Entenda os 3 tipos de TDAH
Se você tem TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), é possível que você enfrente dificuldades para manter o foco, permanecer sentado ou controlar impulsos e comportamentos. Essa condição se apresenta em três formas principais: tipo predominantemente desatento, tipo predominantemente hiperativo-impulsivo e tipo combinado. Identificar o tipo específico de TDAH pode ser um passo crucial para entender melhor seus sintomas e encontrar as opções de tratamento mais adequadas às suas necessidades.
A seguir, exploraremos cada um dos três tipos de TDAH em mais detalhes, discutindo suas características principais e como podem impactar diferentes áreas da vida. Conhecer esses aspectos pode ajudá-lo a buscar apoio de forma mais direcionada e a desenvolver estratégias para lidar com os desafios diários de maneira mais eficaz.
O que é TDAH?
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por dificuldades em manter a atenção, controlar impulsos e gerenciar níveis de atividade. Pessoas com TDAH podem ter problemas para se concentrarem e, muitas vezes, serem de maneira impulsiva, o que pode ser percebido como disruptivo em certos contextos. Essa condição pode impactar diversas áreas da vida, como relacionamentos interpessoais, rotina doméstica e desempenho acadêmico ou profissional.
Embora o TDAH possa afetar indivíduos de todas as idades, ele é mais prevalente entre crianças e adultos. Nos Estados Unidos, estima-se que aproximadamente 8% das crianças entre 2 e 17 anos tenham TDAH, enquanto a condição afeta cerca de 2% dos adultos com 18 anos ou mais.
Para que o TDAH seja diagnosticado, os sintomas devem ter começado antes dos 12 anos de idade. No entanto, esses sintomas podem se manifestar de maneiras diferentes em cada pessoa e ao longo da vida. Por exemplo, sinais de hiperatividade que são mais evidentes na infância podem diminuir com o tempo, enquanto dificuldades relacionadas à atenção e à organização podem se tornar mais notáveis na idade adulta. Além disso, a intensidade dos sintomas e seu impacto podem depender do tipo específico de TDAH que a pessoa apresenta.
Entender essas variações é essencial para buscar estratégias de tratamento adequadas e adequadas às necessidades individuais, promovendo maior qualidade de vida para quem vive com TDAH.
Quais são os três tipos de TDAH e o que eles significam?
O termo "transtorno de déficit de atenção e hiperatividade" (TDAH) pode dar a impressão de que se trata de uma única condição, mas, na verdade, o TDAH apresenta três subtipos diferentes:
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TDAH predominantemente desatento
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TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo
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TDAH combinado
Na prática, o TDAH pode ser entendido como um espectro. Algumas pessoas apresentam mais sintomas relacionados à desatenção, enquanto outras apresentam predominância de sintomas de hiperatividade e impulsividade. Há ainda aqueles que possuem uma combinação equilibrada desses dois grupos de sintomas, caracterizando o tipo combinado.
Identificar o subtipo específico de TDAH é essencial, pois ele pode influenciar significativamente a escolha das abordagens terapêuticas e medicamentosas. Por exemplo, uma pessoa com sintomas predominantes de desatenção pode ser beneficiária de estratégias e tratamentos focados em melhorar o foco e a organização. Já para quem apresenta maior impulsividade e hiperatividade, o tratamento pode incluir técnicas para melhorar o autocontrole e a regulação emocional.
Esse entendimento mais detalhado permite que os profissionais de saúde desenvolvam planos de tratamento personalizados, otimizando os resultados e proporcionando uma melhor qualidade de vida para cada pessoa com TDAH.
O que é TDAH do tipo predominantemente desatento?
Pessoas com TDAH do tipo predominantemente desatento enfrentam desafios principalmente relacionados à dificuldade de foco, concentração e conclusão de tarefas. Elas apresentam poucos ou nenhum sintoma de hiperatividade ou impulsividade. Anteriormente, esse subtipo era conhecido como “transtorno do déficit de atenção” (TDA).
Geralmente, pessoas com esse tipo de TDAH relatam dificuldades como:
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Perder detalhes ou cometer erros ao descobrir tarefas, como atividades escolares ou profissionais.
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Ter dificuldade em manter a atenção em atividades que desative o esforço prolongado.
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Não ouço completamente o que os outros dizem, especialmente em situações que exigem atenção constante, como palestras ou reuniões.
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Não conclua tarefas, como deveres de casa, tarefas de trabalho ou compromissos domésticos.
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Lidar com organização e gerenciamento de tempo de forma deficiente.
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Evitar ou desagradar intensamente tarefas que excluam esforço e paciência.
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Perder frequentemente objetos importantes, como chaves, materiais de trabalho ou brinquedos.
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Distrair-se com facilidade e mudar o foco para algo irrelevante.
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Esquecer-se com frequência de compromissos ou atividades diárias.
Critérios de Diagnóstico
Para serem apresentadas com TDAH do tipo predominantemente desatento, as crianças devem apresentar pelo menos seis desses sintomas, enquanto os adultos devem apresentar pelo menos cinco.
Sinais em Crianças e Adultos
Embora crianças e adultos com esse tipo de TDAH compartilhem sintomas semelhantes de desatenção, a maneira como lidar com esses desafios pode variar.
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Crianças : Sinais de distração, esquecimento e desorganização são frequentemente perceptíveis no ambiente escolar, onde as demandas de foco e cumprimento de tarefas podem evidenciar suas dificuldades. Isso pode levar a um desempenho acadêmico inferior ou frustração ao completar atividades que desbloqueiam a atenção.
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Adultos : Com o tempo, muitas pessoas desenvolvem estratégias para minimizar o impacto dos sintomas. Por exemplo, podem buscar empregos que exijam movimento constante ou que não dependam de tarefas altamente estruturadas. Em alguns casos, os problemas de atenção podem parecer menos evidentes com o avanço da idade, especialmente quando as pessoas encontram maneiras de adaptar suas rotinas às suas necessidades.
Tratamento e Suporte
Indivíduos com TDAH predominantemente desatentos podem se beneficiar de uma combinação de terapias comportamentais, como terapia cognitivo-comportamental (TCC), e medicamentos que ajudam a melhorar o foco e a organização. Além disso, desenvolver hábitos organizacionais e implementar ferramentas como listas, alarmes e aplicativos de produtividade pode ser especialmente útil. Com o suporte adequado, é possível alcançar uma vida produtiva e equilibrada.
O que é TDAH do tipo predominantemente hiperativo-impulsivo?
Pessoas com TDAH do tipo predominantemente hiperativo-impulsivo geralmente apresentam uma necessidade constante de se movimentar e têm dificuldade em controlar comportamentos impulsivos e disruptivos. Esses indivíduos sentem uma inquietação que parece difícil de conter, impactando sua capacidade de se adaptar a situações que tiram a calma ou a paciência.
Geralmente, quem tem esse tipo de TDAH percebe características como:
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Freqüentemente se contorce ou se mexe de forma inquieta, mesmo quando sentado.
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Levantar-se em momentos inapropriados, como durante aulas ou reuniões.
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Ter dificuldade em participar de atividades ou brincadeiras silenciosas, especialmente sozinho.
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Responder às perguntas antes que elas sejam concluídas, interrompendo o julgamento do interlocutor.
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Interromper ou se intrometer em conversas e atividades alheias.
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Enfrentar dificuldades em esperar sua vez, como em filas ou jogos.
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Demonstrar um comportamento frequentemente agitado, como se estivesse “ligado no 220”, mesmo sem necessidade.
Critérios de Diagnóstico
Para ser manifestado com TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo, as crianças devem apresentar pelo menos seis desses sinais, enquanto os adultos devem manifestar pelo menos cinco.
Diferenças nos Sinais entre Crianças e Adultos
Embora crianças e adultos com esse tipo de TDAH compartilhem características semelhantes, elas podem se manifestar de maneiras diferentes:
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Crianças : Geralmente apresentam sinais mais visíveis de hiperatividade, como correr, pular e se movimentar sem parar. Eles podem ter dificuldade em ficar sentado por longos períodos e frequentemente interrompidos em atividades ou conversas, dificultando o convívio na sala de aula ou em outros ambientes sociais.
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Adultos : Os sinais de hiperatividade podem se transformar em inquietação constante, como mexer nas pernas ou nos dedos. Em situações que exigem silêncio ou paciência, como reuniões de trabalho ou filas, esses indivíduos podem parecer silenciosos ou demonstrar dificuldade em esperar sua vez, o que pode ser mal interpretado por outras pessoas como falta de controle ou impaciência.
Abordagens de Tratamento e Suporte
O tratamento para TDAH do tipo hiperativo-impulsivo pode incluir intervenções comportamentais e medicamentosas. As terapias, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), podem ajudar a desenvolver estratégias para lidar com a impulsividade e a hiperatividade, enquanto os medicamentos podem regular os níveis de substâncias químicas no cérebro, como a dopamina, para melhorar o controle e o foco.
Além disso, ajustes no ambiente, como a introdução de pausas frequentes e atividades físicas regulares, podem ser úteis para canalizar a energia em excesso. Com suporte adequado, pessoas com esse tipo de TDAH podem aprender a administrar melhor seus sintomas, promovendo um desempenho mais equilibrado em diferentes áreas da vida.
O que é TDAH do tipo combinado?
Algumas pessoas apresentam características de ambos os tipos de TDAH, tanto desatento quanto hiperativo-impulsivo. Essas pessoas são chamadas com TDAH do tipo combinado. Esse tipo apresenta sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade, tornando os desafios ainda mais complexos.
Critérios de Diagnóstico
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Crianças : Devem apresentar pelo menos seis sinais tanto de desatenção quanto de hiperatividade/impulsividade.
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Adultos : Preciso demonstrar pelo menos cinco sinais em cada uma dessas categorias.
Características do TDAH do Tipo Combinado
Indivíduos com TDAH do tipo combinado podem enfrentar dificuldades em diversas áreas da vida. Algumas das principais características incluem:
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Desafios com atenção : Podem se distrair facilmente, ter dificuldade em manter o foco em tarefas prolongadas e esquecer detalhes importantes. Essas dificuldades frequentemente afetam o desempenho escolar, profissional e até mesmo relacionamentos interpessoais.
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Comportamento hiperativo e impulsivo : Podem ser inquietos, interromper conversas ou atividades e agir impulsivamente sem pensar nas consequências. Isso pode gerar conflitos sociais e afetar o ambiente familiar ou de trabalho.
Impacto no Dia a Dia
Esse tipo de TDAH pode exigir manter o controle em situações que desativam tanto o foco quanto o autocontrole. Por exemplo:
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Na escola ou no trabalho : Os indivíduos podem começar uma tarefa, mas se distrair rapidamente, além de terem dificuldade em permanecer sentados ou esperar sua vez na discussão.
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Nos relacionamentos : A combinação de desatenção e impulsividade pode levar a mal-entendidos e conflitos com amigos, colegas ou familiares.
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Na organização pessoal : Podem enfrentar problemas planejados e gerenciar o tempo, além de frequentemente esquecerem compromissos ou perderem objetos importantes.
Abordagens de Tratamento
O tratamento para TDAH do tipo combinado é multifacetado, já que aborda sintomas de ambas as categorias. Algumas estratégias incluem:
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Terapia medicamentosa: Estimulantes, como metilfenidato (Ritalina, Concerta) e anfetaminas (Adderall, Vyvanse), são frequentemente usados para ajudar a equilibrar os níveis de dopamina no cérebro, melhorando o foco e diminuindo a impulsividade.
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Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Ajuda as pessoas a desenvolver habilidades para lidar com a desatenção e impulsividade, melhorar a organização e controlar o estresse.
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Intervenções comportamentais: Reforçar rotinas, criar sistemas de organização e estabelecer limites claros para ajudar a minimizar os impactos dos sintomas no cotidiano.
Pontos Importantes
O TDAH do tipo combinado é um desafio significativo, mas com o diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Apoio a profissionais de saúde, familiares e educadores é essencial para ajudar essas pessoas a alcançar seu potencial e superar as dificuldades diárias.
Qual tipo de TDAH é o mais comum?
Pesquisas indicam que o TDAH predominantemente desatento é o tipo mais comum entre os diagnósticos. No entanto, pessoas diagnosticadas com o tipo combinado são mais propensas a buscar ajuda profissional, possivelmente devido à combinação de sintomas que impactam significativamente a vida diária.
Além disso, o TDAH é diagnosticado com maior frequência em homens do que em mulheres, independentemente do tipo. Entre crianças e adolescentes com menos de 18 anos, as meninas têm mais probabilidade de receber o diagnóstico de TDAH predominantemente desatento, enquanto os meninos são mais frequentemente diagnosticados com o tipo predominantemente hiperativo-impulsivo. Essas diferenças podem ser influenciadas por fatores biológicos, sociais e até mesmo pela percepção de adultos sobre os comportamentos associados ao TDAH.
Com relação à idade, observa-se que o TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo é mais comum entre crianças em idade pré-escolar. Por outro lado, o tipo predominantemente desatento é mais frequente em crianças mais velhas, adolescentes e adultos, refletindo possíveis mudanças nos sintomas ao longo do desenvolvimento. Esses dados destacam a importância de uma avaliação cuidadosa, considerando fatores como idade e gênero, para um diagnóstico preciso e estratégias de tratamento mais eficazes.
Qual tipo de TDAH é o menos comum?
O tipo predominantemente hiperativo-impulsivo é o menos comum entre os subtipos de TDAH. No entanto, pessoas com esse tipo são significativamente mais propensas a buscar tratamento, especialmente em comparação com aquelas que têm o tipo desatento. Isso ocorre porque os sintomas de hiperatividade e impulsividade frequentemente causam mais dificuldades visíveis em contextos sociais, no trabalho e na escola.
Esses desafios comportamentais tendem a atrair a atenção de outras pessoas, que podem reagir e oferecer feedback sobre os comportamentos observados. Essa interação muitas vezes funciona como um estímulo para que a pessoa reconheça a necessidade de apoio e procure ajuda mais cedo. Assim, enquanto o tipo hiperativo-impulsivo é menos prevalente, suas características tornam o impacto social mais evidente, facilitando a identificação e o início do tratamento.
Quem é mais afetado pelo TDAH?
Crianças são mais frequentemente diagnosticadas com TDAH do que adultos. Nos Estados Unidos, estima-se que mais de 8% das crianças sejam diagnosticadas com TDAH, em contraste com cerca de 2% dos adultos. No Brasil, os números são semelhantes, com estudos apontando que a prevalência do TDAH em crianças varia entre 5% e 7%, enquanto em adultos fica em torno de 2% a 3%. Esse diagnóstico mais frequente na infância pode ser atribuído à visibilidade dos sintomas em ambientes escolares e sociais.
Outra questão que influencia os diagnósticos é o viés relacionado a gênero. Homens têm mais probabilidade de receber um diagnóstico de TDAH em comparação às mulheres. Nos EUA, isso é amplamente documentado, mas especialistas ressaltam que esse fenômeno se deve, em grande parte, a preconceitos de gênero, e não a diferenças biológicas significativas. No Brasil, a realidade não é diferente: meninas frequentemente apresentam sintomas mais associados ao tipo desatento, que podem passar despercebidos ou serem atribuídos a outros fatores, como ansiedade ou falta de interesse.
O preconceito racial também influencia os diagnósticos de TDAH. Nos Estados Unidos, crianças brancas são diagnosticadas com mais frequência, enquanto crianças negras e hispânicas muitas vezes enfrentam subdiagnóstico ou são vistas sob a ótica de estereótipos, o que pode levar a interpretações errôneas de seus comportamentos. No Brasil, onde as desigualdades sociais e raciais são marcantes, o acesso ao diagnóstico e tratamento do TDAH também reflete essas disparidades. Crianças negras ou em situação de vulnerabilidade social muitas vezes têm menos acesso a avaliações adequadas e suporte especializado.
Esses dados ressaltam a importância de diagnósticos mais inclusivos e baseados em evidências, tanto nos EUA quanto no Brasil, para que crianças e adultos com TDAH possam receber o tratamento adequado, independentemente de gênero, raça ou classe social. Promover educação e conscientização sobre o transtorno é essencial para reduzir o impacto de vieses nos sistemas de saúde e educação.
Como você diagnostica cada tipo de TDAH?
Os profissionais de saúde utilizam avaliações padronizadas para diagnosticar o TDAH. Neurologistas, psiquiatras e psicólogos especializados em TDAH são os mais indicados para realizar esse diagnóstico. No entanto, muitos médicos de atenção primária também possuem experiência suficiente para identificar e gerenciar o transtorno.
Durante o processo de avaliação, o profissional de saúde fará uma série de perguntas detalhadas sobre os sintomas, seu impacto na vida cotidiana e o histórico do paciente. Também podem ser aplicados testes ou escalas de classificação que ajudam a medir a presença e a intensidade dos sintomas. Para obter uma visão mais ampla, o profissional pode conversar com familiares, professores ou supervisores, dependendo da idade e do contexto do paciente.
A avaliação pode ser concluída em uma única consulta ou, em casos mais complexos, ao longo de várias sessões. Assim que o profissional reunir informações suficientes, será possível determinar se o paciente tem TDAH e identificar o tipo específico do transtorno. Receber um diagnóstico correto é o primeiro passo para iniciar um tratamento eficaz e melhorar a qualidade de vida.
Como você trata o TDAH?
O tratamento do TDAH geralmente envolve uma abordagem combinada que pode incluir medicamentos, psicoterapia e alternativas complementares. A escolha do tratamento mais adequado depende da forma como os sintomas impactam a sua rotina e qualidade de vida. Cada caso é único, e a combinação ideal de intervenções é determinada com base nas necessidades individuais do paciente, sempre em consulta com um profissional de saúde especializado.
Medicamentos
Existem dois principais tipos de medicamentos utilizados no tratamento do TDAH: estimulantes e não estimulantes.
Os medicamentos estimulantes agem aumentando os níveis de dopamina no cérebro, o que melhora a atenção, a concentração e a motivação. Exemplos comuns incluem anfetamina (como Adderall e Vyvanse) e metilfenidato (como Ritalina e Concerta). Esses medicamentos estão disponíveis em versões de liberação imediata ou prolongada, permitindo flexibilidade no ajuste do tratamento. Eles têm se mostrado altamente eficazes na redução dos sintomas de TDAH tanto em crianças quanto em adultos.
Medicamentos não estimulantes, por sua vez, são uma alternativa aos estimulantes e atuam de maneira diferente no cérebro. Exemplos incluem:
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Atomoxetina (Strattera): Um inibidor seletivo da recaptação de norepinefrina, aprovado para tratar TDAH em crianças e adultos.
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Guanfacina (Intuniv) e clonidina (Kapvay): Utilizados principalmente para tratar TDAH em crianças, também podem ser eficazes no controle de sintomas específicos.
Para adultos, algumas medicações são frequentemente prescritas fora da indicação oficial (off-label) para o TDAH. Entre elas:
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Modafinil (Provigil): Usado para melhorar o estado de alerta.
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Bupropiona (Wellbutrin): Um antidepressivo que pode ajudar no controle dos sintomas de TDAH.
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Venlafaxina (Effexor): Outro antidepressivo, ocasionalmente utilizado em adultos com TDAH.
Esses medicamentos não estimulantes e off-label podem ser uma boa escolha para pessoas que não toleram os efeitos colaterais dos estimulantes ou para aqueles que não obtêm os resultados esperados com o uso desses últimos. A escolha do tratamento mais adequado deve sempre ser feita em conjunto com um profissional de saúde, considerando o histórico clínico e as necessidades individuais do paciente.
Terapia comportamental
A terapia comportamental é um tratamento baseado em evidências amplamente utilizado para crianças com TDAH. Esse tipo de abordagem auxilia na redução de comportamentos inadequados, como interromper conversas, procrastinar ou agir de forma impulsiva. Além disso, ajuda a fomentar comportamentos mais positivos, como esperar a vez, ouvir com atenção e permanecer sentado em situações que exigem maior controle.
Os terapeutas comportamentais ensinam às crianças habilidades práticas e mecanismos de enfrentamento que ajudam a gerenciar a impulsividade e a desatenção. Paralelamente, eles orientam pais e professores sobre como lidar de maneira mais eficaz com o comportamento das crianças, tanto em casa quanto na escola, promovendo um ambiente mais favorável ao desenvolvimento.
Para adultos com TDAH, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser extremamente benéfica. A TCC concentra-se nos pensamentos e comportamentos, ajudando a compreender como eles estão interligados. Com esse entendimento, é possível aprender a identificar padrões negativos de pensamento e substituí-los por perspectivas mais produtivas, o que impacta positivamente os sentimentos e comportamentos. Além disso, a TCC ensina habilidades práticas, como planejamento, organização, gerenciamento de tempo e estratégias para melhorar o foco e a produtividade.
Tanto para crianças quanto para adultos, essas terapias oferecem ferramentas práticas para lidar com os desafios do TDAH, proporcionando maior controle sobre os sintomas e melhorando a qualidade de vida.
Tratamentos complementares e alternativos
Tratamentos complementares e alternativos (CAM) podem ser úteis no controle dos sintomas do TDAH, especialmente quando combinados com terapia e medicamentos convencionais. Entre as terapias CAM que têm sido estudadas estão:
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Acupuntura: Pesquisas indicam que a acupuntura pode ajudar a reduzir os sintomas de TDAH em crianças, especialmente quando usada em conjunto com medicamentos e terapia. Essa prática pode oferecer benefícios adicionais relacionados ao relaxamento e bem-estar geral.
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Meditação de atenção plena: A meditação de atenção plena envolve concentrar-se no momento presente, seja de forma individual ou com orientação. Um estudo revelou que pessoas com TDAH que participaram de um curso de atenção plena de 8 semanas relataram melhorias nos sintomas de TDAH, além de redução na ansiedade e depressão. Essa abordagem pode ser útil para crianças, adolescentes e adultos, proporcionando maior controle emocional e cognitivo.
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Exercício: A prática de exercícios físicos pode melhorar a memória, o foco e o humor. Pesquisas mostram que atividades físicas regulares ajudam a reduzir os sintomas de TDAH em todas as faixas etárias. Exercícios aeróbicos e atividades que envolvem coordenação também são particularmente benéficos.
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Mudanças na dieta: Embora as pesquisas sobre a relação entre dieta e TDAH apresentem resultados variados, algumas mudanças alimentares podem ajudar a melhorar determinados sintomas. Dietas que combinam carboidratos complexos, proteínas e ácidos graxos essenciais, encontrados em alimentos como peixes, nozes e sementes, podem ser úteis. Além disso, evitar açúcares refinados e aditivos artificiais pode ser benéfico para algumas pessoas.
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Suplementos: Suplementos alimentares, como vitaminas, minerais ou ervas, são frequentemente usados para tratar sintomas específicos. Embora não sejam submetidos a testes clínicos rigorosos como os medicamentos, alguns estudos sugerem benefícios de suplementos como magnésio, vitamina B6, zinco e óleo de peixe no manejo do TDAH. No entanto, é importante destacar que o FDA não monitora esses produtos de maneira tão rígida quanto os medicamentos. Assim, é essencial consultar um profissional de saúde antes de incluir suplementos na rotina.
Esses tratamentos podem complementar as terapias convencionais, oferecendo uma abordagem mais ampla e personalizada para o gerenciamento dos sintomas do TDAH.
Como cada tipo de TDAH se manifesta na vida cotidiana?
Embora cada pessoa experimente o TDAH de maneira única, existem características comuns associadas a cada tipo desse transtorno:
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Pessoas com TDAH predominantemente desatento frequentemente apresentam dificuldade em manter a atenção e se distraem com facilidade. Elas podem cometer erros por descuido em tarefas ou no trabalho, atrasar-se na execução de atividades e enfrentar desafios para seguir instruções. Além disso, é comum que percam objetos com frequência e tenham dificuldade em se organizar.
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Pessoas com TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo tendem a estar em constante movimento e apresentam dificuldade para permanecerem paradas por longos períodos. Esse comportamento pode ser percebido como impulsividade. Em crianças, isso pode se manifestar na dificuldade de esperar a vez ou em falar fora de hora. Já em adultos, pode se traduzir em decisões precipitadas, como gastos excessivos ou comportamentos imprudentes, sem considerar as consequências. Em alguns casos, essas pessoas podem demonstrar irritabilidade e ter um "pavio curto".
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Pessoas com TDAH do tipo combinado exibem uma combinação de sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade. Elas podem ter uma predominância maior de um grupo de sintomas em relação ao outro, mas geralmente apresentam características de ambos os tipos.
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Esses padrões ajudam a entender as manifestações do TDAH e podem orientar abordagens mais eficazes para diagnóstico e tratamento.
Você deve evitar algum alimento se tiver TDAH?
Existem dois enfoques principais quando se trata de dieta e TDAH: a remoção de determinados alimentos da dieta, conhecida como dieta de eliminação, e a adição de vitaminas e suplementos.
Dietas de eliminação geralmente buscam remover alimentos ou ingredientes que podem agravar os sintomas do TDAH. Os itens frequentemente excluídos incluem:
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Corantes artificiais.
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Açúcar e adoçantes artificiais.
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Glúten.
Suplementação nutricional foca no aumento de nutrientes que podem apoiar o bem-estar de pessoas com TDAH. Alguns dos nutrientes comumente adicionados incluem:
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Aminoácidos.
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Óleo de peixe (rico em ácidos graxos ômega-3).
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Minerais como ferro e zinco.
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Multivitaminas.
As evidências científicas sobre o impacto de mudanças na dieta no TDAH apresentam resultados variados. Embora algumas restrições alimentares e a suplementação com óleo de peixe mostrem potencial, os dados ainda são insuficientes para que essas práticas sejam amplamente recomendadas.
Uma abordagem alternativa conhecida como “dieta de poucos alimentos” também tem sido explorada para crianças com TDAH. Nesse método, a dieta da criança é inicialmente limitada a um número restrito de alimentos recomendados. Em seguida, outros alimentos são gradualmente reintroduzidos ao longo de semanas, permitindo que os pais observem quais alimentos podem agravar os sintomas do TDAH. Com base nessas observações, os pais podem criar um plano alimentar mais adequado às necessidades emocionais e comportamentais da criança.
Embora mudanças na dieta possam ser um componente complementar no tratamento do TDAH, é importante que qualquer alteração alimentar seja feita sob orientação de profissionais de saúde especializados para garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas e que a abordagem seja segura.
Conclusões
Pessoas com TDAH podem apresentar sintomas variados, dependendo do tipo de TDAH que possuem. Os três tipos — predominantemente desatento, predominantemente hiperativo-impulsivo e tipo combinado — apresentam características distintas. O tipo de TDAH que uma pessoa tem pode influenciar na escolha do tratamento mais adequado.
A boa notícia é que existem diversas opções disponíveis para ajudar a melhorar os sintomas, permitindo que cada pessoa encontre uma abordagem personalizada que atenda às suas necessidades específicas e promova maior qualidade de vida.
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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.
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Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/adhd/3-adhd-types-differences-treatments
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