AVC - Recuperação, fisioterapia
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Wilton de Andrade
Última atualização
05/06/2024
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AVC: tudo que você precisa saber

O AVC é uma das principais causas de morte no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Essa condição ocorre devido a um distúrbio na circulação de sangue para o cérebro. É a interrupção do fluxo sanguíneo devido à ruptura de um vaso sanguíneo. Essa interrupção significa que as células cerebrais não recebem oxigênio e, portanto, morrem.

Existem dois tipos principais de AVC: isquêmico e hemorrágico. Reconhecer os sintomas, como dormência, confusão, dificuldade para falar, ver ou andar, é crucial para evitar complicações graves e muitas das vezes irreversíveis.

Portanto, detectar um AVC a tempo é importante para poder reduzir as consequências e sequelas e, por isso, hoje explicaremos a seguir tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

 

O que é AVC (Acidente Vascular Cerebral)?

O acidente vascular encefálico (AVE), popularmente conhecido como derrame, é uma doença que afeta os vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro. O termo AVC, do latim stroke, é usado para descrever as consequências da interrupção súbita do fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro (isquemia cerebral, 85% dos casos) ou da ruptura de uma artéria ou veia cerebral (hemorragia cerebral, 15% dos casos).

Devido a essa ruptura ou bloqueio, essa área do cérebro não recebe o oxigênio, a glicose e outros elementos de que necessita. Como resultado, as células nervosas dessa área não conseguem funcionar adequadamente e morrem em poucos minutos.

Existem dois tipos de ocorrência do acidente vascular encefálico através dos vasos sanguíneos - que podem romper ou entrar em oclusão. Primeiramente, pelas artérias, nesse caso, os coágulos se formam nos tubos que transportam sangue do coração para os tecidos, e pelas veias, que enviam de volta o sangue para o coração.

Ressaltando que, nos casos comuns acontece o bloqueio das artérias, que se chamam de oclusão. Desse modo, a veia intracraniana pode obstruir a volta do sangue para o coração, sobrecarregando os vasos sanguíneos, causando inflamação e danos cerebrais.

Geralmente, manifesta-se como uma dor de cabeça, com déficits semelhantes aos dos AVCs arteriais (perda de força ou sensação, dificuldade para falar ou manter o equilíbrio, distúrbios visuais) e, às vezes, convulsões.

Portanto, é uma emergência de saúde que sempre exige tratamento imediato. Quanto menor for o tempo entre o início dos primeiros sintomas e o tratamento, maior será a probabilidade de sobrevivência ou de redução de suas consequências, dependendo do caso.

 

Causas do AVC

De 100 casos de acidente vascular cerebral, 80 poderiam ser evitados através de hábitos de vida saudáveis, segundo estudo da Pfizer. Dentre eles estão os casos de genes debatidos atualmente, e sim, existem alguns fatores genéticos que não podem ser mudados, contudo, isso não significa que um gene de predisposição a problemas nos vasos sanguíneos gerará um AVC. 

A ocorrência de um AVC hoje, independe unicamente de fatores genéticos, haja visto que estudos comprovaram que os problemas de saúde, como os cardíacos, cerebrais e entre outros, estão intimamente ligados a hábitos de vida. 

Hábitos não saudáveis, como alimentação ruim, a ano prática de atividade física e liberação de estresse, aumenta os níveis de cortisol e consequentemente o colesterol ruim, aumentando os níveis da pressão arterial, o principal causador de AVC no mundo, além de influenciar negativamente no sistema nervoso no geral. Cuide de sua rotina.

Além disso, um fator que influencia integralmente a vida das pessoas no desenvolvimento de avc é a idade. Dado que, após os 55 anos, cada década que passa o risco de desenvolver um acidente vascular cerebral duplica, e junto aos hábitos ruins e o histórico familiar de problemas cerebrais os riscos aumentam.

Um ponto curioso é que a comunidade negra têm maior risco de morte e desenvolviemnto de casos de AVC, em parte porque a pressão alta é mais prevalente nos negros. A pressão arterial alta é um dos principais fatores de risco, responsável por cerca de 70% dos casos. 

Em suma, a prevenção do AVC envolve uma abordagem holística, incluindo controle da pressão arterial, cessação do tabagismo, controle do diabetes, manutenção de um estilo de vida saudável e evitação de comportamentos de risco, como o uso de drogas.

 

Tipos de AVC

Existem dois tipos, mas em alguns casos, a pessoa também pode sofrer uma interrupção temporária no fluxo de sangue para o cérebro, o que é conhecido como ataque isquêmico transitório e geralmente não causa danos permanentes, vamos analisar abaixo.

AVC isquêmico

O AVC isquêmico é o mais comum e é causado por um coágulo ou depósito de gordura que bloqueia um vaso sanguíneo no cérebro. Como resultado, ele impede o fluxo sanguíneo para o órgão e, em poucos minutos, as células cerebrais começam a morrer.

AVC hemorrágico

Esse evento ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe ou vaza e pode ser o resultado de muitas condições dos vasos sanguíneos. Há vários fatores que têm sido associados ao AVC hemorrágico, incluindo:

  • Aneurismas;
  • Angiopatia amiloide cerebral;
  • Malformação arteriovenosa;
  • Pressão arterial alta e sem controle;
  • Tratamento excessivo com anticoagulantes;
  • Trauma;
  • Acidente vascular cerebral isquêmico que leva à hemorragia.

AVC isquêmico transitório

Também conhecido como mini AVC, é um breve período de sintomas semelhantes aos de um AVC, mas, nesse caso, não causa danos permanentes e é causado por uma diminuição temporária do suprimento de sangue a uma parte do cérebro e pode durar menos de uma hora.

Também ocorre quando um coágulo ou detritos bloqueiam o fluxo sanguíneo para parte do sistema nervoso.

 

Sintomas do AVC

Independentemente do tipo de AVC que possa ocorrer, os sintomas são semelhantes e você deve ficar atento a eles:

  • Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão dizendo;
  • Paralisia ou dormência da face, braço ou perna (geralmente ocorre em apenas um lado do corpo);
  • Dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos;
  • Dor de cabeça;
  • Dificuldade para caminhar.

Se você notar um ou mais desses sintomas, é de vital importância ir ao pronto-socorro de um hospital para receber atenção e tratamento imediatos, o que pode evitar complicações como invalidez ou até mesmo a morte.

 

Diagnóstico e Tratamento do AVC

Em caso de qualquer um desses sintomas, vá rapidamente ao pronto-socorro. O tratamento imediato do AVC reduz muito seus efeitos colaterais. As primeiras 6 horas são cruciais para o tratamento, pois reduzem as complicações em mais de 25%. 

Os avanços recentes no tratamento do AVC, incluindo terapias de reperfusão, unidades especializadas de AVC e o uso crescente de tecnologia, têm contribuído significativamente para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a mortalidade e a incapacidade associadas a essa condição.

Há dois níveis de tratamento do AVC: tratamento farmacológico e tratamento cirúrgico. E, em um estágio posterior, a fisioterapia.

Tratamento farmacológico

No caso de um derrame causado por um coágulo sanguíneo, o tratamento inicial é farmacológico, utilizando medicamentos trombolíticos para dissolver o coágulo. A eficácia desse tratamento depende do tempo, sendo crucial iniciá-lo dentro de 3 a 4 horas após o início dos sintomas para maximizar as chances de dissolver o trombo. 

Por outro lado, no AVC hemorrágico, o tratamento adequado envolve a embolização do aneurisma, utilizando substâncias que obstruem as artérias danificadas e previnem futuros rompimentos.

Além desses tratamentos principais, outros são combinados, como o uso de anticoagulantes, como aspirina ou heparina, e medicação para controlar fatores de risco como pressão arterial elevada, diabetes ou colesterol.

Essas abordagens combinadas visam fornecer uma terapia abrangente para reduzir os riscos e melhorar os resultados após um AVC, seja isquêmico ou hemorrágico.

Tratamento cirúrgico

Às vezes, a intervenção cirúrgica é necessária para remover a placa de ateroma formada ou dilatar a artéria por meio de angioplastia usando um stent. Isso envolve o uso de um cateter com um pequeno balão inflável na extremidade que, quando inflado, comprime a placa contra as paredes da artéria.

Fisioterapia

A fisioterapia, juntamente com terapia da fala e deglutição, é fundamental na recuperação das sequelas do AVC, visando restaurar ao máximo a funcionalidade do paciente. 

O processo de recuperação é longo e muitas vezes continua após a alta hospitalar, com centros de reabilitação especializados desempenhando um papel crucial nesse processo. 

Além disso, grupos de apoio são uma fonte valiosa de suporte emocional e informacional para pessoas que enfrentam desafios após um AVC, proporcionando um ambiente de compartilhamento de experiências entre os membros.

 

Prevenção do AVC

A Sociedade Brasileira de Neurologia recomenda uma série de hábitos saudáveis para evitar sofrer um AVC, como manter um estilo de vida saudável é essencial para prevenção. Isso inclui seguir uma dieta rica em nutrientes e baixa em gorduras saturadas para controlar o colesterol LDL e evitar a obesidade. 

O exercício regular e moderado é fundamental para evitar problemas associados ao sedentarismo, que podem aumentar o risco de AVC. Além disso, é crucial não fumar, pois o tabagismo ativo e passivo aumenta significativamente a probabilidade do acidente vascular encefálico (AVE). 

Além disso, é importante monitorar regularmente a pressão arterial, com o objetivo de mantê-la abaixo de 140/90 para indivíduos sem histórico de AVC e abaixo de 130/80 para diabéticos ou pessoas que já sofreram um acidente vascular cerebral. Essas medidas preventivas podem ajudar a reduzir significativamente o risco de derrame e promover uma vida saudável e longa.

 

Viver com AVC

Uma em cada seis pessoas sofrerá um derrame em sua vida. Ele ocorre a cada seis minutos e um paciente morre a cada 14 minutos. O AVC é a segunda causa mais comum de morte no mundo. É responsável por mais de 6 milhões de mortes por ano e, no Brasil, é a principal causa de morte entre as mulheres.

A recuperação após um derrame é longa. Bons resultados podem ser obtidos nos primeiros três meses, mas a recuperação pode levar até seis meses ou até um ano. Isso depende do tratamento pós-AVC que cada paciente deve seguir, dependendo das sequelas. Por exemplo, pode ser necessário consultar um fisioterapeuta para mobilidade, um fonoaudiólogo para comunicação ou até mesmo um assistente social para integração social. 

 

Considerações sobre o AVC

Por fim, é notório a importância da identificação de sintomas para prevenção de complicações graves decorrentes do AVC. Sendo assim, em caso de sentir alguns dos sintomas listados, é de suma importância que você busque um atendimento para avaliar sua situação e evitar possíveis problemas.

Além disso, ficou perceptível que a ideia de que a hereditariedade significa a certeza do desenvolvimento da doença é errônea. A prevenção é o melhor tratamento, com um estilo de vida saudável, controle emocional e tratamentos quando necessários, a saúde cerebral se prolongará por vários anos.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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