Tópicos principais
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Contabilizar carboidratos ajuda a manter a glicemia estável sem cortar alimentos, apenas equilibrando pequenos.
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Carboidratos simples x complexos : os simples (doces, refrigerantes) elevam a glicose rapidamente, enquanto os complexos (feijão, arroz integral, legumes) dão saciedade e controlam melhor o açúcar no sangue.
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A leitura dos rótulos é essencial : observar carboidratos totais, açúcares aumentados, fibras e tamanho real da porção.
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Ferramentas práticas : usar medidas caseiras, o método do prato (50% vegetais, 25% proteína, 25% carboidratos) e aplicativos de concentração como aliados.
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Equilíbrio e autonomia : a contagem não é restrição, mas liberdade para incluir pão, bolo ou frutas na meta diária de carboidratos.
Contabilidade A1C: como contabilizar a ingestão de carboidratos no diabetes tipo 2
Para muita gente, a palavra “contabilidade” lembra números, balanços e planilhas. Mas, para quem vive com diabetes tipo 2, ela pode ter um significado diferente: contabilizar carboidratos.
Foi o que fez Carlos Henrique Almeida, 52 anos, morador de São Paulo, diagnosticado com diabetes tipo 2 há cinco anos. Contador de profissão, ele encontrou em sua carreira uma ferramenta poderosa para cuidar da saúde: usar a disciplina dos números para controlar a ingestão de carboidratos ao longo do dia.
"Percebi que, assim como no meu trabalho, eu precisava organizar entradas e saídas. No caso do diabetes, eram os carboidratos entrando e a glicemia respondendo", conta.
A história de Carlos mostra algo fundamental: saber contabilizar carboidratos é uma das estratégias mais eficazes para manter a glicemia estável. Mas isso não precisa ser complicado ou cheio de termos técnicos. Neste texto, vamos explicar de forma clara e prática:
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O que significa contabilização de carboidratos;
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Por que isso é tão importante para o diabetes tipo 2;
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Como fazer esse cálculo na prática, no cenário brasileiro;
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Dicas para ler rótulos e identificar açúcares escondidos;
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Estratégias simples para aplicar no dia a dia.
Por que os carboidratos são importantes tanto no diabetes tipo 2?
Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo. Estão presentes em alimentos como arroz, pão, macarrão, batata, frutas e doces.
No processo digestivo, eles são transformados em glicose , que entra no sangue. Para pessoas sem diabetes, a insulina ajuda a levar essa glicose para dentro das células. Já no diabetes tipo 2, a insulina não funciona bem e o açúcar se acumula no sangue.
Por isso, controlar a quantidade e a qualidade dos carboidratos consumidos é essencial para evitar picos de glicemia .
Não se trata de cortar carboidratos da dieta , mas sim de escolher o melhor e contabilizar as porções.
O que é contabilizar carboidratos?
“Contabilizar carboidratos” significa saber quantos carboidratos existem em cada refeição ou lanche e manter esse número dentro da meta recomendada pelo médico ou nutricionista.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) explica que, em média, pessoas com diabetes podem consumir entre 45% e 55% das calorias diárias provenientes de carboidratos . Mas o valor exato deve ser individualizado, de acordo com:
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Peso, altura e idade;
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Nível de atividade física;
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Medicamentos em uso;
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Metas de controle da glicemia.
Carboidratos simples x carboidratos complexos
Nem todos os carboidratos são iguais.
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Simples: encontrados em açúcares, doces, refrigerantes, sucos artificiais, bolas recheadas. São absorvidos rapidamente, elevando a glicemia de forma brusca.
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Complexos: presentes em arroz integral, feijão, aveia, legumes, frutas. Têm mais fibras e são absorvidas lentamente, evitando picos de açúcar no sangue.
Dica prática: prefira sempre os carboidratos complexos, que dão mais saciedade e ajudam a controlar a glicemia.
Lendo rótulos: onde estão os carboidratos escondidos
No dia a dia, muita gente só pensa em açúcar quando o assunto é diabetes. Mas o que importa mesmo é o total de carboidratos — porque até alimentos salgados podem ter impacto na glicemia.
Segundo Carlos Henrique:
“No começo, eu só olhei o açúcar nos rótulos. Depois entendi que procurei olhar a linha de 'carboidratos totais'. É ali que está a informação mais importante.”
O que observar nos rótulos dos alimentos:
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Tamanho da porção → Às vezes, o pacote parece pequeno, mas a informação nutricional se refere a uma fração dele.
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Carboidratos totais → Inclui tanto açúcares quanto amidos e fibras.
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Açúcares acrescentados → Presentes em muitos industrializados.
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Fibras → Quanto mais fibras, melhor, porque elas reduzem a velocidade de absorção da glicose.
Exemplo prático: um biscoito pode ter 12 g de carboidratos por porção. Se a expressão no rótulo é de 3 unidades, mas você vem 6, na verdade ingeriu 24 g de carboidratos.
A realidade brasileira: onde estão nossos carboidratos
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (IBGE, 2020) , a dieta do brasileiro ainda é baseada em carboidratos simples e ultraprocessados:
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O consumo de refrigerantes e sucos artificiais continua elevado.
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O arroz e o feijão ainda são base da alimentação, mas são trocados por ultraprocessados em muitas regiões.
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Apenas 23% da população atinge a recomendação mínima de frutas e verduras diárias.
Esse cenário mostra como a contabilidade de carboidratos é exigida no Brasil , mas também urgente para melhorar o controle do diabetes tipo 2.
Exemplo prático: contabilizando uma refeição brasileira
Vamos imaginar um prato típico brasileiro:
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4 colheres de sopa de arroz branco → 20 g de carboidratos
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1 concha média de feijão → 15 g
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1 filé de frango grelhado → 0 g (proteína pura)
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Salada de alface e tomate → 3 g
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1 fatia de melancia → 12 g
Total: 50 g de carboidratos nessa refeição.
Se a meta definida pelo nutricionista for de 45 a 60 g de carboidratos por refeição, esse prato está dentro do recomendado.
Dicas práticas para contabilizar carboidratos sem sofrimento
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Use medidas caseiras: aprenda a equivalência em colheres, conchas e xícaras.
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1 colher de sopa cheia de arroz = 5 g de carboidratos
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1 fatia média de pão francês = 30 g
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1 concha média de feijão = 15 g
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Prefira alimentos integrais: arroz integral, pão com farinha integral, aveia.
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Monte seu prato pelo método do 50/25/25:
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Metade do prato de vegetais,
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Um quarto de proteína,
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Um quarto de carboidratos.
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Não pule refeições: isso pode causar picos maiores de glicemia depois.
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Converse com o nutricionista: cada pessoa tem uma meta individual de carboidratos por refeição.
Tecnologia como aliada
Hoje, existem aplicativos gratuitos que ajudam a contabilizar carboidratos. Basta digitar o alimento ou escanear o código de barras, e eles informam a quantidade de carboidratos, proteínas e gorduras.
No Brasil, aplicativos como FatSecret , MyFitnessPal e GlicOnline são populares entre pessoas com diabetes.
O lado humano da contabilidade de carboidratos
Carlos Henrique reforça que a classificação de carboidratos não deve ser vista como uma prisão, mas como uma forma de liberdade:
"No começo parece difícil, mas depois você ganha autonomia. Eu consigo comer um pedaço de bolo sem culpa, porque sei como encaixar isso na minha meta de carboidratos do dia."
Esse equilíbrio é fundamental: não é sobre nunca comer pão, bolo ou macarrão. É sobre saber quanto cabe no seu prato sem prejudicar sua saúde.
Dados que reforçam a importância dessa prática no Brasil
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o mau controle da glicemia é uma das principais causas de internações por complicações da doença no país. Estima-se que 40% das pessoas com diabetes no Brasil não conseguem manter os níveis de glicemia na faixa recomendada. Grande parte disso deve ser a falta de informações acessíveis sobre alimentação, porções e impacto dos carboidratos. Ou seja, democratizar o conhecimento sobre a concentração de carboidratos é uma forma de saúde pública.
Conclusão: contabilidade que salva vidas
A história de Carlos Henrique mostra que a classificação de carboidratos não precisa ser complicada nem restritiva. Com prática, apoio profissional e pequenas mudanças de hábito, é possível transformar essa prática em um aliado poderoso no controle do diabetes tipo 2.
No Brasil, onde uma dieta ainda é fortemente baseada em carboidratos e ultraprocessados, esse conhecimento é ainda mais urgente.
Portanto, se você tem diabetes ou risco de desenvolver, lembre-se: cada colher de arroz, cada fatia de pão, cada fruta conta. E aprender a contar é aprender a viver melhor — com liberdade, equilíbrio e saúde.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
Centros de Controle e Prevenção de Doenças. (2024). Planejamento de refeições para diabéticos .
Centros de Controle e Prevenção de Doenças. (2024). Identificando açúcares ocultos em alimentos do dia a dia .
MedlinePlus. (2024). Carboidratos .
Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais. (2016). Dieta, alimentação e atividade física para diabéticos .
Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais. (2021). Porções de alimentos: escolha apenas o suficiente para você
FAQ: perguntas frequentes sobre Hemoglobina Glicada A1C
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