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Entenda o uso do Lecanemab (Leqembi)
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
20/03/2025
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Entenda o uso do Lecanemab (Leqembi)

O tratamento do Alzheimer tem evoluído ao longo dos anos. Por muito tempo, os medicamentos disponíveis ajudavam apenas a controlar os sintomas, sem atuar diretamente nas causas da doença.

Isso começou a mudar em junho de 2021, quando a FDA e a ANVISA aprovaram o Aduhelm (aducanumab-avwa), o primeiro medicamento direcionado a um dos processos que contribuem para o Alzheimer. Ele age interferindo nas placas beta-amiloides, acúmulos de proteínas no cérebro associados à doença.

Em janeiro de 2023, um segundo tratamento, o Leqembi (lecanemab-irmb), recebeu aprovação acelerada, um processo baseado em dados preliminares. Mais tarde, em julho de 2023, o medicamento obteve aprovação total e agora está disponível para uso.


O que é lecanemab?

O lecanemab é um medicamento biológico injetável aprovado para tratar o Alzheimer em estágios iniciais, ajudando a retardar a progressão da doença em pessoas com demência leve ou comprometimento cognitivo leve.

No entanto, nem todos os pacientes nessa fase são elegíveis para o tratamento. Antes de prescrevê-lo, o médico precisa confirmar a presença de placas beta-amiloides no cérebro, já que o medicamento atua diretamente sobre elas. Se essas placas não estiverem presentes, o lecanemab não trará benefícios.

Atualmente, sua aprovação é limitada aos estágios leves do Alzheimer. Ainda não há evidências de que seja eficaz para casos mais avançados.


Como o lecanemab funciona no tratamento da doença de Alzheimer?

Pesquisadores seguem investigando como o Alzheimer afeta o cérebro. Há indícios de que o acúmulo de placas beta-amiloides entre as células nervosas pode contribuir para a progressão da doença, interferindo na comunicação entre os neurônios.

A gravidade do Alzheimer parece estar ligada à disseminação dessas placas. Nos estágios iniciais, elas afetam áreas menores do cérebro, comprometendo funções como memória e aprendizado. À medida que se espalham, podem causar confusão, dificuldades na fala e alterações no comportamento.

Quanto mais cedo essas placas forem controladas, melhor. O lecanemab foi desenvolvido para atacar e reduzir esse acúmulo. Embora não seja uma cura, pode ajudar a retardar a progressão dos sintomas da demência.


Como o lecanemab é dosado?

O lecanemab é administrado por infusão intravenosa (IV) a cada 14 dias, com cada sessão levando cerca de uma hora.

Por ser um medicamento injetável, ele precisa ser aplicado em um hospital ou centro de infusão, não podendo ser administrado em casa. A dose é calculada com base no peso corporal, sendo recomendados 10 mg por quilo. Por exemplo, uma pessoa com 80 kg recebe 800 mg a cada duas semanas.

Manter esse cronograma pode ser um desafio, mas é importante seguir o tratamento corretamente. Caso perca uma dose, procure recebê-la o mais rápido possível.


Qual é a eficácia do lecanemab?

As primeiras evidências sobre a eficácia do lecanemab vieram de um ensaio clínico de fase 2, que avaliou o medicamento em algumas centenas de participantes para determinar seus efeitos.

Nesse estudo, mais de 800 pessoas com Alzheimer leve receberam lecanemab ou placebo (uma infusão sem medicamento). Após 18 meses de tratamento contínuo, o lecanemab reduziu os níveis de beta-amiloide, enquanto o grupo placebo não apresentou mudanças. Esses resultados levaram à aprovação acelerada do medicamento pela FDA e ANVISA.

Em um ensaio clínico de fase 3, realizado para confirmar seus benefícios, o lecanemab reduziu em média 27% a progressão do Alzheimer ao longo de 18 meses. Com base nesses dados, um painel de especialistas revisou os resultados e recomendou a aprovação total do medicamento pela FDA e ANVISA.


Como o lecanemab se compara ao Aduhelm?

Aduhelm e lecanemab são frequentemente discutidos juntos por serem medicamentos semelhantes. No entanto, como não foram comparados diretamente em estudos clínicos, não é possível afirmar que um seja superior ao outro.

Ainda assim, existem semelhanças e diferenças entre eles que vale a pena considerar.



Lecanemab

Aduhelm

Uso aprovado

Tratamento da doença de Alzheimer em pessoas que vivem com comprometimento cognitivo leve ou demência leve

O mesmo que lecanemab

Tipo de medicamento

Infusão intravenosa

Infusão intravenosa

Frequência de dosagem 

A cada 2 semanas

A cada 4 semanas

Dados de eficácia clínica estão disponíveis

Sim

Questionável

Efeitos colaterais relacionados ao cérebro

Menos comum

Mais comum

Fabricante

Biogen, Eisai

Biogen, Eisai

 

Se você tem dúvidas sobre qual opção, lecanemab ou Aduhelm, seria mais adequada para o seu caso, consulte seu médico. Com o avanço das pesquisas, novos dados podem surgir, permitindo que ele avalie os prós e contras de cada tratamento de forma atualizada.

 

Quais são os efeitos colaterais conhecidos do lecanemab? [Efeitos colaterais]

O principal efeito colateral do lecanemab é a ARIA (anormalidades de imagem relacionadas à amiloide), que pode se manifestar de duas formas:

  • ARIA-E: Acúmulo de líquido no cérebro.

  • ARIA-H: Pequenos sangramentos próximos à superfície cerebral.

Na maioria dos casos, a ARIA não causa sintomas perceptíveis, mas algumas pessoas relatam tontura, confusão e problemas de equilíbrio. Devido a esse risco, o FDA emitiu um alerta sobre a condição.

A ARIA é mais comum nos primeiros 3,5 meses de tratamento e, geralmente, desaparece sozinha. No entanto, se exames de ressonância magnética detectarem sinais desse problema, o médico pode adiar ou interromper as infusões.

Outros possíveis efeitos colaterais do lecanemab:

  • Reações durante a infusão, incluindo febre, alterações na pressão arterial e náuseas

  • Dor de cabeça

  • Tosse

  • Diarreia

Efeitos colaterais graves são raros, mas podem ocorrer. Três mortes foram possivelmente associadas ao lecanemab em ensaios clínicos. Também houve relatos de problemas cardíacos, como fibrilação atrial.

Fatores de risco para efeitos colaterais graves:

Algumas pessoas têm maior probabilidade de desenvolver complicações, especialmente sangramentos cerebrais. O risco é maior para quem:

Por isso, é essencial conversar com um médico antes de iniciar o tratamento e realizar exames regulares para monitorar possíveis efeitos adversos.

O lecanemab interage com outros medicamentos?

Ainda não se sabe ao certo. O fabricante do lecanemab não relatou interações medicamentosas conhecidas. No entanto, com o avanço das pesquisas, especialistas poderão entender melhor possíveis interações à medida que novos estudos forem conduzidos.


Conclusões

O lecanemab, também chamado de Leqembi, é um medicamento intravenoso aprovado para tratar os estágios iniciais do Alzheimer. Ele atua reduzindo as placas beta-amiloides no cérebro, ajudando a retardar a progressão da doença.

Apesar de seus benefícios, pode causar efeitos colaterais como ARIA, reações à infusão e dores de cabeça. Um médico poderá avaliar se você ou um ente querido são elegíveis para o tratamento.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referências

Biogênio. (2022). Injeção de aduhelm-aducanumabe , solução [bula] .

Biogen. (2022). A Eisai apresenta resultados completos do estudo confirmatório de fase 3 do lecanemab Clarity Ad para doença de Alzheimer precoce na Conferência de Ensaios Clínicos sobre Doença de Alzheimer (Ctad) .

Biogen. (2023). FDA aprova leqembi (lecanemab-irmb) sob o caminho de aprovação acelerada para o tratamento da doença de Alzheimer .

ClinicalTrials.gov. (2023). Um estudo para confirmar a segurança e eficácia do lecanemab em participantes com doença de Alzheimer precoce (Clarity AD) . Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA.

Eisai, Inc. (2023). Injeção de Leqembi, para uso intravenoso [bula] .

George, J. (2023). Medicamento para Alzheimer supera grande obstáculo em direção à aprovação total . MedPage Today.

Kimball, S. (2023). FDA aprova medicamento para Alzheimer leqembi, abrindo caminho para cobertura mais ampla do Medicare . MSN .

Leo, L., et al. (2023). Dados de medicamentos para Alzheimer da Eisai-Biogen confirmam benefícios, diz equipe da FDA . Reuters .

MedlinePlus. (2022). Angiopatia amiloide cerebral .

Instituto Nacional do Envelhecimento. (2017). O que acontece com o cérebro na doença de Alzheimer?

Instituto Nacional do Envelhecimento. (2021). Estudo revela como o gene APOE4 pode aumentar o risco de demência .

Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA. (2023). FDA converte novo tratamento para doença de Alzheimer em aprovação tradicional .

Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA. (2023). FDA concede aprovação acelerada para tratamento da doença de Alzheimer .

Woloshin, S., et al. (2022). O que saber sobre o medicamento para Alzheimer aducanumab (aduhelm) . JAMA Internal Medicine .

Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/leqembi/how-lecanemab-works-against-alzheimers

 

FAQ: perguntas frequentes sobre Alzheimer

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