Principais tópicos
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Exercício é aliado poderoso: melhora a sensibilidade à insulina, ajuda no controle do peso, reduz riscos cardiovasculares e melhora o humor em pessoas com diabetes tipo 2.
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Hipoglicemia é o principal risco: ocorre quando a glicemia cai abaixo de 70 mg/dL, mais comum em quem usa insulina, sulfonilureias ou meglitinidas.
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Sinais de alerta: tremores, suor frio, visão turva, fome repentina, palpitações e confusão mental; no Brasil, muitas vezes confundidos com “queda de pressão”.
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Estratégias de prevenção: medir glicemia antes do exercício, carregar carboidratos de ação rápida, evitar treinar em jejum, ajustar insulina com orientação médica e optar por atividades seguras.
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No contexto brasileiro: o uso de insulinas do SUS (NPH e Regular) e o acesso limitado a tiras de teste exigem ainda mais atenção aos sinais do corpo e planejamento alimentar antes da atividade.
Entenda como prevenir a hipoglicemia
A prática regular de atividade física é um dos principais aliados no controle do diabetes tipo 2. Caminhar, correr, dançar, pedalar ou praticar musculação ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, controlar o peso, reduzir o risco cardiovascular e até melhorar o humor. No entanto, para algumas pessoas com diabetes, especialmente aquelas que usam insulina ou certos medicamentos orais, existe um risco que não pode ser ignorado: a hipoglicemia.
A hipoglicemia acontece quando os níveis de glicose no sangue ficam abaixo do normal (geralmente menos de 70 mg/dL). Os sintomas incluem tremores, sudorese, palpitações, fraqueza, visão turva, tontura e até confusão mental. Durante o exercício, isso pode ser ainda mais perigoso, porque o corpo já está em esforço e precisa de energia extra.
Neste artigo, vamos entender:
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O que é a hipoglicemia e por que ela pode acontecer durante o exercício;
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Quais medicamentos aumentam o risco;
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Estratégias práticas para prevenir crises;
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Orientações específicas para o cenário brasileiro;
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Exemplos de atividades seguras para quem vive com diabetes.
Hipoglicemia: o que é e por que acontece durante o exercício
O corpo humano precisa de glicose para funcionar — ela é o “combustível” que alimenta nossas células. Durante o exercício, o corpo consome mais glicose para gerar energia, e é aí que mora o risco para pessoas com diabetes que usam insulina ou medicamentos que estimulam a liberação de insulina pelo pâncreas.
Se a dose do medicamento for muito alta ou se a pessoa fizer exercícios em jejum, sem um lanche adequado, os níveis de açúcar no sangue podem cair rapidamente, levando à hipoglicemia.
Importante: nem todas as pessoas com diabetes correm esse risco. Aqueles que controlam o diabetes apenas com mudanças de estilo de vida ou com medicamentos que não baixam diretamente a glicemia (como a metformina) dificilmente terão hipoglicemia relacionada ao exercício.
Medicamentos que aumentam o risco de hipoglicemia
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os medicamentos mais associados à hipoglicemia são:
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Insulina (qualquer tipo);
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Sulfonilureias (como glibenclamida e gliclazida);
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Meglitinidas (como repaglinida).
Já medicamentos como metformina, inibidores de SGLT2 e agonistas de GLP-1 raramente causam hipoglicemia sozinhos, mas podem contribuir se combinados a insulina ou sulfonilureias.
Por isso, sempre converse com seu médico sobre o seu regime de tratamento antes de iniciar ou intensificar atividades físicas.
Sinais de alerta: como identificar uma hipoglicemia
Os principais sintomas de hipoglicemia durante o exercício incluem:
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Tremores e fraqueza;
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Sudorese intensa;
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Coração acelerado;
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Visão turva ou dupla;
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Fome repentina;
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Confusão mental ou dificuldade de concentração;
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Em casos graves, desmaios e convulsões.
No Brasil, muitos pacientes confundem esses sinais com “queda de pressão”, mas na verdade podem ser sintomas de hipoglicemia. Por isso, é fundamental medir a glicemia sempre que possível, especialmente antes e depois da atividade física.
Estratégias práticas para prevenir a hipoglicemia
1. Meça sua glicemia antes de se exercitar
Se os níveis estiverem abaixo de 100 mg/dL, faça um pequeno lanche antes de começar. Boas opções incluem uma fruta (como banana ou maçã) ou uma fatia de pão integral com queijo.
2. Tenha sempre uma fonte de carboidrato de ação rápida
Carregue consigo balas de glicose, sachês de mel, suco de caixinha ou balas comuns. Esses alimentos são rapidamente absorvidos pelo organismo e ajudam a normalizar a glicemia em poucos minutos.
3. Evite treinar em jejum se usa insulina ou sulfonilureias
Treinar sem se alimentar pode ser arriscado. O ideal é fazer uma refeição balanceada ou pelo menos um lanche leve 30 a 60 minutos antes do exercício.
4. Ajuste a dose da insulina com orientação médica
Alguns pacientes podem precisar reduzir a dose de insulina antes de atividades físicas mais intensas ou prolongadas. Essa decisão deve ser sempre tomada com acompanhamento médico.
5. Prefira atividades seguras e adaptáveis
Exercícios como caminhada, bicicleta ergométrica, natação leve ou musculação supervisionada permitem pausas e ajustes caso você sinta sintomas de hipoglicemia.
6. Avise alguém que você tem diabetes
Se for praticar exercício em grupo ou em academia, informe amigos ou instrutores que você tem diabetes. Isso pode fazer diferença em caso de emergência.
Cenário brasileiro: desafios e adaptações
No Brasil, onde muitas pessoas não têm acesso fácil a glicosímetros ou a insulinas modernas, a prevenção da hipoglicemia exige ainda mais atenção.
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O SUS fornece insulina NPH e Regular, que têm ação menos previsível do que os análogos de insulina mais modernos. Isso aumenta o risco de quedas bruscas de glicemia durante o dia.
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Muitos pacientes não conseguem medir a glicemia várias vezes ao dia por falta de tiras de teste, que podem ser caras. Nesse caso, a atenção aos sinais do corpo (tremores, suor frio, tontura) se torna ainda mais essencial.
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A realidade alimentar brasileira, rica em carboidratos como arroz, feijão, pão e tapioca, pode ser usada a favor: pequenas porções antes do exercício ajudam a reduzir o risco de hipoglicemia.
Exercícios e benefícios comprovados para quem tem diabetes
Estudos mostram que a prática regular de exercício físico traz ganhos significativos para pessoas com diabetes tipo 2:
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Melhora da sensibilidade à insulina, facilitando o controle da glicemia;
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Redução da gordura abdominal, que está associada à resistência insulínica;
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Controle do peso corporal;
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Melhora da saúde cardiovascular, reduzindo o risco de infarto e AVC;
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Aumento da disposição e redução de sintomas de ansiedade e depressão.
Um estudo multicêntrico publicado em Diabetes Care mostrou que apenas duas sessões semanais de treinamento de resistência (musculação) já foram suficientes para melhorar a sensibilidade à insulina em homens idosos com diabetes tipo 2.
Dicas finais para se exercitar com segurança
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Nunca comece atividade física intensa sem orientação médica, especialmente se você tem complicações como problemas cardíacos ou renais.
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Mantenha sempre um lanche de emergência à mão.
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Escolha atividades prazerosas: quanto mais você gostar, maior a chance de manter a rotina.
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Respeite os sinais do corpo: se sentir tontura, fraqueza ou visão turva, pare imediatamente e faça uma pausa.
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Combine com sua equipe de saúde um plano de exercícios adequado ao seu tratamento.
Conclusão: prevenção é a chave para colher os benefícios do exercício
A atividade física é uma das ferramentas mais poderosas no tratamento do diabetes tipo 2. Mas, para quem usa insulina ou certos medicamentos, é preciso estar atento à hipoglicemia.
Com planejamento, monitoramento da glicemia e alguns cuidados simples — como carregar sempre um lanche rápido, não treinar em jejum e ajustar as doses de insulina com orientação médica — é possível praticar exercícios com segurança.
No Brasil, onde os desafios de acesso a insumos ainda são grandes, a educação em saúde é fundamental para que cada pessoa com diabetes saiba reconhecer os sinais do corpo e agir rápido diante de uma hipoglicemia.
Em resumo: não deixe o medo da hipoglicemia afastar você dos benefícios da atividade física. Com informação e cuidado, é possível viver bem, ativo e saudável com diabetes tipo 2.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
Associação Americana de Diabetes. (nd). Glicemia e exercício.
Associação Americana de Diabetes. (nd). Hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue).
Herbst, A, et al. (2015). Impacto da atividade física regular no controle da glicemia e nos fatores de risco cardiovascular em adolescentes com diabetes mellitus tipo 2 — um estudo multicêntrico com 578 pacientes de 225 centros . Diabetes Pediátrico.
Centro de Diabetes Joslin. (sd). Evitando a hipoglicemia noturna.
Ibanez, J, et al. (2005). Treinamento de resistência progressiva duas vezes por semana diminui a gordura abdominal e melhora a sensibilidade à insulina em homens idosos com diabetes tipo 2. Diabetes Care .
Yardley, J, et al. (2015). Estratégias de exercícios para prevenção da hipoglicemia em indivíduos com diabetes tipo 1. Diabetes Spectrum
FAQ: perguntas frequentes sobre diabetes
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