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Estágios e progressão da doença de Parkinson explicados
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
08/05/2025
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Entenda os estágios do Parkinson 

Se você ou alguém próximo receber o diagnóstico de doença de Parkinson, é natural que surjam muitas dúvidas sobre o que esperar do futuro. Uma das perguntas mais comuns é como a doença pode afetar o corpo e a rotina com o passar do tempo. E, muitas vezes, essas questões são tão difíceis de formular quanto de responder.

Os sintomas do Parkinson variam bastante de pessoa para pessoa, o que torna cada experiência única. Ainda assim, especialistas definiram cinco estágios da doença que ajudam a entender melhor sua progressão e o que pode acontecer em cada fase.


Quais são os estágios da doença de Parkinson?

Os cinco estágios da doença de Parkinson são conhecidos como estágios Hoehn e Yahr. Eles descrevem a progressão dos sintomas motores — como tremores, rigidez e dificuldades de movimento.

No entanto, esses estágios não consideram outros sintomas importantes, como constipação, distúrbios do sono, alterações de humor ou problemas cognitivos. Esses sinais, inclusive, podem aparecer anos antes dos sintomas motores. Já questões como perda de memória e alucinações costumam surgir em fases mais avançadas.

É importante lembrar que nem todas as pessoas passam por todos os estágios, e a evolução da doença pode ser diferente para cada indivíduo. Esses estágios funcionam como um guia geral para entender como a condição pode progredir.

A seguir, vamos explorar os cinco estágios da doença de Parkinson.

Estágio 1

No estágio inicial da doença de Parkinson, os sintomas costumam afetar apenas um lado do corpo. A pessoa pode perceber rigidez em um braço ou perna, ou notar um tremor leve em uma das mãos. Também é possível que um dos lados do rosto fique com a expressão reduzida, parecendo mais “parado” ou sem emoção.

Nessa fase, os sinais podem ser sutis e difíceis de identificar. Muitas vezes, a causa exata dos sintomas não é imediatamente reconhecida.

Não existe um exame específico para diagnosticar o Parkinson. O diagnóstico é clínico — ou seja, feito por um profissional de saúde, geralmente um neurologista, com base em uma avaliação física detalhada e na observação dos sintomas.

Em geral, os sintomas do primeiro estágio não interferem nas atividades diárias, permitindo que a pessoa mantenha sua rotina normalmente.

Estágio 2

À medida que a doença de Parkinson avança, os sintomas passam a afetar os dois lados do corpo. Nessa fase, é comum observar:

  • Rigidez muscular

  • Lentidão nos movimentos

  • Alterações na fala ou dificuldade para engolir

  • Postura encurvada ou insegurança ao caminhar

Apesar dessas mudanças, a maioria das pessoas ainda consegue realizar suas atividades de forma independente. No entanto, algumas tarefas começam a exigir mais tempo e esforço, tornando-se mais desafiadoras no dia a dia.

Estágio 3

À medida que a doença evolui para o estágio intermediário, os problemas de equilíbrio começam a se tornar mais evidentes. Embora ainda não sejam graves, o risco de quedas aumenta. As principais características desse estágio são a dificuldade para manter o equilíbrio e a maior lentidão nos movimentos.

A maioria das pessoas ainda consegue realizar suas atividades de forma independente, mas, como no estágio anterior, as tarefas do dia a dia passam a exigir mais tempo e esforço.

Esse é um bom momento para adaptar o ambiente e torná-lo mais seguro. Avaliar os riscos de queda dentro de casa e seguir orientações para prevenir acidentes, tanto em casa quanto na rua, pode ajudar a manter a autonomia e evitar lesões.

Estágio 4

No estágio 4 da doença de Parkinson, as dificuldades para manter o equilíbrio e caminhar se tornam mais acentuadas. Por isso, é comum que a pessoa precise utilizar algum tipo de apoio para se locomover, como uma bengala ou andador.

Apesar de ainda conseguirem realizar algumas tarefas sozinhas, as pessoas nesse estágio geralmente não conseguem mais viver de forma totalmente independente. É provável que precisem de ajuda em atividades básicas do dia a dia, como se alimentar, tomar banho ou ir ao banheiro. 

Estágio 5

No estágio mais avançado da doença de Parkinson, a pessoa geralmente não consegue mais andar sozinha. Nessa fase, ela pode depender de uma cadeira de rodas ou permanecer acamada.

Isso também significa que será necessário total auxílio para realizar a maioria das atividades do dia a dia, como se alimentar, se vestir, tomar banho e se locomover.

 

Quanto tempo demora para a doença de Parkinson progredir?

A progressão da doença de Parkinson varia bastante de pessoa para pessoa. Em alguns casos, pode evoluir ao longo de poucos anos; em outros, levar décadas. Um dos fatores que influenciam esse ritmo é a idade em que os primeiros sintomas aparecem.

Quando o Parkinson se manifesta antes dos 50 anos — o que é conhecido como Parkinson de início precoce (YOPD) — a progressão costuma ser mais lenta, podendo levar 20 anos ou mais até os estágios mais avançados.

Já quando a doença surge após os 50 anos, é possível que a evolução seja um pouco mais rápida. Ainda assim, geralmente leva anos até que os sintomas se tornem mais limitantes.

O subtipo da doença também influencia na velocidade da progressão. Pessoas que apresentam, principalmente, sintomas motores tendem a evoluir mais lentamente. Por outro lado, aquelas que desde o início têm sintomas motores e não motores mais intensos — como alterações cognitivas, problemas digestivos ou do sono — podem ter uma resposta menor aos medicamentos e uma evolução mais rápida da condição.

No geral, muitos fatores interferem no ritmo de progressão do Parkinson, por isso é difícil prever com exatidão como será a trajetória em cada caso.


Como saber quando o Parkinson está piorando?

A doença de Parkinson progride de forma lenta. Muitas pessoas conseguem viver por muitos anos com boa funcionalidade e independência. No entanto, com o tempo, torna-se mais difícil realizar algumas atividades sem ajuda. Essas mudanças costumam acontecer de forma gradual e nem sempre são percebidas de imediato.

Nos estágios iniciais, os sintomas geralmente podem ser controlados com medicamentos. A Levodopa, por exemplo, é um dos tratamentos mais comuns. Com o passar do tempo, no entanto, a eficácia da medicação pode diminuir, exigindo ajustes de dose ou combinações com outros remédios. Além disso, podem surgir efeitos colaterais, como movimentos involuntários e repentinos, conhecidos como discinesias.

Por isso, é fundamental manter um acompanhamento próximo com a equipe de saúde, para adaptar o tratamento de acordo com as necessidades de cada fase.

Gregg Hummer, diagnosticado com Parkinson em 2019, contou em entrevista que percebe a necessidade de ajustar a medicação quando seu equilíbrio piora e os tremores se intensificam.

Além dos medicamentos, outras abordagens podem ajudar a lidar com a progressão dos sintomas, como:

  • Fisioterapia

  • Terapia ocupacional

  • Prática regular de exercícios

  • Estimulação cerebral profunda — um procedimento que pode ser bastante eficaz para alguns casos

Mesmo com o tratamento adequado, é comum que as tarefas do dia a dia passem a levar mais tempo e exijam mais esforço com o avanço da doença.


Como são os estágios finais do Parkinson?

Os estágios finais da doença de Parkinson afetam de forma significativa a capacidade de movimentação. Os sintomas motores mais comuns incluem:

  • Dificuldade para caminhar

  • Problemas de equilíbrio, com risco elevado de quedas — especialmente em pessoas com mais de 70 anos

  • Rigidez nos membros, dificultando ficar de pé ou levantar-se sem ajuda

Com o tempo, a pessoa pode precisar de uma cadeira de rodas ou permanecer acamada.

Além das dificuldades motoras, os sintomas não motores também tendem a se intensificar, como:

  • Alucinações

  • Perda de memória mais acentuada

  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial ao se levantar), que pode causar tonturas e aumentar o risco de quedas

Na fase mais avançada da doença, a pessoa se torna totalmente dependente de cuidados em tempo integral. É comum precisar de ajuda para:

  • Tomar banho

  • Vestir-se

  • Comer e beber

  • Usar o banheiro

Nesse estágio, a mobilidade está severamente comprometida — a pessoa já não consegue mais andar, mesmo com o uso de andador.


O Parkinson é fatal? Qual é o prognóstico?

A doença de Parkinson não é fatal por si só, mas ainda não tem cura. Como sua progressão costuma ser lenta — podendo levar anos ou até décadas — muitas pessoas vivem uma vida longa e com boa qualidade.

É comum que os sintomas estejam presentes por bastante tempo antes que a pessoa procure um profissional de saúde. Embora o diagnóstico possa demorar, nunca é cedo demais para buscar ajuda. Existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações mais sérias.

Algumas complicações associadas ao Parkinson, no entanto, podem colocar a vida em risco. Entre elas:

  • Maior risco de infecções, como pneumonias

  • Desnutrição, por dificuldade em se alimentar adequadamente

  • Desequilíbrios eletrolíticos (alterações nos níveis de sódio, potássio, etc.)

  • Quedas e lesões graves

  • Fragilidade geral, que pode aumentar a vulnerabilidade a outras doenças

Por isso, o acompanhamento médico contínuo e o cuidado diário são fundamentais para garantir mais segurança, autonomia e bem-estar ao longo da vida com Parkinson.


O resultado final

Receber o diagnóstico de doença de Parkinson pode ser assustador e trazer muitas incertezas. É natural sentir-se sobrecarregado ao pensar nos desafios que podem surgir.

No entanto, é importante lembrar que o Parkinson costuma evoluir de forma lenta. Isso dá tempo para que a pessoa e seus cuidadores se adaptem gradualmente às mudanças, encontrando novas formas de lidar com cada etapa.

Muitas pessoas com Parkinson vivem por muitos anos com autonomia, qualidade de vida e funcionalidade. Entender a doença e saber o que esperar é um passo fundamental para enfrentar o caminho com mais segurança e confiança.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referências

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Contreras, A., et al. (2012). Risco de quedas na doença de Parkinson: Um estudo transversal de 160 pacientes . Doença de Parkinson .

Hoehn, MM, et al. (1967). Parkinsonismo: Início, progressão e mortalidade . Neurologia .

Kalia, LV, et al. (2015). Doença de Parkinson . The Lancet .

Serviços Nacionais de Saúde. (2022). Visão geral: Doença de Parkinson .

Fundação Parkinson. (nd). Demência .

Fundação Parkinson. (nd). Levodopa .

Fundação Parkinson. (nd). Estágios do Parkinson .

Fundação Parkinson. (nd). Opções de tratamento cirúrgico .

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Fundação Parkinson. (2024). Cantinho do cuidador: Lewy o quê? Explicando a demência por corpos de Lewy .

Pringsheim, T., et al. (2021). Resumo das diretrizes de prática para terapia dopaminérgica para sintomas motores na doença de Parkinson precoce . Neurologia .

Won, JH, et al. (2021). Risco e mortalidade de pneumonia por aspiração na doença de Parkinson: Um estudo de banco de dados nacional . Relatórios científicos .

Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/parkinsons-disease/parkinsons-disease-stages

 

FAQ: perguntas frequentes sobre Parkinson

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