Entenda como é viver com hipotireoidismo
Quando Mariana Souza foi diagnosticada com hipotireoidismo no fim da década de 1990, ela não se lembra de os médicos terem falado sobre alimentação ou atividade física como parte do tratamento.
Na época, a orientação foi simples: receitaram um medicamento e pediram para que ela retornasse a cada seis meses para ajustar a dose, conforme os níveis dos hormônios da tireoide.
“A única recomendação que recebi foi aumentar o consumo de fibras, já que um dos meus sintomas era prisão de ventre”, conta Mariana, hoje com 35 anos, moradora de Campinas, interior de São Paulo. “Mas fora isso, não me explicaram mais nada.”
Com o tempo, Mariana foi aprendendo por conta própria. Hoje, ela mantém o hipotireoidismo controlado com o uso regular da medicação, uma alimentação equilibrada e a prática consistente de exercícios físicos.
.
Jornada desafiadora para um diagnóstico de hipotireoidismo
Marina tinha 11 anos quando seu cabelo começou a cair. Ela sofria com dores de cabeça fortes todos os dias e sentia um cansaço extremo. Durante seis meses, ela e seus pais passaram por diversos médicos em busca de um diagnóstico.
No início, descartaram o hipotireoidismo como causa dos sintomas. Marina era muito jovem, diziam os médicos, e não havia histórico da condição na família. Talvez fossem apenas “dores do crescimento”?
Mas Marina e seus pais não desistiram. Continuaram procurando até encontrar um especialista disposto a investigar mais a fundo e solicitar novos exames para entender o que realmente estava acontecendo.
Essa experiência ensinou a Marina uma lição importante: é preciso defender o próprio bem-estar.
“Se tem algo errado com você e você sente isso, precisa ser sua própria voz”, diz Marina. “É essencial encontrar um médico que escute, que peça os exames necessários e que realmente esteja ao seu lado como parceiro.”
Hábitos pouco saudáveis começaram no ensino médio
Na adolescência, encontrar um sistema de apoio médico adequado foi um grande desafio para Marina. Mesmo fazendo uso de medicação, ela enfrentava dificuldades para manter o peso estável. No ensino médio, conta que vivia em um ciclo de dietas restritivas: “Eu fazia todo tipo de dieta que aparecia. Emagreci 5 a 7 quilos algumas vezes, mas logo recuperava tudo — e ainda ganhava mais.”
Ela se sentia sozinha e frustrada. Aos olhos dela, estava fazendo tudo “certo”. E mesmo assim, não via resultados. Chegou a pensar que, por causa do diagnóstico de hipotireoidismo, estava condenada a estar sempre alguns quilos acima do peso.
“Usei o hipotireoidismo como uma muleta, uma justificativa para não cuidar de mim mesma”, relembra. “Acabei me abandonando — física e emocionalmente.”
Depois de se formar na faculdade, Marina chegou ao seu ponto mais crítico. Estava com 20 quilos a mais do que no início do curso, com a autoestima abalada e a saúde comprometida.
“Eu estava cansada de me sentir péssima, de não gostar da minha imagem no espelho”, conta. “Mas, mais do que isso, estava exausta de me sentir doente, pesada e sem energia.”
Pequenas mudanças fazem uma grande diferença
Marina sabia que adotar um estilo de vida mais saudável levaria tempo. Por isso, decidiu começar sua jornada com pequenas mudanças — um passo de cada vez.
Em vez de focar em tudo o que precisava cortar da alimentação, ela passou a se concentrar no que poderia incluir. Acrescentou mais vegetais, frutas frescas e proteínas magras ao dia a dia. Com o tempo, não só passou a se sentir melhor, como também percebeu que, ao nutrir bem o corpo, naturalmente havia menos espaço (e vontade) para alimentos menos saudáveis.
Ela também fez um compromisso com a própria saúde: mover o corpo por pelo menos 10 minutos por dia.
“Eu sabia que, se me comprometesse com 10 minutinhos diários, conseguiria criar um hábito e encaixá-lo na minha rotina”, conta. “Com o tempo, comecei a me sentir mais confiante, mais motivada. Porque, mesmo sendo uma ação pequena, quando a gente se mantém firme nela, bate aquele orgulho. E esse sentimento vira combustível — você quer continuar, quer se sentir assim de novo.”
Assumir um papel ativo no seu próprio bem-estar
Mas manter-se ativa nem sempre foi fácil. O hipotireoidismo costuma causar uma fadiga intensa — e havia dias em que Marina precisava se forçar a sair para uma caminhada ou fazer um treino leve. Ainda assim, os 10 minutos de movimento viraram 20. Depois, 30. Com o tempo, ela conseguiu eliminar os 20 quilos que havia ganhado e percebeu que as mudanças na alimentação e na rotina ajudaram a reduzir significativamente seus sintomas.
“Acredito de verdade que a nutrição e o movimento foram fundamentais para amenizar os sintomas e me permitir viver uma vida mais saudável e equilibrada”, conta. “Hoje eu me sinto muito bem, mesmo convivendo com hipotireoidismo.”
Ela segue com a medicação, incluindo levotiroxina, e considera os exercícios, a alimentação consciente e o autocuidado partes essenciais do tratamento.
“Esse processo me fez entender que, por muito tempo, eu simplesmente não sabia como cuidar do meu corpo — como respeitá-lo, valorizá-lo e nutri-lo”, reflete Marina. “Eu sei o quanto é doloroso se sentir sozinha nessa jornada. Por isso, hoje me sinto motivada a ajudar outras mulheres que estão passando por algo parecido.”
Ter uma condição crônica a inspira a dar esperança aos outros
O sucesso de Marina com seu plano de tratamento a inspirou a se tornar educadora física e, hoje, ela também atua como influenciadora de bem-estar nas redes sociais. Compartilha treinos, receitas e dicas de nutrição com centenas de milhares de seguidores em suas plataformas de saúde e qualidade de vida. Além disso, faz parte de uma comunidade online formada por mulheres que se apoiam e se motivam mutuamente.
Nem todo mundo que acompanha Marina convive com hipotireoidismo, mas muitas das seguidoras que enfrentam a condição costumam procurá-la em busca de orientação.
“Recebo muitas mensagens de mulheres que demoraram para conseguir um diagnóstico adequado. Quando você vive com hipotireoidismo por muito tempo, tentando entender o que está acontecendo sem encontrar respostas, bate um sentimento de frustração, até de desesperança”, conta.
“Pode parecer clichê, mas eu realmente acredito que há esperança. É possível se sentir melhor, reduzir os sintomas e alcançar seus objetivos — físicos e emocionais. Existem muitas outras mulheres passando por isso, e estamos aqui para apoiar umas às outras.”
Conclusões
A trajetória de Marina mostra que, embora o diagnóstico de uma condição crônica como o hipotireoidismo possa ser desafiador, ele não precisa definir quem você é — nem limitar o que você pode conquistar. Com informação, apoio e atitudes consistentes, é possível transformar um cenário de cansaço, insegurança e frustração em um caminho de saúde, força e autocuidado.
Buscar o tratamento adequado, manter um estilo de vida equilibrado e, principalmente, não se calar diante de sintomas persistentes são passos essenciais para quem convive com distúrbios da tireoide. Assim como Marina, muitas pessoas podem descobrir que a mudança começa com pequenas atitudes e se fortalece com cada nova escolha consciente.
E, acima de tudo, é importante lembrar que você não está sozinho. Compartilhar vivências, ouvir histórias parecidas e encontrar redes de apoio pode fazer toda a diferença no processo de cura e aceitação.
Se você ou alguém que você ama convive com o hipotireoidismo, saiba: há caminhos, há recursos e há esperança.
Pill, somos a parceria ideal para a sua saúde
Na Pill, nosso foco é em melhorar a vida das pessoas, democratizando o acesso à saúde e aos serviços da farmácia. Nós nos preocupamos com nossos pacientes e queremos fazer parte do seu cotidiano, facilitando sua vida. É um prazer cuidar todos de vocês.
Para ser atendido, basta mandar a sua dúvida no nosso WhatsApp: (11)99999-0380. Visite nosso site e monte sua cesta de remédio e coloque tudo no automático com o nosso serviço de Compra Recorrente: pill.com.br, sua caixa de remédio renovada todo mês.
Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
Produtos relacionados
Referência
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/hypothyroidism/living-with-hypothyroidism-katie-dunlop
Produtos Mais Vendidos
Compra Recorrente

Escolha em qual data e endereço gostaria de enviar seu produto.
26/10/22
Endereço de entregaAv. Dr. Arnaldo, 2194, CEP 43267364, SP SP
26/10/22
Endereço de entregaAv. Dr. Arnaldo, 2194, CEP 43267364, SP SP
Escolha os detalhes do produto



Feito! Seu Item foi adicionado à sua compra recorrente com sucesso.
Ah! não temos entrega disponível desse produto para seu CEP.

ahh! ocorreu um erro ao processar a sua solicitação, tente novamente mais tarde ou entre em contato com nosso atendimento!
ahh! você ainda não possui nenhuma recorrência ativa!



Atenção! Este produto
necessita de receita.
Arquivos de receita
Avise-me
Notificaremos você por e-mail assim que o produto estiver disponível novamente!


Feito! Notificaremos você por e-mail assim que o produto estiver disponível novamente!

Ah! Não foi possível salvar sua solicitação, tente novamente mais tarde!