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Doença de Hashimoto
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
22/05/2025
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Veja como é viver com a Doença de Hashimoto

Vitória Neglia descobriu uma tireoidite de Hashimoto no verão de 2012, após algumas semanas em que seu corpo começou a dar sinais de que algo não ia bem.

Na época, ela tinha 21 anos, estava começando um novo emprego e ainda se dedicava voluntariamente à liderança de um grupo de jovens em sua comunidade — uma atividade que adorava. Tudo parecia sob controle, até que, certa tarde, foi surpreendido por uma sensação estranha, que descreve como “uma mistura de náusea e quase desmaio”.

A princípio, achei que fosse algo pontual. Mas os episódios ocorreram, com mais frequência e intensidade. As crises ocorrem principalmente nos horários das refeições. Para tentar se sentir melhor, Vitória passou a fazer refeições mais longas, intercalando pausas entre as mordidas, tentando equilibrar a fome e a náusea. Ainda assim, mesmo depois de comer, ela se sentiu exausta e apreciada.

Foi aí que você viu que precisava procurar ajuda.

Depois de algumas semanas enfrentando esses sintomas diariamente, Vitória agendou uma consulta com seu médico clínico. No dia da consulta, ela estava no auge do mal-estar. O médico escutou com atenção tudo o que ela relatou, realizou um exame físico e, com base na sua experiência clínica, solicitou exames de sangue para avaliar a função da tireoide.


Resultados de testes “fora do comum”

Ela aguardou um ou dois dias pelos resultados dos exames, sentindo-se mal demais para conseguir trabalhar. Quando os resultados ficaram prontos, o médico foi direto: recomendou que ela procurasse um endocrinologista com urgência.

No consultório, o endocrinologista foi acolhedor e transmitiu calma. Começou a explicar os resultados, mas Vitória não conseguiu entender tudo de imediato. Percebendo isso, o médico reformulou sua explicação de forma mais clara. “Ele me disse que nunca tinha visto um caso com níveis tão alterados como os meus”, lembra. Em termos simples, os resultados foram “literalmente fora dos gráficos”.

Para Vitória, os exames eram uma confirmação de que seu mal-estar tinha uma causa real — o que, ao mesmo tempo, trouxe problemas e preocupação. O diagnóstico era tireoidite de Hashimoto, e o tratamento começou imediatamente com levotiroxina, sob orientação médica.

Ela passou a fazer acompanhamento frequente, com exames regulares para monitorar os níveis hormonais. Nas primeiras consultas, foi necessário ajustar a dose do medicamento algumas vezes. Com o tempo, tudo foi se estabilizando. Hoje, anos depois, Vitória segue bem, com uma dose até menor do que a que usava no início do tratamento.


Tentando entender uma doença sem causa conhecida

Vitória foi descarregada com tireoidite de Hashimoto. Ela entendeu, por meio de seu médico, que se trata de um distúrbio autoimune em que o sistema imunológico ataca a própria glândula tireoide. No entanto, o fato de ainda não se saber com exatidão porque esse ataque acontece foi algo que a deixou "incomodada e frustrada".

Vitória conta que seus médicos “ajudam no que podem”, mas geralmente se apoiam nos resultados dos exames laboratoriais, enquanto ela tenta focar em sua qualidade de vida. Mesmo depois que seus níveis hormonais voltaram à faixa considerada normal e as crises intensas de mal-estar diminuíram, ela ainda assistiu a episódios de exaustão física e emocional.

"Senti como se tivesse tido fadiga crônica, e às vezes meu corpo inteiro doía. Eu fiquei acordado apenas o tempo suficiente para trabalhar e depois voltava para a cama", relata. Vegetariana, ela decidiu testar uma mudança na alimentação e passou a incluir carnes, ovos e laticínios. No entanto, isso não trouxe mais provisão nem melhorias significativas.

Determinada a entender melhor sua condição, Vitória começou a ler tudo o que encontrou sobre a doença de Hashimoto. Em suas pesquisas, descobriu um livro escrito por um farmacêutico clínico que também convive com a mesma condição. Ela se acordou com os relatos do autor e levou o livro ao seu médico para discutir uma possível relação entre o consumo de glúten e os sintomas que ainda sentia.

Seu médico, no entanto, foi cético. Sugeri que você eliminasse o glúten, sem diagnóstico de doença celíaca, seria apenas seguir mais uma “dieta da moda”.

Vitória reconhece que nenhum dos materiais que encontrei parecia oferecer uma solução completa. Ainda assim, ela aprendeu a confiar em uma combinação de intuição, escuta do próprio corpo e evidências científicas. “É assim que tento lidar: usando o que a ciência comprova e, ao mesmo tempo, ouvindo o meu corpo para encontrar o equilíbrio.”


Gerenciando gatilhos, incluindo estresse

Com base nas informações que leu sobre alimentação, Vitória decidiu cortar o glúten, os laticínios e os ovos da dieta. Ela conta que se sente melhor adotando uma alimentação vegana e melhorando essa escolha com disciplina por dois anos. No entanto, voltou a ter episódios de hipoglicemia reativa — algo com que convivemos desde a infância.

Diante disso, ela reintroduziu os laticínios, principalmente o queijo, que adora. Também voltei a conversar com seu médico sobre o glúten e, aos poucos, foi reincorporando alimentos que o continham, como pães. Até agora, não enviei respostas negativas. Segundo ela, o médico explicou que talvez a quantidade ou a frequência do consumo, e não o glúten em si, sejam os fatores mais relevantes. Por isso, Vitória continua limitando sua ingestão com cautela.

Ela reconhece que o estresse é um gatilho importante para seus sintomas e, por isso, desenvolveu diversas estratégias para lidar com ele. Entre as práticas que a ajudam estão a meditação, a escrita em diário, a terapia e os exercícios físicos. Além disso, reserve um tempo para atividades prazerosas — como artes têxteis e outras formas de expressão criativa — que ajudam a manter o equilíbrio emocional. “Manter a minha 'xícara cheia', para não ficar vazia”, resume.

Uma mudança fundamental foi compensar sua carreira. Quando recebeu o diagnóstico, Vitória trabalhava em um call center, em um ambiente que considerava extremamente estressante. Com o tempo, entendi que gerenciar o estresse também exigiu uma profissão menos desgastante e com mais flexibilidade — algo essencial para quem convive com uma condição crônica. Hoje, ela encontrou uma função que se encaixa melhor nesse perfil e que contribui para sua qualidade de vida.

Outra mudança marcante foi perceber a importância de ter um parceiro presente e acolhedor. Vitória se atrasa de um relacionamento que mostra um dos principais fatores de estresse em sua vida. Hoje, está com alguém que, segundo ela, “faz questão de ajudar e apoiar no que puder” — uma influência positiva em sua rotina.

Ela destaca como o apoio emocional é essencial. “Ter uma boa equipe médica, uma família compreensiva ou amigos que escutam faz toda a diferença”, afirma. "Terapeutas, se você puder — ou até grupos de apoio online e livros. Tudo isso ajuda."

E deixa um recado importante para quem convive com alguém com Hashimoto: "Escute. Se uma pessoa disser que está com dificuldades — mesmo que os sintomas não sejam visíveis — acredite nela."


Menos espontâneo mas mais feliz

A doença de Hashimoto fez com que Vitória se tornasse uma pessoa mais personalizada. Como a condição costuma deixar-la esgotada, ela procura se certificar de que terá energia suficiente antes de aceitar compromissos. Até mesmo um passeio ao zoológico, conta ela, pode deixar-la tão cansada que precisa de um ou dois dias para se recuperar. Por isso, geralmente evita atividades espontâneas, como viagens de última hora com os amigos.

“Hashimoto praticamente me obrigou a me conhecer melhor”, diz Vitória. “Precisei olhar para dentro e entender o que realmente me ajuda a me sentir bem.” Ela aprendeu a priorizar aquilo que faz feliz — e a evitar o que a sobrecarregar. "No fim das contas, se eu estiver estressado e infeliz, sei que vou ter uma crise. Vou me sentir pior, e tudo só vai piorar."

Esse processo de autoconhecimento também fez valorizar ainda mais o tempo. “A vida é curta”, reflete. Por isso, passou a se perguntar com mais frequência: “O que realmente vai me deixar mais feliz?”. E, a partir da resposta, toma decisões que fazem sentido dentro de um propósito maior.


Conclusões

A história de Vitória, como a de tantas outras pessoas que convivem com o hipotireoidismo e a tireoidite de Hashimoto, mostra que lidar com uma condição crônica vai muito além do tratamento medicamentoso. Envolve autoconhecimento, escuta ativa do próprio corpo, adaptações no estilo de vida e, sobretudo, acesso a informação de qualidade e acolhimento médico.

Mesmo com o uso regular da levotiroxina, Vitória precisa buscar alternativas complementares para melhorar sua qualidade de vida — desde mudanças na alimentação até o manejo consciente do estresse. Sua experiência reforça o papel fundamental de um olhar integral sobre o paciente, que vai além dos números nos exames e considera o impacto real dos sintomas na rotina, na saúde mental e no bem-estar emocional.

Além disso, o apoio de profissionais preparados, relacionamentos saudáveis ​​e redes de suporte — presenciais ou virtuais — pode fazer toda a diferença no enfrentamento da doença.

Ao compartilhar sua história com sinceridade, Vitória ajuda a ampliar a conscientização sobre os desafios enfrentados por quem vive com Hashimoto, contribuindo para quebrar o isolamento e oferecendo esperança para outras pessoas que ainda estão em busca de respostas. Seu relato nos lembra que é possível viver com equilíbrio, saúde e propósito, mesmo diante de um diagnóstico específico — desde que haja escuta, cuidado e informação.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referência

Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/hypotireoidism/living-with-hashimotos-disease-victoria-neglia

 

FAQ: perguntas frequentes sobre a Doença de Hashimoto

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