Principais tópicos:
-
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição comum que afeta muitos homens com o avanço da idade. Ela provoca o aumento do tamanho da próstata, o que pode causar sintomas urinários, como dificuldade para urinar ou aumento da frequência urinária.
-
Apesar de causar desconforto, a HPB não é considerada uma doença grave e, importante destacar, não está relacionada ao desenvolvimento de câncer de próstata.
A hiperplasia prostática benigna (HPB) ocorre quando o tecido da próstata passa por alterações que levam ao seu aumento. É uma condição muito comum e a maioria dos homens a desenvolve com o envelhecimento. Pode começar por volta dos 40 anos, e cerca de 80% dos homens aos 80 anos terão algum grau de HPB.
A boa notícia é que a HPB não é considerada uma condição grave — muitas vezes, a pessoa nem percebe que a tem. Embora nem sempre cause sintomas, em alguns casos pode provocar alterações urinárias que impactam a qualidade de vida. Isso acontece porque a próstata está localizada entre a bexiga e o pênis, e seu aumento pode dificultar o fluxo normal da urina.
Continue lendo para entender melhor as causas da HPB, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis.
O que causa a hiperplasia prostática benigna?
A causa exata da hiperplasia prostática benigna (HPB) ainda não é completamente conhecida. Sabe-se que ela ocorre quando há um aumento no número de células em uma região da próstata chamada zona de transição. Esse crescimento celular provoca o aumento do tecido prostático e pode levar à formação de nódulos maiores na próstata.
Quem corre mais risco de desenvolvê-lo?
Envelhecer é um dos principais fatores de risco para a hiperplasia prostática benigna (HPB), sendo mais comum em homens mais velhos. À medida que a idade avança, também aumenta a chance de surgirem sintomas, que tendem a se intensificar com o tempo.
Estudos indicam que fatores genéticos influenciam no desenvolvimento da HPB, o que significa que a condição pode ser herdada de familiares. A etnia também pode impactar o risco: pesquisas mostram que homens negros e hispânicos têm 41% mais chances de desenvolver HPB em comparação com homens brancos.
Além disso, certas condições de saúde — como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e hipertensão — podem elevar o risco de HPB. Alguns medicamentos usados para tratar essas doenças também podem agravar os sintomas da condição.
Quais são os sintomas do trato urinário inferior?
É importante entender que nem todos os homens com HPB terão aumento da próstata, e nem todos os que têm a próstata aumentada apresentaram sintomas. No entanto, quando os sintomas estão presentes, eles podem ser incômodos e afetar significativamente a qualidade de vida. Os sinais mais comuns associados à HPB incluem:
-
Micção frequente
-
Urgência para urinar
-
Levantar-se à noite para urinar
-
Incontinência
-
Jato urinário fraco ou lento
-
Esforço para iniciar a micção
-
Interrupções no fluxo de urina
-
Gotejamento no final da micção
-
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
Os sintomas da HPB variam de pessoa para pessoa, tanto em tipo quanto em intensidade. Em alguns casos, eles podem piorar com o tempo; em outros, podem até desaparecer espontaneamente, embora isso seja menos comum.
Qual a gravidade da hiperplasia prostática benigna?
A HPB, por si só, não é uma condição grave. No entanto, o aumento da próstata pode, em alguns casos, dificultar a saída da urina da bexiga. Quando a bexiga não consegue se esvaziar completamente, isso pode gerar complicações mais sérias, como:
-
Retenção urinária aguda: Incapacidade súbita de urinar. Nos homens, a HPB é a causa mais comum. Essa condição pode causar grande desconforto e costuma ser tratada com a inserção de um cateter na uretra para esvaziar a bexiga.
-
Infecções frequentes do trato urinário (ITUs): Tornam-se mais prováveis quando a HPB dificulta o esvaziamento completo da bexiga, criando um ambiente propício para o acúmulo de bactérias.
-
Cálculos na bexiga: Podem variar de tamanho e se formar quando há urina residual. Esses cálculos podem causar dor abdominal, dificuldade ou dor ao urinar e presença de sangue na urina.
-
Lesão renal: Pode ocorrer como consequência de retenção urinária prolongada, seja crônica ou aguda. Muitas vezes, não apresenta sintomas evidentes, mas pode ser identificada por meio de exames de sangue ou urina. Em alguns casos, os rins se recuperam após o tratamento da causa da retenção.
Essas possíveis complicações mostram a importância de tratar adequadamente a HPB e acompanhar a evolução dos sintomas com um profissional de saúde.
É um sinal precoce de câncer de próstata?
A HPB não é considerada um sinal precoce de câncer de próstata. No entanto, ambas as condições podem causar sintomas semelhantes e levar ao aumento dos níveis do antígeno prostático específico (PSA). O câncer de próstata é comum em homens mais velhos. Nos Estados Unidos, cerca de 13 em cada 100 homens desenvolverão a doença ao longo da vida.
Pesquisadores já investigaram se existe alguma ligação entre HPB e câncer de próstata. Os resultados foram variados. A maioria dos estudos sugere que a HPB não aumenta o risco de câncer de próstata e, em alguns casos, pode até estar associada a um risco reduzido. Por outro lado, alguns estudos apontam um possível risco aumentado. Portanto, ainda são necessárias mais pesquisas para esclarecer essa relação.
Apesar das evidências inconclusivas, ter HPB não significa que você terá câncer de próstata. Se estiver apresentando sintomas urinários, converse com seu médico. Ele poderá avaliar a causa dos seus sintomas e indicar, se necessário, exames complementares ou tratamento. Isso pode ajudar a trazer mais segurança e direcionamento sobre o melhor cuidado para a sua saúde.
Como você trata a hiperplasia prostática benigna?
A boa notícia é que a HPB, por si só, nem sempre precisa de tratamento. Mas se houver aumento da próstata acompanhado de sintomas urinários, o tratamento pode ser útil. Ele pode melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações, como a retenção urinária.
O tratamento para HPB pode envolver mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos ou cirurgia. Se os sintomas forem leves a moderados, talvez não seja necessário iniciar o tratamento de imediato. Nesses casos, você pode apenas acompanhar os sintomas com seu médico e iniciar o tratamento caso eles se intensifiquem ou se tornem mais incômodos. Já para sintomas mais intensos, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos podem ser indicados.
Mudanças no estilo de vida costumam ser recomendadas para todos que convivem com a HPB. São medidas simples que podem ajudar a aliviar os sintomas, como:
-
Evitar a ingestão de líquidos (especialmente cafeína e álcool) no final do dia
-
Urinar regularmente, sem esperar a urgência
-
Tentar esvaziar completamente a bexiga a cada ida ao banheiro
-
Prevenir a constipação
Essas ações, embora simples, podem fazer diferença no dia a dia e ajudar no controle dos sintomas.
Quais medicamentos estão disponíveis?
Existem diferentes medicamentos disponíveis para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). Eles são geralmente administrados por via oral, na forma de comprimidos. Tanto a FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) quanto a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovaram esses medicamentos para uso no Brasil. As principais classes incluem:
-
Bloqueadores alfa: atuam relaxando a uretra prostática (parte da uretra que passa pela próstata), facilitando o fluxo urinário e aliviando os sintomas do trato urinário inferior (STUI). São recomendados para pessoas com HPB e STUI de intensidade moderada a grave. Exemplos: doxazosina (Cardura), terazosina (Hytrin), alfuzosina (Uroxatral) e tansulosina (Flomax). A doxazosina e a terazosina também podem reduzir a pressão arterial, por isso é importante discutir esse aspecto com seu médico antes de iniciar o uso.
-
Inibidores da 5-alfa redutase: bloqueiam a produção de di-hidrotestosterona (DHT), um hormônio responsável pelo crescimento da próstata. Isso ajuda a impedir que a próstata continue aumentando. Exemplos: finasterida (Proscar) e dutasterida (Avodart). Esses medicamentos não apresentam efeito imediato e geralmente levam cerca de 6 meses para mostrar resultados. Porém, ajudam a reduzir o risco de retenção urinária aguda e a necessidade de cirurgia a longo prazo.
-
Inibidores da fosfodiesterase-5: além de tratarem a disfunção erétil, também contribuem para o alívio dos sintomas urinários relacionados à HPB. O mecanismo exato ainda não é totalmente compreendido. Exemplos: tadalafila (Cialis) e sildenafila (Viagra). Entre eles, apenas a tadalafila é aprovada pela FDA e pela ANVISA para o tratamento da HPB. O uso da sildenafila para esse fim é considerado "off-label", ou seja, fora da indicação oficial.
Essas opções devem sempre ser avaliadas em conjunto com um profissional de saúde, que poderá indicar o tratamento mais adequado para o seu caso.
E a cirurgia?
A cirurgia para hiperplasia prostática benigna (HPB) tem como objetivo reduzir o tamanho da próstata por meio da remoção de parte do tecido prostático. Isso facilita o esvaziamento da bexiga e melhora o fluxo urinário.
Esse tipo de intervenção costuma ser indicada quando os medicamentos não são eficazes ou causam efeitos colaterais significativos. Também pode ser recomendada em casos de complicações, como:
-
Retenção urinária
-
Infecções urinárias recorrentes
-
Presença de cálculos na bexiga
-
Lesões renais causadas por obstrução urinária
Existem diferentes tipos de cirurgia disponíveis para o tratamento da HPB. Em geral, o paciente é encaminhado a um urologista — médico especializado no sistema urinário — para avaliar a melhor opção cirúrgica de acordo com o quadro clínico e o tamanho da próstata.
O que você pode fazer para diminuir suas chances de ter hiperplasia prostática benigna?
Você não pode mudar sua idade nem seus genes, mas adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver HPB. Manter-se fisicamente ativo, manter um peso adequado, controlar a pressão arterial e prevenir o diabetes são atitudes que contribuem para diminuir esse risco.
Conclusões
A HPB é frequentemente observada em homens com o avanço da idade. Em muitos casos, pode não provocar sintomas, especialmente nas fases iniciais. No entanto, pode levar ao aumento da próstata e causar dificuldades para urinar. A boa notícia é que a HPB não aumenta o risco de câncer de próstata e, quando necessário, pode ser tratada com mudanças no estilo de vida, medicamentos ou cirurgia para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Pill, somos a parceria ideal para a sua saúde
Na Pill, nosso foco é em melhorar a vida das pessoas, democratizando o acesso à saúde e aos serviços da farmácia. Nós nos preocupamos com nossos pacientes e queremos fazer parte do seu cotidiano, facilitando sua vida. É um prazer cuidar todos de vocês.
Para ser atendido, basta mandar a sua dúvida no nosso WhatsApp: (11) 99999-0380. Visite nosso site e monte sua cesta de remédio e coloque tudo no automático com o nosso serviço de Compra Recorrente: pill.com.br, sua caixa de remédio renovada todo mês.
Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
Produtos relacionados
Referências
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (2021). Quem corre risco de câncer de próstata?
Grunberger, I. (2018). Inovações no tratamento da HPB . Fundação de Cuidados Urológicos .
Hellwege, JN, et al. (2019). Estudo de herdabilidade e associação genômica da hiperplasia prostática benigna (HPB) na rede eMERGE . Relatórios Científicos.
Kristal, AR, et al. (2007). Raça/etnia, obesidade, comportamentos relacionados à saúde e o risco de hiperplasia prostática benigna sintomática: Resultados do estudo de prevenção do câncer de próstata . The Journal of Urology.
Lerner, LB, et al. (2021). Diretriz para hiperplasia prostática benigna (HPB) . The Journal of Urology.
Moyad, MA, et al. (2008). Educando pacientes sobre modificações no estilo de vida para a saúde da próstata . The American Journal of Medicine.
Nandalur, KR, et al. (2021). Hiperplasia benigna da próstata como um potencial fator de proteção contra o câncer de próstata: insights de um estudo de ressonância magnética das características composicionais . A próstata.
Schenk, JM., et al. (2011). Associação de hiperplasia prostática benigna sintomática e câncer de próstata: Resultados do estudo de prevenção do câncer de próstata . American Journal of Epidemiology.
Fundação de Cuidados Urológicos. (nd). O que é urologia?
Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (2018). Compreendendo o uso não aprovado de medicamentos aprovados "off label" .
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/benign-prostatic-hyperplasia/finasteride-vs-tamsulosin
FAQ: perguntas frequentes sobre Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)
Produtos Mais Vendidos
Compra Recorrente

Escolha em qual data e endereço gostaria de enviar seu produto.
26/10/22
Endereço de entregaAv. Dr. Arnaldo, 2194, CEP 43267364, SP SP
26/10/22
Endereço de entregaAv. Dr. Arnaldo, 2194, CEP 43267364, SP SP
Escolha os detalhes do produto



Feito! Seu Item foi adicionado à sua compra recorrente com sucesso.
Ah! não temos entrega disponível desse produto para seu CEP.

ahh! ocorreu um erro ao processar a sua solicitação, tente novamente mais tarde ou entre em contato com nosso atendimento!
ahh! você ainda não possui nenhuma recorrência ativa!



Atenção! Este produto
necessita de receita.
Arquivos de receita
Avise-me
Notificaremos você por e-mail assim que o produto estiver disponível novamente!


Feito! Notificaremos você por e-mail assim que o produto estiver disponível novamente!

Ah! Não foi possível salvar sua solicitação, tente novamente mais tarde!