Entenda as relações entre COVID-19, memória e demência
A maioria das pessoas se recupera da COVID-19 em poucas semanas, sem apresentar sintomas prolongados. No entanto, muitos enfrentam dificuldades de memória ou sensação de pensamento nublado, mesmo sem outros sinais da chamada COVID longa. Esses sintomas neurológicos podem persistir por semanas ou até meses após uma infecção.
Diante disso, algumas pessoas se questionam se a COVID-19 pode causar mudanças permanentes na função cerebral ou até aumentar o risco de demência. Vamos analisar o que as pesquisas indicam sobre essa possível relação.
COVID e perda de memória
A COVID-19 pode afetar a memória e outras funções profissionais tanto durante quanto após a infecção. Mesmo pessoas que tiveram casos leves podem apresentar “confusão mental” durante uma recuperação, o que dificulta a concentração, o registro de informações e o raciocínio rápido.
Existem algumas explicações possíveis para esse efeito. Um estudo mostrou que pessoas que apresentavam dificuldades cognitivas dois meses após uma técnica também tinham níveis limitados de oxigênio no sangue. Isso sugere que o cérebro pode não estar funcionando normalmente devido a essa alteração. Além disso, a inflamação das células nervosas, desencadeada pela resposta imunológica do organismo, pode contribuir para esses sintomas.
O risco de comprometimento cerebral aumenta em casos mais graves da doença. Um estudo analisou cérebros de adultos mais velhos que faleceram devido à COVID-19 e constatou danos significativos às células nervosas, causados pela inflamação e pela falta de oxigenação adequada.
COVID e demência
Especialistas não acreditam que a COVID-19 cause demência diretamente. No entanto, há promessas de que a infecção pelo SARS-CoV-2 possa acelerar ou revelar processos neurodegenerativos já existentes no cérebro .
Prevalência de Demência no Brasil e nos Estados Unidos
No Brasil, aproximadamente 8,5% da população com 60 anos ou mais convive com algum tipo de demência, totalizando cerca de 2,71 milhões de pessoas.
Estima-se que esse número possa chegar a 5,6 milhões até 2050.
Nos Estados Unidos, cerca de 15% dos adultos com mais de 68 anos são reportados com demência. As projeções indicam que o número de novos casos aumentou de aproximadamente 514 mil em 2020 para cerca de 1,01 milhão em 2050.
Impacto da COVID-19 na Progressão da Demência
Pesquisas sugerem que a COVID-19 pode acelerar a progressão de diferentes tipos de demência. Estudos apontam para uma rápida supervisão das habilidades cognitivas e o aparecimento de novas lesões cerebrais em pacientes com demência que contraíram o vírus.
Fatores de Risco para Demência
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de demência incluem:
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Idade avançada: O risco aumenta significativamente após os 65 anos .
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Sexo: A doença de Alzheimer é mais comum em mulheres .
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Raça e etnia: Pessoas negras e hispânicas apresentam taxas mais altas de Alzheimer .
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Genética: Algumas variantes genéticas podem aumentar o risco de desenvolver Alzheimer .
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Condições de saúde: Diabetes, colesterol alto e hipertensão estão associados ao aumento do risco, assim como problemas de saúde mental, como depressão .
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Uso de substância: O consumo excessivo de álcool, tabaco e drogas recreativas, como cocaína, pode aumentar as chances de demência .
Embora não haja evidências conclusivas de que a COVID-19 cause demência diretamente, é essencial monitorar os efeitos neurológicos em pacientes que tiveram a doença, especialmente aqueles com fatores de risco preexistentes. O envelhecimento populacional tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos destaca a importância de políticas públicas externas para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado da demência .
COVID longa e demência
A COVID longa pode causar sintomas que se assemelham aos da demência. Se você ou alguém próximo já superou essa condição, talvez conheça a chamada "confusão mental". Essa dificuldade de raciocínio também pode ocorrer em outras condições médicas, tornando mais difícil se concentrar, lembrar de tarefas ou eventos recentes e realizar múltiplas atividades ao mesmo tempo.
Independentemente da idade, a COVID longa pode afetar a memória e o pensamento por semanas ou até meses. No entanto, esses sintomas tendem a ser mais intensos em adultos mais velhos. Um estudo mostrou que pessoas idosas que tiveram perda prolongada do olfato após a COVID também apresentaram mais dificuldades cognitivas. Isso sugere que a tecnologia pode ter um impacto duradouro na função cerebral, especialmente em grupos mais vulneráveis.
Vacina COVID e demência
Não há evidências de que as vacinas contra a COVID aumentem o risco de demência ou agravem seus sintomas em quem já tem a doença. Pelo contrário, as vacinas fortalecem o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater o vírus caso haja exposição. Dessa forma, elas são interrompidas para reduzir o risco de complicações da COVID, incluindo possíveis impactos no cérebro.
Passos para prevenir alterações de memória se você teve COVID
Se você teve COVID, a melhor forma de proteger sua memória e funções cognitivas é cuidar da saúde do corpo e da mente. Algumas medidas podem ajudar nesse processo:
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Pratique atividades físicas regularmente.
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Mantenha o cérebro ativo com leitura, jogos de raciocínio e interações sociais.
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Evite o tabagismo.
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Adote uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e gorduras saudáveis.
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Modere o consumo de álcool.
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Monitore a pressão arterial, os níveis de colesterol e a glicose, sempre com acompanhamento médico.
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Busque ajuda se estiver se sentindo triste ou deprimido.
Mesmo que você já tenha tido COVID, manter-se atualizado sobre vacinas e cuidados preventivos pode reduzir o impacto de novas infecções no organismo. Se notar qualquer mudança na memória ou na cognição, não hesite em procurar orientação médica.
Conclusões
A COVID, por si só, provavelmente não causa demência, especialmente em pessoas mais jovens, sem fatores de risco e que tiveram uma forma de nível de doença. No entanto, a resposta imunológica do organismo à infecção pode impactar o cérebro. Em alguns casos, isso pode acelerar o surgimento de sintomas de demência em pessoas predispostas.
Se você perceber mudanças em sua concentração, julgamento ou memória, converse com um médico para avaliar a situação e receber a orientação adequada.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/covid-19/dementia-risk
FAQ: perguntas frequentes sobre demência
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