Frete grátis a partir de R$ 150,00 cupom: VEMPRAPILL* Válido para São Paulo e região

8 interações do lisinopril que você deve conhecer

Escrito por

Wilton de Andrade

Última atualização

10/11/2025

Principais conclusões:

O lisinopril (Zestril) é um medicamento amplamente utilizado para tratar a pressão alta e outras doenças cardíacas.
O lisinopril pode interagir com diversos remédios, como diuréticos e lítio. Algumas dessas interações podem ser evitadas com o uso de alternativas mais seguras, enquanto outras exigem ajustes de dose ou acompanhamento médico mais frequente.
Essas interações podem causar queda na pressão arterial, redução do açúcar no sangue ou aumento dos níveis de potássio. Em alguns casos, também podem elevar o risco de uma reação grave chamada angioedema. O médico avaliará quais interações são relevantes para o seu caso e definirá a melhor forma de controlá-las com segurança.

O lisinopril (Zestril) é um dos medicamentos mais prescritos nos Estados Unidos, com mais de 60 milhões de prescrições anuais, sendo amplamente utilizado no tratamento da hipertensão e de outras doenças cardíacas.

No Brasil, embora faltem dados precisos sobre o número de prescrições, a prevalência de hipertensão é alta — cerca de 32% dos adultos — e os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), como o lisinopril, são recomendados pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, especialmente em casos com diabetes ou comprometimento renal.

Enquanto nos EUA o medicamento é consolidado e amplamente acessível, no Brasil seu uso é igualmente relevante, mas enfrenta desafios ligados à adesão ao tratamento e ao acesso regular aos medicamentos.

Por ser um medicamento de uso comum, é provável que o lisinopril seja tomado junto com outros remédios. Mas será que essas combinações são seguras? Desde outros medicamentos para pressão até analgésicos de uso cotidiano, diversas substâncias podem interagir com o lisinopril. A seguir, estão algumas das interações mais importantes que você deve conhecer.

1. Diuréticos

Os diuréticos, também conhecidos como pílulas de água, ajudam o corpo a eliminar o excesso de líquidos. Isso pode reduzir o inchaço (edema) causado por diversas condições de saúde, como a insuficiência cardíaca, além de auxiliar no controle da pressão arterial. Entre os exemplos mais comuns estão a hidroclorotiazida (Microzide), a furosemida (Lasix) e a bumetanida (Bumex).

Quando usados junto com o lisinopril, os diuréticos podem causar queda excessiva da pressão arterial (hipotensão), o que pode provocar tontura, desmaios ou quedas. Nesse caso, o médico pode ajustar a dose de um dos medicamentos para evitar esses efeitos. Essa interação é bastante comum, tanto que o lisinopril é comercializado em combinação com a hidroclorotiazida sob o nome Zestoretic.

Os diuréticos poupadores de potássio, por outro lado, interagem com o lisinopril de uma forma diferente. Eles fazem com que o corpo retenha potássio, e incluem medicamentos como a amilorida (Midamor), a eplerenona (Inspra) e a espironolactona (Aldactone). Tanto esses diuréticos quanto o lisinopril podem elevar os níveis de potássio no sangue, o que, em combinação, pode levar à hipercalemia. Os sintomas incluem cansaço, fraqueza muscular e formigamento ou dormência. Por isso, o médico deve monitorar regularmente os níveis de potássio durante o uso dessa combinação.

2. Medicamentos para diabetes

Se você tem diabetes, pode estar usando medicamentos orais ou injetáveis para controlar o açúcar no sangue. Dois exemplos comuns são a insulina e as sulfonilureias.

A insulina ajuda a levar o açúcar do sangue para os tecidos, onde é usado como fonte de energia. Já as sulfonilureias estimulam o pâncreas a produzir mais insulina. Entre elas estão a glipizida e a gliburida (Diabeta, Glynase).

Tanto a insulina quanto as sulfonilureias aumentam os níveis de insulina no sangue. O lisinopril, por sua vez, reduz a pressão arterial ao relaxar e dilatar os vasos sanguíneos, o que também pode tornar os tecidos mais sensíveis à insulina. Essa combinação pode diminuir excessivamente o açúcar no sangue, levando à hipoglicemia, que pode causar tremores, fome e suor.

Os inibidores da ECA trazem benefícios adicionais para pessoas com diabetes, por isso essa interação costuma ser controlável. O ideal é monitorar regularmente a glicemia durante o tratamento e seguir as orientações do médico sobre como identificar e tratar os sinais de hipoglicemia.

3. AINEs

Anti-inflamatórios não esteroides ( AINEs ) são comumente usados para tratar a dor. Eles estão disponíveis sem receita médica (OTC) e com receita médica. Exemplos incluem ibuprofeno (Advil, Motrin) e naproxeno (Aleve).

Os AINEs têm a reputação de serem prejudiciais aos rins . O lisinopril pode ter alguns efeitos protetores sobre os rins. Mas também pode piorar a função renal em algumas pessoas. Nesse caso, tomar AINEs com lisinopril pode causar ou agravar problemas renais. Isso tende a acontecer com mais frequência se você for mais velho, estiver tomando diuréticos e/ou já tiver problemas renais.

Além disso, AINEs como o ibuprofeno demonstraram aumentar a pressão arterial . Portanto, sua dosagem de lisinopril pode não funcionar tão bem com essa combinação, especialmente se você toma AINEs como o ibuprofeno com frequência.

Pode haver opções mais seguras disponíveis para tratar sua dor. Por exemplo, o paracetamol (Tylenol) não afeta os rins como os AINEs. E não há informações sobre sua interação com o lisinopril. Seu médico pode discutir alternativas com você.

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são amplamente usados para aliviar a dor e estão disponíveis tanto com prescrição médica quanto sem receita. Exemplos comuns incluem o ibuprofeno (Advil, Motrin) e o naproxeno (Aleve).

Os AINEs são conhecidos por poder afetar negativamente os rins. O lisinopril, por outro lado, pode ter um efeito protetor sobre eles, mas em algumas pessoas também pode prejudicar a função renal. Por isso, o uso conjunto de AINEs e lisinopril pode causar ou agravar problemas renais, especialmente em pessoas mais velhas, que usam diuréticos ou que já têm doenças renais.

Além disso, medicamentos como o ibuprofeno podem elevar a pressão arterial, o que reduz a eficácia do lisinopril, principalmente quando os AINEs são usados com frequência.

Existem alternativas mais seguras para o controle da dor. O paracetamol (Tylenol), por exemplo, não afeta os rins da mesma forma e não apresenta interações conhecidas com o lisinopril. Converse com seu médico sobre as melhores opções para o seu caso.

4. Bloqueadores dos receptores da angiotensina II

Os bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAs) funcionam de maneira muito semelhante ao lisinopril, pois ambos atuam na mesma via para reduzir a pressão arterial. Entre os exemplos mais comuns estão a losartana (Cozaar), a irbesartana (Avapro) e a valsartana (Diovan).

No entanto, usar dois medicamentos com o mesmo mecanismo de ação nem sempre traz melhores resultados. Por isso, o médico geralmente recomenda o uso de um inibidor da ECA ou de um BRA, mas não ambos. A combinação dessas classes pode aumentar o risco de efeitos colaterais sem oferecer benefícios adicionais. Cabe ao médico avaliar e definir o tratamento mais adequado para cada caso.

5. Aliscireno

O aliscireno (Tekturna) age de forma semelhante aos BRAs e ao lisinopril, atuando na mesma via de controle da pressão arterial. Assim como ocorre com os BRAs, o uso combinado pode aumentar os efeitos colaterais sem oferecer benefícios adicionais. Por esse motivo, essa associação deve ser evitada, principalmente em pessoas com diabetes ou problemas renais.

6. Entresto

O Entresto (sacubitril/valsartana) é um medicamento combinado utilizado no tratamento da insuficiência cardíaca. Ele contém sacubitril, um inibidor da neprilisina, e valsartana, que pertence ao grupo dos BRAs. Já mencionamos anteriormente a interação entre os BRAs e o lisinopril.

O lisinopril, assim como outros inibidores da ECA, pode causar uma reação grave chamada angioedema, caracterizada por inchaço no rosto, na boca e no pescoço, o que pode dificultar a respiração. O uso simultâneo de lisinopril e Entresto aumenta significativamente esse risco, por isso essa combinação deve ser completamente evitada.

7. Certos medicamentos contra câncer e transplantes

Os inibidores do alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR) são medicamentos imunossupressores usados para prevenir a rejeição de órgãos transplantados e, em alguns casos, para tratar determinados tipos de câncer. Entre os principais exemplos estão o sirolimus (Rapamune) e o everolimus (Zortress, Afinitor).

O uso do lisinopril junto com inibidores de mTOR pode aumentar o risco de angioedema. Nesses casos, o médico avaliará a melhor forma de manejar essa interação, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento.

8. Lítio

O lítio (Lithobid) é um medicamento utilizado no tratamento do transtorno bipolar. Ele possui um índice terapêutico estreito, o que significa que pequenas variações em sua concentração no sangue podem causar efeitos importantes no organismo. Por isso, os níveis de lítio devem ser monitorados regularmente durante o tratamento.

Alterações nos níveis de sódio influenciam a forma como o corpo elimina o lítio. Quando o sódio está baixo, o lítio pode se acumular no sangue, aumentando o risco de toxicidade, uma condição potencialmente grave. Os sintomas incluem confusão mental, visão embaçada e fraqueza muscular.

Os inibidores da ECA, como o lisinopril, estimulam os rins a eliminar o sódio, o que pode elevar ainda mais os níveis de lítio. Caso essa combinação seja necessária, o médico deve acompanhar de perto as concentrações de lítio no sangue e ajustar o tratamento conforme necessário. Também é importante informar o médico sobre qualquer mudança na ingestão de sal durante o uso desses medicamentos.

Quando devo entrar em contato com meu médico sobre uma interação com lisinopril?

Seu médico provavelmente está ciente das possíveis interações do lisinopril que podem afetar você. Em alguns casos, certos medicamentos são prescritos juntos de forma intencional, e essas combinações são controladas com ajustes de dosagem e monitoramento mais próximo.

Ainda assim, é importante conversar com seu médico ou farmacêutico sempre que iniciar um novo medicamento, produto de venda livre ou suplemento. Manter uma lista atualizada de todos os medicamentos que você usa pode ajudar a prevenir interações indesejadas.

Como mencionado anteriormente, algumas interações podem ser mais graves e causar efeitos como pressão arterial baixa, hipoglicemia ou angioedema. Se notar qualquer sintoma incomum, entre em contato com seu médico. E, se os sintomas forem intensos, procure atendimento médico imediatamente.

Conclusões

O lisinopril é um medicamento amplamente utilizado para tratar a pressão alta e outras doenças cardíacas. No entanto, ele pode interagir com outros medicamentos que você esteja utilizando, como diuréticos, remédios para diabetes e lítio. Essas interações podem causar efeitos como queda de pressão arterial, hipoglicemia e outros sintomas.

Seu médico e farmacêutico podem avaliar essas possíveis interações para garantir que o uso do lisinopril em conjunto com outros medicamentos seja seguro. Em alguns casos, é possível evitar as interações escolhendo alternativas mais seguras. Em outros, pode ser necessário ajustar a dosagem ou realizar um monitoramento mais rigoroso.