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Alguns suplementos alimentares podem aumentar a pressão arterial. E, se você tem hipertensão crônica, certos suplementos podem elevar o risco de complicações graves, como um ataque cardíaco.
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Entre os suplementos que podem aumentar a pressão arterial estão a efedra, a laranja amarga e o ginseng asiático (Panax). Também é recomendável evitar o uso de guaraná, raiz de alcaçuz e yohimbe.
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Se você tem hipertensão, consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplemento. Ele poderá avaliar se o produto é seguro para você e orientar sobre possíveis riscos ou interações com seus medicamentos.
Embora os suplementos alimentares estejam disponíveis sem receita médica (OTC), eles nem sempre são seguros para todas as pessoas. Alguns podem aumentar a pressão arterial e, em casos de hipertensão crônica, elevar o risco de complicações cardíacas graves, como ataque cardíaco ou derrame.
Se você tem hipertensão, é importante conversar com um médico ou farmacêutico antes de começar a usar qualquer suplemento alimentar ou remédio herbal. Esses profissionais podem orientá-lo sobre os riscos e ajudar a escolher opções mais seguras para sua condição.
Suplementos que você deve evitar se tiver pressão alta
Em geral, as pesquisas sobre suplementos alimentares são mais limitadas do que as realizadas com medicamentos prescritos ou de venda livre. Ainda assim, já se sabe que diversos suplementos podem aumentar a pressão arterial.
Entre os suplementos que devem ser evitados por quem tem pressão alta estão:
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Efedra (também chamada de ma huang)
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Laranja amarga
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Ginseng asiático
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Guaraná (presente em muitas bebidas energéticas)
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Raiz de alcaçuz
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Yohimbe
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Erva de São João
Essa não é uma lista completa de substâncias que podem elevar a pressão arterial. Por isso, é importante compartilhar com seu médico e farmacêutico uma lista completa dos medicamentos e suplementos que você utiliza, incluindo vitaminas e produtos de venda livre. Assim, eles podem avaliar possíveis interações e garantir a segurança do seu tratamento.
A seguir, veremos sete suplementos que você deve evitar se tiver pressão alta.
1. Efedra (ma huang)
Ephedra sinica, também conhecida como ma huang, é uma planta com longa tradição na medicina chinesa. Ela é frequentemente utilizada para auxiliar na perda de peso, tratar asma e aliviar congestão nasal.
A efedra é um estimulante que ativa a resposta de “luta ou fuga”, o que pode causar efeitos colaterais como aumento da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos e falta de ar. Em alguns casos, esses efeitos podem ser graves ou até fatais. Por esse motivo, em 2004, a FDA proibiu todos os suplementos que contêm efedra nos Estados Unidos.
Embora esses produtos não sejam mais comercializados nos EUA, ainda é possível encontrá-los em outros países. Se você tem hipertensão, deve evitar completamente a efedra, pois ela pode agravar sua condição e aumentar o risco de complicações sérias, como ataque cardíaco.
Vale saber: o descongestionante nasal pseudoefedrina (Sudafed), vendido sem prescrição, é derivado da planta efedra. A pseudoefedrina pode causar efeitos semelhantes, incluindo aumento da pressão arterial, e não é recomendada para pessoas com hipertensão.
Nos Estados Unidos, os suplementos dietéticos que contêm alcaloides de efedra foram proibidos pela Food and Drug Administration (FDA) em 2004, após uma série de relatos de eventos adversos graves, como aumento da pressão arterial, taquicardia, AVC e até mortes. Estudos conduzidos à época mostraram que a hipertensão era o efeito colateral mais frequente entre os consumidores de efedra.
Desde a proibição, o consumo dessa substância praticamente desapareceu do mercado formal americano, embora produtos ilegais ou importados ainda possam ser encontrados. A regulamentação rigorosa reduziu de forma significativa o risco de complicações cardiovasculares na população dos EUA associadas ao uso da planta.
No Brasil, a regulamentação de fitoterápicos e suplementos alimentares é responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Apesar do avanço nas normas de controle, o mercado de produtos naturais ainda enfrenta desafios relacionados à segurança, eficácia e qualidade dos compostos.
Até o momento, não existem dados públicos amplos sobre o uso de efedra no país ou sobre casos de hipertensão associados a ela, como ocorreu nos Estados Unidos. Essa ausência de registros específicos sugere que o risco populacional pode estar subestimado ou mal documentado no Brasil, especialmente devido à informalidade do mercado de suplementos e à dificuldade de rastrear seus efeitos adversos.
Comparando os dois países, nota-se que os Estados Unidos têm uma abordagem mais restritiva e baseada em evidências científicas, enquanto o Brasil ainda carece de dados concretos sobre o impacto da efedra na saúde pública. Nos EUA, o risco de hipertensão induzida por efedra foi amplamente comprovado e levou à proibição do uso. No Brasil, embora não existam registros formais de surtos ou casos graves, os riscos fisiológicos permanecem os mesmos.
Por isso, para pessoas com hipertensão, a recomendação é universal: evitar completamente o uso de suplementos ou produtos que contenham efedra, pseudoefedrina, guaraná em altas doses ou outros estimulantes semelhantes. Mesmo que a vigilância e o controle sejam menos rígidos no Brasil, o potencial de dano cardiovascular é equivalente, tornando o consumo desses produtos uma escolha perigosa para quem tem pressão alta.
2. Laranja amarga
A laranja amarga (Citrus aurantium), também conhecida como laranja de Sevilha, é utilizada por algumas pessoas para aliviar problemas gastrointestinais, como náuseas, constipação e azia. Ela contém uma substância chamada p-sinefrina, um tipo de estimulante semelhante à efedra. Por isso, após a proibição da efedra pela FDA em 2004, a laranja amarga passou a ser usada como substituto em diversos suplementos.
Alguns estudos indicam que a laranja amarga pode elevar a pressão arterial e causar outros efeitos cardiovasculares potencialmente graves, como AVC, dor no peito, ataque cardíaco, taquicardia e arritmias. Por outro lado, há pesquisas que não encontraram alterações significativas na pressão arterial com o uso da substância — embora a maioria desses estudos tenha sido feita com adultos jovens e saudáveis, o que limita a aplicação dos resultados para pessoas com hipertensão.
A laranja amarga é vendida principalmente como suplemento oral, mas também pode ser encontrada em alimentos, como sucos e geleias. No entanto, as quantidades presentes nesses produtos alimentares são pequenas e, em geral, não apresentam risco de aumentar a pressão arterial.
3. Ginseng asiático (Panax)
O Panax ginseng, também conhecido como ginseng asiático, é uma raiz amplamente utilizada na medicina oriental. Ela possui diversos usos potenciais, incluindo a melhora dos sintomas da disfunção erétil (DE). Diferentemente de outros suplementos mencionados, o ginseng asiático é reconhecido pela FDA como geralmente seguro para a maioria das pessoas.
O ginseng asiático pode tanto aumentar quanto diminuir a pressão arterial, e há preocupação com possíveis interações entre ele e medicamentos para hipertensão. Tomar ambos simultaneamente pode fazer com que a pressão arterial caia excessivamente, o que representa um risco para algumas pessoas.
Segundo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), o ginseng asiático deve ser usado por no máximo seis meses, já que não há estudos suficientes sobre sua segurança em períodos mais longos.
Vale saber: existem dois tipos principais de ginseng asiático — o vermelho e o branco. Ambos são obtidos da mesma raiz, mas passam por processos diferentes. Apesar disso, cada um pode provocar alterações na pressão arterial.
4. Guaraná
O guaraná é um suplemento produzido a partir das sementes da planta Paullinia cupana. Ele é amplamente conhecido como um ingrediente comum em bebidas energéticas, mas também pode ser encontrado em outras formas, como comprimidos, cápsulas e pós.
O guaraná contém cafeína, um estimulante que pode aumentar temporariamente a pressão arterial. No entanto, em comparação com os grãos de café, o guaraná possui até quatro vezes mais cafeína, o que potencializa seus efeitos estimulantes.
Por conter altas concentrações de cafeína, o guaraná pode elevar a pressão arterial e, em casos mais graves, causar complicações como ataque cardíaco ou parada cardíaca. Esses eventos já foram registrados até mesmo em adultos jovens, na faixa dos 20 anos.
Por isso, se você tem hipertensão, é recomendável evitar bebidas energéticas, especialmente aquelas que contêm guaraná em sua composição.
5. Raiz de alcaçuz
O alcaçuz (Glycyrrhiza glabra ou Glycyrrhiza uralensis) é uma raiz com longa tradição de uso como aromatizante em alimentos e bebidas. Também tem sido empregado para tratar casos de pressão arterial baixa. Seu principal componente ativo é o ácido glicirrízico, uma substância que pode elevar a pressão arterial.
Consumir balas de alcaçuz ocasionalmente provavelmente não causa problemas. No entanto, é importante moderar o consumo, já que o excesso pode contribuir para o aumento ou agravamento da hipertensão. Da mesma forma, é recomendável evitar suplementos que contenham raiz de alcaçuz, pois eles apresentam os mesmos riscos.
6. Yohimbe
O yohimbe é um suplemento derivado da casca de uma árvore africana chamada Pausinystalia yohimbe. Essa casca contém uma substância chamada ioimbina, que é utilizada para melhorar o desempenho sexual, auxiliar na perda de peso e potencializar a performance física.
Antes do lançamento do sildenafil (Viagra), a ioimbina era amplamente usada como tratamento para disfunção erétil. Hoje, porém, seu uso não é mais recomendado devido aos diversos efeitos colaterais, incluindo o aumento da pressão arterial. Outros efeitos adversos relacionados ao coração incluem:
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Batimentos cardíacos acelerados
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Alterações no ritmo cardíaco
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Palpitações
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Danos ao músculo cardíaco
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Ataque cardíaco
Embora seu uso tenha diminuído, a ioimba ainda pode ser encontrada em suplementos vendidos sem prescrição. No entanto, muitos desses produtos não informam claramente a quantidade de ioimbina presente em sua composição. Se você tem preocupação com a pressão alta, o mais seguro é evitar o uso de ioimba.
7. Erva de São João
A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) é um suplemento bastante popular, usado principalmente para aliviar os sintomas da depressão.
Embora raro, há relatos de que a erva-de-são-joão pode causar aumento da pressão arterial. Esse efeito colateral não é comum, mas deve ser discutido com um profissional de saúde antes de iniciar o uso do suplemento.
Além disso, a erva-de-são-joão pode interagir com diversos medicamentos, e algumas dessas interações podem resultar em hipertensão. Por exemplo, ela não deve ser utilizada junto com medicamentos que aumentam os níveis de serotonina — como muitos antidepressivos —, pois essa combinação pode causar a chamada síndrome serotoninérgica, uma condição potencialmente grave. Um dos sintomas dessa síndrome é justamente o aumento da pressão arterial.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Conclusões
Muitos suplementos alimentares podem elevar a pressão arterial. Entre os principais que devem ser evitados por pessoas com hipertensão estão a efedra, a laranja amarga e o ginseng asiático. O guaraná, a raiz de alcaçuz e a ioimba também podem causar aumento da pressão.
Se você tem hipertensão, converse com um profissional de saúde antes de iniciar o uso de qualquer suplemento. Ele poderá avaliar se o produto é seguro e adequado para o seu caso.
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/hypertension/medications-supplements-that-can-cause-high-blood-pressure
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