Cenário da Dengue no Brasil
Nas últimas décadas, a incidência de dengue aumentou drasticamente em todo o mundo. Atualmente, mais da metade da população mundial corre o risco de contrair a doença. A dengue ocorre em climas tropicais e subtropicais em todo o mundo, especialmente em áreas urbanas e semiurbanas, e o Brasil é grande destaque.
A dengue não possui um tratamento específico, focando-se principalmente no alívio dos sintomas e na administração de cuidados de suporte. No entanto, a detecção precoce é crucial para evitar complicações graves. Acesso rápido a cuidados médicos adequados pode reduzir as taxas de mortalidade para menos de 1%.
Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre essa doença que causa quase 400 milhões de infecções por ano, sendo assim, é importante saber as medidas preventivas, quais medicamentos não usar e quando procurar ajuda médica.
Entendendo a Dengue e seus Sintomas
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, encontrados principalmente na América Latina, na África, na Ásia e nas ilhas do Pacífico. Também são registrados casos na Europa, em sua maioria importados após viagens, pois o período de incubação é de 3 dias a cerca de 2 semanas.
Esses mosquitos também podem transmitir outras doenças, como Zika ou Chikungunya, portanto, é muito importante tomar todas as medidas necessárias para evitar picadas de mosquito durante todo o ano, principalmente em tempos de chuva e alta umidade.
Ao ser infectada, uma grande parte das pessoas infectadas acaba sendo assintomática, mas, fora isso, esses são os sintomas mais comuns, muito semelhantes aos da gripe, os sintomas são:
- Febre (38°C ou mais) acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas:
- Dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e/ou nas articulações;
- Náusea e/ou vômito;
- Cansaço intenso;
- Aparecimento de manchas na pele;
- Coceira;
- Sangramento nasal e/ou gengival.
Não se automedique com esses sintomas. Não tome aspirina, ibuprofeno ou medicamentos injetáveis. Vá a um centro de saúde para receber o tratamento adequado e use repelentes para evitar ser picado novamente por mosquitos, assim evitando passar o vírus para outro mosquito que vai contaminar outra pessoa.
Remédios Recomendados para Dengue
Pacientes que podem ser tratados em casa devem tomar muita água, urinar pelo menos uma vez a cada seis horas, não apresentar sinais de alerta e não ter nenhuma condição clínica ou risco social associado.
Em casos ambulatoriais, eles devem ser avaliados diariamente e fazer um hemograma a cada 24 horas ou pelo menos a cada 48 horas para monitorar a progressão da doença até 24-48 horas após o desaparecimento da febre sem o uso de antipiréticos.
Os pacientes e seus cuidadores devem ser aconselhados a retornar com urgência ao serviço de saúde disponível mais próximo se algum dos sinais de alerta estiver presente.
Qualquer criança, idoso ou adulto com deficiência deve ser monitorado por um adulto. Recomenda-se repouso na cama, o descanso ajuda o corpo a se recuperar mais rapidamente, reduzindo o esforço físico e permitindo que o sistema imunológico combata a infecção de forma mais eficaz.
O uso de mosquiteiros, que protege o paciente de picadas de mosquitos Aedes Aegypti, prevenindo a reinfecção e a propagação do vírus para outras pessoas. Como os mosquitos são vetores do vírus da dengue, impedir novas picadas é essencial para controlar a disseminação da doença.
Como também o uso de paracetamol, que ajuda a controlar a febre e aliviar dores musculares e articulares comuns na dengue, melhorando o conforto do paciente. Diferente de outros analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como aspirina e ibuprofeno, o paracetamol não aumenta o risco de sangramento, uma preocupação crítica em pacientes com dengue que já têm uma tendência maior a hemorragias devido à diminuição das plaquetas no sangue.
- para adultos, 500-750 mg por via oral a cada quatro a seis horas, com dose máxima diária de 4 gramas;
- para crianças, 10 mg/kg a cada seis horas, com dose diária máxima de 3 gramas.
Para controle térmico, utilizar compressas de água morna na testa. Manter uma dieta normal com bastante líquido, preferencialmente soro fisiológico para reidratação oral; como também, leite, sucos de frutas naturais (com cautela em diabéticos), água de cevada, água de arroz ou água de coco.
Medicamentos a Evitar
Para pacientes com dengue, é crucial evitar certos medicamentos para dor e inflamação, como AINEs (ácido acetilsalicílico/aspirina, metimazol, diclofenaco, ibuprofeno e similares), esteroides, antibióticos e anticoagulantes orais.
Isso porque os AINEs e esteroides podem aumentar o risco de sangramentos, um efeito colateral sério em pessoas com dengue, que já estão predispostas a problemas de coagulação.
A administração intramuscular de medicamentos é contraindicada porque pode causar sangramentos e hematomas no local da injeção, complicando ainda mais o quadro do paciente. Além disso, frutas cítricas, chá e café devem ser evitados devido à cafeína, que pode causar desidratação e aumentar a irritabilidade gástrica, agravando os sintomas da dengue.
É importante não administrar medicamentos antivirais, pois eles não são eficazes contra o vírus da dengue e podem causar efeitos colaterais indesejados. Da mesma forma, antibióticos não devem ser usados a menos que haja uma suspeita ou evidência de coinfecção bacteriana, já que a dengue é uma infecção viral e o uso desnecessário de antibióticos pode levar à resistência bacteriana e outros problemas de saúde.
Cuidados Adicionais Durante o Tratamento da Dengue
Além das ações preventivas, também é importante evitar as picadas de mosquito. Para isso:
- Sempre use repelentes, seguindo cuidadosamente as recomendações da embalagem.
- Use roupas de cores claras que cubram braços e pernas, especialmente durante atividades ao ar livre.
- Coloque mosquiteiros nas portas e janelas e, quando possível, use ventiladores ou ar-condicionado nos quartos.
- Proteja berços e carrinhos de bebê com mosquiteiros.
- Use repelentes ambientais, como pastilhas (em ambientes internos) e serpentinas (em ambientes externos).
IMPORTANTE: Mulheres grávidas devem tomar cuidado extra para se protegerem de picadas de mosquito.
A medida preventiva mais importante é a eliminação de todos os locais de reprodução de mosquitos, ou seja, todos os recipientes ou objetos que possam acumular água. Portanto, é essencial
- Eliminar todos os recipientes fora de uso que possam acumular água (como latas, garrafas, pneus).
- Se os recipientes não puderem ser descartados porque são usados com frequência, deve-se evitar que os mosquitos entrem neles. Para isso, recomenda-se: cobrir tanques, cisternas e/ou cisternas; virar baldes, bacias, tambores etc. de cabeça para baixo; esvaziar e escovar com frequência os objetos que possam acumular água e colocar os recipientes (por exemplo, garrafas retornáveis) sob abrigo.
- Troque a água dos bebedouros dos animais, do ar-condicionado ou dos drenos de chuva, dentro e fora da casa, a cada 3 dias. Lembre-se de esfregar as laterais dos recipientes com uma esponja ou escova para eliminar os ovos de mosquito que possam estar escondidos.
- Encha os vasos de flores e os suportes de vasos de flores com areia úmida.
- Mantenha os quintais e jardins limpos, arrumados e com ervas daninhas.
Quando o mosquito se alimenta do sangue de uma pessoa com dengue e depois pica outras pessoas, ele pode transmitir a doença. A transmissão ocorre principalmente por meio da picada de mosquitos infectados, nunca diretamente de uma pessoa para outra, nem por meio de objetos ou leite materno.
Conclusão
Por fim, o tratamento adequado da dengue envolve cuidados específicos e a evitação de certos medicamentos. Evitar AINEs, esteroides, antibióticos e anticoagulantes orais é crucial para prevenir complicações como hemorragias. A administração intramuscular de medicamentos também deve ser evitada.
Manter uma dieta rica em líquidos, evitando frutas cítricas, chá e café devido à cafeína, ajuda na recuperação. Medicamentos antivirais e antibióticos só devem ser usados com indicação médica. Seguir as recomendações médicas e buscar orientação profissional são essenciais para o manejo eficaz da dengue e para minimizar riscos à saúde.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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