Alzheimer: cuidado e compreensão
Os casos de idosos com Alzheimer aumentam a cada ano, uma vez que a doença pode estar associada ao envelhecimento dos indivíduos. Nesse contexto, especialistas estimam que 40% da população mundial entre 85 e 89 anos têm Alzheimer.
À medida que o tempo passa e as expectativas de vida têm aumentado, esse número tende a disparar. Por conta disso, compreender as causas do Alzheimer, sintomas e possíveis intervenções é crucial para combater a progressão da doença e os impactos que esta pode gerar em toda a sociedade.
Neste guia, vamos apresentar a você essas e outras informações para que você possa tirar as suas dúvidas sobre o Alzheimer em idosos e outros aspectos importantes.
Quais os sintomas de Alzheimer em idosos?
Antes de qualquer coisa, é importante compreender que os sintomas em idosos com Alzheimer podem ser sutis no começo, aumentando de intensidade ao longo do tempo. Isso significa que o período de evolução dos sintomas do Alzheimer pode durar cerca de 10 anos, abrangendo diversos estágios.
Quanto antes os primeiros sintomas são detectados e o tratamento é iniciado, maiores são as chances de postergar a progressão da doença, contribuindo para uma maior qualidade de vida do idoso com Alzheimer.
Dentre os principais sintomas, de acordo com os estágios da doença, podemos citar:
Fase leve:
- Alterações na memória, como perda da memória recente;
- Desorientação com relação ao tempo e espaço;
- Sinais de depressão;
- Mudanças comportamentais;
- Irritabilidade;
- Dificuldade para encontrar palavras;
- Redução no interesse por atividades antes praticadas, como passatempos.
Fase moderada:
- Esquecimentos mais significativos, como nome de pessoas e eventos importantes;
- Incapacidade de cuidar da própria casa e de si mesmo;
- Necessidade de ajuda para higiene pessoal;
- Dificuldade acentuada para falar e se expressar;
- Ideias sem sentido, como desconfiança excessiva;
- Alucinações.
Fase grave:
- Prejuízos gravíssimos da memória, como a incapacidade de reconhecer parentes ou relembrar momentos marcantes;
- Dificuldade para se alimentar, incluindo problemas para engolir os alimentos;
- Dificuldade para compreender o que está acontecendo à sua volta, ficando desorientado em seu próprio lar;
- Prejuízos motores que afetam a locomoção do indivíduo;
- Incontinência fecal e urinária;
- Em casos mais avançados, o paciente pode necessitar de cadeira de rodas ou ficar acamado.
Quais as causas do Alzheimer?
Especialistas têm depositado grandes esforços na busca por uma maior clareza quanto às causas do Alzheimer. Entretanto, ainda não é possível mapear uma causa única, uma vez que, até então, o Alzheimer é considerado uma doença multifatorial. Dentre esses fatores, podemos pensar nas seguintes situações:
- Idade avançada e envelhecimento;
- Fatores genéticos e possivelmente hereditários;
- Doenças crônicas, como diabetes, podem aumentar em 50% as chances de demência e Alzheimer;
- Fatores relacionados ao estilo de vida, que estão ligados à epigenética do indivíduo.
Pesquisadores do Centro Universitário de Volta Redonda apontam também que a predominância das questões genéticas pode ser uma das maiores causas do Alzheimer. Entretanto, ainda são necessários novos estudos que possam corroborar plenamente com essa afirmação.
Desafios nos cuidados com idosos com Alzheimer
Quando pensamos sobre o que é Alzheimer e suas complicações, à medida que a doença progride, fica evidente que existem diversos desafios que acabam fazendo parte do dia a dia da família e do próprio paciente.
Inicialmente, pode haver uma resistência na aceitação do diagnóstico. O luto vivido por todos os envolvidos é natural e auxilia na elaboração da notícia, no entanto, pode ser desafiador em alguns casos.
Sendo assim, dentre os aspectos relacionados aos desafios no cuidado, podemos pensar em pontos como:
- Dificuldade para lidar com os comportamentos agressivos e com a resistência do paciente, que pode negar a condição;
- Dificuldade em estabelecer uma nova rotina, visando manter a higiene, a nutrição e o bem-estar do paciente que, com o passar do tempo, vai se tornando mais dependente;
- Muitas vezes, algum membro da família pode acabar se sentindo sobrecarregado com relação às responsabilidades de cuidado com o idoso enfermo;
- Entre outros aspectos subjetivos que podem ser enfrentados de acordo com a rotina, crenças e estilo de vida de cada família.
Com o passar do tempo e caso os familiares optem por buscar uma ajuda multidisciplinar, novas perspectivas podem ser colocadas em prática. O paciente com Alzheimer, nesse caso, pode receber tratamentos especiais que ajudem a combater a progressão da doença.
Além disso, toda a família pode receber orientações importantes para enfrentar as tarefas diárias e todas as questões emocionais que possam surgir à medida que o quadro do paciente começa a evoluir.
Onde encontrar apoio para lidar com idosos com Alzheimer?
Como vimos, existem muitos desafios que podem atravessar os cuidados de idosos com demência e Alzheimer. Nesses casos, os familiares e o paciente podem recorrer ao acompanhamento multidisciplinar como forma de encontrar apoio, orientação e cuidado com a saúde para enfrentar as dificuldades que aparecem no dia a dia.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral e multidisciplinar para pacientes com diagnóstico de Alzheimer. Além disso, o SUS também disponibiliza, gratuitamente, medicamentos que são usados para retardar a evolução dos sintomas do paciente.
Sendo assim, é importante que a família, ao desconfiar de um caso de Alzheimer, procure uma Unidade Básica de Saúde para que a situação seja investigada. Assim, caso o diagnóstico seja constatado, o paciente poderá ser assistido gratuitamente pelos médicos e demais profissionais da saúde do SUS.
Além disso, em diversas regiões do país existem grupos de apoio destinados às famílias e aos pacientes com diagnóstico de Alzheimer, como no caso da Associação Brasileira de Alzheimer. Encontrar um grupo de apoio próximo pode ser uma excelente ferramenta para lidar com dúvidas, questões emocionais e demais aspectos relacionados ao diagnóstico.
Outro ponto de apoio pode ser a busca por acompanhamento psicológico, tanto para a família, em grupo, quanto individualmente, caso cada indivíduo sinta o desejo desse atendimento. No setor privado é possível encontrar diversos profissionais especialistas no assunto, cabendo ao indivíduo escolher e agendar a consulta com aquele que considera ser o ideal.
O apoio emocional é fundamental para todos
Sem dúvidas, os casos de idosos com Alzheimer é uma realidade que merece visibilidade, apoio e suporte. Por isso, se você tem convivido com uma pessoa com Alzheimer, lembre-se de cuidar da sua saúde e bem-estar também. Buscar apoio psicológico e aproximar-se de profissionais capacitados, que ajudem você com suas dúvidas e anseio, é um caminho promissor.
O mesmo vale para os cuidados com os idosos. Oferecer um suporte qualificado, contando com uma equipe multidisciplinar, é peça-chave para a redução de danos e a construção de uma rotina muito mais equilibrada, que priorize a qualidade de vida de todos.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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