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Dicas úteis de autocuidado se você tem doença de Parkinson
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
07/05/2025
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A doença de Parkinson afeta cerca de 1 milhão de pessoas nos Estados Unidos e aproximadamente 8 milhões em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, estima-se que mais de 200 mil pessoas convivam com a condição, de acordo com a Associação Brasil Parkinson. E esse número vem crescendo, tanto por causa do envelhecimento da população quanto por diagnósticos mais precisos.

Apesar de não ter cura, o Parkinson pode ser controlado com medicamentos, terapias e, em alguns casos, cirurgias. Esses recursos ajudam a aliviar os sintomas, permitindo que muitos pacientes levem uma vida ativa e produtiva por muitos anos. No entanto, o autocuidado tem se mostrado uma peça-chave no tratamento — e vai muito além da medicação.

Práticas como exercícios físicos regulares, boa alimentação, estímulos cognitivos, momentos de lazer e apoio psicológico fazem parte de uma rotina que pode melhorar significativamente a qualidade de vida. Pesquisas indicam que pacientes que adotam hábitos saudáveis tendem a ter melhor controle motor, menos sintomas depressivos e mais autonomia no dia a dia.

Neste texto, vamos explorar o que a ciência já descobriu sobre a importância do autocuidado no Parkinson. Também traremos relatos reais de duas pessoas que vivem com a doença e compartilham como pequenas mudanças na rotina fizeram grande diferença em suas vidas.

O que dizem as pesquisas sobre o autocuidado no Parkinson

Estudos recentes reforçam que o autocuidado é um componente essencial no manejo da doença de Parkinson. Um levantamento publicado pela Parkinson’s Foundation mostrou que pacientes que mantêm uma rotina de exercícios físicos regulares — mesmo que leves, como caminhada ou alongamento — apresentam melhora significativa na coordenação motora, no equilíbrio e até no humor.

A prática de atividades físicas também está associada a uma progressão mais lenta dos sintomas motores. Isso ocorre porque o exercício estimula a liberação de dopamina no cérebro, o neurotransmissor mais afetado pela doença. Além disso, há ganhos na saúde cardiovascular, no sono e na autoestima.

No Brasil, um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) avaliou o impacto de programas de fisioterapia combinados com orientação nutricional e atividades cognitivas. Os participantes relataram melhora na disposição, na mobilidade e na convivência social. A pesquisa também mostrou que o suporte da família e o acesso à informação são fatores determinantes para um autocuidado eficaz.

Outros hábitos saudáveis também contribuem: manter uma alimentação equilibrada ajuda na absorção correta dos medicamentos; atividades que estimulam o cérebro, como leitura, jogos ou música, colaboram para manter as funções cognitivas ativas; e o apoio emocional — seja por meio da psicoterapia ou de grupos de convivência — tem impacto direto na qualidade de vida.


Por que o autocuidado é importante na doença de Parkinson?

Autocuidado é tudo aquilo que fazemos para cuidar da nossa saúde física, mental e emocional. Pode ser manter uma rotina de exercícios, ter momentos de descanso ou adotar hábitos que ajudam a aliviar o estresse do dia a dia.

Para quem convive com uma condição crônica, como a doença de Parkinson, o autocuidado também envolve atitudes práticas para lidar com os sintomas e preservar a qualidade de vida. São decisões diárias que fazem diferença, como seguir o tratamento corretamente, manter-se ativo, dormir bem e buscar apoio emocional.

O tratamento do Parkinson geralmente envolve uma equipe de profissionais — médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e especialistas em saúde mental. Mas, no centro de tudo, está a própria pessoa com a doença. É ela quem percebe as mudanças no corpo, entende seus limites e toma as decisões sobre como se cuidar. Por isso, é também a maior especialista na própria experiência.

Carlos e Helena, que convivem com Parkinson, sabem o quanto o autocuidado impacta a forma como lidam com a doença. A seguir, eles compartilham suas rotinas, aprendizados e desafios — e mostram como o cuidado consigo mesmo pode transformar o modo de viver com o diagnóstico.


Movimento, flexibilidade e equilíbrio

A doença de Parkinson afeta células do cérebro responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. A falta dessa substância provoca dificuldades com mobilidade, equilíbrio e flexibilidade.

Para lidar com esses desafios, a Associação Brasil Parkinson e outras entidades internacionais recomendam a prática regular de exercícios físicos. As atividades mais indicadas incluem:

  • Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação ou bicicleta

  • Treinamento de força, com pesos, faixas elásticas ou o próprio peso do corpo

  • Práticas que estimulem equilíbrio e agilidade, como ioga, tai chi, dança ou boxe

  • Alongamentos para manter a flexibilidade

Helena, professora universitária aposentada da área de administração e empreendedorismo, descobriu que atividades como ioga, tai chi e alongamento têm ajudado bastante em sua rotina. Ela também destaca a importância da atenção plena. “Aprendi a esperar um pouco depois de me levantar da cama, antes de sair andando. Isso me ajuda a recuperar o equilíbrio”, conta. Em alguns momentos, ela utiliza uma bengala. “Não é o tempo todo, mas em lugares com pouca luz ou terreno irregular, ela é uma segurança a mais.”

Problemas de equilíbrio são muito comuns em pessoas com Parkinson. O exercício físico é uma das estratégias mais eficazes para melhorar esse aspecto, mas os próprios sintomas da doença — como tontura ou instabilidade — podem tornar a prática mais difícil.

Carlos, professor aposentado de inglês de uma escola pública, conta que tentou aulas de boxe adaptadas, modalidade que tem sido benéfica para muitos pacientes. Mas crises de tontura durante e após os treinos o fizeram buscar alternativas mais leves e adaptadas à sua realidade.

Helena também relata dificuldades parecidas. “Sinto que minha frequência cardíaca oscila muito e, às vezes, fico tonta. Por isso, estou experimentando fazer exercícios em blocos menores, com mais pausas.”

Essa sensação de tontura pode estar relacionada à chamada hipotensão ortostática — uma queda brusca da pressão arterial ao mudar de posição, como levantar da cama ou de uma cadeira. Esse sintoma é comum em pessoas com Parkinson e pode, inclusive, provocar desmaios.

Nesses casos, a orientação de um fisioterapeuta é fundamental. Ele pode ajudar a montar um plano de exercícios seguro, adaptado às necessidades e limitações de cada pessoa, garantindo os benefícios da atividade física sem riscos adicionais.


Nutrição

Fazer escolhas alimentares saudáveis sempre que possível é uma parte importante do autocuidado. Embora não exista uma dieta específica que reverta os sintomas da doença de Parkinson, uma boa alimentação pode ajudar a retardar a progressão da doença e aliviar alguns sintomas.

Para incluir a nutrição como parte da sua rotina de autocuidado, considere as seguintes orientações:

  • Dê preferência a uma alimentação rica em grãos integrais, frutas, legumes, verduras e fontes de proteína magra, como frango, ovos e leguminosas. Esses alimentos ajudam a manter o corpo nutrido e com energia.

  • Inclua alimentos ricos em antioxidantes, que contribuem para a saúde do cérebro. Frutas vermelhas, nozes, folhas verdes escuras, salmão e atum são boas opções.

  • Se você consome bebidas alcoólicas, procure limitar a ingestão. O álcool pode intensificar sintomas como tontura e, em alguns casos, interagir negativamente com os medicamentos usados no tratamento.

  • Mantenha uma boa hidratação ao longo do dia e acrescente alimentos ricos em fibras, como aveia, mamão, feijão e vegetais crus. Isso ajuda a combater a constipação, que é um sintoma comum entre pessoas com Parkinson.

  • Se você estiver com dificuldades para mastigar ou engolir, é importante conversar com a equipe de saúde. Um fonoaudiólogo pode orientar sobre adaptações na alimentação para garantir segurança e conforto durante as refeições.


Pensamento e memória

É comum que pessoas com Parkinson enfrentem dificuldades relacionadas ao pensamento, à memória e à concentração. Nem todos apresentam esses sintomas, e, quando aparecem, podem se manifestar de formas diferentes para cada pessoa.

Alguns dos desafios cognitivos mais comuns incluem:

  • Dificuldade em manter a atenção em certas tarefas ou ambientes

  • Dificuldade para resolver problemas, especialmente ao tentar fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo

  • Problemas para perceber espaço e distância, o que pode afetar a mobilidade e a segurança

Helena, que convive com a doença há alguns anos, aprendeu a adaptar sua rotina para lidar com essas questões. “Tentar continuar quando estou cansada ou muito estimulada não funciona para mim”, conta. “Percebi que minha memória e meu raciocínio melhoram quando foco em uma tarefa de cada vez e faço pausas regulares.”

Carlos, por sua vez, diz que já não se sente tão à vontade fora de casa como antes. Mas encontrou maneiras de manter o corpo e a mente ativos. Hoje, como professor aposentado, ele escreve cartas em espanhol para manter o idioma afiado. Também incorporou outras atividades ao dia a dia, como:

  • Jogar palavras-cruzadas e jogos de tabuleiro

  • Ler livros

  • Escrever em um diário

  • Fazer caminhadas

  • Cuidar dos animais de estimação

  • Tocar ou ouvir música

  • Receber visitas de amigos

Essas práticas são recomendadas por especialistas como formas de estimular o cérebro e preservar as funções cognitivas. A combinação de atividades físicas, mentais e sociais contribui para a saúde do cérebro como um todo.

Dormir bem também é fundamental. O sono de qualidade ajuda na consolidação da memória, na clareza mental e no bem-estar emocional.


Saúde mental e emocional

Depressão e ansiedade afetam até metade das pessoas que vivem com a doença de Parkinson. Conviver com uma condição crônica já é, por si só, desafiador. Mas, no caso do Parkinson, esses sintomas também fazem parte do próprio processo da doença, já que os neurotransmissores responsáveis pelo humor são diretamente afetados. Em muitos casos, a depressão e a ansiedade aparecem antes mesmo dos sinais motores.

Embora não sejam visíveis como os tremores ou a rigidez muscular, os sintomas não motores — como tristeza profunda, medo constante ou ataques de pânico — têm um impacto significativo na rotina e no bem-estar das pessoas.

Carlos, por exemplo, conta que a ansiedade e os episódios de pânico mudaram drasticamente sua relação com o mundo exterior. “Passei a ficar mais em casa. Me sinto mais seguro assim”, explica. Ele percebe, no entanto, que manter o cérebro ativo com leituras, jogos e atividades mentais também tem ajudado a diminuir os sintomas de ansiedade.

Já Helena encontrou na psicoterapia uma ferramenta essencial para lidar com as emoções desde o diagnóstico. “Me encontro duas vezes por mês com minha terapeuta. Trabalhamos a tristeza e o luto que senti ao descobrir a doença. Isso me ajuda a tomar decisões com mais consciência, respeitando minha energia e os limites que a condição impõe.”

Assim como Carlos, ela também vê na escrita uma forma de expressão e acolhimento. Manter um diário virou hábito, e ela escreve ensaios semanais em uma plataforma online. “Escrever me ajuda a organizar meus sentimentos e a dividir com os outros como estou vivendo essa fase da vida. O mais importante que aprendi foi ajustar minhas expectativas e ser mais gentil comigo mesma.”


Apoio social

Além de contar com uma equipe de saúde de confiança, é fundamental ter uma rede de apoio pessoal. Ter pessoas com quem se pode conversar e contar faz diferença na motivação e no sucesso do autocuidado.

Carlos destaca sua família como seu principal alicerce. “Especialmente minha esposa”, diz ele. “Ela me escuta com atenção e já me acompanhou em várias consultas médicas.” Ele também valoriza o apoio dos amigos, que estão presentes e o incentivam nos momentos difíceis.

Helena também se apoia na família e em alguns amigos próximos, com quem pode ser totalmente ela mesma. “Multidões me cansam muito, então prefiro me conectar com poucas pessoas de cada vez”, explica. Ela sente que sua rede de apoio tem um papel essencial: “Me ajudam a preservar minha independência, estão sempre disponíveis para ouvir e tornam os dias mais leves e divertidos.”


Conclusões

Pessoas com doença de Parkinson podem levar vidas ativas e significativas. No entanto, os sintomas trazem desafios que exigem adaptação e cuidado.

O autocuidado começa a reconhecer o que realmente importa para você. Compartilhe seus objetivos com a equipe de saúde e busque, junto com eles, caminhos possíveis para alcançá-los.

Conectar-se com outras pessoas que também convivem com o Parkinson pode ser muito útil. Trocar experiências, dicas e aprendizados fortalece o sentimento de pertencimento e ajuda a lidar melhor com as dificuldades do dia a dia.

Valorize, também, os laços com familiares e amigos. Ter um círculo de apoio confiável não só faz bem para você, como também fortalece quem está ao seu lado e quer te ver bem.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referências

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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/parkinsons-disease/parkinsons-disease-self-care-tips

 

FAQ: perguntas frequentes sobre Parkinson

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