Aprenda como diagnosticar a doença de Parkinson
A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurológica caracterizada por tremores em repouso, lentidão de movimentos, rigidez muscular e instabilidade postural. No entanto, esses sintomas não são exclusivos do Parkinson e podem se sobrepor aos de outras doenças, o que torna o diagnóstico mais desafiador.
Atualmente, não existe um exame de sangue ou de imagem capaz de confirmar o diagnóstico de forma definitiva. Isso significa que identificar o Parkinson pode ser um processo clínico complexo, baseado principalmente na observação dos sintomas e no histórico do paciente.
A doença é causada pela degeneração de neurônios em uma região específica do cérebro, responsáveis pela produção de dopamina — uma substância que ajuda na comunicação entre as células nervosas e no controle dos movimentos.
Na prática, o único diagnóstico 100% confirmado só pode ser feito por meio de exame do tecido cerebral após a morte (autópsia). Apesar disso, um diagnóstico clínico precoce e preciso é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes e garantir o melhor manejo possível da doença.
A seguir, vamos entender melhor como funciona o processo de avaliação e diagnóstico do Parkinson.
É possível fazer testes para detectar a doença de Parkinson?
Atualmente, não existe um exame específico que confirme a doença de Parkinson. Por isso, o diagnóstico é feito, na maioria das vezes, por um neurologista com base na avaliação clínica — ou seja, na observação dos sintomas e no exame físico.
Na maioria dos casos, essas informações são suficientes para que o especialista identifique corretamente a doença. No entanto, em algumas situações, exames complementares podem ser solicitados para reforçar ou descartar o diagnóstico.
Com o avanço da medicina, é possível que, no futuro, surjam testes mais precisos e específicos para detectar o Parkinson de forma mais direta.
Como a doença de Parkinson é diagnosticada?
O diagnóstico geralmente começa quando você ou alguém próximo percebe sintomas que causam preocupação — como um tremor ou mudanças nos movimentos — e decide buscar orientação médica.
Na primeira consulta, o profissional de saúde pode encaminhá-lo a um neurologista, preferencialmente um especialista em distúrbios do movimento. Esses especialistas têm experiência no diagnóstico do Parkinson, que é feito com base clínica, ou seja, por meio da análise dos sintomas e de um exame físico detalhado.
Durante a consulta, o neurologista fará diversas perguntas para entender melhor os sinais e como eles evoluíram com o tempo. Por exemplo: o tremor começou em uma das mãos e depois passou para a outra? Ou apareceu nas duas desde o início?
Além disso, será feito um exame físico, observando tremores, rigidez e a forma como o corpo se movimenta. Alguns dos principais sinais que ajudam no diagnóstico são:
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Tremor em repouso
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Lentidão nos movimentos (bradicinesia)
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Rigidez muscular
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Dificuldade para manter o equilíbrio
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Alterações na forma de caminhar
Durante esse processo, o neurologista também irá excluir outras possíveis causas para os sintomas, como AVC, tremor essencial ou problemas no ouvido interno que afetam o equilíbrio.
Se os sinais forem típicos da doença de Parkinson e não houver outra explicação plausível, o diagnóstico pode ser feito com base apenas nessas observações clínicas.
Quais testes ajudam a confirmar a doença de Parkinson?
Se os sintomas e os achados no exame físico forem claros o suficiente, exames complementares geralmente não são necessários. No entanto, em casos em que o diagnóstico não é tão evidente, alguns testes podem ajudar a esclarecer a situação.
Varredura DaT/SPECT
A varredura DaT, também chamada de varredura SPECT ou imagem do transportador de dopamina, permite observar os neurônios de dopamina no cérebro. Como o Parkinson está ligado à degeneração desses neurônios, esse exame pode auxiliar no diagnóstico.
No entanto, outras doenças, como a atrofia de múltiplos sistemas (AMS) ou a paralisia supranuclear progressiva (PSP), podem apresentar resultados parecidos em uma varredura DaT, o que limita sua especificidade.
Apesar de ser o exame de imagem mais usado para apoiar o diagnóstico da doença de Parkinson, sua precisão é praticamente equivalente à do diagnóstico clínico. Por isso, nem sempre é necessário realizá-lo.
Ressonância magnética
A ressonância magnética e outros exames de imagem do cérebro não são indicados para o diagnóstico de rotina do Parkinson. Eles são utilizados apenas quando os sintomas não são típicos ou podem estar relacionados a outras condições.
A ressonância magnética, por exemplo, pode ajudar a identificar um AVC, um tumor cerebral ou outras possíveis causas dos sintomas, funcionando como uma ferramenta para descartar diagnósticos alternativos.
Com o avanço da tecnologia, é possível que, no futuro, a ressonância magnética se torne mais útil também para identificar a própria doença de Parkinson.
'Desafio das drogas'
Como a doença de Parkinson está relacionada à baixa produção de dopamina, o uso de medicamentos que aumentam esse neurotransmissor costuma aliviar os sintomas. É com base nisso que, em alguns casos, os médicos recorrem ao chamado "desafio medicamentoso".
Essa abordagem consiste em observar se há melhora dos sintomas após o uso de um remédio que estimula a dopamina. Se houver resposta positiva, o diagnóstico de Parkinson se torna mais provável. Por outro lado, se não houver melhora, é bem possível que a causa dos sintomas seja outra.
Teste olfativo
Mais de 95% das pessoas com doença de Parkinson desenvolvem algum grau de perda do olfato. O chamado "teste olfativo" — basicamente um teste para avaliar o sentido do olfato — existe, mas não é específico para o Parkinson e, por isso, tem pouca utilidade prática. Por esse motivo, é raramente utilizado no diagnóstico.
É importante lembrar que esses sintomas aparecem em momentos diferentes para cada pessoa. Ou seja, não ter perda de olfato agora não significa que você não tenha Parkinson, nem que isso não possa surgir mais tarde. Essa é apenas mais uma peça dentro do conjunto de informações que ajudam a compor o diagnóstico.
Teste genético
O teste genético pode ser uma opção, já que algumas mutações estão associadas à doença de Parkinson. No entanto, menos de 5% das pessoas com a doença apresentam uma mutação identificável. Isso significa que, na maioria dos casos, o resultado do teste será negativo, mesmo que a pessoa tenha Parkinson.
Esse tipo de teste pode ser útil quando há vários casos da doença na família. Se for o seu caso, vale a pena conversar com seu médico sobre essa possibilidade. Por outro lado, se não há histórico familiar, o teste genético não é necessário para confirmar o diagnóstico.
Por quanto tempo você pode ter Parkinson sem saber?
A doença de Parkinson pode ser difícil de identificar, especialmente nos estágios iniciais. Os primeiros sintomas costumam ser leves e podem se confundir com os de outras condições. Por exemplo, o tremor geralmente começa de forma sutil, afetando apenas um lado do corpo, o que pode tornar o diagnóstico mais desafiador.
Com o tempo, à medida que a doença progride, os sintomas se intensificam e passam a afetar ambos os lados do corpo. Isso torna o quadro mais evidente e o diagnóstico mais claro.
Não existe um período exato para o surgimento dos sintomas antes do diagnóstico, já que cada pessoa vivencia a doença de forma única. Se você notar algo diferente ou estiver preocupado, converse com seu profissional de saúde. Nunca é cedo demais para buscar orientação e começar a investigar.
Conclusões
A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico que, na maioria dos casos, é diagnosticado com base nos sintomas clínicos. Ainda não existe um exame específico para confirmar a doença, mas alguns testes podem ajudar a apoiar o diagnóstico e a descartar outras possíveis causas dos sintomas.
Se você está preocupado com sinais em si mesmo ou em alguém próximo, o melhor caminho é conversar com um profissional de saúde. Ele poderá avaliar os sintomas e orientar sobre os próximos passos.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
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Grimes, D., et al. (2019). Diretriz canadense para doença de Parkinson . Revista da Associação Médica Canadense.
Haehner, A., et al. (2011). Perda olfativa na doença de Parkinson . Doença de Parkinson.
Kägi, G., et al. (2010). O papel do DAT-SPECT em distúrbios do movimento . Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry.
Mahlknecht, P., et al. (2010). Significado da ressonância magnética no diagnóstico e diagnóstico diferencial da doença de Parkinson . Doenças neurodegenerativas.
Rizzo, G., et al. (2016). Precisão do diagnóstico clínico da doença de Parkinson: Uma revisão sistemática e meta-análise . Neurologia.
Royal College of Physicians. (2006). Diagnosticando a doença de Parkinson . Doença de Parkinson: Diretriz Clínica Nacional para Diagnóstico e Gestão em Cuidados Primários e Secundários.
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/parkinsons-disease/how-to-diagnosis
FAQ: perguntas frequentes sobre Parkinson
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