Diagnóstico de Problemas na Tireoide
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Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
01/04/2024
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Entenda a importância do diagnóstico 

O diagnóstico precoce pode facilitar o processo dos tratamentos e melhoram significativamente a qualidade de vida. Portanto, é essencial entender como identificar problemas a partir dos sintomas, para realizar exame da tireóide

Localizada na parte inferior e média do pescoço, a glândula tireoide desempenha um papel crucial na produção e liberação dos hormônios tireoidianos, que são vitais para o crescimento, a manutenção de várias funções corporais e a regulação do metabolismo. 

Durante a gravidez, seu funcionamento adequado é crucial, pois influencia o desenvolvimento adequado do feto. Qualquer alteração em sua função pode levar a várias complicações. Sendo assim, para você entender mais sobre o diagnóstico e sintomas, continue lendo esse artigo.

 

Sinais de alerta da tireoide: quais sintomas observar?

Existem vários tipos de disfunções da tireoide, mas dois se destacam, o hipotireoidismo, que ocorre quando a glândula tireoide não produz hormônio tireoidiano suficiente. Ele é identificado por:

  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Pele seca;
  • Queda de cabelo;
  • Intolerância ao frio;
  • Irregularidades no ciclo menstrual;
  • Baixa frequência cardíaca;
  • Elevação do colesterol.

E o hipertireoidismo, quando há um excesso na produção dessa glândula. Seus tireóide sintomas são:

  • Cansaço;
  • Tremores;
  • Nervosismo, irritabilidade;
  • Perda de peso;
  • Pele úmida e quente;
  • Intolerância ao calor;
  • Frequência cardíaca elevada;
  • Insônia.

É aconselhável consultar um especialista se você tiver esses sintomas com persistência, principalmente se também tiver parentes com qualquer tipo de doença da tireoide ou histórico de doenças autoimunes. 

Visto os tipos principais de doenças da tireoide, confira quais os exames que podem ser feitos para um diagnóstico preciso. 

 

Exames Essenciais para a Tireoide

O principal é o exame de sangue, o sangue pode ser coletado a qualquer momento, pois os hormônios da tireoide e da hipófise não variam muito ao longo do dia (variações circadianas) e não se alteram com a ingestão.  

Para determinar se a função tireoidiana está normal, são medidos os níveis do hormônio hipofisário tirotropina (TSH) e dos hormônios tireoidianos ativos. Os hormônios da tireoide circulam no sangue parcialmente ligados a proteínas, como a albumina ou a globulina transportadora de hormônio da tireoide.  

No nível analítico, é interessante conhecer a porção não ligada a essas proteínas: tiroxina livre (T4L) e triiodotironina livre (T3L), pois, em determinadas situações fisiológicas, como gravidez ou uso de anticoncepcionais, o nível de proteínas no sangue pode mudar, mas sem alterar a função da tireoide.

Os exames de sangue para a tireóide alterada incluem:

  • Hormônio estimulante da tireoide (TSH): mede o hormônio estimulante da tireoide. Normalmente, esse é o primeiro exame que seu médico solicitará;
  • T3 e T4: medem o nível de diferentes hormônios da tireoide no sangue;
  • Teste de anticorpos antitireoidianos: mede determinados anticorpos da tireóide (marcadores no sangue). Esse exame pode ajudar a diagnosticar distúrbios autoimunes da tireoide.

Os exames de imagem incluem:

  • Tomografia computadorizada;
  • Ultrassom;
  • Exames de medicina nuclear, como:
  • Tomografia da tireóide: utiliza pequenas quantidades de material radioativo para criar uma imagem da tireóide, mostrando seu tamanho, forma e posição. Pode ajudar a descobrir a causa do hipertireoidismo e detectar nódulos na tireoide (caroços na tireoide).
  • Cintilografia da Tireoide (teste de captação da tireóide): verifica o funcionamento da tireoide e pode ajudar a descobrir a causa do hipertireoidismo.

Após realizar os exames é normal ficar confuso com muitas informações, abaixo separamos dicas de como interpretar os resultados dos exames, veja.

 

Interpretando Resultados de Exames

Um nível baixo de T4L geralmente significa que a glândula tireoide não está funcionando adequadamente, o chamado hipotireoidismo. Um nível alto de T4L geralmente significa que há produção excessiva de hormônio tireoidiano, o chamado hipertireoidismo.  

Ja, um nível alto de TSH com T4L baixo ou normal geralmente significa que a glândula tireoide não está funcionando bem, resultando em hipotireoidismo. Um nível baixo de TSH com um T4L normal ou alto geralmente significa que está sendo produzido hormônio tireoidiano em excesso, ou seja, hipertireoidismo.

Quando o TSH e o T4L variam na mesma direção, o problema geralmente está na glândula pituitária, mas isso é menos comum. O T3L é usado para determinar a gravidade do hipertireoidismo. 

Para avaliar se é uma doença autoimune, devido a uma reação confusa do sistema imunológico do próprio corpo contra a tireoide, são determinados os anticorpos "antitireoidianos", que o corpo produz por não reconhecer a tireóide como parte do corpo devido a uma infecção viral ou espontaneamente. Esses anticorpos são chamados de anticorpos anti-peroxidase (anti-TPO), anti-tireoglobulina (anti-TG) e anti-receptor de TSH (TSI ou anti-TRAB). 

O hipertireoidismo e o hipotireoidismo também podem afetar outros lugares, como o colesterol e a glicose, devido a alterações no metabolismo. Destacando que, essas alterações voltarão aos seus valores normais quando a função da tireoide estiver funcionando bem. 

Por último, a tireoglobulina, que é uma proteína sintetizada por células tireoidianas normais e malignas. Usada para monitorar pacientes com câncer de tireoide após a cirurgia. 

 

Seguindo para o Tratamento

Como dito anteriormente, as disfunções da glândula geralmente são diagnosticadas por um exame da tireóide. Esse exame mede T4, T3 e o hormônio estimulante da tireoide (TSH). TSH alto, T3 baixo e/ou T4 baixo geralmente são indicadores de hipotireoidismo, enquanto TSH baixo, T3 alto e/ou T4 alto geralmente são indicadores de hipertireoidismo. 

Contudo, um médico qualificado passará os melhores tratamentos ao identificar o seu tipo de problema. Dentre os tratamentos são comuns algumas medicações, confira:

Medicamentos para tratar o hipertireoidismo

Os medicamentos antitireoidianos chamados tionamidas são o tratamento mais comum para a tireoide hiperativa. Eles impedem que a tireoide produza hormônios em excesso. Os principais medicamentos são o metimazol (Tapazole®) e o propiltiouracil.

O metimazol é geralmente o tratamento principal porque funciona rapidamente e tem menos efeitos colaterais. O propiltiouracil geralmente é o mais usado para mulheres grávidas porque tem menos risco de causar efeitos colaterais. Geralmente, leva de um a dois meses para notar uma mudança nos sintomas após o início desses medicamentos.

Outras opções de terapia para tireóide alterada incluem o tratamento com iodo radioativo, que ataca as células da tireóide para evitar que produzam tanto hormônio tireoidiano, e a cirurgia para remover a glândula tireoide.

Medicamentos para tratar o hipotireoidismo

Já no hipoteriodismo o corpo precisa da reposição do hormônio da tireoide. Os medicamentos para tireoide têm uma janela terapêutica estreita, o que significa que o corpo é sensível até mesmo a pequenas variações no medicamento. Consequentemente, não é aconselhável alternar entre as versões dos hormônios tireoidianos sintéticos. 

O hormônio tireoidiano sintético é aprovado pela FDA e pela ANVISA, e nele contém uma versão sintética do T4. A versão genérica desse medicamento é a levotiroxina e alguns dos nomes de marca são Synthroid®, Levoxyl®, Unithroid®, Tirosint®. Se o T4 sintético não for eficaz, seu médico poderá prescrever o T3 sintético, a liotironina (nomes comerciais Cytomel® e Triostat®).

Ao iniciar uma medicação de reposição de hormônio da tireóide, pode levar até duas semanas para que você perceba uma melhora nos sintomas e várias semanas para que você sinta o alívio total dos sintomas. Se ainda tiver sintomas após um mês de uso da medicação de reposição do hormônio tireoidiano, converse com seu médico. 

Ele poderá aumentar ou diminuir gradualmente a dose do medicamento ou sugerir a troca para um tipo diferente de medicamento para descobrir o que funciona melhor para controlar seus sintomas.

 

Importância do diagnóstico para um tratamento eficaz

Em conclusão, todos os médicos estão cientes da importância de chegar a um diagnóstico rápido e certeiro. Atualmente, o diagnóstico é mais importante do que nunca. Isso se deve ao fato de que o paciente tem muito a perder quando demoram para realização do exame da tireóide.

Portanto, o tratamento no momento inicial da doença pode restaurar a saúde de uma pessoa, enquanto as consequências de um diagnóstico tardio ou incorreto podem ser irreversíveis. Pois, certos tipos de complicações podem ser prevenidas, como o câncer de tireoide, que quando detectado em estágios iniciais são mais fáceis de tratar, prevenindo que afetem a qualidade de vida.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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