AITs: o que é, sintomas e causas
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Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
10/06/2024
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Descubra as AITs

Em um AVC, a circulação sanguínea permanece bloqueada e o cérebro sofre danos permanentes. Algumas pessoas chamam o AIT de mini-AVC, pois os sintomas são os de um AVC, mas não duram muito tempo.

Um ataque isquêmico transitório (AIT) ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido ou reduzido, geralmente devido à formação de um coágulo sanguíneo. Após um curto período de tempo, a circulação sanguínea é restaurada e os sintomas desaparecem. 

O AIT representa um sinal de alerta, pois significa que você pode ter um AVC no futuro e que o tratamento precoce é capaz de evitá-lo. Se você não sabe o que é um AIT, leia este artigo para esclarecer suas dúvidas e saber quando procurar um médico.

 

O que é um AIT?

Antes de tudo, sofrer um AITs tem um significado importante na hora de buscar um tratamento. Por não causar danos ao cérebro e ocorrer de modo temporário, muitas pessoas não entendem os seus riscos a longo prazo. Ademais, uma pessoa que sofreu previamente um mini AVC têm maiores riscos de desenvolver um quadro grave, segundo o Ministério da Saúde.

Os sintomas do AIT desaparecem completa e rapidamente, com poucas ou nenhuma célula cerebral (neurônios) morrendo, ou pelo menos não o suficiente para causar alterações detectáveis por exames de imagem cerebral ou exame neurológico.

O paciente ao reconhecer os sintomas de um AIT - que são semelhantes ao de um Acidente Vascular Cerebral - pode evitar sofrer um AVC, dado que nas primeiras 24 a 48 horas, após um ataque isquêmico transitório, os pacientes ficam mais suscetíveis ao desenvolvimento de quadros mais graves.

Por fim, o acidente vascular cerebral transitório não causa danos ao cérebro, e seus sintomas desaparecem rapidamente, contudo, é notório que ele é inofensivo apenas no começo, podendo resultar em muitas complicações quando não tratado.

 

Sintomas do AIT

Como dito anteriormente, um AIT tem duração rápida e recuperação sem sequelas, na maioria dos casos, as pessoas nem sabem que estão sofrendo um "mini-AVC", o que intensifica os risco de mais sequelas em um possível derrame. Pois, a falta de conhecimento sobre a doença impõem barreiras na busca pelos tratamentos.

Entendido isso, é de suma importância prestar atenção aos AIT sintomas:

  • Fraqueza súbita ou paralisia em um lado do corpo (por exemplo, metade do rosto, um braço ou uma perna, ou todo o lado);
  • Perda súbita de sensibilidade ou sensações anormais em um lado do corpo;
  • Dificuldade repentina para falar (como fala arrastada);
  • Confusão repentina, com dificuldade de entender a linguagem falada;
  • Escurecimento repentino da visão, embaçamento ou perda da visão, principalmente em um olho;
  • Tontura repentina ou perda de equilíbrio e coordenação.

Você pode ter mais de um AIT. Os sintomas podem ser semelhantes ou diferentes, dependendo da área do cérebro afetada.

 

Causas do AIT

Após entender os sintomas, é extremamente importante entender o que causa um AIT, especificamente os coágulos sanguíneos. Eles geralmente se desenvolvem quando os vasos sanguíneos são lesionados por pressão alta, colesterol alto ou endurecimento das artérias (aterosclerose) ou ainda por um ritmo cardíaco anormal chamado fibrilação atrial.

Em geral, os AITs ocorrem quando, devido à aterosclerose, um pedaço de coágulo sanguíneo (trombo) ou substância gordurosa (aterosclerose ou placa) se desprende da parede do coração ou da artéria (geralmente no pescoço) e se desloca pelo sangue e se acumula nas artérias cerebrais.

Nos casos em que as artérias do cérebro já estão reduzidas (como em pessoas com aterosclerose), outras situações podem, às vezes, causar ataques isquêmicos transitórios. Por exemplo, um nível muito baixo de oxigênio no sangue, uma deficiência grave de glóbulos vermelhos, envenenamento por monóxido de carbono, aumento da viscosidade do sangue ou pressão arterial muito baixa.

Fatores de risco

Além disso, existem fatores de risco que influenciam o entupimento das artérias cerebrais, fatores esses que podem ser genéticos e obtidos ao longo da vida.

Fatores de risco que não podem ser alterados

Os fatores que não podem ser alterados, atualmente, depois de muitos estudos, não são unicamente determinantes na vida das pessoas, ou seja, se você se enquadrar não significará que sofrerá um AVC. 

  • Histórico familiar: a hereditariedade é um dos fatores que influenciam um AIT ou um AVC.
  • Idade: a idade também intensifica a possibilidade, começando a partir dos 55 anos, sendo necessários cuidados adicionais, principalmente quando também houver fator genético.
  • Ataque isquêmico transitório anterior: Se você já teve um ou mais ataques isquêmicos transitórios, é muito mais provável que tenha um AVC.
  • Doença falciforme: conhecida também como anemia de falciforme, o não transporte de oxigênio ocorrido devido a doença pode causar o desenvolvimento de AIT ou AVC. 

Fatores de risco que você pode controlar

Você pode controlar ou tratar alguns fatores de risco para AIT e AVC, como certas doenças e escolhas de estilo de vida. Ter um ou mais desses fatores de risco não significa que você terá um AVC, mas o risco aumenta se você tiver dois ou mais deles.

  • Pressão arterial alta: O risco de AVC começa a aumentar com leituras de pressão arterial iguais a 140/90 milímetros de mercúrio (mmHg) ou mais. O profissional de saúde pode ajudá-lo a decidir qual deve ser a sua pressão arterial ideal com base na sua idade e em outros fatores, como diabetes.
  • Colesterol alto: A ingestão de menos colesterol e gordura, especialmente gordura saturada e gordura trans, pode reduzir a placa nas artérias. Se não conseguir controlar o colesterol apenas com mudanças na dieta, o profissional de saúde poderá prescrever uma estatina ou outro medicamento para reduzir o colesterol.
  • Doença cardiovascular: Isso inclui insuficiência cardíaca, defeitos cardíacos, infecções cardíacas ou um problema de ritmo cardíaco.
  • Doença da artéria carótida: Nessa condição, os vasos sanguíneos do pescoço que levam ao cérebro ficam bloqueados.
  • Doença arterial periférica: Essa doença causa o bloqueio dos vasos sanguíneos que levam sangue aos braços e às pernas.
  • Diabetes: O diabetes acelera e piora o estreitamento das artérias devido ao acúmulo de depósitos de gordura ou aterosclerose.
  • Níveis elevados de homocisteína: Níveis elevados desse aminoácido no sangue podem causar espessamento e formação de cicatrizes nas artérias. Isso as torna mais propensas a coágulos.
  • Excesso de peso: A obesidade aumenta o risco de AVC.
  • COVID-19: Há evidências de que o vírus que causa a COVID-19 pode aumentar o risco de AVC.

 

Tratamento e Prevenção

O tratamento de ataques isquêmicos transitórios visa prevenir o AVC. Semelhante ao tratamento após um AVC isquêmico. Em primeiro lugar, é preciso controlar, se possível, os principais fatores de risco:

  • Pressão arterial alta;
  • Níveis elevados de colesterol;
  • Tabagismo;
  • Diabetes.

Medicamentos

O paciente, após prescrição médica, pode receber medicamentos que trabalham diretamente para evitar a coagulação do sangue (medicamentos antiplaquetários ou anticoagulantes). 

Os medicamentos antiplaquetários ajudam a reduzir os quadros de ataque isquêmico transitório e o desenvolvimento do Acidente Vascular Cerebral, pois diminuem o risco de coágulos sanguíneos. A aspirina (ácido acetilsalicílico) é muito usada para esse caso.

Nesse caso, o risco de as plaquetas se unirem e formarem coágulos sanguíneos - as plaquetas são pequenas partículas de células encontradas no sangue que ajudam o sangue a coagular em resposta a danos nos vasos sanguíneos - diminui. 

Além disso, tomar clopidogrel combinado com aspirina (ácido acetilsalicílico) parece reduzir mais o risco de um futuro AVC do que tomar aspirina isoladamente, mas somente nos primeiros três meses após o AVC.

Contudo, o tratamento com clopidogrel e aspirina aumenta ligeiramente o risco de sangramento. Se a causa do seu AIT for um coágulo sanguíneo no coração, serão prescritos anticoagulantes como a varfarina para reduzir o risco de coágulos sanguíneos. 

O dabigatran, o apixaban e o rivaroxabana são anticoagulantes mais novos que são frequentemente usados no lugar da varfarina. O uso desses novos anticoagulantes é em geral mais vantajoso porque, ao contrário da varfarina, não requer monitoramento regular com exames de sangue para medir o tempo de coagulação.

Cirurgia

O grau de estreitamento da artéria carótida ajuda o médico a avaliar o risco de um acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório subsequente e, portanto, a determinar a necessidade de tratamento adicional.

Se uma pessoa for considerada de alto risco (por exemplo, se a artéria carótida estiver estreitada em 70% ou mais), será realizado um procedimento chamado endarterectomia carotídea, que envolve o alargamento da artéria, para reduzir o risco.

A endarterectomia carotídea geralmente remove depósitos de gordura (placas) causados pela aterosclerose e coágulos sanguíneos na artéria carótida interna. Após a intervenção, o risco de AVC é menor por vários anos em comparação com o tratamento medicamentoso.

 

Possíveis Sequelas e Complicações

Como visto anteriormente, o AIT (Acidente Isquémico Transitório) não causa danos ao cérebro, contudo, ele significa um alerta para o possível desencadeamento de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que pode ter danos irreversíveis e permanentes.

O controle dos fatores de risco, como pressão alta, diabetes e colesterol alto, é fundamental para reduzir o risco de futuros eventos cerebrovasculares. Além disso, seu médico pode prescrever medicamentos e recomendar mudanças no estilo de vida para ajudar a controlar esses fatores de risco e melhorar a saúde do coração.

Dentre as possíveis sequelas estão a paralisia, dificuldades de fala, perda de memória e comprometimento cognitivo. Em caso de ocorrência de um AIT, é extremamente importante seguir buscar um médico e seguir suas orientações para prevenir possíveis complicações, como as supracitadas.

 

Considerações sobre AITs

Por fim, é fundamental compreender o que é um AIT, reconhecer seus sintomas e buscar tratamento imediato. Embora um AIT possa não causar danos permanentes, ele serve como um alerta sério para um risco aumentado de AVC, uma condição potencialmente debilitante. 

Através da conscientização e da ação rápida, podemos reduzir o risco de complicações graves. A educação sobre os sintomas de um AIT e a importância de buscar ajuda médica imediatamente podem salvar vidas e prevenir danos neurológicos significativos. Não subestime os sinais de um AIT; eles são um lembrete crucial para cuidar da saúde vascular e evitar consequências adversas no futuro.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica. 

 

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