Entenda os sinais do TDAH na adolescência
Seu filho adolescente esquece repetidamente de entregar as tarefas de casa? Ele recebe trabalhos incompletos porque espera até o último minuto para começar, não importa o tamanho do projeto?
Se isso parece com seu filho adolescente, ele pode ter transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Este artigo explicará o que é TDAH, quais são os sintomas em adolescentes e como a condição é diagnosticada e tratada.
O que é TDAH?
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um dos transtornos neurobiológicos mais comuns entre adolescentes, caracterizado por dificuldades em manter a atenção, impulsividade e comportamentos hiperativos. Nos Estados Unidos, estudos indicam que entre 2016 e 2019, aproximadamente 3 milhões de adolescentes foram diagnosticados com TDAH, com maior prevalência entre meninos do que meninas.
No Brasil, as estimativas apontam que cerca de 7,6% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos apresentam sintomas de TDAH, o que equivale a aproximadamente 6 milhões de jovens. Quando considerados os adultos brasileiros, a prevalência do TDAH é de 5,2% entre pessoas de 18 a 44 anos e de 6,1% naqueles acima de 44 anos, totalizando cerca de 16 milhões de pessoas afetadas em uma população de 213 milhões. Nos Estados Unidos, a prevalência geral é progressivamente maior: cerca de 11,4% das crianças e adolescentes (7 milhões de jovens) e aproximadamente 15,5 milhões de adultos convivem com o transtorno em uma população de 331 milhões.
Esse comparativo revela que, proporcionalmente, o TDAH é mais divulgado nos Estados Unidos do que no Brasil, especialmente entre crianças e adolescentes. Fatores como maior conscientização, acesso ao sistema de saúde e diferenças nos critérios diagnósticos podem influenciar essa discrepância.
Em muitos casos, adolescentes com TDAH podem tentar esconder seus sintomas, dificultando o diagnóstico. Os pais ou responsáveis devem estar atentos a sinais de dificuldades ocasionais na escola, problemas em manter relacionamentos ou comportamentos desafiadores. Além disso, os jovens com TDAH frequentemente enfrentam desafios adicionais que afetam sua qualidade de vida, como maior risco de desenvolver ansiedade, depressão, transtorno de oposição, transtorno de conduta e comportamentos de risco, incluindo abuso de substâncias e acidentes.
O diagnóstico precoce é essencial para oferecer o suporte necessário. Com o tratamento adequado – que pode incluir terapia comportamental, intervenções educacionais e, em alguns casos, medicação – os adolescentes com TDAH podem melhorar significativamente seu desempenho acadêmico, fortalecer relacionamentos interpessoais e desenvolver habilidades para lidar com os desafios do transtorno.
Além disso, o tratamento ajuda a explorar características positivas frequentemente associadas ao TDAH, como criatividade, disposição para novas ideias e habilidades de comunicação. Essas qualidades, bem trabalhadas, podem construir autoconfiança e autoestima, ajudando os jovens a se tornarem adultos realizados. Independentemente da localização geográfica, é crucial garantir a identificação precoce e o suporte contínuo para que indivíduos com TDAH desenvolvam todo o seu potencial.
Quais são os sintomas e sinais de TDAH em adolescentes?
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) em adolescentes pode ser identificado por meio de 18 sinais possíveis, divididos em duas categorias principais: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Para que um adolescente seja diagnosticado com TDAH, é necessário que ele apresente vários desses sintomas. Esses sinais devem estar presentes antes dos 12 anos de idade e, mais importante, devem impactar qualidades em sua vida diária.
Sintomas de TDAH em adolescentes:
Sintomas relacionados à desatenção:
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Dificuldade em prestar atenção a detalhes ou propensão a cometer erros por descoberto em trabalhos escolares.
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Problemas para manter o foco em atividades ou tarefas.
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Facilidade para se distrair com estímulos externos.
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Dificuldade em organizar tarefas e compromissos.
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Tendência a perder objetos com frequência.
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Esquecimento frequente em relação às atividades diárias.
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Aparência de não estar ouvindo, mesmo quando falado diretamente.
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Dificuldade em seguir instruções e completar tarefas.
Sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade:
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Respostas dadas abruptamente, sem pensar antes de falar.
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Dificuldade em esperar sua vez em conversas ou atividades.
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Movimentos constantes, como agitar ou contorcer.
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Levantar-se frequentemente, mesmo quando deveria permanecer sentado.
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Apresentar um comportamento que parece estar constantemente "em movimento".
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Tendência a falar em excesso ou dificuldade em brincar de forma silenciosa.
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Interrupção frequente das atividades ou conversas de outras pessoas, intrometendo-se sem convite.
Tipos de TDAH
Existem três tipos principais de TDAH, classificados com base na predominância dos sintomas:
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Desatento TDAH: Caracterizado principalmente por sintomas de desatenção.
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TDAH hiperativo/impulsivo: Marcado pela predominância de sintomas de hiperatividade e impulsividade.
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TDAH combinado: uma combinação de sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade.
Enquanto alguns adolescentes podem apresentar apenas sintomas relacionados à desatenção, outros podem demonstrar características exclusivamente hiperativas ou impulsivas. O tipo combinado é revelado em casos onde há uma mistura significativa de ambos os conjuntos de sintomas.
Identificar os sinais e compreender o tipo de TDAH é essencial para oferecer o suporte necessário ao adolescente. Isso pode incluir disciplinas educacionais, terapia comportamental e, em alguns casos, medicação. Reconhecer e tratar o TDAH pode melhorar significativamente a qualidade de vida, ajudando o adolescente a enfrentar desafios diários e a aproveitar suas capacidades e talentos únicos.
Os sinais de TDAH são diferentes em adolescentes?
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que meninos sejam divulgados com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) em uma frequência duas vezes maior do que meninas. No entanto, estudos indicam que as meninas têm menos probabilidade de receber o diagnóstico, pois seus sintomas são frequentemente interpretados de maneiras diferentes pelos adultos ao seu redor. Isso pode gerar um impacto significativo em suas vidas, já que o diagnóstico precoce é essencial para o manejo eficaz da condição.
A maioria das ferramentas de diagnóstico do TDAH depende da observação de comportamentos de adultos, como pais e professores. Quando esses sinais não são identificados ou são atribuídos a outras causas, muitos adolescentes ficam sem o suporte necessário. Aqui estão alguns fatores que são interessantes para isso:
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Diferenças na manifestação dos sintomas: Crianças que apresentam sintomas de hiperatividade e impulsividade geralmente são manifestadas mais rapidamente, já que esses comportamentos costumam ser mais perturbadores e facilmente perceptíveis. Meninas, no entanto, são menos propensas a demonstrar sintomas graves de hiperatividade ou impulsividade. A razão exata para essa diferença não é totalmente compreendida, mas pode estar relacionada a fatores sociais e biológicos interligados. Como resultado, os adultos são menos propensos a identificar seus sintomas de TDAH de forma imediata.
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Mecanismos de enfrentamento: Estudos indicam que meninas têm maior probabilidade de desenvolver mecanismos de enfrentamento eficazes, o que pode mascarar seus sintomas de TDAH por anos. Eles podem parecer organizados e funcionais em muitos aspectos, enquanto enfrentam dificuldades significativas internamente. Quando esses mecanismos começam a falhar, os comportamentos das meninas são frequentemente atribuídos a outras causas, como estresse ou mudanças na rotina, em vez de serem reconhecidos como possíveis sinais de TDAH.
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Internalização dos sintomas: Pessoas com TDAH frequentemente internalizam seus sintomas, o que pode gerar sentimentos de tristeza, ansiedade e baixa autoestima. Esse padrão é especialmente comum em meninas, que muitas vezes enfrentam o impacto emocional do TDAH de forma silenciosa. Esses sintomas internalizados podem ser confundidos com transtornos de saúde mental, como ansiedade ou depressão, desviando o foco do diagnóstico correto de TDAH.
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Estereótipos e ciclos viciosos: A percepção equivocada de que o TDAH é uma condição predominante em meninos cria um ciclo prejudicial. Essa visão limitada faz com que os adultos não considerem o TDAH como uma possibilidade em meninas, reforçando ainda mais a ideia de que o transtorno afeta principalmente o sexo masculino. Como consequência, os sinais de TDAH em meninas muitas vezes ficam desesperados, e elas não recebem o tratamento necessário.
A importância de mudar essa perspectiva
Para quebrar esse ciclo, é fundamental aumentar a conscientização sobre como o TDAH se manifesta de forma diferente em meninas. Treinamentos para educadores, profissionais de saúde e pais podem ajudar a identificar sinais mais sutis de TDAH em meninas e promover o diagnóstico precoce. Além disso, o uso de ferramentas diagnósticas que levem em consideração as diferenças de gênero pode garantir uma abordagem mais inclusiva e precisa.
Com um diagnóstico adequado e o suporte necessário, as meninas com TDAH podem desenvolver suas habilidades e superar os desafios associados à condição. Isso não apenas melhorou sua qualidade de vida, mas também contribuiu para o fortalecimento de sua autoestima e confiança, capacitando-a para enfrentar o futuro com mais segurança e equilíbrio.
Como testar TDAH em adolescentes?
Se você suspeita que seu filho adolescente possa ter TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), é essencial orientar um profissional de saúde. O primeiro passo envolve compartilhar suas preocupações de maneira específica. O médico ou especialista fará perguntas a você sobre seu filho para compreender melhor os sintomas e como eles afetam o dia a dia.
Além disso, outros adultos que interagem regularmente com seu filho, como professores, treinadores, orientadores ou líderes de atividades extracurriculares, podem ser convidados a preencher questionários. Esses instrumentos ajudam a fornecer uma visão mais ampla sobre o comportamento e os desafios enfrentados em diferentes contextos.
Com base nas informações obtidas dessas conversas e questionários, o profissional de saúde poderá avaliar se há garantias suficientes para um diagnóstico de TDAH. Caso ainda haja dúvidas, ele pode consultar um psiquiatra ou psicólogo especializado em TDAH para realizar avaliações mais elaboradas. Essas avaliações podem incluir testes psicológicos específicos para investigar melhor as dificuldades e as características do transtorno.
É importante observar que não existem exames de sangue, neuroimagem ou qualquer outro teste laboratorial capaz de diagnosticar diretamente o TDAH. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos, incluindo a observação dos sintomas ao longo do tempo e em diferentes ambientes. Por isso, a contribuição de pais, professores e outros adultos que convivem com o adolescente é essencial para um diagnóstico preciso.
Com um diagnóstico bem fundamentado, é possível traçar estratégias personalizadas de tratamento e apoio, ajudando o adolescente a enfrentar os desafios do TDAH de maneira eficaz e desenvolver plenamente suas habilidades e potencial.
O TDAH aumenta a probabilidade de comportamentos de risco em adolescentes?
Adolescentes com TDAH podem estar mais expostos a riscos de seus colegas, especialmente se a condição não for especialmente desenvolvida. Testar limites é uma parte natural do desenvolvimento adolescente, mas, em alguns casos, a impulsividade característica do TDAH pode amplificar esses comportamentos.
Pesquisas indicam que o TDAH está associado a situações de maior risco, como:
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Condução perigosa e maior probabilidade de acidentes de carro.
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Uso e abuso de substâncias, como álcool e drogas.
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Atividade sexual precoce ou sem proteção.
No entanto, é essencial destacar que isso não significa que todos os adolescentes com TDAH se envolvam necessariamente em comportamentos de risco. Cada indivíduo é único, e fatores como o ambiente familiar, apoio escolar e intervenções precoces desempenham um papel significativo na gestão da condição.
Estudos também mostram que adolescentes que recebem tratamento adequado para o TDAH — incluindo terapia, estratégias comportamentais e, quando necessário, medicação — têm uma probabilidade significativamente menor de adotar comportamentos de risco. O tratamento ajuda a melhorar o controle da impulsividade, o planejamento e a tomada de decisões, promovendo escolhas mais saudáveis e seguras.
Pais, educadores e profissionais de saúde desempenham um papel crucial na identificação precoce de sinais de TDAH e na criação de estratégias para ajudar os adolescentes a gerenciar os desafios associados ao transtorno. Com o apoio certo, os adolescentes com TDAH podem alcançar uma vida equilibrada e evitar situações que possam comprometer sua segurança ou bem-estar.
Quais são as opções de tratamento para meu filho adolescente com TDAH?
O tratamento para adolescentes com TDAH geralmente inclui o uso de medicamentos, que são frequentemente o ponto de partida para controlar os sintomas. Esses medicamentos ajudam a melhorar a atenção, reduzir a impulsividade e gerenciar a hiperatividade, facilitando o desempenho escolar e as interações sociais.
Além do tratamento medicamentoso, muitos adolescentes com TDAH se beneficiam de programas educacionais personalizados. Esses programas, oferecidos por muitas escolas, são específicos para apoiar estudantes com necessidades específicas, ajudando-os a cumprir suas obrigações acadêmicas e a atingir seu potencial. Estruturas como planos de ensino individualizados (PEI) podem fornecer informações adicionais, como prazos estendidos para tarefas ou ajustes no ambiente de aprendizagem, que fazem toda a diferença no progresso acadêmico.
Para muitos adolescentes, a terapia também desempenha um papel crucial no manejo do TDAH. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, pode ajudar a desenvolver habilidades de organização, melhorar os hábitos de estudo e ensinar técnicas para gerenciar o comportamento e as emoções. Estratégias personalizadas permitem que o adolescente aprenda a enfrentar os desafios diários de forma mais eficaz, promovendo maior autoconfiança e independência.
Uma abordagem combinada que engloba medicação, apoio escolar e intervenções terapêuticas tende a ser mais eficaz. É fundamental que pais, professores e profissionais de saúde trabalhem juntos para criar um ambiente de suporte que permita ao adolescente lidar com os desafios do TDAH e desenvolver todo o seu potencial.
Medicamento
Os medicamentos são considerados o tratamento mais eficaz para adolescentes com TDAH, especialmente para controlar os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Os remédios mais comumente prescritos para tratar o TDAH são os estimulantes, divididos em duas classes principais: anfetaminas, como o Adderall, e metilfenidato, como a Ritalina. Ambos são eficazes em modular os níveis de neurotransmissores no cérebro, como dopamina e norepinefrina, ajudando a melhorar o foco, a atenção e o controle do comportamento.
Além dos estimulantes, outros medicamentos também podem ser usados, dependendo das necessidades individuais do adolescente. Exemplos incluem a atomoxetina (Strattera), que é um medicamento não estimulante frequentemente indicado para quem não tolera bem os estimulantes; e os agonistas alfa-2, como clonidina (Catapres) e guanfacina (Tenex), que podem ajudar a controlar a hiperatividade e a impulsividade. Esses medicamentos atuam de forma diferente no cérebro, proporcionando uma alternativa útil para certos casos.
É importante destacar que a escolha do medicamento, bem como sua dosagem e frequência, deve ser personalizada para cada adolescente, levando em consideração fatores como a gravidade dos sintomas, possíveis efeitos colaterais e a resposta individual ao tratamento. Um diálogo aberto com o profissional de saúde do adolescente é essencial para avaliar os benefícios e os riscos de cada opção, garantindo que o tratamento seja seguro e eficaz.
Além disso, o acompanhamento regular é crucial para monitorar a eficácia do medicamento e ajustar o plano de tratamento conforme necessário. Essa abordagem permite não apenas o manejo eficaz dos sintomas, mas também o suporte contínuo ao bem-estar emocional e acadêmico do adolescente.
Terapia
A terapia pode ser uma abordagem eficaz para ajudar adolescentes a lidar com os sintomas do TDAH, seja como uma alternativa aos medicamentos ou como complemento ao tratamento medicamentoso. Para famílias que evitam estratégias não medicamentosas, a terapia oferece ferramentas práticas e suporte emocional. Além disso, a combinação de medicamentos com terapia pode potencializar os resultados, promovendo maior equilíbrio no manejo dos sintomas.
A terapia auxilia tanto os adolescentes quanto seus pais a ajustar os ambientes físicos e sociais, tornando-os mais adequados às necessidades específicas do jovem e às suas preferências. Esse tipo de intervenção pode ocorrer em sessões individuais com um terapeuta ou em grupos, dependendo das necessidades e preferências.
Na terapia individual, o adolescente pode desenvolver habilidades fundamentais, como organização, gerenciamento de tempo e estabelecimento de rotinas mais práticas. Essas práticas ajudam a minimizar o impacto dos sintomas no desempenho escolar e no cotidiano. Já em sessões de grupo, os adolescentes têm a oportunidade de interagir com outros jovens que enfrentam desafios semelhantes, aprendendo a melhorar suas relações interpessoais e a fortalecer habilidades sociais.
Além disso, a terapia pode incluir o envolvimento da família, promovendo um entendimento mais profundo sobre o TDAH e estratégias para lidar com as situações do dia a dia. Isso ajuda a criar um ambiente doméstico mais acolhedor e funcional, beneficiando tanto o adolescente quanto seus familiares.
Independentemente do formato escolhido, a terapia oferece um espaço seguro para que os adolescentes desenvolvam confiança em suas habilidades e construam relacionamentos saudáveis, fatores essenciais para o seu crescimento pessoal e emocional. Ao buscar um terapeuta ou programa adequado, é importante priorizar profissionais com experiência no tratamento de TDAH em jovens, garantindo que as intervenções sejam eficazes e personalizadas.
Envolvimento escolar
Se seu filho adolescente for divulgado com TDAH, ele pode ter direito a serviços de suporte educacional na escola. A Seção 504 da Lei de Reabilitação é uma legislação federal que garante adaptações no ambiente de aprendizagem para alunos com deficiências que impactam sua capacidade de estudar de forma eficaz. Essas adaptações podem incluir ajustes no arranjo dos assentos, alterações no formato das atividades escolares ou apoio extra para garantir um ambiente mais acessível e divertido.
Além disso, um Plano Educacional Individualizado (IEP) pode ser desenvolvido para adaptar o ambiente educacional às necessidades específicas do adolescente. Esse plano permite que ele tenha acesso a recursos especializados, como serviços de educação especial dentro da sala de aula ou atendimentos complementares fora do ambiente escolar convencional. Essas orientações podem incluir tutoriais, apoio psicológico, assistência para organização e estratégias específicas para lidar com os desafios do TDAH.
Esses serviços ajudam os adolescentes a alcançar seu potencial, proporcionando um suporte adequado às suas necessidades únicas. Pais e cuidadores devem trabalhar em conjunto com os educadores e administradores escolares para garantir que o adolescente tenha acesso a essas condições. É importante acompanhar de perto o progresso do plano e fazer os ajustes necessários, garantindo que o adolescente se beneficie integralmente das instruções propostas.
Esses recursos não apenas promovem o sucesso acadêmico, mas também fortalecem a autoestima e a confiança do adolescente, mostrando que ele pode superar desafios e alcançar seus objetivos com o apoio certo.
Grupos de apoio
Grupos de apoio são formados por pais de crianças e adolescentes apresentados com TDAH e funcionam como um espaço valioso para a troca de informações, compartilhamento de experiências e encorajamento mútuo. Essas reuniões podem ser lideradas por um profissional de saúde mental ou pelos próprios pais, criando um ambiente acolhedor e empático para abordar os desafios e as conquistas relacionadas ao transtorno. Além disso, esses grupos oferecem um senso de comunidade para famílias que convivem com adolescentes evidenciados com TDAH, permitindo que se sintam menos isolados e mais compreendidos.
Esses encontros também podem servir como fonte de informações práticas sobre estratégias de manejo do TDAH, como organização da rotina, abordagem para lidar com questões comportamentais e recursos educacionais disponíveis. Ao compartilhar histórias e soluções, os participantes fortalecem sua confiança e habilidade em apoiar seus filhos de maneira mais eficaz.
Além dos grupos especiais para os pais, existem grupos de apoio entre pares destinados aos próprios adolescentes com TDAH. Esses grupos permitem que os jovens se conectem com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes, promovendo um espaço seguro para discutir suas dificuldades, aprender estratégias de enfrentamento e desenvolver habilidades sociais. Participar desses grupos pode fazer com que os adolescentes compreendam melhor sua condição, além de estimular sua autoestima e senso de pertencimento.
Tanto para pais quanto para adolescentes, os grupos de apoio são ferramentas poderosas para lidar com o TDAH de maneira mais informada, fortalecendo laços familiares e capacitando os jovens a enfrentar seus desafios com confiança.
Há outras coisas que eu possa tentar além de medicamentos para ajudar meu filho adolescente?
Mudanças no estilo de vida podem desempenhar um papel essencial no controle dos sintomas do TDAH em adolescentes. Algumas estratégias podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e facilitar a gestão do transtorno:
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Estabelecer uma rotina regular: Uma rotina estruturada é fundamental para ajudar o adolescente a se organizar e lidar com as demandas diárias. Inclui horários consistentes para acordar, dormir e realizar refeições. Essa previsibilidade ajuda a criar estabilidade e pode reduzir a ansiedade associada às tarefas diárias.
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Incentivar a prática de exercícios físicos: Atividades físicas são uma maneira eficaz de aliviar sintomas como hiperatividade e impulsividade. O exercício não precisa ser formal ou estruturado. Caminhadas, andar de bicicleta, dançar ao som de músicas favoritas ou até atividades recreativas podem trazer benefícios benéficos. Estudos sugerem que o exercício regular contribui para melhorar o foco e reduzir a inquietação.
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Garantir horas adequadas de sono: O sono de qualidade é essencial para adolescentes, especialmente aqueles com TDAH. A National Sleep Foundation recomenda entre 8 e 10 horas de sono por noite para adolescentes. A privação de sono está associada à piora nos sintomas de desatenção, irritabilidade e mudanças de humor. Estabeleça um ambiente tranquilo antes de dormir, com pouca exposição a telas e luzes intensas.
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Promova uma dieta balanceada: Uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras pode beneficiar o funcionamento geral do corpo e da mente. Embora ainda não haja uma "dieta específica para TDAH", alguns estudos podem indicar que alimentos ricos em nutrientes ajudam no equilíbrio cerebral. Reduzir o consumo de alimentos processados e ricos em açúcar também pode ser uma boa prática.
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Limitar o tempo de exposição às telas: O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar a capacidade de concentração e exacerbar os sintomas do TDAH. Defina limites para o tempo em frente às telas e incentive atividades alternativas, como leitura, esportes, jogos de tabuleiro ou outras práticas que estimulem habilidades sociais e criatividade. Além disso, desligar os dispositivos pelo menos uma hora antes de dormir pode melhorar a qualidade do sono.
Essas mudanças no estilo de vida, combinadas com um acompanhamento médico e psicológico, podem ajudar o adolescente a lidar com os desafios do TDAH de forma mais eficiente e equilibrada, contribuindo para um desenvolvimento saudável e uma melhor qualidade de vida.
Conclusões
Os sinais de TDAH em adolescentes podem incluir comportamento impulsivo, dificuldades em prestar atenção e problemas para concluir tarefas. No entanto, esses sintomas muitas vezes são desesperadores, especialmente em adolescentes que não apresentam comportamentos agressivos ou disruptivos. Essa característica pode dificultar o diagnóstico, especialmente quando os sintomas são confundidos com o desinteresse ou a distração típica da adolescência.
O apoio adequado para parte de adultos pode fazer uma grande diferença na vida de adolescentes com TDAH. Quando recebem tratamento adequado, esses jovens apresentam melhores resultados na escola, nas atividades extracurriculares e nas interações sociais. Além disso, o suporte adequado ajuda a fortalecer suas habilidades de comunicação e promove uma autoestima mais saudável.
O tratamento para adolescentes com TDAH geralmente é multifacetado e pode incluir medicamentos, terapia e educação educacional. Medicamentos podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a capacidade de concentração. A terapia, por sua vez, pode ensinar habilidades de organização, gestão do tempo e estratégias para lidar com comportamentos impulsivos. Já como treinamento educacional, como tempo extra para completar tarefas ou mudanças no ambiente de aprendizagem, permite que o adolescente tenha acesso igualitário às oportunidades acadêmicas.
Com o tratamento adequado e apoio contínuo, os adolescentes com TDAH podem desenvolver suas potencialidades, superar desafios e construir relacionamentos saudáveis, alcançando sucesso em diversas áreas de suas vidas.
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/adhd/adhd-in-teens-symptoms-medications-treatment
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