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Lurasidona (Latuda) é um antipsicótico atípico utilizado no tratamento de determinados transtornos mentais. Durante o uso, é recomendável evitar o consumo de álcool, Paxlovid (nirmatelvir/ritonavir) e erva-de-são-joão, pois essas substâncias podem interferir na eficácia ou segurança do medicamento.
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Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dose da lurasidona. Por exemplo, doses menores podem ser indicadas se você estiver usando bloqueadores dos canais de cálcio, certos antibióticos ou antifúngicos. Já medicamentos como modafinil (Provigil) ou alguns antivirais para HIV podem exigir o aumento da dose.
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No geral, a lurasidona pode ser combinada com a maioria dos outros medicamentos para saúde mental, mas isso deve ser feito apenas com a orientação da equipe médica. Sempre compartilhe com seu profissional de saúde a lista atualizada de todos os medicamentos que você utiliza e consulte-o antes de iniciar ou interromper qualquer outro tratamento.
Se você usa lurasidona (Latuda) para tratar transtorno bipolar ou esquizofrenia, é provável que já tenha conversado com seu médico sobre a dosagem correta e os possíveis efeitos colaterais. Mas o quanto você sabe sobre as interações desse medicamento com outras substâncias?
Interações medicamentosas podem interferir na ação da lurasidona ou aumentar o risco de efeitos indesejados. Conhecer essas interações com antecedência pode ajudar a evitar complicações e garantir que o tratamento funcione da melhor forma possível.
A seguir, apresentamos oito interações importantes com a lurasidona que merecem atenção. Vale lembrar que essa não é uma lista completa. Seu médico ou farmacêutico poderá identificar outras interações relevantes com base no seu histórico de saúde e nos medicamentos que você usa.
1. Antifúngicos como o cetoconazol
Os antifúngicos azólicos são medicamentos usados para tratar infecções causadas por fungos, como micoses na pele ou nas unhas. Exemplos comuns incluem cetoconazol, fluconazol (Diflucan) e voriconazol (Vfend). Quando tomados junto com lurasidona, esses antifúngicos podem aumentar os níveis da medicação no organismo, o que eleva o risco de efeitos colaterais como sonolência, náuseas e movimentos corporais involuntários.
Em muitos casos, é recomendável evitar o uso de certos antifúngicos azólicos enquanto estiver em tratamento com lurasidona. No entanto, pode ser possível combiná-los com segurança se a dose da lurasidona for ajustada. Por isso, informe ao seu médico caso esteja tratando uma infecção fúngica e use lurasidona. Ele poderá orientar a melhor forma de usar os medicamentos juntos, incluindo possíveis alterações de dose.
Bom saber: essas interações são mais prováveis com antifúngicos em comprimidos do que com formas tópicas, como cremes ou pomadas. Mesmo assim, é importante consultar seu médico ou farmacêutico antes de usar qualquer antifúngico de venda livre se estiver fazendo uso de lurasidona.
2. Antibióticos macrolídeos, como a eritromicina
Claritromicina (Biaxin XL) e eritromicina (Ery-Tab, Erythrocin, Eryped, EES) são antibióticos do tipo macrolídeo, utilizados no tratamento de diversas infecções bacterianas, como a pneumonia. Assim como os antifúngicos azólicos, esses antibióticos podem elevar os níveis de lurasidona no organismo quando usados ao mesmo tempo, aumentando o risco de efeitos colaterais.
Durante o tratamento com lurasidona, o ideal é evitar o uso de claritromicina. Em alguns casos, o uso de eritromicina pode ser viável, desde que a dose da lurasidona seja reduzida. Por isso, é fundamental informar sua equipe médica caso esteja tomando lurasidona ao iniciar um tratamento para infecção. Assim, eles poderão avaliar a melhor alternativa de antibiótico e fazer os ajustes necessários na dosagem da lurasidona, se for o caso.
3. Bloqueadores dos canais de cálcio, como o diltiazem
Diltiazem (Cardizem) e verapamil (Verelan) são medicamentos da classe dos bloqueadores dos canais de cálcio, utilizados para tratar hipertensão e outras condições cardíacas. Ambos podem interagir com a lurasidona, aumentando sua concentração no organismo.
Por esse motivo, o fabricante da lurasidona recomenda reduzir pela metade a dose habitual caso você esteja tomando diltiazem ou verapamil. Se houver necessidade de interromper o uso desses medicamentos (com orientação médica), é importante avisar sua equipe de saúde mental. Eles poderão ajustar a dose da lurasidona, aumentando-a se necessário, para manter o tratamento eficaz e seguro.
4. Paxlovid
Paxlovid (nirmatelvir/ritonavir) é um medicamento antiviral oral utilizado no tratamento da COVID-19. Quando combinado com lurasidona, pode elevar significativamente os níveis desse antipsicótico no organismo, o que aumenta o risco de efeitos colaterais. Por esse motivo, essa associação não é recomendada.
Se você precisar de tratamento para a COVID-19, informe sua equipe de saúde que está em uso de lurasidona. Existem alternativas seguras que não interagem com esse medicamento, como o remdesivir (Veklury) ou o molnupiravir (Lagevrio). O profissional poderá orientar a escolha do tratamento mais adequado para sua situação.
5. Erva de São João
A erva-de-são-joão é um suplemento alimentar vendido sem prescrição que algumas pessoas utilizam para aliviar sintomas de depressão. No entanto, é conhecida por causar diversas interações medicamentosas. Ela pode reduzir os níveis de lurasidona no organismo, o que pode diminuir a eficácia do tratamento e agravar os sintomas de saúde mental.
Por isso, é recomendável evitar o uso de erva-de-são-joão enquanto estiver tomando lurasidona. Se você está em busca de alternativas naturais para lidar com a depressão, práticas como atividade física regular, meditação e escrita terapêutica podem ser opções mais seguras. Converse com sua equipe de saúde sobre outras possibilidades de suplementos que possam ser usados com segurança junto ao seu tratamento atual.
6. Modafinil (Provigil)
Modafinil (Provigil) é um medicamento com efeito estimulante, indicado para tratar condições como narcolepsia e transtorno do sono relacionado ao trabalho em turnos. Quando usado junto com lurasidona, pode diminuir os níveis desse antipsicótico no organismo, reduzindo sua eficácia.
Nesse caso, pode ser necessário ajustar a dose da lurasidona, geralmente para uma quantidade maior, a fim de manter o tratamento eficaz. O médico irá avaliar e definir a dose mais adequada se você estiver utilizando os dois medicamentos ao mesmo tempo. Além disso, caso você decida interromper o uso do modafinil, é importante informar sua equipe de saúde. Eles podem precisar reduzir a dose da lurasidona para evitar possíveis efeitos colaterais causados por níveis elevados do medicamento no corpo.
7. Certos medicamentos para o HIV
Vários medicamentos antivirais usados no tratamento do HIV podem interagir com a lurasidona. Alguns, como ritonavir (Norvir) e atazanavir (Reyataz), aumentam os níveis de lurasidona no organismo, elevando o risco de efeitos colaterais. Outros, como efavirenz e etravirina (Intelence), podem reduzir esses níveis, o que pode comprometer a eficácia do tratamento.
Como muitos medicamentos para HIV combinam diferentes princípios ativos, prever as interações com precisão pode ser difícil. Por isso, é fundamental revisar toda a sua lista de medicamentos com a equipe de saúde responsável pelo tratamento do HIV antes de iniciar a lurasidona ou fazer qualquer ajuste nas prescrições. O profissional poderá identificar possíveis interações, avaliar a melhor abordagem terapêutica e ajustar a dose da lurasidona, se necessário.
8. Certos medicamentos anticonvulsivantes
Medicamentos anticonvulsivantes (antiepilépticos) são usados para prevenir e tratar crises convulsivas. Alguns deles, como a carbamazepina (Tegretol, Carbatrol) e a fenitoína (Dilantin, Phenytek), podem diminuir os níveis de lurasidona no organismo, o que pode comprometer sua eficácia.
Por isso, não é recomendada a combinação de lurasidona com carbamazepina ou fenitoína. Caso você já utilize um desses anticonvulsivantes, seu médico poderá avaliar outras opções que não interfiram na ação da lurasidona. Outra possibilidade é considerar um medicamento diferente da lurasidona, especialmente se o anticonvulsivante estiver funcionando bem para você.
Você pode tomar outros medicamentos para saúde mental, como Wellbutrin ou Lamictal, com lurasidona?
Sim, mas somente com a autorização da sua equipe de saúde.
Em alguns casos, um único medicamento pode não ser suficiente para controlar os sintomas. Por isso, o médico pode incluir outros medicamentos no seu plano de tratamento que atuem de forma diferente da lurasidona. Isso pode incluir, por exemplo, antidepressivos como a bupropiona (Wellbutrin XL) ou estabilizadores de humor, como a lamotrigina (Lamictal).
Também é comum a combinação da lurasidona com medicamentos à base de lítio (Lithobid) ou valproato (ácido valpróico, Depakote) no tratamento do transtorno bipolar.
Vale lembrar que alguns anticonvulsivantes também são usados como estabilizadores de humor. No entanto, como já mencionado, certos anticonvulsivantes podem interagir com a lurasidona. Seu médico vai avaliar quais combinações são seguras e adequadas para o seu caso, caso seja necessário adicionar outros medicamentos ao tratamento.
É possível beber álcool com lurasidona?
É recomendável evitar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com lurasidona. O álcool pode intensificar os efeitos colaterais do medicamento, como tontura e sonolência, além de comprometer sua eficácia. O uso excessivo ou frequente de álcool também pode piorar os sintomas de saúde mental.
Se estiver com dificuldades para reduzir ou interromper o consumo de álcool durante o uso de lurasidona, informe sua equipe de saúde. Eles podem orientar e indicar recursos de apoio adequados.
Caso você ou alguém próximo esteja enfrentando problemas com o uso de álcool, é possível buscar ajuda. No Brasil, o atendimento gratuito pode ser acessado pelo número 188 (CVV - Centro de Valorização da Vida), ou pelos serviços oferecidos pelo SUS, como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), disponíveis em diversas regiões do país.
Quando você deve procurar atendimento médico sobre interações com lurasidona?
O ideal é que sua equipe de saúde identifique e gerencie possíveis interações medicamentosas antes que elas ocorram. Por isso, é importante que seu médico e farmacêutico revisem sua lista atual de medicamentos, incluindo aqueles de venda livre ou suplementos. Sempre informe qualquer mudança nos remédios que estiver tomando.
Se, em algum momento, você perceber um aumento nos efeitos colaterais da lurasidona ou sentir que ela não está funcionando como deveria, isso pode indicar uma interação medicamentosa. Nesses casos, procure sua equipe de saúde. Eles poderão avaliar a situação e orientar sobre o melhor caminho a seguir.
Conclusões
Lurasidona (Latuda) é um antipsicótico atípico que pode interagir com diversos medicamentos, o que exige atenção. Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dose — diminuí-la se você estiver usando bloqueadores dos canais de cálcio, certos antibióticos ou antifúngicos; ou aumentá-la caso esteja tomando modafinila ou alguns medicamentos para HIV.
É recomendável evitar o uso de álcool, Paxlovid (nirmatelvir/ritonavir) e erva-de-são-joão durante o tratamento com lurasidona. Da mesma forma, certos anticonvulsivantes, como fenitoína (Dilantin, Phenytek) e carbamazepina (Tegretol, Carbatrol), não são indicados em combinação com esse medicamento.
Lurasidona pode ser usada junto com outros remédios voltados à saúde mental, como lítio (Lithobid) ou bupropiona (Wellbutrin XL), desde que haja orientação médica. Para prevenir possíveis interações, compartilhe sempre sua lista atual de medicamentos com a equipe de saúde e consulte-os antes de fazer qualquer mudança.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referências
Cruz, MP (2011). Cloridrato de lurasidona (Latuda), um antipsicótico atípico oral, de administração única diária, para o tratamento de pacientes com esquizofrenia . Farmácia e Terapêutica.
Post, RM, et al. (2019). Além do tratamento baseado em evidências do transtorno bipolar: abordagens racionais e pragmáticas para o manejo . Transtornos Bipolares.
Seo, RJ, et al. (2010). Antipsicóticos atípicos e outras opções terapêuticas para o tratamento do transtorno depressivo maior resistente . Produtos farmacêuticos .
Torrent Pharmaceuticals Limited. (2024). Cloridrato de lurasidona [bula]
FAQ: perguntas frequentes sobre Lurasidona (Latuda)
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