Entenda o uso dos medicamentos Carbidopa e Levodopa
Existem diversas formas de tratar a Doença de Parkinson (DP), mas a principal abordagem envolve o uso de medicamentos que aumentam os níveis de dopamina — uma substância química essencial para o controle dos movimentos do corpo. Um dos tratamentos mais utilizados é a combinação de carbidopa e levodopa, comercializada no Brasil com nomes como Sinemet e seus genéricos, com aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A carbidopa/levodopa é considerada a primeira escolha no tratamento dos sintomas motores da DP, como lentidão, rigidez e tremores. Também pode ser indicada para quadros de parkinsonismo — um conjunto de condições que se assemelham à doença de Parkinson.
Essa medicação combina dois princípios ativos:
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Levodopa, que atua como um substituto da dopamina no cérebro, ajudando a restaurar o controle dos movimentos.
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Carbidopa, que impede que a levodopa seja degradada antes de chegar ao cérebro, aumentando sua eficácia e reduzindo efeitos colaterais, como náuseas.
Se você iniciou o tratamento com carbidopa/levodopa, é comum que o médico ajuste a dose ao longo do tempo, de acordo com a resposta do seu organismo e a progressão dos sintomas. A titulação cuidadosa é fundamental para obter o máximo benefício com o menor número de efeitos adversos.
Atualmente, a carbidopa/levodopa está disponível no Brasil em diferentes formulações (comprimidos de liberação imediata, de liberação controlada e formulações dispersíveis), sempre sob prescrição médica. Vale lembrar que essa medicação é indicada apenas para adultos.
Se você tiver dúvidas sobre como tomar a medicação, ou perceber alterações nos efeitos ao longo do tempo, converse com seu médico. Ele poderá orientar sobre ajustes na dose ou outras alternativas de tratamento.
Qual é a dosagem típica de carbidopa/levodopa para adultos?
A dose ideal de carbidopa/levodopa varia conforme a gravidade dos sintomas da Doença de Parkinson (DP) é o tipo de formulação utilizada. Esse medicamento está disponível em várias apresentações, cada uma com indicações específicas. Entre as opções estão:
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Comprimidos de liberação imediata (IR), como Sinemet, Dhivy e Lodosyn
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Comprimidos de desintegração oral (ODTs), também de liberação imediata
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Comprimidos de liberação prolongada (ER)
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Cápsulas de liberação prolongada, como Rytary
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Formulação líquida, como Duopa, administrada diretamente no intestino por meio de uma bomba conectada a um tubo (PEG-J)
No Brasil, as versões mais comuns são os comprimidos de liberação imediata (IR) e os de liberação prolongada (ER), muitos deles disponíveis em versões genéricas aprovadas pela ANVISA.
Neste artigo, o foco será nas formas de liberação imediata e prolongada, já que são as mais amplamente prescritas na prática clínica. A escolha e o ajuste da dose devem sempre ser feitos por um neurologista, com base na resposta individual ao tratamento e na evolução dos sintomas.
Comprimidos de IR e ODTs
Para os comprimidos de liberação imediata (IR) e os de desintegração oral (ODTs), a dose inicial mais comum de carbidopa/levodopa é de 25 mg/100 mg, administrada por via oral, três vezes ao dia.
Se os sintomas da Doença de Parkinson persistirem, o médico poderá ajustar a dose gradualmente. A dose máxima geralmente recomendada é de oito comprimidos de 25 mg/100 mg por dia, o que equivale a 200 mg de carbidopa ao dia.
Além dessa combinação padrão, também existem comprimidos IR e ODTs nas dosagens de 10 mg/100 mg e 25 mg/250 mg. O médico pode combinar diferentes apresentações para alcançar a dose total diária ideal para cada paciente.
Comprimidos ER
A dose inicial mais comum dos comprimidos de carbidopa/levodopa de liberação prolongada (ER) é de 50 mg/200 mg, administrada duas vezes ao dia. As doses devem ser tomadas com pelo menos 6 horas de intervalo no início do tratamento. Conforme a resposta do paciente, o profissional de saúde pode aumentar a dosagem a cada 3 dias ou mais, até encontrar a dose ideal.
As doses de manutenção podem ser distribuídas a cada 4 a 8 horas, dependendo da necessidade de controle dos sintomas. Para a maioria das pessoas, uma dose total de até 1.600 mg de levodopa por dia costuma ser suficiente. Em alguns casos, doses maiores podem ser necessárias, sendo o limite máximo de 2.400 mg por dia.
A carbidopa/levodopa ER também está disponível na dosagem de 25 mg/100 mg. Esses diferentes comprimidos podem ser combinados para alcançar a dose total diária recomendada. Em geral, é preferível que as doses maiores sejam administradas durante o dia, para garantir melhor controle dos sintomas, deixando as menores para o período da noite.
Por exemplo, se a dose diária prescrita for de 1.000 mg de levodopa, o paciente pode tomar 400 mg pela manhã, 400 mg à tarde e 200 mg à noite. Isso pode ser feito com dois comprimidos de 50 mg/200 mg de manhã, dois à tarde e um comprimido à noite.
É possível tomar comprimidos de carbidopa/levodopa IR e ER juntos?
É possível tomar os comprimidos de carbidopa/levodopa de liberação imediata (IR) e de liberação prolongada (ER) ao mesmo tempo. Em alguns casos, a formulação ER isolada pode não ser suficiente para controlar sintomas mais intensos da doença de Parkinson (DP). Nesses casos, o médico pode recomendar a adição de doses de liberação imediata para oferecer alívio adicional.
No entanto, essa combinação deve ser feita somente com orientação médica, já que requer um ajuste cuidadoso das doses para garantir eficácia e segurança no tratamento.
É possível trocar os comprimidos de carbidopa/levodopa de IR para ER?
Sim, é possível fazer a transição dos comprimidos de carbidopa/levodopa de liberação imediata (IR) para os de liberação prolongada (ER), e isso pode trazer benefícios. Os comprimidos de liberação prolongada liberam a levodopa de forma mais gradual e estável no organismo. Com isso, algumas pessoas conseguem reduzir o número de doses ao longo do dia — embora isso nem sempre aconteça.
É importante saber que os comprimidos IR e ER não são absorvidos da mesma forma pelo corpo. Os de liberação prolongada costumam ter absorção mais lenta, o que significa que o efeito pode demorar até uma hora para começar após a primeira dose do dia. Já os de liberação imediata atuam mais rapidamente.
Abaixo, segue uma tabela com as recomendações usuais de conversão entre os dois tipos de comprimidos, considerando a quantidade de levodopa presente em cada um.
Dosagem atual de IR (levodopa) |
Dosagem ER recomendada (levodopa) |
300-400 mg por dia |
Comprimidos de 200 mg duas vezes ao dia |
500-600 mg por dia |
Comprimidos de 300 mg duas vezes ao dia ou comprimidos de 200 mg três vezes ao dia |
700-800 mg por dia |
800 mg por dia, divididos em pelo menos 3 doses |
900-1.000 mg por dia |
1.000 mg por dia, divididos em pelo menos 3 doses |
Como você deve tomar carbidopa/levodopa?
Existem algumas orientações importantes para quem faz uso de carbidopa/levodopa. Segui-las pode ajudar a garantir a eficácia do tratamento e reduzir possíveis efeitos indesejados:
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Não esmague ou mastigue os comprimidos: Os comprimidos de carbidopa/levodopa devem ser engolidos inteiros ou, se necessário, cortados ao meio. Eles não devem ser mastigados ou triturados. No caso dos comprimidos de desintegração oral (ODTs), o ideal é colocá-los diretamente sobre a língua e deixá-los dissolver naturalmente.
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Proteja os ODTs da umidade: Os comprimidos ODTs são sensíveis à umidade. Por isso, devem ser manuseados com as mãos secas e retirados do frasco apenas no momento da administração. Evite deixar os comprimidos fora do frasco antes da hora da dose.
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A alimentação pode interferir na absorção: Dietas com alto teor de proteína podem interferir na absorção da levodopa, diminuindo sua eficácia. Isso não acontece com todas as pessoas, mas se você perceber que a medicação está fazendo menos efeito, converse com seu médico. Uma estratégia comum é distribuir a ingestão de proteínas de forma equilibrada ao longo do dia, para manter a absorção da medicação estável.
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Cuidado com suplementos de ferro: Suplementos de ferro também podem interferir na absorção da levodopa. Se você precisa tomar ferro por recomendação médica, o ideal é espaçar sua ingestão em relação às doses de carbidopa/levodopa. Seu médico poderá orientá-lo sobre os melhores horários para evitar essa interação.
O que acontece se você esquecer de tomar uma dose de carbidopa/levodopa?
Se você esquecer de tomar uma dose de carbidopa/levodopa, tome-a assim que se lembrar. No entanto, se estiver próximo do horário da próxima dose, é melhor pular a dose esquecida e seguir com o esquema normal.
Nunca tome duas doses ao mesmo tempo para compensar a dose perdida. Dobrar a dose pode ser perigoso e aumentar o risco de efeitos colaterais, como alterações nos movimentos, náuseas, sonolência ou mudanças de humor.
Se as falhas de horário forem frequentes, converse com seu médico. Ele pode ajudar a ajustar o tratamento ou sugerir estratégias para evitar esquecimentos.
O que você deve fazer se tomar muita carbidopa/levodopa?
Tomar carbidopa/levodopa em quantidade maior do que a recomendada pode ser perigoso e aumentar o risco de efeitos colaterais. Entre os sintomas mais comuns estão queda de pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos e confusão mental.
Se você ou alguém próximo tomou uma dose excessiva do medicamento, procure atendimento médico imediatamente. No Brasil, também é possível entrar em contato com o centro de toxicologia mais próximo por meio do Disque Intoxicação: 0800 722 6001, que funciona 24 horas por dia.
Conclusões
A dosagem de carbidopa/levodopa (Sinemet) vai depender da gravidade dos seus sintomas de doença de Parkinson (DP) e da formulação do medicamento que você estiver usando. Em geral, o tratamento começa com uma dose mais baixa, que pode ser ajustada gradualmente a cada poucos dias, conforme a resposta do organismo.
Você pode não precisar tomar a versão de liberação prolongada (ER) com a mesma frequência que a de liberação imediata (IR). No entanto, independentemente da formulação, o medicamento costuma ser administrado pelo menos três vezes ao dia.
É possível alternar entre as diferentes apresentações de carbidopa/levodopa. Os comprimidos ER liberam a levodopa de forma mais constante, o que pode melhorar os sintomas de DP em algumas pessoas. Se tiver interesse em fazer essa mudança, converse com seu médico para garantir uma transição segura e eficaz.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/carbidopa-levodopa/dosage
FAQ: perguntas frequentes sobre Carbidopa e Levodopa
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