Aprofundando-se nas Doenças Cardiovasculares
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Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
20/02/2024
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Saúde Cardíaca

Cuidar da saúde do coração é essencial para que haja longevidade saudável na vida do indivíduo, evitando qualquer tipo de doença cardiovascular. Com este artigo, o nosso foco é passar informações relevantes a respeito de doenças que podem acometer o coração, apresentar os seus fatores de risco para que seja possível preveni-las, falar sobre sinais e sintomas, e mais informações.

Tendo consciência da importância de prevenir doenças do sistema cardiovascular e sabendo o que pode causá-las, você pode agir para evitar que qualquer enfermidade lhe prejudique no longo prazo.

 

 

Classificação das Doenças: Diferentes tipos de doenças cardiovasculares

Há mais de um tipo de doença cardiovascular, e é possível ver as classificações na lista abaixo:

  • Doença coronariana: acontece quando os vasos responsáveis por levar sangue até o coração entopem;
  • Doença cerebrovascular: ocorre no momento em que as artérias, que levam sangue ao cérebro, são entupidas;
  • Doença arterial periférica: acomete os vasos sanguíneos que irrigam os membros superiores e inferiores, como mãos e pés;
  • Doença cardíaca reumática: neste caso, os músculos do coração e válvulas cardíacas são danificados pela febre reumática, que é causada por bactérias estreptocócicas;
  • Cardiopatia congênita: consiste em uma malformação no coração desde o nascimento;
  • Trombose venosa profunda e embolia pulmonar: ocorre quando coágulos sanguíneos localizados nas veias das pernas se movem para o coração ou para os pulmões.

 

 

Causas e Fatores de Risco: Detalhamento das causas e fatores de risco

No que diz respeito às causas e fatores de risco para uma doença cardiovascular, há diversas variáveis que podem resultar no surgimento de algum problema.

Homens, por exemplo, possuem mais chances de desenvolverem algum tipo de problema no coração. Adicionalmente, conforme a idade avança, a probabilidade de lidar com este tipo de adversidade aumenta. Outro fator de risco para o desenvolvimento de uma doença cardiovascular é o histórico familiar.

No parágrafo anterior, mencionamos alguns fatores de risco inevitáveis. Contudo, muitos fatores de risco podem ser evitados, dado que eles são comportamentais. Você pode conhecê-los nos próximos tópicos.

Dietas inadequadas

Ter uma alimentação desequilibrada faz com que a chance de desenvolver uma doença cardiovascular aumente.

O consumo inadequado de açúcar, por exemplo, tem relação com o desenvolvimento de diabetes e obesidade, que são fatores de risco para doenças do sistema cardiovascular.

Além disso, o sal, quando consumido em excesso, traz prejuízos à saúde do coração, visto que ele eleva a pressão arterial.

Existem também outros alimentos que podem prejudicar o sistema cardiovascular, como as carnes processadas – que não devem estar presentes na rotina alimentar do indivíduo – e a gordura trans, que é a mais nociva para o coração.

Tabagismo

O consumo de tabaco traz inúmeros malefícios ao corpo, e pode resultar no aparecimento de uma doença cardiovascular. Ele é responsável por 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio, e quase 50% dos derrames cerebrais.

O cigarro afeta a contração e o relaxamento do coração. Como resultado, o sangue enfrenta dificuldades para circular.

No momento em que uma pessoa fuma, as suas artérias endurecem, o que faz o coração trabalhar de forma mais intensa.

Abandonar o tabagismo reduz não somente a chance de desenvolver doenças cardiovasculares, mas também de outras enfermidades.

Sedentarismo

A prática de atividades físicas regulares é importante para evitar que seu corpo seja acometido por doenças do sistema cardiovascular.

Em suma, o sedentarismo faz com que as paredes dos vasos sanguíneos sofram com o acúmulo de gordura. Com isso, a passagem do sangue é dificultada, e há o comprometimento da circulação e do funcionamento do coração.

Estabelecer uma rotina de exercícios, com acompanhamento médico, é fundamental para uma longevidade saudável, e para a saúde do coração.

Estresse

O estresse é uma realidade na vida de muitos, e pode acontecer por diversos motivos, como problemas profissionais, financeiros e pessoais. Todavia, ele pode prejudicar o coração.

Uma característica importante é que o estresse soma-se a outros fatores de risco para o desenvolvimento de uma doença cardiovascular, como o tabagismo, sedentarismo, entre outras opções.

Existem formas variadas de combater o estresse em nossa rotina, como a prática de exercícios físicos com orientação médica, ter lazer e combater a obesidade.

Consumo de álcool

O álcool é, de certa forma, cultural no Brasil, mas o uso desta substância pode trazer graves prejuízos ao coração.

De acordo com a World Heart Federation (WHF), o consumo de álcool – em qualquer nível – pode fazer a vida do consumidor ser menos saudável.

Esta substância pode afetar o coração de forma direta ou indireta. Indiretamente, ao longo do tempo, o álcool pode degenerar os vasos. 

Diretamente, o consumo excessivo e regular dessa substância pode levar a condições como a cardiomiopatia alcoólica, que é uma doença do músculo cardíaco relacionada ao álcool.

De maneira complementar, quando consumido em doses elevadas, a bebida pode danificar o coração e causar arritmias.

Outros fatores

Há, ainda, outros fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver uma doença cardiovascular, como o uso de drogas ilícitas – como a cocaína –, e problemas na tireóide. No segundo caso, o hipotireoidismo pode causar baixa frequência cardíaca, e o hipertireoidismo pode causar arritmia ou insuficiência cardíaca.

 

 

Sintomas Importantes: Como identificar os primeiros sinais

Identificar os sintomas de uma doença cardiovascular é essencial para que seja possível realizar um diagnóstico com antecedência.

Alguns sintomas de doença cardíaca são:

  • Dor torácica;
  • Falta de ar;
  • Fadiga;
  • Palpitações;
  • Sensação de desmaio iminente;
  • Desmaio;
  • Inchaço das pernas, dos tornozelos e pés.

Entretanto, é válido pontuar que eles não indicam, necessariamente, um problema no coração. Ao sentir falta de ar, por exemplo, você pode estar com uma doença pulmonar. Sob o mesmo ponto de vista, a fadiga é um sintoma comum em várias doenças.

Ao apresentar qualquer sintoma suspeito, busque auxílio médico para um possível diagnóstico.

 

Avanços no tratamento das doenças cardiovasculares

Ao longo dos anos, estamos acompanhando avanços cada vez mais significativos no que se refere ao tratamento de doenças cardiovasculares.

A seguir, vamos apresentar três estudos que mostram estes avanços, e explicar como eles impactam na qualidade de vida e melhora dos pacientes.

O uso da Dapagliflozina em pacientes com insuficiência cardíaca

O estudo DAPA-HF, que foi publicado em 2019 por John J.V. McMurray et al no The New England Journal of Medicine, utilizou o fármaco Dapagliflozina – útil para o tratamento de diabetes tipo 2 – em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.

Foram incluídos 4.744 pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida no ensaio clínico, independentemente de terem ou não a diabetes tipo 2. Alguns foram tratados com 10 mg diárias do medicamento em questão, e outros com placebo. O acompanhamento durou, em média, 18,2 meses.

O desfecho primário de morte cardiovascular e insuficiência cardíaca descompensada reduziu em 26% no grupo tratado com Dapagliflozina em relação ao que foi tratado com placebo.

Além disso, a Dapagliflozina resultou em uma diminuição de hospitalizações por insuficiência cardíaca, e da mortalidade por todas as causas.

Utilização de Semaglutida em pacientes com insuficiência cardíaca

Este estudo teve como objetivo investigar a ação da Semaglutida em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e obesidade. Ele foi publicado em 2023, por Mikhail N. Kosiborod et al no The New England Journal of Medicine.

Ao todo, 529 pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e índice de massa corporal igual ou superior a 30 foram distribuídos aleatoriamente para receberem 2,4 mg de Semaglutida uma vez por semana, ou placebo. Isso foi feito por 52 semanas.

O tratamento com Semaglutida resultou na diminuição dos sintomas e nas limitações físicas. Também ocorreu maior perda de peso do que em quem foi tratado com placebo, e melhorias na função do exercício.

Durante o estudo, houve uma mudança significativa na distância percorrida em 6 minutos por parte dos pacientes tratados com Semaglutida. No grupo em questão, houve uma diferença de 21,5 metros na distância percorrida, enquanto no grupo tratado com placebo esta diferença foi de 1,2 metros.

Terapia intravenosa de longo prazo com ferro

A intenção deste estudo foi avaliar a segurança e os benefícios da terapia intravenosa com ferro a longo prazo em pacientes que possuem deficiência de ferro e insuficiência cardíaca.

Os 304 pacientes que participaram do estudo foram selecionados para receber ferro intravenoso, ou placebo, por 52 semanas. Eles possuíam insuficiência cardíaca sintomática com fração de ejeção do ventrículo esquerdo.

O tratamento dos pacientes sintomáticos com insuficiência cardíaca no período de 1 ano – 52 semanas – trouxe uma melhora na capacidade funcional, nos sintomas e na qualidade de vida.

Ao que tudo indica, ele pode estar associado à diminuição do risco de hospitalização por agravamento da insuficiência cardíaca.

O estudo em questão foi publicado em 2014 por Piotr Ponikowski et al no European Heart Journal.

 

Necessidade de conscientização sobre doenças cardiovasculares

Assim como em outras enfermidades, é necessário que haja um trabalho de conscientização contínua para alertar a sociedade sobre os riscos de doenças que afetam o coração.

Alguns exemplos de medidas que podem trazer bons resultados são: 

  • Estímulo à realização de exames de rotina para monitorar fatores de risco e identificar possíveis doenças antes que atinjam um estado avançado;
  • Passar informação de qualidade sobre a importância de adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e o cuidado com a alimentação;
  • Alertar a população sobre sintomas comuns em uma doença cardiovascular.

O modo como a conscientização será feita é variável, mas o ideal é que aconteça por diferentes canais, como o poder público desenvolvendo propagandas que vão passar em redes de televisão aberta, prefeituras falando sobre o assunto em outdoors de cidades, e mais.

Hospitais particulares e clínicas de exames também podem fazer boas campanhas para alertar seus pacientes sobre a importância dos cuidados com o coração.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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