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Jamie Goudeau convive com questões de saúde mental desde a infância. Na vida adulta jovem, recebeu o diagnóstico de transtorno bipolar tipo 1.
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Hoje, avó e profissional licenciada na área de saúde mental, ela escreveu um livro de memórias sobre sua experiência com transtornos mentais e compartilha os seguintes conselhos.
Cláudia Menezes enfrentou desafios com a saúde mental por grande parte da vida. Ela conta que levou anos para receber um diagnóstico adequado — e ainda mais tempo para aprender a conviver com sua condição.
Durante muito tempo, segundo Cláudia, os transtornos mentais foram cercados de estigma e silêncio. Hoje, avó e profissional licenciada na área de saúde mental, ela transformou sua trajetória com o transtorno bipolar tipo 1 em um livro de memórias. Seu objetivo é claro: oferecer esperança e acolhimento a quem enfrenta batalhas semelhantes.
A história de Cláudia começou com uma infância que ela descreve como bastante conturbada. Apesar de ser uma criança considerada alegre, ela era frequentemente tomada por acessos intensos de raiva. Lembra-se de agir de forma imprevisível, às vezes jogando objetos pela casa.
“Sentia minha raiva crescer sem controle quando algo me frustrava”, diz ela. “Eu não conseguia esconder.”
Aos 28 anos, suas oscilações extremas de humor e o comportamento instável chegaram a um ponto crítico. Seu então marido, preocupado, decidiu interná-la em um hospital psiquiátrico para avaliação. Na época, Cláudia mal conseguia funcionar. Estava esgotada, não conseguia cuidar de si mesma nem dos filhos pequenos.
“Estava com olheiras profundas, pesando cerca de 40 quilos. Me sentia esvaziada, indiferente a tudo. Até as necessidades básicas dos meus filhos me sobrecarregavam”, relembra. “Quando cheguei ao hospital, sabia que tinha quatro filhos, mas não conseguia lembrar o nome de nenhum.”
Foi durante essa internação que Cláudia recebeu, pela primeira vez, um diagnóstico: transtorno bipolar tipo 1 com episódios psicóticos. Também foi a primeira vez em que teve acesso a um tratamento estruturado para sua saúde mental. Apesar das dificuldades, ela relata que aquele momento marcou o início de uma nova etapa — quando começou, enfim, a entender o que acontecia em sua mente e como poderia aprender a se cuidar para buscar estabilidade e qualidade de vida.
Décadas depois, Cláudia se descreve como uma mulher “em equilíbrio”. Vive com o marido, celebra a vida dos quatro filhos adultos — e de um enteado — e acompanha de perto os seis netos. Com base em tudo o que viveu, ela compartilha seis conselhos fundamentais para quem convive com o transtorno bipolar e seus altos e baixos.
1. Siga uma rotina
Manter uma rotina ajuda Cláudia a se manter centrada e com foco em seus objetivos. Pela manhã, ela levanta da cama, se arruma, cuida da higiene pessoal e prepara as refeições do dia. Essas ações simples garantem que, ao menos, suas necessidades básicas estejam sendo atendidas, o que já faz uma grande diferença em seu bem-estar.
2. Faça terapia
O tempo que Cláudia passou internada foi fundamental para mudar sua visão sobre o que significa viver com uma condição de saúde mental. Em vez de sentir vergonha, ela conta que começou a se abrir. As sessões de terapia em grupo e o acompanhamento psicológico regular a ajudaram a se compreender melhor, entender os outros, seguir com mais clareza em direção aos seus objetivos e lidar com feridas e traumas do passado.
“Passei a frequentar grupos de apoio. Ouvir relatos parecidos com o meu e poder falar sobre o que eu sentia fez toda a diferença. Percebi que não estava sozinha”, conta Cláudia. “Um bom terapeuta te ajuda a reconhecer seus sintomas, os gatilhos que os provocam e, a partir disso, a desenvolver estratégias que permitem enfrentá-los ou até evitá-los por completo.”
3. Mantenha seus medicamentos em dia
Ao longo da vida, Cláudia passou por períodos em que parou de tomar os medicamentos corretamente, acreditando que já não precisava mais deles. No entanto, essa decisão a colocou em um ciclo repetitivo de recaídas e necessidade constante de ajuda.
Hoje, ela entende a importância de seguir a orientação médica e manter o tratamento conforme indicado. Cláudia toma seus remédios regularmente e reconhece que essa constância tem um impacto direto na melhora da sua saúde e qualidade de vida.
4. Tenha um sistema de apoio
Ter uma rede de apoio sólida também é uma parte essencial da vida de Cláudia. Depois do diagnóstico, sua família teve um papel fundamental: ajudou a garantir que ela tomasse os medicamentos corretamente, mantivesse a terapia em dia e, principalmente, a entender que não conseguiria enfrentar tudo sozinha.
“Tive que aceitar minha própria vulnerabilidade. Entender que está tudo bem em precisar de ajuda”, conta Cláudia. “Um bom sistema de apoio é indispensável no processo de mudança. Você precisa de alguém que diga ‘Parabéns!’ ou ‘Tô aqui se precisar de um ombro’, ou mesmo alguém que observe, com carinho e sinceridade, como você está se comportando e evoluindo ao longo do tempo.”
5. Pratique a honestidade e o perdão
Cláudia conta que aprender a se perdoar — e aceitar o perdão dos outros — foi uma etapa fundamental em seu processo de cura. Ela também precisou desenvolver a coragem de ser honesta, mesmo quando isso a expunha. Em vez de se culpar por recaídas em antigos padrões de comportamento, aprendeu a reconhecer o que estava acontecendo, a se acolher com gentileza e a seguir em frente.
Hoje, como profissional de saúde mental licenciada, Cláudia reforça a importância de manter uma comunicação aberta com os médicos.
“Recomendo que você seja transparente”, diz ela. “O profissional só vai conseguir te ajudar de verdade se tiver acesso às informações certas — e isso depende do que você compartilha.”
6. Desenvolva estratégias saudáveis de enfrentamento
Aprender o que evitar e o que cultivar na própria vida também é uma parte essencial do equilíbrio diante dos altos e baixos do transtorno bipolar, afirma Cláudia. Com o tempo, ela desenvolveu estratégias saudáveis de enfrentamento que a ajudam justamente nesse processo.
Ela evita o consumo de álcool e comportamentos de isolamento, e procura manter-se próxima de sua rede de apoio — que inclui sua família e pessoas da comunidade religiosa que frequenta. Cláudia também aprendeu a aceitar sua condição em vez de negá-la e passou a estabelecer limites claros para preservar seu bem-estar.
“Eu tiro um cochilo sempre que posso nos fins de semana”, conta. “Na minha vida pessoal, procuro me afastar de pessoas negativas e evito ambientes ou situações que possam desencadear os sintomas da minha saúde mental.”
Conclusões
A história de Cláudia é um retrato realista, sensível e inspirador sobre o enfrentamento de transtornos mentais no Brasil. Ela mostra que o diagnóstico de uma condição como o transtorno bipolar tipo 1, embora desafiador, não precisa ser uma sentença de sofrimento. Com apoio, tratamento adequado e estratégias de autocuidado, é possível construir uma vida com equilíbrio, propósito e dignidade.
Cláudia nos lembra que a recuperação em saúde mental não é uma linha reta: exige tempo, paciência, autoconhecimento e, acima de tudo, uma rede de apoio sólida. Sua experiência reforça a importância de combater o estigma, ampliar o acesso ao cuidado psicológico e psiquiátrico e valorizar o papel da escuta empática, tanto dos profissionais quanto das pessoas ao nosso redor.
Ao transformar sua trajetória em aprendizado compartilhado, Cláudia também amplia a voz de muitas outras mulheres brasileiras que enfrentam desafios semelhantes em silêncio. Suas seis lições práticas — manter uma rotina, fazer terapia, seguir o tratamento, construir redes de apoio, praticar a honestidade e desenvolver estratégias de enfrentamento — são valiosas não apenas para quem convive com o transtorno bipolar, mas para qualquer pessoa em busca de saúde mental e emocional.
Sua jornada mostra que é possível viver bem com um diagnóstico psiquiátrico, desde que se tenha acesso ao cuidado adequado, acolhimento e, principalmente, respeito à própria história.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referência
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/bipolar-disorder/my-6-tips-for-managing-a-bipolar-diagnosis
FAQ: perguntas frequentes sobre Transtorno Bipolar
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