Aprenda estratégias para fazer seu filho com TDAH comer
Se o seu filho com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) se recusa a comer qualquer coisa que não seja macarrão com manteiga, você não está sozinho. Alimentação seletiva já é um clássico na infância, mas quando a criança tem TDAH, o desafio atinge um nível chef de cozinha da MasterChef Jr : você se desdobra, negocia, apresenta o prato mais bonito do mundo e, mesmo assim, nada funciona. “Eu só como se o arroz não estiver encostando no feijão”, diz ele, enquanto você já perdeu a fé na humanidade.
Antes de você enlouquecer e servir nuggets pela décima vez na semana, respire fundo. A Dra. Maria Cardoso Filho, doutora pela USP, pediatra no Hospital Albert Einstein de São Paulo, destaca que a alimentação seletiva é ainda mais comum entre crianças com TDAH. Entre o cérebro acelerado e a dificuldade de impulsos regulares, sentar-se calmamente para uma refeição balanceada pode ser um desafio do tamanho de uma montanha-russa.
Se você está com o garfo na mão e a paciência sem limite, este texto é para você. Vamos falar sobre estratégias práticas para lidar com a alimentação seletiva em crianças com TDAH e, quem sabe, até fazer com que elas provem um brócolis (prometo que não é impossível).
Por que crianças com TDAH tendem a ser mais seletivas na alimentação?
Antes de culpar aquele “pedaço de tomate no canto do prato”, é importante saber que o TDAH pode afetar a relação da criança com a comida de várias formas:
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Hiperfoco e impulsividade: Crianças com TDAH podem desenvolver fixação por certos alimentos (olá, batata frita!) e rejeitar todo o resto, especialmente se o prato não parecer “interessante”.
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Sensibilidade sensorial: Texturas, sabores e cheiros podem ser muito intensos para algumas crianças com TDAH, evitando alimentos como verduras cozidas, que muitas vezes têm textura mole e “estranha” .
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Dificuldade em manter o foco: A hora da refeição exige atenção, e para crianças com TDAH, essa tarefa pode ser mais difícil do que assistir a um filme de três horas sem intervalos. Elas facilmente se distraem com qualquer coisa: um som, a TV ligada ou uma mosca voando na sala.
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Efeitos da medicação: Alguns medicamentos usados no tratamento do TDAH podem diminuir o apetite, tornando as refeições ainda mais desafiadoras.
O resultado? Um prato intocado, você correndo atrás da criança com uma colher, e a frase clássica: “mas o que essa criança vem afinal?”
Estratégias para fazer seu filho comer sem transformar a mesa em um campo de batalha
Agora que entendemos o porquê, vamos às soluções! Aqui estão algumas estratégias práticas (e com uma pitada de humor) para ajudar seu filho com TDAH a se alimentar de forma mais saudável:
1. Transforme as refeições em algo divertido (e visual)
Crianças com TDAH aventuras estímulos visuais e experiências divertidas. Um prato bonito e colorido pode ser o “truque de mágica” que faltava para despertar o interesse na comida.
Dicas práticas:
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Transforme o prato em um “desenho”: use fatias de pepino para fazer carinhas felizes ou palitos de cenoura para formar estrelas.
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Chame seu filho para “montar” o prato com você. As crianças têm mais vontade de comer algo quando participam do processo.
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Use utensílios diferentes, como garfos com personagens ou tigelas divertidas.
Na prática: Imagine servir os brócolis como árvores de uma floresta encantada com dinossauros (nuggets ou almôndegas). Crianças com TDAH adoram histórias e podem se sentir mais animadas para participar.
2. Estabeleça horários regulares para as refeições
Crianças com TDAH tendem a perder a noção do tempo facilmente (quem nunca viu uma criança hiperfocada em um desenho por horas?). Estabelecer horários regulares para as refeições ajuda a criar uma rotina previsível.
Dicas práticas:
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Crie um “alerta” para as refeições: pode ser um timer no celular ou uma música que avisa na hora de comer.
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Evite lanches muito próximos das refeições, especialmente os ultraprocessados.
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Coma junto com seu filho! O exemplo dos pais é poderoso: se ele vir você comendo brócolis, pode até pensar que é algo “comível” .
3. Divida as refeições em porções menores
Crianças com TDAH podem se sentir sobrecarregadas ao ver um prato cheio, então comece com pequenas porções. Elas podem vir mais do que você imagina se não sentirem a pressão de “limpar o prato”.
Na prática: Ao colocar tudo de uma vez, sirva pequenas quantidades de cada alimento. Se pedir mais, ótimo! Se não, pelo menos um avanço foi feito.
4. Evite distrações durante as refeições
O ambiente é importante (e muito). Se a televisão estiver ligada ou o celular estiver por perto, adivinhe o que vai ganhar toda a atenção da criança? Não será prato de feijão com arroz.
Dicas práticas:
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Desligue a TV e guarde os dispositivos eletrônicos durante as refeições.
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Torne o momento da refeição um ritual familiar: conversem, contem histórias e aproveitem esse tempo juntos.
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Se o ambiente for barulhento demais, considere criar um espaço mais calmo para que a criança se concentre.
5. Negocie, mas sem chantagens
Negociar pode ser uma arte quando se trata de TDAH. Em vez de dizer “coma o brócolis ou nada de sobremesa”, experimente um tom mais positivo: “Se você experimentar três garfadas desse brócolis, pode escolher a sobremesa depois.”
Dicas práticas:
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Transforme a negociação em um jogo: "Vamos ver quantas mordidas você consegue dar hoje!"
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Evite transformar a sobremesa em prêmio absoluto; o ideal é que ela seja apenas parte natural da refeição.
6. Oferta de opções limitadas
Muitas escolhas podem ser esmagadoras para crianças com TDAH. Em vez de perguntar: “O que você quer comer?” ,pergunte: “Você prefere brócolis ou cenoura?”
Por quê? Quando uma criança sente que não tem controle, é mais provável que ela aceite comer algo.
7. Consulte um nutricionista
Se o desafio persistir, um nutricionista infantil pode ser seu maior aliado. Profissionais especializados podem ajudar a identificar possíveis deficiências nutricionais e sugestões planos alimentares mais adaptados à criança com TDAH.
No Brasil, existem programas de atendimento especializado para crianças com necessidades nutricionais específicas no SUS e clínicas em particulares.
Conclusão: Comida, paciência e amor (essa ordem)
Convencer uma criança com TDAH a comer pode parecer uma missão digna de super-herói. Mas com criatividade, paciência e um toque de humor, é possível transformar a hora das refeições em um momento menos estressante e mais prazeroso para todos.
Lembre-se: não há problema em avançar lentamente. Hoje ele vem um pedacinho de cenoura, amanhã quem sabe prova uma couve-flor. Cada pequena vitória merece ser celebrada (nem que seja só entre os adultos).
E, acima de tudo, respire fundo e não desista. Você está fazendo um trabalho incrível! Mesmo que, às vezes, o prato acabe sendo macarrão com manteiga novamente.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
Glanzman, M. (2012). O que devo alimentar meu filho com TDAH? Crianças e adultos com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (CHADD).
Johnson, RJ, et al. (2011). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: é hora de reavaliar o papel do consumo de açúcar? Postgraduate Medical Journal.
Leung, AKC, et al. (2012). O 'comedor exigente': a criança pequena ou pré-escolar que não come. Pediatria e Saúde Infantil.
Smith, M., et al. (2023). Dicas para pais com TDAH . HelpGuide.
Texto adaptado e traduzido do original: https://www.goodrx.com/conditions/adhd/childhood-adhd-picky-eating
FAQ: perguntas frequentes sobre TDAH Infantil
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