Principais tópicos
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Entendendo o diabetes tipo 2: acontece quando o corpo desenvolve resistência à insulina, acumulando glicose no sangue e aumentando o risco de complicações graves como infarto, AVC e insuficiência renal.
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Pilares do tratamento: incluem alimentação equilibrada (priorizar fibras, reduzir ultraprocessados e controlar porções), exercícios regulares (150 min/semana + treino de força), monitoramento da glicemia (glicosímetro, sensores e exame A1C) e uso de medicamentos quando necessário.
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Medicamentos disponíveis: metformina é a primeira escolha; sulfonilureias, DPP-4, GLP-1, SGLT2 e insulina completam as opções. No SUS, estão disponíveis metformina, glibenclamida e insulinas NPH/Regular.
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Importância do peso e saúde mental: perder 5–10% do peso já melhora significativamente o controle da glicemia; apoio emocional, familiar e multiprofissional ajuda a manter motivação e adesão.
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Tratamento pelo SUS: garante consultas, exames, medicamentos básicos e programas de acompanhamento, além de iniciativas como o Programa Academia da Saúde para incentivar atividade física.
Tratamento para diabetes tipo 2: como regular os níveis de açúcar no sangue
Receber o diagnóstico de diabetes tipo 2 muda a forma como uma pessoa enxerga o próprio corpo. Expressões antes distantes, como “resistência à insulina” e “controle da glicemia”, passam a fazer parte do dia a dia. Mais do que os números nos exames, o diabetes exige uma nova maneira de se relacionar com a saúde e com os próprios hábitos.
De acordo com a endocrinologista Dra. Mariana Souza, do Hospital das Clínicas da USP:
"Quando converso com um paciente recém-diagnosticado com diabetes tipo 2, explique o que significa ter níveis elevados de glicose no sangue e quais os efeitos disso no corpo. A partir daí, ganhamos juntos em um plano de tratamento."
Neste artigo, vamos entender de forma clara e prática como funciona o tratamento do diabetes tipo 2 no Brasil, quais são os pilares de controle e o que cada pessoa pode fazer para regular os níveis de açúcar no sangue.
O que acontece no corpo de quem tem diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 é caracterizado pela resistência à insulina, ou seja, o corpo não consegue usar esse hormônio de forma eficiente. A insulina é responsável por permitir que a glicose (o açúcar dos alimentos) entre as células seja usada como energia. Quando há resistência, a glicose se acumula no sangue, levando à hiperglicemia.
Com o tempo, o excesso de açúcar no sangue pode causar danos aos vasos sanguíneos, rins, olhos, nervos e coração, aumentando o risco de complicações graves como infarto, AVC, insuficiência renal e cegueira.
No Brasil, o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (2021) aponta que mais de 16 milhões de brasileiros vivem com diabetes. É o quinto país do mundo com mais casos da doença.
Pilares do tratamento do diabetes tipo 2
O tratamento não se resume a remédios. Ele é composto por um conjunto de ações que envolve mudança de estilo de vida, acompanhamento médico e, quando necessário, medicamentos .
1. Educação alimentar e controle da dieta
A alimentação é a base do tratamento. Isso não significa restrição total ou cortar todos os alimentos preferidos, mas aprender a fazer escolhas equilibradas.
Principais orientações da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD):
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Priorize alimentos ricos em fibras (verduras, legumes, frutas com casca, feijão, lentilha).
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Reduzir o consumo de ultraprocessados, refrigerantes e doces.
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Dê preferência a carboidratos integrais, como arroz integral, aveia e pão integral.
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Controle o tamanho das porções: metade do prato com vegetais, um quarto com proteínas magras (frango, peixe, ovos) e um quarto com carboidratos.
Exemplo prático: trocar o pão francês do café da manhã por uma fatia de pão integral com queijo branco já ajuda a manter a glicemia mais estável.
2. Exercícios financeiros regulares
O movimento é um dos remédios mais poderosos contra o diabetes. Atividades físicas melhoram a sensibilidade à insulina, reduzem a glicemia e ajudam no controle do peso.
Recomendações gerais:
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Pelo menos 150 minutos por semana de atividades aeróbicas (caminhada, bicicleta, natação).
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Exercícios de força (musculação ou treino funcional) pelo menos 2 vezes por semana.
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Alongamentos e atividades de baixo impacto, como ioga ou pilates, para melhorar flexibilidade e reduzir o estresse.
Segundo dados do IBGE, cerca de 47% da população brasileira adulta é sedentária, o que representa um desafio no combate ao diabetes. Mas mesmo pequenas mudanças, como descer um ponto antes do ônibus ou subir escadas, já fazem diferença.
3. Monitoramento da glicemia
Medir os níveis de glicose no sangue é essencial para entender como o corpo reage à alimentação, aos exercícios e aos medicamentos.
O monitoramento pode ser feito de diferentes formas:
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Glicosímetro: aparelho que mede a glicemia com uma gota de sangue.
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Sensores contínuos de glicose, cada vez mais usados, embora ainda de acesso limitado no Brasil pelo alto custo.
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Exame de hemoglobina glicada (A1C): realizado a cada 3 meses, mostra a média dos níveis de glicose no sangue.
Segundo revisão publicada na Current Medical Research and Opinion, mesmo pessoas que não usam insulina se beneficiam do automonitoramento, porque aprendem a reconhecer padrões e ajustar hábitos.
4. Uso de medicamentos
Quando dieta e exercícios não são suficientes para manter a glicemia dentro da faixa adequada, entram em cena os medicamentos.
No Brasil, os principais são:
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Metformina: primeira escolha no tratamento, ajuda a reduzir a produção de glicose pelo fígado e melhora a sensibilidade à insulina.
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Sulfonilureias (glibenclamida, gliclazida): estimulam o pâncreas a liberar mais insulina. Podem causar hipoglicemia.
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Inibidores de DPP-4: aumentam os níveis de hormônios que estimulam a produção de insulina.
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Agonistas de GLP-1: reduzem o apetite e ajudam na perda de peso, além de melhorar o controle glicêmico.
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Inibidores de SGLT2: ajudam o corpo a eliminar glicose pela urina e também protegem o coração e os rins.
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Insulina: necessária em casos mais avançados ou quando outros medicamentos não são suficientes.
O SUS disponibiliza metformina e sulfonilureias, além das insulinas NPH e Regular. Já medicamentos mais modernos estão disponíveis na rede privada ou em programas de acesso.
A importância da perda de peso no tratamento
O excesso de peso é um dos principais fatores que agravam o diabetes tipo 2. Estudos como o Look AHEAD Trial mostraram que a perda de apenas 5% a 10% do peso corporal já melhora significativamente o controle da glicemia e reduz o risco de doenças cardiovasculares.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde (Vigitel 2023) apontam que 57% dos adultos estão acima do peso. Esse cenário reforça a importância de estratégias para emagrecimento saudável, incluindo acompanhamento nutricional e estímulo à atividade física.
Diabetes tipo 2 e saúde mental
Outro aspecto muitas vezes esquecido é o impacto emocional do diagnóstico. Receber a notícia pode gerar medo, ansiedade e até sentimentos de culpa.
No entanto, entender que o diabetes é uma condição controlável e que o paciente tem papel ativo no tratamento faz toda a diferença. O apoio da família, de grupos de educação em saúde e de equipes multiprofissionais ajuda a manter a motivação e a adesão ao tratamento.
Tratamento pelo SUS: o que está disponível
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para diabetes tipo 2, incluindo:
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Consultas em Unidades Básicas de Saúde (UBS);
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Exames de glicemia e hemoglobina glicada;
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Medicamentos como metformina, glibenclamida e insulinas NPH e Regular;
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Programas de acompanhamento, como o Hiperdia.
Além disso, iniciativas como o Programa Academia da Saúde disponibilizam espaços públicos com profissionais que orientam atividades físicas gratuitas.
Conclusão: cada tratamento é único
O tratamento do diabetes tipo 2 não é uma receita única. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Por isso, o acompanhamento médico regular é indispensável.
Em muitos casos, mudanças no estilo de vida já fazem grandes diferenças. Em outros casos, o uso de medicamentos é necessário para manter a glicemia em níveis adequados. O importante é saber que controlar o diabetes significa ganhar mais saúde, energia e qualidade de vida.
Como currículo a endocrinologista Dra. Mariana Sousa:
"O plano de tratamento precisa ser individualizado. Ele deve considerar os exames, a rotina, a idade, as condições financeiras e até a relação emocional de cada pessoa com a doença."
Com informações, acompanhamento adequado e escolhas consistentes, é possível transformar o diagnóstico de diabetes em uma oportunidade para adotar um estilo de vida mais saudável e prevenir complicações futuras.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
Associação Americana de Diabetes. (nd). Fitness: o que recomendamos.
Associação Americana de Diabetes. (nd). Perda de peso.
Allemann, S, et al. (2009). Automonitoramento da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2 não tratados com insulina: uma revisão sistemática e meta-análise . Pesquisa Médica Atual e Opinião.
Pi-Sunyer, X, et al. (2007). Redução de peso e fatores de risco para doenças cardiovasculares em indivíduos com diabetes tipo 2: resultados de um ano do estudo Look AHEAD . Cuidados com o Diabetes.
Atualizado. (2023). Inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2.
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