Diabetes Tipo 1 e Tipo 2: Sintomas e Tratamentos
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Wilton de Andrade
Última atualização
13/03/2024
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Diabetes: Tipo 1 e Tipo 2, como saber?

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) divulgou novas estatísticas indicando que aproximadamente 537 milhões de adultos em todo o mundo são afetados pelo diabetes. No Brasil, cerca de 16 milhões de pessoas vivem com diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2, e a projeção é que esse número aumente para 21 milhões até 2030. 

É importante entender que tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 têm seus próprios mecanismos de ação e tratamentos específicos. Enquanto o diabetes tipo 1 é uma doença grave, o diabetes tipo 2 afeta grande parte da população mundial. Entenda aqui o que você precisa saber sobre essa doença e seus dois tipos.

 

Definições e diferenças entre tipo 1 e tipo 2

O diabetes tipo 1 e tipo 2 é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue resultantes de alterações no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. De acordo com a Associação Americana de Diabetes, há quatro categorias principais de diabetes: diabetes tipo 1 (DM1), diabetes tipo 2 (DM2), outros tipos de diabetes e diabetes mellitus gestacional (DMG).

É extremamente importante controlar essa condição, pois ela leva a problemas de saúde mais sérios se não for tratada. Confira as diferenças entre o tipo 1 e o tipo 2.

Diabetes tipo 1

Apenas 5% das pessoas afetadas pelo diabetes enfrentam a forma conhecida como tipo 1, mas esse grupo não é pequeno. No Brasil, aproximadamente 1,1 milhão de indivíduos sofrem com diabetes tipo 1, e essa tendência tende a aumentar ao longo do tempo.

O diabetes tipo 1 é caracterizado pela incapacidade do pâncreas em produzir insulina. A insulina é um hormônio crucial fabricado no pâncreas, desempenhando um papel fundamental no controle dos níveis de açúcar no sangue. 

Diabetes tipo 2

No diabetes tipo 2, o corpo produz insulina, porém, não a utiliza eficientemente, o que é denominado resistência à insulina. Inicialmente, o pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar essa resistência. Entretanto, com o passar do tempo, o pâncreas se esgota e não consegue mais produzir insulina em quantidade suficiente para manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa normal.

 

Sintomas e diagnóstico de cada tipo

Como visto anteriormente, o diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil. Caracteriza-se por altos níveis de açúcar no sangue devido a problemas na produção ou assimilação da insulina, um hormônio que regula os níveis de glicose no corpo. 

Os critérios para o diagnóstico de diabetes mellitus de acordo com a ADA (6) e a OMS (10), glicemia de jejum:

Normal: 70-110 mg/dl

  • Pré-diabetes: 100-125 mg/dl
  • Diabetes: maior ou igual a 126 mg/dl

Glicemia pós-prandial (após as refeições):

  • Normal: <140 mg/dl
  • Pré-diabetes: 140-199 mg/dl
  • Diabetes: maior ou igual a 200 mg/dl

Além disso, um critério a ser considerado é a hemoglobina glicosilada (HbA1c), que mede o nível médio de glicose no sangue nos últimos três meses:

  • Normal: <5,7%.
  • Pré-diabetes: 5,7 a 6,4%.
  • Diabetes: maior ou igual a 6,5%.

Outra maneira de saber se há diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 é a presença de acantose nigricans, que é o escurecimento da pele nas axilas, no pescoço e nas mãos. Aqui, exploraremos em profundidade a diferença entre cada tipo.

Sintomas do diabetes 1

A sintomatologia aguda do diabetes inclui poliúria, aumento da micção diária, polidipsia, aumento da sede, polifagia, aumento do apetite, além de perda de peso e feridas presentes que cicatrizam com dificuldade.

As manifestações clínicas podem aparecer gradualmente ao longo de meses ou anos e podem incluir visão embaçada, tontura, náusea, infecções frequentes da pele e da bexiga. Esses pacientes são mais propensos à cetoacidose diabética, que é uma complicação do diabetes com risco de morte.

Ela ocorre quando o corpo não tem insulina suficiente para permitir que a glicose no sangue entre nas células e seja usada como energia. O fígado decompõe a gordura para obter uma fonte de energia, esse processo produz ácidos chamados cetonas. Quando muitas cetonas são produzidas, elas podem se acumular em níveis perigosos no corpo.

Diagnóstico do diabetes 1

O diagnóstico pode ser feito por meio de testes específicos, como o teste de glicose no plasma, se a pessoa tiver os sintomas comuns e óbvios do diabetes, e por outros testes para procurar a presença de certos tipos de anticorpos que estão presentes no diabetes tipo 1.

Sintomas do diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão elevados. Isso ocorre quando o corpo não produz insulina em quantidade suficiente ou não consegue utilizá-la de maneira eficaz, resultando em uma acumulação de glicose na corrente sanguínea e uma falta de glicose adequada nas células do corpo. Esta forma de diabetes representa entre 90% e 95% de todos os casos de diabetes, sendo que na maioria dos casos existe um histórico familiar da doença.

O diabetes tipo 2 está frequentemente associado ao sobrepeso e à obesidade, afetando principalmente pessoas com mais de 40 anos. Ao contrário do diabetes tipo 1, os sintomas do tipo 2 podem passar despercebidos por anos, e a cetoacidose é rara. Uma diferença marcante entre os dois tipos é que o diabetes tipo 2 pode ser controlado por dieta, exercícios, medicamentos ou insulina, mas nem sempre requer insulina.

Os sintomas agudos do diabetes tipo 2 incluem cansaço, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, sede excessiva, perda de peso e dormência ou formigamento nas extremidades.

  • Aumento da sede e da micção;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Perda de peso sem uma causa conhecida;
  • Visão embaçada;
  • Infecções recorrentes, especialmente de pele, gengivas ou bexiga;
  • Formigamento ou dormência nas mãos e nos pés;
  • Feridas que demoram a cicatrizar;
  • Aumento da fome;
  • Problemas sexuais, como disfunção erétil;
  • Problemas de concentração e memória.

Deve-se observar que nem todas as pessoas com diabetes apresentam todos esses sintomas e algumas podem ser assintomáticas no início.

 

Doenças relacionadas ao diabetes

Algumas das principais doenças relacionadas ao diabetes são:

  • Doença cardiovascular: aumenta o risco de doença cardíaca, como doença coronariana, insuficiência cardíaca e derrame.
  • Problemas oculares: retinopatia diabética, catarata e glaucoma são doenças comuns em pessoas com diabetes.
  • Doença renal: é uma das principais causas de doença renal crônica e pode exigir diálise ou transplante de rim.
  • Neuropatias: podem danificar os nervos, causando dormência, formigamento ou dor nos pés e nas mãos, bem como problemas de digestão, sexuais e outros problemas.
  • Infecções de pele: especialmente nos pés.
  • Depressão: associada a um risco maior de depressão e outros problemas de saúde mental.
  • Problemas dentários: aumenta o risco de doença gengivite, cárie dentária e outros problemas dentários.

Ressaltando, a diabetes tipo 1 não tratada, os sintomas pioram rapidamente e ocorre a cetoacidose diabética, uma condição grave causada por níveis perigosamente altos de glicose no sangue. Isso exige hospitalização imediata.

 

Opções de tratamento para Diabetes Tipo 2

No tratamento para diabetes tipo 2, existem inúmeros grupos farmacológicos e o progresso científico permitiu a incorporação de medicamentos que conseguem reduzir a necessidade de insulinoterapia como tratamento principal no DM2. Não nos concentramos apenas nos medicamentos. Existem medidas NÃO farmacológicas muito importantes no tratamento do diabetes.

Dieta mediterrânea, dietas de baixa caloria e de baixa gordura e até mesmo dietas vegetarianas (em alguns estudos observacionais) apresentam menor prevalência de DM2. A atividade física, pelo menos 150 minutos por semana de intensidade moderada, apoiada por vários estudos, reduziu o risco de DM2 em até 26%. Além da cessação do tabagismo, se houver. 

Em termos de medidas farmacológicas, temos os seguintes grupos de medicamentos:

  • Inibidores de DPP-4;
  • Análogos do receptor de GLP1 (aRGLP1);
  • Co-agonistas de GIP e GLP1;
  • Inibidores de SGLT-2 (i-SGLT2).

A discussão sobre a escolha do tipo de medicamento é baseada nas diretrizes de prática clínica existentes, levando em conta a individualização do paciente e a melhor terapia disponível para ele.

 

Tratamento e manejo do Diabetes Tipo 1

O tratamento do diabetes tipo 1 inclui o seguinte:

  • Tomar insulina;
  • Contagem de carboidratos, gorduras e proteínas;
  • Monitoramento frequente da glicose no sangue;
  • Comer alimentos saudáveis;
  • Exercitar-se regularmente e manter um peso saudável.

O objetivo é manter os níveis de glicose no sangue o mais próximo possível do normal para retardar ou evitar complicações. Em geral, a meta é manter os níveis de glicose no sangue durante o dia, antes das refeições, entre 80 e 130 mg/dl (4,44 a 7,2 mmol/l). O valor pós-refeição não deve exceder 180 mg/dl (10 mmol/l) duas horas após a refeição.

 

Em síntese

Ambos os tipos de diabetes aumentam muito o risco de uma pessoa ter uma variedade de complicações graves. Portanto, o monitoramento e o controle da doença podem evitar complicações, além de um diagnóstico precoce, que ajuda a implementar diabetes tratamento com eficácia para viver bem, pois com o avanço da ciência a diabetes deixou de ser considerada uma doença com alto risco de morte.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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