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11 dicas para amar alguém com demência: 'Temos que ter graça conosco mesmos'
Foto Wilton de Andrade
Escrito por
Wilton de Andrade
Última atualização
13/05/2025
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11 Dicas para amar alguém com demência

Adriana Teixeira vivencia uma grande necessidade de apoio enfrentada por quem cuida de um ente querido com demência quando atuava como fonoaudióloga em casas de repouso.

Hoje com 32 anos e morando em Curitiba, Paraná, Adriana é especialista certificada em demência e já trabalhou em diversas instituições de cuidados prolongados. Ao longo dos anos, desenvolvi habilidades valiosas para lidar com os desafios diários desses pacientes.

Sua vivência vai além do ambiente profissional: ela também ajudou a cuidar da própria avó, especialmente com demência. Foi dessa experiência pessoal e profissional que surgiu a vontade de compartilhar conhecimento para facilitar a rotina dos cuidadores e reduzir o estresse envolvido nesse processo.

Em seu site e redes sociais, Adriana publica vídeos leves e, por vezes, emocionantes. Neles, abordamos desde dicas sobre o que conversar ao visitar alguém com demência, até como se comunicar com os médicos e escolher roupas mais práticas para vestir o paciente.

A seguir, ela compartilha 11 dicas valiosas para quem cuida de um familiar com demência.


1. Use um quadro branco para responder a perguntas repetidas

Adriana conta que, no caso de sua avó, uma das perguntas mais frequentes no dia a dia é: “Onde está a Tina?” — referindo-se à mãe de Adriana. Para ajudar a lidar com essa reprodução e reduzir a ansiedade, a família passou a anotar as perguntas mais comuns em um quadro branco, junto com as respectivas respostas.

Por exemplo: "Tina está no trabalho. Ela vem me visitar todos os dias."

Segundo Adriana, escrever as respostas na perspectiva da própria pessoa com demência — ou seja, em primeira pessoa — é importante para evitar confusões e tornar a informação mais familiar e reconfortante para quem lê.


2. Introduzir atividades sem chance de falha

Um jogo de palavras cruzadas, por exemplo, pode deixar de ser prazeroso se uma pessoa não receber as respostas. Em vez disso, oferecer flores para que o familiar possa arrumar em um vaso ou entregar fotos antigas para ele organizar são ótimas alternativas.

Essas atividades não têm certo ou errado — e com razão por isso são mais inclusivas e adequadas para pessoas com demência. Elas permitem que a participação aconteça de forma extraordinária, respeitando o ritmo e as capacidades de cada um.


3. Não leve a maldade para o lado pessoal 

Uma pessoa com demência que sempre foi doce e sincera pode, de repente, apresentar comportamentos agressivos ou começar a mentir, como observa Adriana Teixeira.

Nesses momentos, é fundamental lembrar que a demência é uma condição médica que afeta o funcionamento do cérebro. Essas atitudes não representam quem a pessoa realmente é, nem refletem seus sentimentos verdadeiros. Elas são resultado das mudanças cognitivas provocadas pela doença — e não escolhas conscientes.


4. Incentivo ao banho suave

Pessoas com demência podem afirmar que já tomaram banho em determinado dia, mesmo quando isso não aconteceu. Às vezes, também oferecem justificativas, como “está muito frio”.

Segundo Adriana Teixeira, o mais importante nesses casos é ouvir com atenção e tentar entender qual é a real objeção. Pode ser que uma pessoa tenha vergonha de se despir na frente de alguém, ou que se sinta insegura ou com medo de escorregar.

A orientação de Adriana é investigar essa resistência com delicadeza e buscar formas criativas de contornar a situação. Uma sugestão é dizer que alguém especial — como um filho, neto ou amigo querido — enviou um novo sabonete ou xampu de presente e está curioso para saber se ela gostou.

Esse tipo de abordagem, mais afetiva e respeitosa, tende a funcionar melhor do que insistências diretas, além de preservar a autonomia e a dignidade da pessoa.


5. Perceba que certos fatos podem se tornar menos importantes 

Adriana Teixeira conta que uma das dúvidas mais comuns que recebe é sobre como ajudar um familiar com demência a lembrar os dias da semana.

Ela sugere que os cuidadores perguntem se essa informação é realmente essencial. Se uma pessoa não precisa cumprir compromissos sozinhos, como consultas ou tarefas específicas, talvez lembrar o dia exato da semana não seja tão importante assim. Nesse caso, é melhor concentrar os esforços de memória em informações mais importantes, como os nomes dos netos ou de pessoas próximas.

Mas, se for necessário que uma pessoa saiba o dia da semana — por exemplo, para manter alguma rotina —, Adriana recomenda o uso de um relógio digital adaptado, que mostre com esclarecer a hora, o dia da semana e, se possível, a data. Isso pode ajudar a reduzir a confusão e trazer mais segurança no dia a dia.


6. Faça um livro de memórias 

Essa prática pode ajudar a pessoa com demência a lembrar os nomes dos familiares, a relação entre eles e onde cada um vive. Além disso, serve como uma forma de entretenimento e estímulo emocional.

É incluído fotos de momentos especiais, de hobbies possíveis que ela gostava de praticar, de amigos próximos e de lugares que ela costumava frequentar — como a igreja, a feira ou a pracinha do bairro. Segundo Adriana Teixeira, montar um álbum afetivo ou um mural com essas imagens pode estimular memórias positivas e trazer conforto no dia a dia.


7. Ajude, mas não assuma o controle 

Usando o banho como exemplo, Adriana Teixeira recomenda que o cuidador se ofereça para ajudar nas partes mais difíceis — como levantar da cama ou lavar as costas —, mas sempre permitindo que uma pessoa faça sozinha o que ainda consegue.

Segundo ela, o cultivo em qualquer nível de autonomia pode aumentar o alcance da ajuda e tornar o momento mais tranquilo para ambos. Um terapeuta ocupacional pode ser um grande aliado nesse processo, avaliando as habilidades preservadas e demonstrando adaptações que respeitem os limites da pessoa, sem tirar sua dignidade.

 

8. Observe sua linguagem corporal

É natural que, diante da frustração, a gente acabe franzindo a testa, cerrando os dentes ou até levantando as mãos quando uma pessoa com demência não faz o que estamos pedindo.

Mas, segundo Adriana Teixeira, manter um tom calmo e falar com um sorriso acolhedor pode fazer toda a diferença. Transmitir tranquilidade ajuda a tornar uma tarefa mais agradável e aumenta as chances de colaboração. A forma como nos comunicamos — mais do que as palavras em si — influencia muito na forma como a pessoa com demência reage.


9. Saiba que a recusa pode realmente ser uma confusão

Tenha certeza de que explicou bem a tarefa ou o convite que está fazendo. Por exemplo, se você disser apenas “vamos sair para um passeio”, uma pessoa com demência pode não entender o que isso realmente envolve — e, por insegurança, prefere dizer não.

Adriana Teixeira orienta que, nesses casos, é importante ser claro e específico: diga para onde vocês vão, quem estará presente, o que vai acontecer lá e quando vocês serão de volta. Isso ajuda a diminuir a confusão, traz mais segurança e aumenta as chances de uma pessoa aceitar participar da atividade.

 

10. Aprenda sobre demência

O tempo dedicado a entender a demência, buscar informações e compreender melhor o que uma pessoa amada está vivendo “é uma das atitudes mais compassivas que podemos ter”, afirma Adriana Teixeira. “Porque, muitas vezes, o mundo dela é um lugar solitário e assustador.”

Esse cuidado pode incluir participantes de grupos de apoio, acompanhar especialistas nas redes sociais e se envolver com associações brasileiras que promovem informação e conscientização sobre demência, como a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).

“Fazer isso é um gesto de profundo amor”, reforça Adriana.


11. Dê a si mesma graça

“É provável que a gente erre mais do que acerte”, diz Adriana Teixeira. "Por isso, precisamos ter paciência com nós mesmos e entender que, sim, vai ser difícil. Mas mesmo assim, é importante continuar tentando."

Ela lembra que cuidar de alguém com demência é um processo feito de tentativa, aprendizado e muito carinho — e que o mais importante é seguir com empatia e disposição para recomeçar quantas vezes for necessário.


Conclusões

Cuidar de alguém com demência é um ato de amor profundo, mas também uma jornada repleta de desafios emocionais, físicos e práticos. As orientações de Adriana Teixeira nos lembram que, mais do que seguir uma cartilha, é preciso ter sensibilidade, escuta ativa e respeito pela individualidade da pessoa em cada fase da doença.

Pequenas atitudes — como mudar a forma de falar, adaptar rotinas ou oferecer um simples gesto de carinho — transformar o dia a dia, tanto para quem cuida quanto para quem é cuidado. E, acima de tudo, é essencial considerar que o cuidador também precisa de apoio, acolhimento e momentos de descanso.

Buscar informação, construir uma rede de suporte e manter o olhar humano sobre o processo são passos fundamentais para trilhar esse caminho com mais leveza. Essas dicas servem como um guia prático e afetuoso para que mais famílias encontrem maneiras de conviver com demência com dignidade, compreensão e amor.

 

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Observação: este conteúdo não se destina a substituir aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter sobre uma condição médica.

 

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Referência

Texto traduzido e adaptado do original: https://www.goodrx.com/conditions/dementia/loving-someone-with-dementia

 

FAQ: perguntas frequentes sobre Demência

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