Entenda quais exames fazer para avaliar a tireoide
Muitas pessoas se questionam sobre a possibilidade de estarem com a função tireoidiana baixa e se deveriam realizar exames. No entanto, o hipotireoidismo é menos comum do que se imagina.
Prevalência nos Estados Unidos: Nos EUA, o hipotireoidismo clínico afeta aproximadamente 0,3% a 0,4% da população. Já o hipotireoidismo subclínico, uma forma mais branda da condição, ocorre em cerca de 4,3% a 8,5% das pessoas. A condição é mais frequente em mulheres e a incidência aumenta com a idade .
Prevalência no Brasil: No Brasil, estima-se que cerca de 7,4% dos adultos apresentem hipotireoidismo clínico. A prevalência é maior entre mulheres e idosos. Além disso, aproximadamente 18 milhões de brasileiros são afetados pela condição .
Recomendações de Triagem: Devido à baixa prevalência e ao risco de diagnósticos incorretos, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) não recomenda a triagem de rotina da função tireoidiana em adultos assintomáticos. A detecção precoce em pessoas sem sintomas não demonstrou benefícios significativos à saúde e pode levar a tratamentos desnecessários.
Quando Considerar a Triagem: A triagem pode ser apropriada para indivíduos com sintomas sugestivos de hipotireoidismo, como fadiga, ganho de peso, sensibilidade ao frio, constipação, pele seca e depressão. Também é indicada para pessoas com maior risco, incluindo:
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Mulheres acima de 60 anos;
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Indivíduos com histórico familiar de doenças da tireoide;
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Pessoas com doenças autoimunes, como diabetes tipo 1;
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Pacientes que fazem uso de medicamentos que afetam a função tireoidiana, como lítio ou amiodarona;
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Mulheres grávidas ou que planejam engravidar.
Se você apresenta sintomas ou pertence a um grupo de risco, é aconselhável consultar um profissional de saúde para avaliação e, se necessário, realizar exames laboratoriais para verificar os níveis de TSH e T4.
O que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo é uma condição em que o corpo apresenta níveis mais baixos do que o normal de hormônios tireoidianos. Esses hormônios são essenciais para o funcionamento adequado de várias funções do organismo, incluindo o metabolismo, o humor, o crescimento e o desenvolvimento.
Por isso, os sintomas do hipotireoidismo podem afetar diversas áreas da saúde e variar bastante de pessoa para pessoa.
As principais causas incluem:
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Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que ataca a própria glândula tireoide
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Uso de certos medicamentos ou tratamentos, especialmente aqueles voltados para o controle do hipertireoidismo
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Deficiência de iodo, um nutriente essencial para a produção dos hormônios da tireoide
Identificar a causa é importante para definir o tratamento mais adequado e garantir o equilíbrio hormonal do corpo.
Como é feito o teste de hipotireoidismo?
O diagnóstico de hipotireoidismo é feito por meio de exames de função da tireoide, que podem ser realizados em um laboratório ou no consultório médico.
Dependendo do seu histórico clínico e dos fatores de risco, o profissional de saúde pode solicitar alguns ou todos os seguintes exames:
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TSH (hormônio estimulante da tireoide)
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T4 livre (tiroxina livre)
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T4 total (tiroxina total)
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T3 livre (triiodotironina livre)
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T3 total (triiodotironina total)
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Anticorpos anti-TPO (anticorpos antitireoperoxidase)
Esses testes ajudam a avaliar como a tireoide está funcionando e a identificar possíveis causas do desequilíbrio hormonal, como doenças autoimunes. O TSH é geralmente o primeiro exame solicitado, pois é o mais sensível para detectar alterações na função tireoidiana.
Teste de TSH
Se o profissional de saúde suspeitar de hipotireoidismo, o exame mais indicado para triagem é o TSH.
O TSH (hormônio estimulante da tireoide) é produzido pelo cérebro e tem a função de sinalizar à tireoide se ela deve aumentar, manter ou reduzir a produção dos hormônios tireoidianos.
Os níveis de TSH podem variar de acordo com o tipo de disfunção. Na maioria dos casos de hipotireoidismo, o TSH aparece elevado, indicando que o corpo está tentando estimular a tireoide a produzir mais hormônios.
Teste T4
A tiroxina (T4) é a principal forma de hormônio tireoidiano circulando no sangue. Em casos de hipotireoidismo, os níveis de T4 livre — que é a forma ativa do hormônio — costumam estar baixos.
Dependendo da situação clínica, o profissional de saúde pode optar por medir tanto o T4 livre quanto o T4 total, especialmente se houver suspeita de um tipo específico de hipotireoidismo que exija uma investigação mais detalhada.
Teste T3
A triiodotironina (T3) é a forma ativa do hormônio tireoidiano, responsável por agir diretamente nas células do corpo. Em casos de hipotireoidismo, os níveis de T3 também tendem a estar reduzidos.
Cerca de 80% do T3 presente no organismo é produzido a partir da conversão do T4, um processo que ocorre principalmente no fígado e nos rins. É essa forma ativa que o corpo utiliza para regular diversas funções, como o metabolismo, a temperatura corporal e os níveis de energia.
Anticorpos anti-TPO
A tireoidite de Hashimoto é uma forma específica de hipotireoidismo, causada por uma reação autoimune. Nessa condição, o próprio sistema imunológico ataca a glândula tireoide, produzindo anticorpos — como os anti-TPO (anticorpos antitireoperoxidase) — que danificam suas células.
Com o tempo, isso pode levar à redução da produção dos hormônios tireoidianos. Se o médico suspeitar de Hashimoto, ele pode incluir o exame de anticorpos anti-TPO junto aos testes de função da tireoide para confirmar o diagnóstico.
Níveis normais de tireóide
Cada laboratório pode apresentar pequenas variações nos valores de referência dos hormônios tireoidianos. No entanto, de forma geral, os resultados são considerados normais quando estão dentro das seguintes faixas:
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TSH: 0,4 a 4,5 mUI/mL
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T4 total: 4,5 a 12,5 µg/dL
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T4 livre: 0,8 a 2,0 ng/dL
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T3 total: 80 a 215 ng/dL
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T3 livre: 1,5 a 6,0 pg/mL
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Anticorpos anti-TPO (TPO Ab): menos de 34 UI/mL
Mesmo que seus exames estejam dentro desses valores, é importante conversar com um profissional de saúde. Ele poderá interpretar os resultados considerando seus sintomas, histórico e exames anteriores, oferecendo uma avaliação mais precisa e personalizada.
Quem deve fazer exames de tireoide?
Você deve considerar fazer um teste de tireoide se apresentar sintomas de hipotireoidismo e fizer parte de um grupo de risco elevado (detalhado mais abaixo).
Os sintomas do hipotireoidismo podem ser sutis e se confundem com os de muitas outras condições. Entre os mais comuns estão:
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Fadiga
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Ganho de peso
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Sensação constante de frio
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Pele seca
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Unhas quebradiças
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Queda de cabelo
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Prisão de ventre
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Depressão
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Dores musculares ou nas articulações
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Dificuldade de concentração ou memória
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Ciclos menstruais irregulares
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Aumento da glândula tireoide (bócio)
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Crescimento ou desenvolvimento lentos (em crianças)
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Dificuldade para engravidar
Como esses sintomas são bastante comuns e podem ter outras causas, é importante avaliar também os fatores de risco. Embora o hipotireoidismo possa afetar qualquer pessoa, o risco é maior em quem:
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É mulher
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Tem mais de 60 anos
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Possui baixos níveis de iodo (raro no Brasil e nos EUA)
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Tem histórico familiar de doenças da tireoide
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Usa medicamentos com iodo, como lítio ou amiodarona
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Tem doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 ou lúpus
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Já recebeu radioterapia na cabeça, pescoço ou tórax
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Passou por cirurgia na tireoide
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Está grávida ou teve parto recentemente
Você pode se perguntar por que os especialistas não recomendam o rastreamento universal para hipotireoidismo. Isso acontece por algumas razões:
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Ainda não há evidências de que diagnosticar a doença antes do surgimento de sintomas traga benefícios à saúde no longo prazo.
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Pode haver riscos envolvidos, como o custo do exame não ser coberto pelo plano de saúde se não houver indicação clínica clara.
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Resultados “falsos positivos” podem levar a diagnósticos incorretos e tratamentos desnecessários, desviando a atenção da verdadeira causa dos sintomas.
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O exame pode indicar hipotireoidismo subclínico (ou limítrofe), quando os níveis estão apenas levemente alterados. Nesses casos, a condição costuma se resolver sozinha, e o tratamento precoce pode causar mais prejuízos do que benefícios.
Por isso, a decisão de fazer o exame deve ser tomada junto a um profissional de saúde, considerando seus sintomas, histórico e fatores de risco.
Teste para hipotireoidismo na gravidez
A triagem para hipotireoidismo durante a gravidez é uma situação à parte, com cuidados específicos. O hipotireoidismo na gestação pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, por isso, mesmo na ausência de sintomas, o teste pode ser indicado se houver suspeita clínica.
Por exemplo, se a mãe da gestante tem hipotireoidismo, isso pode aumentar o risco e justificar a realização do exame. Nesses casos, um profissional de saúde experiente deve conduzir a avaliação, pois os hormônios da gravidez podem interferir nos níveis da tireoide, tornando a interpretação dos resultados mais complexa.
Fazer essa triagem de forma adequada é fundamental para proteger a saúde da gestante e o desenvolvimento saudável do bebê.
Conclusões
Nem todo mundo precisa de testes para hipotireoidismo. E seu médico pode ajudar você a descobrir se precisa verificar sua função tireoidiana. Isso é mais importante para pessoas que correm risco de ter a condição e também têm sintomas de hipotireoidismo. Caso contrário, os testes podem fazer mais mal do que bem. Podem levar a um diagnóstico falso e a medicamentos dos quais você não precisa.
Mas se você estiver preocupado com novos sintomas ou achar que sua tireoide pode estar desregulada, converse sobre essas preocupações com seu médico. Ele trabalhará com você para encontrar a causa do problema — seja sua tireoide ou uma condição médica diferente.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referência
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/hypothyroidism/testing
FAQ: perguntas frequentes sobre tireoide
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