Frete grátis a partir de R$ 150,00 cupom: VEMPRAPILL* Válido para São Paulo e região

Lidando com diabetes tipo 2: como cuidar de outras pessoas?
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
23/09/2025
Logo da Pill

Principais tópicos

  • Equilibrar cuidado e autocuidado é essencial: priorizar só o outro pode descontrolar a glicemia e gerar fadiga; cuidar de si é parte do cuidado com quem depende de você.

  • O papel de cuidador pode ser motivador: para alguns, pensar na família é um incentivo extra para manter hábitos saudáveis e seguir o tratamento corretamente.

  • Riscos de se dedicar apenas ao outro: pular refeições, esquecer medicações e exames ou ignorar sinais de alerta pode trazer complicações sérias.

  • Estratégias práticas: organizar remédios com caixas e alarmes, pedir ajuda, conversar com médicos sobre dificuldades e reservar tempo para descanso e alimentação adequada.

  • Saúde mental e rede de apoio: buscar suporte psicológico, envolver a família e participar de grupos de apoio ajudam a reduzir estresse, evitar isolamento e melhorar o controle do diabetes.

 

Lidando com diabetes tipo 2: como cuidar de outras pessoas?

Cuidar de alguém já é, por si só, uma grande responsabilidade. Quando, além disso, a pessoa que cuida também convive com uma doença crônica como o diabetes tipo 2, os desafios podem se multiplicar. Conciliar as necessidades de familiares, filhos ou pessoas idosas com o autocuidado exige organização, disciplina e, principalmente, consciência de que a saúde do cuidador também importa.

No Brasil, estima-se que mais de 15 milhões de pessoas vivam com diabetes tipo 2, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Muitos desses indivíduos são, ao mesmo tempo, responsáveis por cuidar de filhos, netos ou pais idosos. Isso significa que, além da própria rotina de monitoramento da glicemia, alimentação e uso de medicamentos, precisam lidar com demandas externas constantes.

Neste artigo, vamos discutir como o papel de cuidador pode afetar a forma como se lida com o diabetes tipo 2, trazendo histórias, dicas práticas e reflexões para quem vive essa dupla responsabilidade.


O desafio de equilibrar cuidado e autocuidado

Maria Helena, de 45 anos, vive com diabetes tipo 2 há oito anos e cuida da mãe idosa, que tem limitações de mobilidade. Ela relata que, por muito tempo, priorizou apenas as necessidades da mãe, deixando a própria saúde em segundo plano. Resultado: glicemia descontrolada, episódios de hipoglicemia e fadiga constante.

Essa realidade é comum. Quando estamos no papel de cuidadores, a tendência é acreditar que o outro vem sempre em primeiro lugar. Mas o problema é que sem autocuidado, o cuidador adoece, e isso compromete não apenas a própria saúde, mas também a qualidade do cuidado oferecido.

Um estudo da Fiocruz sobre sobrecarga de cuidadores familiares mostrou que grande parte deles enfrenta altos níveis de estresse, piora na alimentação e dificuldades em manter consultas médicas regulares. Para quem vive com diabetes, isso pode agravar ainda mais a doença.


Quando o cuidado motiva mudanças positivas

Por outro lado, há casos em que o papel de cuidador funciona como incentivo. João Carlos, de 52 anos, vive com diabetes tipo 2 e é pai de uma adolescente. Ele conta que, depois do diagnóstico, percebeu que precisava se cuidar para continuar presente na vida da filha. “Cada vez que penso em desistir da dieta ou deixar de tomar um remédio, lembro que quero estar vivo e bem para vê-la crescer.”

Essa perspectiva ajuda a entender que o cuidado com o outro pode ser uma motivação extra para adotar hábitos saudáveis. Ao perceber que estar bem fisicamente é também uma forma de proteger quem depende de você, o autocuidado deixa de ser visto como egoísmo e passa a ser um ato de amor.


O risco de se dedicar demais e esquecer de si mesmo

Apesar dos pontos positivos, é preciso reconhecer os riscos de se dedicar apenas ao outro. Muitas pessoas com diabetes tipo 2 relatam que acabam:

  • Pulando refeições ou comendo de forma desordenada, priorizando o preparo da comida para a família.

  • Esquecendo de medir a glicemia nos horários certos.

  • Negligenciando consultas médicas e exames de rotina.

  • Ignorando sinais de alerta, como fadiga excessiva, sede constante ou tonturas.

Essas pequenas falhas, quando somadas, podem comprometer seriamente o controle da glicemia e aumentar o risco de complicações como hipertensão, problemas renais e doenças cardiovasculares.


Estratégias para equilibrar os papéis

1. Estabeleça um plano de cuidado viável

Trabalhe com seu médico e equipe de saúde para desenvolver um plano realista, que leve em conta sua rotina como cuidador. Se você passa muitas horas fora de casa ou precisa se dedicar a outra pessoa, ajuste horários de medicação, alimentação e monitoramento para que sejam sustentáveis no seu dia a dia.

2. Organize seus medicamentos e horários

O uso de caixas organizadoras de comprimidos, alarmes no celular e aplicativos pode ajudar a não esquecer remédios. Ter uma rotina estruturada é essencial para quem precisa dividir a atenção entre si e o outro.

3. Peça ajuda

Cuidar de alguém não deve ser uma tarefa solitária. Familiares, amigos e até vizinhos podem colaborar em pequenas tarefas, como acompanhar consultas, fazer compras ou preparar refeições. Essa rede de apoio é fundamental para que você também tenha tempo para se cuidar.

4. Inclua sua saúde nas conversas com os médicos

Assim como você fala sobre a pessoa de quem cuida, seja transparente sobre sua própria saúde. Compartilhe com a equipe médica suas dificuldades em seguir o tratamento. Isso ajuda os profissionais a adaptarem orientações e cria um ambiente de corresponsabilidade.

5. Pratique o autocuidado sem culpa

Muitos cuidadores sentem que parar para si é “perda de tempo” ou até egoísmo. No entanto, o contrário é verdadeiro: quanto mais equilibrado você estiver, mais energia terá para cuidar do outro. Reserve momentos para descansar, se alimentar bem, se exercitar e cuidar da mente.


A importância da saúde mental

Cuidar de alguém com necessidades especiais e, ao mesmo tempo, lidar com uma doença crônica como o diabetes pode gerar altos níveis de estresse, ansiedade e até depressão. A literatura médica já aponta a relação direta entre saúde mental e controle glicêmico: estresse crônico aumenta a produção de hormônios que elevam a glicose no sangue.

No Brasil, o SUS oferece atendimento psicológico em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e também na atenção primária, em unidades de saúde. Buscar apoio psicológico não é sinal de fraqueza, mas uma ferramenta para manter corpo e mente em equilíbrio.


O papel da família e da comunidade

Outro aspecto importante é o envolvimento da família. Quando todos participam de escolhas alimentares mais saudáveis, por exemplo, fica mais fácil manter a disciplina. Além disso, comunidades de apoio, como grupos de diabéticos em associações locais ou até fóruns online, podem oferecer acolhimento, troca de experiências e soluções práticas.

No Brasil, entidades como a Sociedade Brasileira de Diabetes e associações regionais promovem eventos e atividades educativas. Participar desses espaços ajuda a reduzir o sentimento de isolamento e fortalece a percepção de que viver com diabetes não precisa ser um fardo solitário.


Considerações finais

Ser cuidador e, ao mesmo tempo, viver com diabetes tipo 2 é um grande desafio, mas também pode ser uma oportunidade de aprender a equilibrar responsabilidade com autocuidado. O segredo está em reconhecer que cuidar de si é parte essencial de cuidar do outro.

Criar uma rotina organizada, contar com uma rede de apoio, dialogar abertamente com os profissionais de saúde e buscar equilíbrio emocional são passos fundamentais para manter a glicemia controlada e evitar complicações.

No fim das contas, o melhor presente que um cuidador pode dar às pessoas que ama é a própria saúde. Afinal, estar bem é o que garante a força e a disposição necessárias para continuar cuidando.

 

Pill, somos a parceria ideal para a sua saúde

Na Pill, nosso foco é em melhorar a vida das pessoas, democratizando o acesso à saúde e aos serviços da farmácia. Nós nos preocupamos com nossos pacientes e queremos fazer parte do seu cotidiano, facilitando sua vida. É um prazer cuidar todos de vocês.

Para ser atendido, basta mandar a sua dúvida no nosso WhatsApp: (11) 99999-0380. Visite nosso site e monte sua cesta de remédio e coloque tudo no automático com o nosso serviço de Compra Recorrente: pill.com.br, sua caixa de remédio renovada todo mês.

Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.


Produtos relacionados


Referências

Associação Americana de Diabetes (ND). Diabetes tipo 2

Associação Americana do Coração (2021). Trabalhando com sua equipe de saúde para diabetes

 

FAQ: perguntas frequentes sobre diabetes

Produtos Mais Vendidos

Produto adicionado ao carrinho!
Ocorreu um erro ao adicionar o produto ao carrinho, tente mais tarde!
Não há a quantidade em estoque disponível para seu pedido!