Aprenda sobre a progressão do Parkinson
A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurológica progressiva, o que significa que seus sintomas tendem a se agravar ao longo do tempo. Essa é uma das principais preocupações de quem recebe o diagnóstico: “Vou piorar?”, “Existe algo que eu possa fazer para evitar isso?”. E essas são perguntas legítimas.
Embora ainda não exista uma cura ou um tratamento comprovadamente capaz de interromper ou retardar a progressão da doença, há muito o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida, preservar a autonomia e lidar melhor com os sintomas.
Neste texto, vamos explorar o que a ciência sabe até agora sobre a progressão do Parkinson, o que esperar com o tempo e, principalmente, quais hábitos e abordagens podem ajudar no enfrentamento da doença.
Entendendo a progressão do Parkinson
O Parkinson geralmente começa com sintomas sutis, como tremores leves, rigidez muscular ou dificuldade para iniciar movimentos. Muitas vezes, esses sinais são atribuídos ao envelhecimento ou ao cansaço, o que pode atrasar o diagnóstico.
Com o passar dos anos, os sintomas se tornam mais evidentes e limitantes. Além das dificuldades motoras, como tremores, lentidão e alterações na postura, a doença também pode provocar sintomas não motores, como:
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Problemas de sono
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Depressão e ansiedade
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Alterações cognitivas
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Dificuldades na fala e na deglutição
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Constipação
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Alterações de humor e comportamento
Nos estágios mais avançados, a demência pode se manifestar em algumas pessoas, tornando os cuidados ainda mais complexos.
A velocidade da progressão varia bastante de pessoa para pessoa. Alguns têm uma evolução lenta e permanecem independentes por muitos anos, enquanto outros podem apresentar um declínio mais rápido. Por isso, o tratamento precisa ser sempre individualizado.
Existe algum tratamento que retarda a progressão?
Atualmente, não existe nenhum medicamento que tenha sido cientificamente comprovado como capaz de retardar ou interromper a progressão da Doença de Parkinson. Essa é uma das grandes frentes de pesquisa na área neurológica — o que os cientistas chamam de “Santo Graal” do tratamento do Parkinson, como aponta Jason Krellman, PhD, neuropsicólogo do Columbia University Irving Medical Center.
Os medicamentos disponíveis hoje têm como principal função aliviar os sintomas, especialmente os motores. Isso melhora a qualidade de vida, mas não altera o curso da doença.
A boa notícia é que diversas pesquisas estão em andamento, investigando formas de modificar a progressão da DP, seja por meio de medicamentos, terapia genética, estimulação cerebral profunda ou intervenções no estilo de vida.
O papel do estilo de vida na qualidade de vida com Parkinson
Mesmo sem uma cura definitiva ou um tratamento modificador da doença, há muitos hábitos e práticas que podem ajudar a melhorar o bem-estar, o humor, a energia e a funcionalidade de quem convive com Parkinson.
1. Prática regular de atividade física
O exercício físico é, hoje, uma das ferramentas mais recomendadas para pessoas com Parkinson. Ele ajuda a preservar a mobilidade, o equilíbrio e a força muscular — reduzindo o risco de quedas, que são comuns na doença.
Além disso, o exercício estimula a liberação de dopamina no cérebro, o que pode melhorar o humor e até os sintomas motores em curto prazo.
A American Parkinson Disease Association recomenda atividades como:
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Caminhada
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Dança
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Alongamento
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Pilates
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Natação
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Treinamento de força
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Yoga ou tai chi (excelentes para equilíbrio e consciência corporal)
Importante: sempre converse com um fisioterapeuta ou profissional de saúde antes de iniciar um novo programa de exercícios, para adaptá-lo às suas necessidades.
2. Alimentação equilibrada
Embora a dieta não cure o Parkinson, ela pode aliviar sintomas, melhorar o funcionamento intestinal e ajudar a manter o cérebro saudável. Dietas como a MIND e a mediterrânea têm mostrado efeitos positivos para a saúde neurológica.
Essas dietas são ricas em:
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Frutas e vegetais frescos
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Grãos integrais
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Peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha)
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Oleaginosas (nozes, castanhas)
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Azeite de oliva
Além disso, aumentar a ingestão de fibras e água pode ajudar a prevenir a constipação, um sintoma muito comum no Parkinson.
Evite alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras saturadas e aditivos, pois eles podem contribuir para inflamações e piora do bem-estar geral.
3. Sono de qualidade
Dormir bem é essencial para qualquer pessoa — e ainda mais importante para quem tem Parkinson. Distúrbios do sono, como insônia, sono fragmentado ou movimentos involuntários durante a noite, são frequentes e podem agravar os sintomas diurnos.
Boas práticas de higiene do sono incluem:
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Ter horários regulares para dormir e acordar
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Evitar cafeína e álcool à noite
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Reduzir o uso de telas antes de dormir
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Criar um ambiente calmo e escuro no quarto
Se mesmo com essas medidas você tiver dificuldades para dormir, fale com seu médico. Existem estratégias seguras que podem ser usadas para melhorar a qualidade do sono.
4. Apoio à saúde mental
Ansiedade, apatia e depressão são sintomas comuns e muitas vezes subestimados. Ignorar esses sinais pode prejudicar a motivação para manter os tratamentos e hábitos saudáveis.
Cuidar da saúde mental é tão importante quanto tratar os sintomas físicos. Isso pode incluir:
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Psicoterapia (como terapia cognitivo-comportamental)
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Grupos de apoio
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Meditação e técnicas de relaxamento
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Tratamento medicamentoso, quando necessário
Falar sobre o que está sentindo não é fraqueza — é parte do cuidado integral.
5. Acompanhamento multidisciplinar
Além do neurologista, o cuidado com o Parkinson pode envolver uma equipe completa:
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Fisioterapeuta: ajuda na mobilidade e equilíbrio
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Terapeuta ocupacional: ensina formas de adaptar atividades do dia a dia
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Fonoaudiólogo: trabalha fala, voz e deglutição
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Nutricionista: ajusta a alimentação conforme os sintomas
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Psicólogo ou psiquiatra: para o cuidado emocional
Esse suporte conjunto é fundamental para manter a autonomia e a qualidade de vida, mesmo com a progressão da doença.
O que esperar para o futuro?
As pesquisas sobre Parkinson avançam todos os dias. Cientistas estão explorando:
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Terapias genéticas para corrigir mutações
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Medicamentos que protegem os neurônios
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Novas formas de estimulação cerebral profunda
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Biomarcadores para diagnóstico precoce e monitoramento da progressão
Enquanto essas descobertas não chegam à prática clínica, adotar um estilo de vida saudável e manter acompanhamento médico regular continuam sendo as melhores formas de cuidar de si mesmo e viver com mais bem-estar.
Conclusão
A doença de Parkinson é progressiva, mas isso não significa que a pessoa perderá rapidamente sua independência ou qualidade de vida. Ainda que não exista um tratamento capaz de interromper a doença, há muito que pode ser feito para viver bem com ela.
Manter-se ativo, alimentar-se bem, cuidar da saúde mental e ter o apoio de uma equipe multidisciplinar são atitudes que fazem diferença.
Se você convive com o Parkinson — ou cuida de alguém que tem a doença — saiba que cada passo na direção do autocuidado é um avanço. E, mesmo sem cura, viver com dignidade, alegria e autonomia continua sendo um caminho possível e real.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos. (nd). Doença de Parkinson .
American Parkinson Disease Association. (nd). Prevendo a progressão da doença de Parkinson .
Associação Americana da Doença de Parkinson. (nd). Os benefícios do exercício para a doença de Parkinson .
American Parkinson Disease Association. (nd). Os efeitos das dietas MIND e Mediterrânea na doença de Parkinson .
Instituto Nacional do Envelhecimento. (2022). Doença de Parkinson: Causas, sintomas e tratamentos .
Fundação Parkinson. (2022). Podemos frear a progressão do Parkinson?
Zafar, S., et al. (2022). Doença de Parkinson . StatPearls .
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/parkinsons-disease/parkinsons-disease-progression
FAQ: perguntas frequentes sobre Parkinson
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