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Quais são os sintomas da resistência à insulina
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Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
22/09/2025
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Principais tópicos

  • Resistência à insulina é silenciosa: muitas vezes não apresenta sintomas no início, mas pode evoluir para pré-diabetes e diabetes tipo 2 se não for identificada precocemente.

  • Sinais mais comuns quando aparece: cansaço constante, fome excessiva (principalmente por doces), ganho de peso abdominal, manchas escuras na pele (acantose nigricans), alterações menstruais/SOP em mulheres e pressão alta ou colesterol alterado.

  • Principais fatores de risco: excesso de peso, obesidade abdominal, sedentarismo, histórico familiar, idade acima de 45 anos, SOP e hipertensão aumentam as chances de desenvolver a condição.

  • Diagnóstico depende de exames: A1C, glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose e HOMA-IR são usados para confirmar a resistência à insulina.

  • Pode ser revertida: mudanças no estilo de vida (alimentação equilibrada, atividade física, perda de peso, sono adequado e controle do estresse) são eficazes, e em alguns casos o médico pode indicar medicamentos como a metformina.

 

Quais são os sintomas da resistência à insulina?

A resistência à insulina é uma condição que está cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros, mas ainda pouco compreendida pela população em geral. Muitas vezes, ela passa despercebida por anos, já que, em sua fase inicial, não costuma apresentar sintomas claros. Só mais tarde, quando o corpo começa a sofrer os impactos dessa dificuldade em usar a insulina de forma adequada, é que sinais podem aparecer.

Entender a resistência à insulina é fundamental porque ela é considerada o “ponto de partida” para o desenvolvimento do pré-diabetes e, em muitos casos, do diabetes tipo 2. Além disso, está diretamente associada a condições como obesidade abdominal, síndrome metabólica, alterações hormonais e doenças cardiovasculares.

Neste artigo, vamos explicar de maneira simples o que é a resistência à insulina, quais são seus sintomas, como ela se manifesta na população brasileira e o que pode ser feito para identificá-la e controlá-la.


O que é resistência à insulina?

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que tem como principal função ajudar a glicose (o açúcar do sangue) a entrar nas células, onde será usada como energia.

Na resistência à insulina, esse mecanismo não funciona como deveria: as células do corpo não respondem de forma adequada à insulina. Para compensar, o pâncreas precisa produzir ainda mais insulina, em um esforço para manter a glicemia (nível de açúcar no sangue) dentro da faixa normal.

Com o tempo, esse esforço se torna insustentável, o pâncreas se esgota e a glicemia começa a subir, o que pode levar ao pré-diabetes e, posteriormente, ao diabetes tipo 2.


A resistência à insulina no Brasil

No Brasil, estudos populacionais mostram que mais da metade dos adultos estão acima do peso e quase um quarto da população já é considerada obesa. Esse excesso de peso, principalmente o acúmulo de gordura abdominal, é um dos fatores mais diretamente ligados ao desenvolvimento da resistência à insulina.

Além disso, hábitos comuns na população brasileira, como o consumo frequente de alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas e a baixa prática de atividade física, contribuem para o aumento dos casos.

Dados do Ministério da Saúde (Vigitel 2023) revelam que o número de brasileiros diagnosticados com diabetes dobrou nos últimos 15 anos, o que reforça a importância de identificar precocemente a resistência à insulina, antes que ela evolua para estágios mais graves.


Sintomas da resistência à insulina

Um dos grandes desafios da resistência à insulina é que ela não costuma apresentar sintomas evidentes em suas fases iniciais. Muitas pessoas vivem anos com a condição sem perceber nada de anormal.

Por isso, médicos e pesquisadores costumam chamá-la de um “inimigo silencioso”. Porém, à medida que ela avança, alguns sinais podem surgir:

1. Fadiga constante

O corpo não consegue usar a glicose de forma eficiente como fonte de energia. Isso pode gerar uma sensação frequente de cansaço, mesmo após uma noite de sono adequada.

2. Fome excessiva e vontade de comer doces

Como a glicose não entra nas células de forma satisfatória, o organismo interpreta isso como falta de energia. O resultado é o aumento do apetite, principalmente por alimentos ricos em açúcar e carboidratos simples.

3. Ganho de peso, especialmente na região abdominal

A resistência à insulina favorece o acúmulo de gordura, em especial na região da barriga. Essa gordura abdominal, por sua vez, aumenta ainda mais a resistência à insulina, criando um ciclo vicioso.

4. Alterações na pele

Uma manifestação clínica bastante conhecida é a acantose nigricans, caracterizada por manchas escuras e aveludadas, geralmente no pescoço, axilas, virilha ou atrás dos joelhos. Esse é um dos sinais mais visíveis de que algo pode estar errado com o metabolismo da insulina.

5. Alterações menstruais e hormonais

Mulheres com resistência à insulina podem apresentar ciclos menstruais irregulares e até desenvolver a síndrome dos ovários policísticos (SOP), condição associada à dificuldade de ovulação, excesso de pelos e infertilidade.

6. Aumento da pressão arterial e alterações no colesterol

Com frequência, a resistência à insulina vem acompanhada de hipertensão, elevação dos triglicerídeos e redução do colesterol HDL (o “bom colesterol”). Esse conjunto de alterações é conhecido como síndrome metabólica e aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares.


Como a resistência à insulina é diagnosticada

Como os sintomas iniciais não são claros, o diagnóstico da resistência à insulina depende de exames clínicos e laboratoriais.

Alguns dos mais utilizados são:

  • Hemoglobina glicada (A1C): mostra a média da glicemia nos últimos três meses.

  • Glicemia de jejum: mede os níveis de glicose após jejum de 8 horas.

  • Teste oral de tolerância à glicose: avalia a resposta do corpo após a ingestão de uma dose de glicose.

  • Índice HOMA-IR: calcula a resistência à insulina a partir da glicemia de jejum e dos níveis de insulina no sangue.

No Brasil, esses exames estão disponíveis tanto na rede privada quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A recomendação é que pessoas acima de 45 anos ou com fatores de risco façam acompanhamento regular.


Quem tem mais risco de desenvolver resistência à insulina?

Além do excesso de peso e da obesidade, outros fatores aumentam o risco:

  • Histórico familiar de diabetes tipo 2.

  • Sedentarismo.

  • Hipertensão arterial.

  • Colesterol e triglicerídeos alterados.

  • Síndrome dos ovários policísticos.

  • Idade acima de 45 anos.

  • Histórico de diabetes gestacional.

No Brasil, o aumento do diagnóstico de resistência à insulina em adolescentes e jovens adultos tem chamado a atenção dos especialistas. Isso se deve principalmente à combinação de má alimentação e baixa prática de atividade física.


O que pode ser feito para prevenir e tratar

A boa notícia é que a resistência à insulina pode ser revertida ou controlada quando identificada precocemente. As principais estratégias envolvem mudanças no estilo de vida:

Alimentação equilibrada

  • Reduzir o consumo de açúcares e ultraprocessados.

  • Priorizar alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes e grãos integrais.

  • Dar preferência a proteínas magras e gorduras boas, como azeite de oliva, castanhas e peixes.

Atividade física

  • Praticar pelo menos 150 minutos semanais de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida leve ou bicicleta.

  • Incluir exercícios de força (musculação), que aumentam a massa muscular e melhoram a sensibilidade à insulina.

Controle do peso

  • Perder de 5% a 10% do peso corporal já pode reduzir significativamente a resistência à insulina.

Sono e manejo do estresse

  • Dormir bem e reduzir o estresse também são medidas importantes, já que a falta de sono e o excesso de cortisol (hormônio do estresse) afetam o metabolismo da insulina.

Em alguns casos, o médico pode indicar medicamentos, como a metformina, para auxiliar no controle da resistência à insulina, especialmente quando há risco elevado de evolução para o diabetes tipo 2.


Conclusão

A resistência à insulina é um alerta do corpo de que algo precisa mudar. Na fase inicial, ela não apresenta sintomas claros, mas, ao longo do tempo, pode se manifestar por meio de cansaço, aumento de peso, alterações na pele e problemas hormonais.

No Brasil, onde milhões de pessoas já convivem com o diabetes tipo 2 e muitas outras estão em risco, identificar precocemente a resistência à insulina é fundamental para evitar complicações futuras.

O mais importante é entender que, apesar de ser uma condição silenciosa, a resistência à insulina pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, acompanhamento médico e, em alguns casos, uso de medicação.

Em resumo: quanto antes for identificada, maiores as chances de controlar e até impedir a progressão para o diabetes.


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FAQ: perguntas frequentes sobre diabetes

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