Fique por dentro de como ajudar alguém com TDAH
Em retrospectiva, Jaqueline de Paula percebe que os efeitos do TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) estiveram presentes na maior parte de sua vida.
“Olhando para trás, é bem óbvio que tive dificuldades desde o jardim de infância”, diz Jaqueline, uma escritora de 37 anos de Belo Horizonte - MG. “Mas eu só busquei um diagnóstico formal no início ou meados dos meus 20 anos.”
Jaqueline lembra como se sentia sobrecarregada naquela época, o que a levou a procurar respostas e ajuda. “Eu tinha esse medo constante de que iria deixar algo importante escapar a qualquer momento”, relata. “Era muita ansiedade.”
Até mesmo tarefas básicas, como pagar contas e guardar as compras, a deixavam esgotada. “Tudo isso era uma luta enorme”, diz. “Era simplesmente demais. Cheguei ao ponto de pensar: 'Eu realmente não consigo mais viver assim.' Foi aí que procurei ajuda.”
Jaqueline, uma escritora de ficção há muito tempo, participou de uma conferência de escrita em 2014 que a inspirou a criar um blog para compartilhar suas experiências com TDAH e ajudar outras pessoas a se sentirem menos sozinhas.
“Leitores começaram a me escrever para agradecer pelos textos, porque eu articulava algo que eles não sabiam como expressar, mas que vivenciavam”, conta. “Isso os ajudou a perceber que havia uma comunidade lá fora. Eles não estavam sozinhos enfrentando algo estranho no universo.”
Jaqueline ficou surpresa, mas encorajada, pelo retorno de seus leitores. Ela nunca imaginou que tantas pessoas se conectariam com suas experiências de forma tão profunda. Inspirada por esse feedback, ela compartilhou suas seis principais dicas para ajudar aqueles que convivem com o TDAH.
1. Não faça suposições
Saiba que uma pessoa com TDAH nem sempre percebe como suas ações são interpretadas pelos outros, diz Jaqueline de Paula.
Mesmo na infância, ela se lembra de como seu comportamento externo frequentemente entrava em conflito com a pessoa que acreditava ser em seu interior. Ela sentia que não conseguia se apresentar aos outros da forma que desejava.
“Pode ser muito fácil interpretar alguém com TDAH como alguém que não se importa ou que tem suas prioridades desalinhadas”, explica Jaqueline. “Mas a questão principal é que você não está agindo de acordo com suas prioridades e valores. Isso pode causar uma enorme quantidade de ansiedade e estresse, mesmo antes de as pessoas começarem a fazer esses julgamentos sobre você.”
Agora mãe, Jaqueline tenta abordar esses temas com seu filho de forma empática e construtiva. Em vez de adotar um tom punitivo, ela verifica como ele está se sentindo e procura compreender suas dificuldades. Ela também o lembra gentilmente de prazos, como os relacionados à lição de casa, ao invés de repreendê-lo por não concluir um projeto a tempo. Essa abordagem reduz o estresse para ambos e demonstra ao filho que ele pode contar com ela como um suporte seguro quando estiver enfrentando dificuldades.
2. Incentive um ente querido com sintomas de TDAH a obter ajuda
Jaqueline de Paula reconheceu os sinais de TDAH em si mesma muito antes de receber o diagnóstico. Ela percebia, por exemplo, que se distraía com facilidade e tinha dificuldade em manter o foco.
Uma das razões pelas quais Jaqueline não buscou um diagnóstico mais cedo foi o receio de que seus professores ou pais descobrissem que ela estava enfrentando dificuldades. Ela temia ouvir que era inteligente, mas que só precisava se esforçar mais.
“Essas crenças podem impedir que alguém busque apoio”, reflete Jaqueline.
Para ela, encontrar o medicamento adequado foi um divisor de águas. Antes disso, Jaqueline não conseguia compreender o que as pessoas queriam dizer ao sugerir que ela fizesse uma pausa antes de falar. Após iniciar o tratamento, tudo ficou muito mais claro e ela percebeu como o medicamento ajudava a melhorar sua atenção e controle impulsivo.
3. Não julgue alguém por tomar medicamentos
“Algumas pessoas enxergam a medicação como um último recurso”, afirma Jaqueline de Paula. “Para mim, ela estabeleceu uma base sólida de como as coisas deveriam ser.”
Jaqueline gostaria que o estigma em torno do uso de medicamentos para TDAH fosse reduzido. Além disso, acredita que o acesso a esses tratamentos deveria ser mais fácil para quem precisa.
“É exaustivo lidar com as dificuldades para conseguir a medicação”, desabafa. “Existem muitas barreiras. Algumas são fruto de um sistema injusto, enquanto outras resultam de pura desinformação.”
4. Divida as responsabilidades em partes administráveis
Jaqueline de Paula e seu marido também têm TDAH. Juntos, eles aprenderam a dividir as responsabilidades em tarefas menores, respeitando as habilidades e preferências de cada um. Por exemplo, quando se trata de limpar a casa, o marido prefere realizar tarefas mais detalhadas, como limpar ventiladores, enquanto Jaqueline se encarrega de atividades como passar o aspirador. Além disso, ela cuida da administração financeira do casal, pois tem mais interesse e aptidão nessa área.
“Trabalhar com as nossas tendências, em vez de lutar contra elas, torna tudo muito mais fácil”, explica Jaqueline.
O casal descobriu que a chave para viver em harmonia é encontrar maneiras de lidar com o TDAH de forma prática e personalizada, sempre respeitando as particularidades de cada um.
5. Perceba que algumas pessoas se socializam de forma diferente
Jaqueline de Paula sabe, por experiência própria, como pode ser solicitado manter contato visual e evitar inquietação durante conversas, especialmente para alguém com TDAH.
Para lidar com essas dificuldades, ela adota estratégias como tomar notas, colorir ou tricotar durante as reuniões. Essas práticas ajudam a manter o foco e evitar distrações. Jaqueline é sempre aberta e direta ao explicar que essas atividades não são uma distração para ela, mas sim uma forma de melhorar sua atenção e participação.
“Esses tipos de práticas podem realmente ajudar uma pessoa com TDAH a se concentrar melhor”, afirma Jaqueline.
6. Saiba que, quando alguém tem TDAH, suas emoções e sintomas podem assumir o controle completamente
Alguém com TDAH pode enfrentar dificuldades significativas em gerenciamento ou tempo devido à tendência de se concentrar intensamente em uma única atividade, explica Jaqueline de Paula.
“É muito fácil perder a noção do tempo”, comenta Jaqueline. “Se você está sentindo uma emoção forte, parece que esse é o único sentimento que existe naquele momento. É muito difícil enxergar além disso.”
Ela ressalta que oferecer compreensão a alguém com TDAH nessas situações pode ser benéfico para todos os envolvidos. “Isso é algo que não se fala tanto”, reflete Jaqueline. “Não se trata apenas de esquecer compromissos ou interrupções de conversas. Esses sinais mais aparentes do TDAH são mais planejados, mas a parte emocional é extremamente importante.”
Conclusões
O relato de Jaqueline de Paula ilustra os desafios e nuances do TDAH, desde os impactos na infância até a vida adulta. Sua jornada destaca a importância de buscar diagnóstico e tratamento, ao mesmo tempo em que reforça a necessidade de empatia e compreensão por parte de familiares, amigos e da sociedade.
Jaqueline não encontrou apenas estratégias para lidar com seus sintomas, mas também insights importantes que podem ajudar outras pessoas na mesma situação. Seja por meio de medicação, terapia, ou ajustes simples na rotina e nos relacionamentos, ela demonstra que é possível conviver com o TDAH de maneira mais equilibrada e produtiva.
Sua história também traz questões importantes, como a necessidade de eliminar o estigma em torno do uso de medicamentos e de facilitar o acesso a tratamentos. Além disso, reforçamos a relevância de considerar as particularidades individuais, tanto nas abordagens terapêuticas quanto nas interações cotidianas.
No final, o TDAH é uma parte significativa da experiência de vida de quem o enfrenta, mas, como Jaqueline exemplifica, não precisa ser um obstáculo intransponível. Com apoio, compreensão e as ferramentas certas, é possível transformar desafios em oportunidades de crescimento e conexão, promovendo uma vida mais plena e alinhada com os próprios valores e objetivos.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Referência
Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/adhd/6-tips-managing-adhd-jaclyn-paul
FAQ: perguntas frequentes sobre TDAH
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