O Método do Contador para Controlar o A1C: Transformando Dados em Saúde
Para muitas pessoas, viver com diabetes tipo 2 pode parecer uma tarefa esmagadora: são exames, consultas, proporção de glicemia e mudanças de hábitos que nem sempre são simples de manter. Mas para Carlos Ferreira, 45 anos, contador em São Paulo, foi justamente a sua profissão que lhe deu as ferramentas para organizar o tratamento e encontrar motivação.
“Quando conto carboidratos, não é diferente de contar dinheiro”, brinca Carlos. Seu maior incentivo? Estar saudável para acompanhar o crescimento da filha de 10 anos.
O que é a A1C e por que ela é importante tanto?
Antes de entender a estratégia de Carlos, é importante explicar um termo que muitos pacientes ouvem, mas nem sempre compreendem: a hemoglobina glicada (A1C).
Esse exame mostra a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Enquanto a glicemia de ponta de dedo indica apenas como está o açúcar naquele momento, a A1C mostra um retrato mais amplo, revelando se o tratamento está realmente funcionando.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD):
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O valor normal para quem não tem diabetes é de até 5,6%.
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Entre 5,7% e 6,4% já indicam pré-diabetes.
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Valores iguais ou acima de 6,5% confirmam o diagnóstico de diabetes.
Para a maioria das pessoas com diabetes tipo 2, a meta de A1C é ficar abaixo de 7%, mas isso pode variar de acordo com a idade, o tempo de diagnóstico e outras condições de saúde.
Em resumo: manter um A1C controlado é essencial para evitar complicações a longo prazo, como problemas nos rins, nos olhos, nos nervos e no coração.
O método de Carlos: transformar saúde em números
Como contador, Carlos está acostumado a lidar com planilhas, metas e balanços. Então, decida aplicar a mesma lógica ao controle do diabetes.
Ele organiza sua rotina de forma semelhante à de uma empresa:
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Monitoramento diário da glicemia – como se fossem os registros de caixa de uma contabilidade.
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Contagem de carboidratos – cada refeição tem um “orçamento” limitado de carboidratos, que ele aprendeu a distribuir ao longo do dia.
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Revisão periódica dos resultados – consultas médicas e exames de A1C funcionam como uma “auditoria” da sua saúde.
"No começo, fiquei sobrecarregado. Era muita informação, muitas mudanças. Mas depois percebi que, como na contabilidade, o segredo é acompanhar passo a passo e não perder o controle das pequenas coisas", explica Carlos.
Carboidratos: o “dinheiro” da glicemia
Um dos pontos centrais na estratégia de Carlos é o controle dos carboidratos . Isso porque eles são os nutrientes que mais impactam diretamente os níveis de glicose no sangue.
O que ele aprendeu sobre os rótulos
Carlos dedica tempo a ler as embalagens de alimentos. Os dois itens principais para ele são:
Assim, ele consegue calcular quanto cada refeição vai impactar sua glicemia.
Suas metas amorosas
Exemplos práticos no Brasil:
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1 pão francês tem, em média, 30 g de carboidratos .
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1 colher de arroz cheia: cerca de 18 g .
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1 banana prata média: 20 g .
Com essa lógica, ele consegue equilibrar o prato e evitar picos de glicemia.
Errar faz parte: aprendendo com a experiência
No início, Carlos se cobrava demais. Achei que, se comesse um pedaço de bolo ou errasse na contagem, estava fracassando. Com o tempo, experimente que viver com diabetes é uma maratona, não uma corrida de velocidade.
"Hoje sei que não existe perfeição. O importante é consistência. Se eu escorrego em uma refeição, compenso nas próximas e sigo em frente", afirma.
Esse aprendizado é crucial: o diabetes exige disciplina, mas também resiliência e capacidade de se adaptar.
A realidade brasileira: desafios e números
O Brasil é um dos países com maior número de pessoas com diabetes no mundo. Segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (2021), são 16,8 milhões de brasileiros vivendo com a doença, e muitos ainda nem foram divulgados.
Além disso:
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O sedentarismo atinge quase 50% da população adulta, segundo o IBGE.
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A dieta tradicional brasileira é rica em carboidratos simples (arroz, pão, macarrão, farinha, tapioca), o que exige mais atenção para quem tem diabetes.
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O acesso aos exames como a A1C e os medicamentos modernos ainda é desigual. Embora no sistema privado haja mais recursos, no SUS muitas vezes os pacientes têm de lidar com insulinas mais antigas e consultas espaçadas.
Isso torna a educação em saúde ainda mais importante. Quanto mais uma pessoa entende sobre sua doença, mais consegue se cuidar mesmo diante das limitações do sistema.
Estratégias que funcionam no dia a dia
Além da concentração de carboidratos, Carlos adota algumas práticas simples que podem servir para qualquer pessoa com diabetes:
1. Refeições balanceadas
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Metade do prato: verduras e legumes ;
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Um quarto: proteínas magras (frango, peixe, ovos, feijão);
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Um quarto: carboidratos integrais (arroz integral, batata doce, mandioca).
2. Atividade física regular
Carlos faz caminhadas leves e, três vezes por semana, pratica musculação. Ele aprendeu que o exercício é uma das formas mais eficazes de melhorar a sensibilidade à insulina.
3. Monitoramento constante
Mesmo quando você está ocupado, sempre tire um tempo para medir a glicemia, principalmente antes e depois de grandes refeições.
4. Apoio da família
A família participa das escolhas alimentares, o que evita que ele se sinta isolado. A filha adora salada preparada e colorida com ele.
Dicas práticas para quem quer “contabilizar” a saúde
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Pense como um auditor : revise seus números (glicemia e A1C) com frequência.
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Faça um “orçamento alimentar” : defina limites de carboidratos por refeição.
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Invista em “ativos saudáveis” : leguminosas, frutas com baixo índice glicêmico, proteínas magras.
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Reduza os “passivos” : refrigerantes, ultraprocessados e doces frequentes.
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Diversifique sua “carteira de exercícios” : combine caminhadas, exercícios de força e atividades prazerosas.
Conclusão: saúde como patrimônio
A história de Carlos Ferreira mostra que cada pessoa pode encontrar seu próprio método para viver bem com o diabetes tipo 2. Para ele, transformar a saúde em números — como se fosse uma contabilidade pessoal — fez toda a diferença.
O mais importante é compreender que o diabetes não deve ser visto como um castigo, mas como um convite para mudar o estilo de vida. Com acompanhamento médico, escolhas conscientes e uma boa dose de paciência, é possível manter a A1C sob controle e viver plenamente.
Assim como nas finanças, não há controle do diabetes em cada decisão conta. Pequenos hábitos consistentes, acumulados ao longo do tempo, são o que garantem um futuro mais saudável e equilibrado.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
Referências
Amanat, Sasan, et al. (2020). Exercício e diabetes tipo 2. Avanços em Medicina e Biologia Experimental.
Associação Americana de Diabetes. (nd). Consuma carboidratos com sabedoria .
Centro de Controle e Prevenção de Doenças. (2021). Controle o açúcar no sangue
FAQ: perguntas frequentes sobre diabetes