Com informação e cuidado, é possível viver novas experiências, colecionar histórias e aproveitar ao máximo cada viagem.


Referências

Associação Americana de Diabetes. (nd). O que posso levar comigo?

Associação Americana de Diabetes. (nd). Que preocupações especiais podem surgir?

Centros de Controle e Prevenção de Doenças. (2022). 21 dicas para viajar com diabetes.

 

FAQ: perguntas frequentes sobre diabetes

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